PRECONCEITO LINGUÍSTICO: ESTUDO DE CASO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A ESCOLA ENTRE O SISTEMA DE ENSINO E A SALA DE AULA
Advertisements

Técnicas Educativas e Processos Grupais
Federação Portuguesa de Atletismo
Navegar com segurança é assunto para educação
Escola Municipal Professor Antonio Lopes Lins
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
15 DE SETEMBRO DE 2011 E.E.SENADOR FILINTO MULLER EXTENSÃO
PROJETO INTERDISCIPLINAR- PORTUGÊS E INGLÊS
ESCREVER HISTÓRIAS E DIÁLOGOS
PROJETO RELACIONADO AS TECNOLOGIAS PEDAGOGICAS NA ÁREA DO ENSINO FUNDAMENTAL.
PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
RESPEITO À DIFERENÇA EVITA O BULLYING
O COMPUTADOR COMO MEIO E COMO FIM
Prof.ª Me. Irene Scótolo de Oliveira 2009
A MAIOR BRONCA Apresentação e Montagem Luiz Carlos Peralva Música
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS
RELATO DE EXPERIÊNCIAS
Professora Lúcia Brasil
Governo do Estado do Tocantins Secretaria da Educação e Cultura
MOTIVAÇÃO PUC - USP.
Gramática Profª Regina.
Feedback Realimentação ou retroalimentação
E estou super – hipertriperfeliz!!!! Isso não é uma maravilha? Finalmente as pessoas começaram a compreender-me….. E estou super – hipertriperfeliz!!!!
PCNs – 1º Ciclo Língua Portuguesa. É pela mediação da linguagem que a criança aprende.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Cultura, Linguagem e Língua
Docência Universitária e Programas de Aprendizagem on line
Construtivismo em Sala de Aula
Observação da sala de aula
O Ensino de Ciências e suas Relações com o Contexto Social
Escola Promotora de Saúde – 2009/2010
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Trabalho em grupo.
As discussões desenvolvidas neste pôster têm em vista o eixo temático Currículo e prática pedagógica em espaços formais de educação. Dentro desse contexto,
Mediações e linguagens
O que é ensinar história?
Leitura e interpretação de texto
REDAÇÃO DE DOCUMENTOS TÉCNICOS
TEXTO DE REFERÊNCIA COMO TRABALHAR…
Mas, afinal, como falam (ou deveriam falar) as pessoas cultas
Existe falar certo e falar errado? (p. 68 e 69)
ÉTICA E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E EMPRESARIAL
Metodologia Ensino e Estágio de Língua Portuguesa III
TODOS CONTRA A PEDOFILIA
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC O CUIDADO EM SAÚDE.
Modelo Dialógico de Resolução de Conflitos. Origem dos conflitos Os conflitos de convivência que vemos e sobre os que atuamos são a ponta do iceberg.
Sabine Mendes Lima Moura, Dn. Universidade Veiga de Almeida (UVA)
A natureza da relação que os alunos estabelecem com os conhecimentos matemáticos escolares: Um estudo com os alunos da rede estadual de ensino. Ciências.
PRECONCEITO RACIAL UMA FORMA DE EXCLUSÃO SOCIAL
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Ana Valéria Dacielle Elvys Wagner Rinaldo
POR QUE INCLUSÃO? Maristella Abdala.
Compreensão oral Expressão oral Competências da oralidade
DEFESA - MONOGRAFIA CLÁUDIA ANDRÉA MOREIRA ALCÂNTARA
Concepções de linguagem e ensino de português
REGISTRO DE ESTUDO DE CASO Pesquisa diagnóstica:
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR (CAPES) PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) CENTRO UNIVERSITÁRIO.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
BULLYING: UM FENÔMENO DE AGRESSÃO NA ESCOLA
Daniela Santana João Rodrigues Braga
Mas, afinal, como falam (ou deveriam falar) as pessoas cultas
Relatório Módulo Gestão Integrada das Mídias
Identificação da atividade e do aluno
FISMA - FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA
APLICAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENIDZAGEM NO ANOS INICIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL.
Serviço de Psicologia Comunitária – SEPCOM
1º PRÊMIO SEB MUNDO LEITOR
Nome da escola: Instituto de ciências educativas Nome das alunas: Camila Almeida e Cátia Pinto Números: 8 e 11 Ano: 8º Turma: B.
Perfil do educador no trabalho com o ciclo inicial de alfabetização
Apresentação do Relatório Final
FORMAÇÃO DO NOVO PROGRAMA DE LÍNGUA PORTUGUESA Compreensão oral / Expressão oral.
Transcrição da apresentação:

PRECONCEITO LINGUÍSTICO: ESTUDO DE CASO EM LÍNGUA PORTUGUESA Marcelli Rocha

Violência escolar Viviane Marcelos – Define a violência como a transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade. Muller e Gonçalves – Apontam que a maneira como as crianças são tratadas pelos mais íntimos afeta o modo como se comportarão e tratarão as pessoas quando forem adultas. Gonçalves – Apresenta que as condições de vida precárias também são uma forma de violência. Lopes Neto – Apresenta o bullying, que é o termo utilizado para referir-se a uma forma de afirmação de poder interpessoal através da agressão. A vítima é feita de receptora das atitudes violentas do indivíduo que se considera poderoso.

Preconceito linguístico Beatriz Santomauro – Introduz o cyberbullying, que é a forma virtual do bullying e atinge a vítima mesmo longe do agressor. Preconceito linguístico Bagno, Possenti e Perini – Descrevem a variedade linguística como um dialeto que não segue a norma culta da Língua Portuguesa e gera uma divisão social causada pela diferença entre o português padrão e o português não-padrão. Bagno – Apresenta o mito da unidade da Língua Portuguesa – os sem-língua; – Relata também que quando os alunos são obrigados a decorar regras gramaticais que não utilizam, sentem-se desmotivados. – Apresenta o mito que o certo é falar do modo como se escreve.

Metodologia Escola: Escola particular em um bairro no subúrbio do Rio de Janeiro; Possui 12 unidades e vigora há 44 anos; Espaço físico confortável com sala de multimídia, laboratórios de ciências e informática, biblioteca, auditório, piscina e quadra poliesportiva; A unidade tem cerca de 2.500 alunos. Professora: Atua no magistério há 20 anos; Explica gramática trabalhando com textos; Não promove atividades em grupo e não incentiva a interação entre os alunos.

Foi morar com o padrinho para estudar em uma escola particular; Aluno: Menino de 12 anos; Foi morar com o padrinho para estudar em uma escola particular; Esforçado, porém não faz uso da norma culta da língua portuguesa ao se comunicar; Interessado no início com resultado bom na primeira avaliação; Sendo vítima de preconceito linguístico, se afastou do objetivo inicial de melhorar sua educação acadêmica por se sentir menosprezado. ___________________________________________________________

Análise David Snow – Apresenta os conceitos de identidades pessoal, social e coletiva. Marcação Identitária Discursiva “O aluno X era muito dedicado.” “Ele era paciente e estava sempre motivado.” Identidade pessoal “Era muito bom ver um aluno tão interessado apesar de toda dificuldade que tinha.” Identidade pessoal (da professora e do aluno)

“devido aos comentários maldosos dos outros alunos, ele (aluno X) começou a se sentir envergonhado e desestimulado.” “Passei a prestar bastante atenção quando alguém se dirigia ao aluno X com ofensas e tive que aceitar o fato de que estas crianças já têm tanto preconceito com o diferente. Chamavam-no de muitas coisas ruins, como se pudessem julgá-lo por seu modo de falar...” Identidade social “Não teríamos que presenciar cenas de menosprezo e humilhação, principalmente em sala de aula.” Identidade coletiva

Para a professora o preconceito linguístico é o julgamento feito pelo fato de um indivíduo não utilizar a norma culta da Língua Portuguesa ao se expressar – Formal / Informal. A docente também afirma que os alunos se sentiriam interessados pelos conteúdos se estes estivesses vinculados às suas realidades. Mapeamento Identitário: foco pessoal Aluno - dedicado; - espontâneo; - desestimulado; - envergonhado. Professora - gostava de ver o interesse do aluno X; - não inclui na função do professor o envolvimento em atitudes violentas em sala de aula. Outros alunos - maldosos; - preconceituosos.

O preconceito linguístico deve ser visto como uma violência? Os alunos afetados têm sua educação prejudicada? Os professores sabem lidar com situações de violências linguísticas?