O comportamento é uma manifestação do maneirismo e é inteiramente capturado pelos critérios incidentais da arena pública.

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Transcrição da apresentação:

O comportamento é uma manifestação do maneirismo e é inteiramente capturado pelos critérios incidentais da arena pública.

Seu significado exaure-se em sua aparência perante os outros Seu significado exaure-se em sua aparência perante os outros. Sua recompensa está no próprio reconhecimento como adequado , correto , justo. Seu sujeito não é uma individualidade consistente, mas uma criatura fluída , pronta para desempenhar papéis convenientes .

Cultura - sistemas simbólicos como a arte , o mito, a linguagem etc Cultura - sistemas simbólicos como a arte , o mito, a linguagem etc., - em sua qualidade de instrumento de comunicação e conhecimento , responsável pela forma nodal de consenso , qual seja o acordo quanto ao significado dos signos e quanto ao significado do mundo.

De outro lado tende-se a considerar a cultura e os sistemas simbólicos em geral como um instrumento de poder , isto é , de legitimação da ordem vigente .

A limitação mais grave da primeira tendência reside no fato de privilegiar a cultura como estrutura estruturada em lugar de enxergá-la enquanto estrutura estruturante , relegando , portanto , as funções econômicas e políticas dos sistemas simbólicos e enfatizando a análise interna dos bens e mensagens de natureza simbólica .

É porque enquanto uma estrutura estruturada ela reproduz sob forma transfigurada e , portanto , irreconhecível , a estrutura das relações sócio econômicas prevalecentes que , enquanto uma estrutura estruturante (como uma problemática) , a cultura produz uma representação de mundo social imediatamente ajustada à estrutura das relações sócio econômicas que , doravante , passam a ser percebidas como naturais e destarte , passam a contribuir para a conservação simbólica das relações de força vigentes. Assim como não existem puras relações de força , também não há relações de sentido que não estejam referidas e determinadas por um sistema de dominação .

Há “ leis segundo as quais as estruturas tendem a se reproduzir produzindo os agentes dotados do sistema de disposições capaz de engendrar as práticas adaptadas às estruturas e contribuindo , por essa via , para reproduzir tais estruturas.” Bourdieu

A nenhum grupo é dada a possibilidade de enxergar o caráter arbitrário de ordem social sob pena de ultrapassar os limites e as oposições significantes que delimitam sua operação; a única exceção é o desviante.

O fenômeno cultural depende do sistema de relações históricas e sociais nos quais se insere.

Assim , o traço distintivo da economia arcaica seria o estado de indiferenciação entre o trabalho produtivo e o trabalho improdutivo , entre o trabalho rentável e não rentável , pois ela só conhece a oposição entre o que comete uma falta por não cumprir o seu dever social e o trabalhador que leva a cabo sua função própria, socialmente definida , qualquer que possa ser o produto do seu esforço.

O trabalho teórico não é outra coisa senão a experiência de um mundo social sobre o qual pode-se agir de maneira quase mágica , por signos – palavras , dinheiro – quer dizer pela mediação do trabalho de outro .

No curso de um processo complexo de divisão do trabalho, chega-se à separação final entre mercado material e mercado simbólico, entre trabalho material e trabalho simbólico.

Agentes especialmente treinados , dotados de competência estrita , e cujo trabalho está voltado para a produção de bens cujo caráter próprio consiste , em última análise em naturalizar, eternizar, consagrar e legitimar a ordem vigente .

A ordem vigente deve ser entendida como um sistema de relações objetivas , fundado na produção de bens econômicos e simbólicos , cuja distribuição desigual resulta do passivo de lutas entre grupos e classes .

“o narcisista é o próprio não eu , seu ego enfraquecido e autocentrado consulta o ideal do homem eleito pela Pedagogia e pela Psicologia , no mundo externo para poder valorizar-se. Mas o mundo não lhe importa , a não ser para satisfazer seus desejos e preencher o vazio de um eu não constituído...

a ideologia da racionalidade tecnológica, representante de um todo totalitário , constrói os espelhos para o narcisista se mirar . No reino dos monopólios não há mais a necessidade de um ego independente e livre , pois a administração cuida da racionalidade da vida .” Crochik, pp. 153