Gestão de riscos Serge Alecian, Diretor Dominique Foucher, Consultor

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Transcrição da apresentação:

Gestão de riscos Serge Alecian, Diretor Dominique Foucher, Consultor ENAP- Brasília, 28/08/ 2007

OS RISCOS : definições e conceitos de base O que é um risco : Para o dicionário (Robert) : « um perigo eventual mais ou menos previsível » o fato de se expor a um perigo na esperança de obter uma vantagem Para nós : a possibilidade que surge, depois de um evento aleatório, fruto de um problema Para o DIREN de Lorraine : O risco resulta da superposição de um acaso com um problema Quando o risco se concretiza, o evento resultante será uma « ocorrência » ocorrência positiva: se o resultado é favorável (ganho, sucesso...) ocorrência negativa: se o resultado é desfavorável (perda, prejuízo, dano...)

O porquê do risco : Para SCHUMPETER, é o risco que justifica o lucro do empreendedor O risco é inerente à vida, à evolução (« life is risk » ) Uma vez que o futuro não está escrito (nem é conhecido) antecipadamente, somos confrontados permanentemente com eventos suscetíveis de perturbar nossa existência Tudo que é novo comporta riscos O risco está ligado à ação : Assumir um risco, é apostar que o evento a ser realizado produzirá efeitos positivos... Sabendo, entretanto, de antemão que isso não está garantido “o risco é a condição de todo sucesso” (Louis de Broglie)

Origens dos riscos : Três grandes origens : naturais : climáticas, sísmicas, vulcânicas... sistêmicas : devidas às falhas dos sistemas criados pelo homem : riscos de mercados, de redes... humanas : os jogos de atores... Os riscos podem ser : Internos Externos e também, Previsíveis Imprevisíveis

Origens dos riscos : É conveniente ter uma abordagem global dos riscos : Existem: Riscos « sofridos» : catástrofes, panes, acidentes... Riscos « escolhidos »  : aqueles ligados a uma decisão : aposta, especulação, investimento, lançamento de uma campanha, de um produto, de um empreendimento... Contexto Interno Externo Mundo Instável Estratégia Cultura Rafting Ofensiva de Riscos Management Estável Defensiva de Proteção Taylorista Origem dos riscos

A natureza dos riscos : Os riscos podem ser muito variados : Riscos ambientais, de segurança, saúde... Riscos estratégicos, políticos... Riscos de reputação, de imagem Riscos econômicos, financeiros Riscos regulamentares, legais, jurídicos...

A natureza dos riscos : O impacto de um risco pode ser : “Baixo”: a ocorrência de um evento que não coloque em xeque os fundamentos da organização, do sistema “Alto”: a ocorrência coloca em xeque os fundamentos da organização, do sistema. Neste caso, fala-se em « crise ».

A natureza dos riscos : A « crise » (do grego « krisis » = decisão) é uma fase crítica da vida de um ser, de uma organização ou de um sistema que coloca em xeque os seus fundamentos. Os 3 “D” : Desencadeamento Desregulamentação” Divergência A crise pode ocorrer em função de: não-adaptação a um contexto que evoluiu uma grave perda... um grande ganho.. um acidente

A natureza dos riscos : Se a crise é superada, o sistema, a organização perduram Se a crise não é superada, há uma « ruptura »  ; o sistema é modificado ou desaparece. A « ruptura » é definida como uma separação, uma interrupção, um fim brusco de um estado pré-existente.

Problemática atual dos riscos O contexto atual está marcado pela : Globalização : abertura, aparição de novos atores, “financeirização” da economia As novas tecnologias : interconexão e imediatismo As transformações da sociedade : novos comportamentos, modificações dos elos sociais... As mudanças climáticas e ambientais

Problemática atual dos riscos Vivemos em um mundo : com crescimento acelerado instável com turbulências permanentes No qual convém: nem uma gestão taylorista ---> centrada em procedimentos Nem uma gestão por objetivos ---> centrada em resultados mas sim, um « Rafting Management» ---> centrado nos riscos

O Rafting Management O « Rafting Management» é aquele que convém a um ambiente instável e de turbulências permanentes. Consiste em : Ter uma visão e um rumo precisos Desenvolver uma cultura de riscos Conceber uma estratégia ofensiva Instituir no quotidiano estrutura e funcionamento que favoreçam permanentemente: Reatividade Flexibilidade Adaptabilidade Dispor de métodos específicos para a gestão de crises

O método dos cenários de ruptura « Não se trata de imaginar o inimaginável, mas sim de se dispor a enfrentá-lo » (Janos Rayer) Esse método não consiste em prever o futuro, mas sim em mudar os esquemas mentais, imaginando o que se passaria se essa ou aquela situação de ruptura com relação ao presente ocorresse. Esse método consiste em : Projetar-se em um futuro mais ou menos longínquo Imaginar 2 ou 3 situações de forte ruptura em relação ao presente À deduzir os impactos dessas rupturas para a organização, a empresa... O que deveria ser feito diante dos efeitos dessas rupturas O que poderia ser feito para se prevenir, se adaptar a nova situação

Uma “cultura de riscos” Por “cultura de riscos”, entende-se uma cultura de enfrentamento dos riscos Em um mundo estável : privilegia-se uma cultura de evitar riscos, ou « cultura anti-riscos » Em um mundo instável, há necessidade de uma cultura de assumir riscos, ou « cultura de riscos », quer dizer, uma cultura de enfrentamento dos riscos. Uma “cultura de riscos” significa : Encorajar novas iniciativas, e, portanto, assumir riscos Não punir os erros/equívocos, pois somente aqueles que não assumem riscos não cometem erros (salvo erros intencionais) Favorecer a mobilidade sob todas as formas, a reatividade, o funcionamento na incerteza....

Uma “cultura de riscos” Uma « cultura de riscos » é inicialmente: um estado de espírito : enfrentar o risco, não fugir dele um treinamento: ”a sorte sorri apenas aos espíritos preparados” um modo de funcionamento centrado sobre a reatividade, a flexibilidade, a autonomia na ação diante de um risco, maior espaço é dedicado à intuição e ao reflexo que aos procedimentos e reflexões

A gestão de crises Definição : a crise é uma fase crítica da vida de um ser, de uma organização ou de um sistema, que coloca em xeque seus fundamentos (Os 3 Ds) Em um mundo instável e turbulento, a gestão de crise não pode mais ser considerada como um fato excepcional; tornou-se frequente e repetitiva para as organizações dos setores público e privado Os modos “normais/tradicionais”de funcionamento não atendem aos períodos de crise. Deve-se prever e executar um dispositivo específico de gestão de crise, o qual se caracteriza por : As regras de conduta adaptadas : Assumir responsabilidade imediatamente (prise en charge) Abertura para a discussão/o questionamento: o que fazer se…, o que fazer de pronto… e, em seguida… Acionar o sistema de informações

A gestão de crises Instâncias ad-hoc, as vezes separadas, as vezes em interação Célula da crise Grupos de intervenção... Um « observador recuado » não operacional.. Uma comunicação unitária : Três princípios : ser a melhor fonte de informação ter uma lógica “realista” E levar em consideração as percepções estar ancorada sobre os fundamentos : responsabilidades assumidas, arbitragens efetuadas, valores respeitados Uma comunicação estratégica centralizada Uma comunicação operacional pelas entidades isoladas

A gestão de crises As prioridades (salvo casos particulares) : 1. Salvar as vítimas 2. Apagar « o incêndio » 3. Limitar os desgastes 4. Assumir as responsabilidades ligadas à crise 5. Enfrentar as causas “ de fundo/de base” Gerenciar os processos de “saída da crise” e “o pós-crise” Inseri-los no tempo Conduzir os processos de “cicatrização” Assumir a crise como oportunidade de aprendizado, acúmulo de experiências Preparar-se para as próximas crises

Gestão de riscos – 28 de agosto de 2007 - 09h00 : Apresentação dos participantes e do tipo de riscos que eles enfrentam/têm a enfrentar Objetivos, método e desenvolvimento do seminário 09h30 : 1. Os riscos : definições e conceitos de base 1.1. O que é um risco, uma crise, uma ruptura... 1.2. Por que o risco ? Origens dos riscos 1.3. Os efeitos dos riscos 10h30 : Intervalo 10h45 : 2. Problemática atual da gestão de riscos 2.1. O contexto: um mundo instável e turbulento 2.2. Necessidade de um « Rafting management » 12h15 : Almoço

A gestão de riscos – 28 de agosto de 2007 - 14h00 : 3. O que fazer antes que o risco se concretize 3.1. Antecipar 3.2. Proteger-se 3.3. Treinar 3.4. O método dos « Cenários de ruptura » 15h00 : 4. O que fazer quando o risco ocorre 4.1. O tratamento dos riscos de « menor impacto » 4.2. A gestão de crises 5. O que fazer após a ocorrência do risco 5.1. Conduzir o retorno à normalidade 5.2. O acúmulo de experiência 5.3. Repensar o futuro 17h00 : Conclusão do curso