Resposta às catecolaminas Márcia Pimentel Unidade de Neonatologia do HRAS/SES/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 6/12/2010 A resposta às catecolaminas.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Fisiologia endócrina Resposta ao estresse.
Advertisements

Mecanismo de ação dos antidepressivos
CLASSIFICAÇÃO DA HIPERTENSÃO E ATUALIZAÇÃO TERAPÊUTICA
INFLUÊNCIA DA CONTRATILIDADE NA CURVA DE FUNÇÃO VENTRICULAR
CONTROLE DO DÉBITO CARDÍACO
Gian Almeida Gian Almeida, ACBC.
Regulação e Integração Cardiovascular
Apresentadora: Ana Virginia Lopes de Sousa UTI NEONATAL – HRAS/SES/DF
FAMACOLOGIA CARDIOVASCULAR II
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
GLICOGÊNIO.
Angiotensina-(1-7) como um regulador do Sistema Cardiovascular
O SISTEMA NERVOSO Centro de controle.
Regulação Nervosa da Circulação
Drogas Utilizadas em Terapia Intensiva
Farmacologia da Transmissão Adrenérgica
O Sistema Nervoso Autônomo
DROGAS CARDIOVASCULARES
O Metabolismo Energético
Resposta do organismo ao jejum e ao trauma
Choque no RN: Tratamento e Monitorização Introdução Grande número de prematuros necessita de suporte cardiovascular nos primeiros dias de vida Centro.
FIBRATOS Diminuem o fluxo de AG Livres para o fígado, reduzindo a síntese hepática do VLDL. Estimulam atividade da lipase lipoprotéica, aumentando a excreção.
OS EFEITOS DO BARULHO EM RN PRÉ-TERMOS NA UTI NEONATAL
S.N.A Simpático Fibras, Receptores e Neurotransmissores.
transmissão colinérgica e noradrenérgica
Cardiopatias no Recém-nascido
Regulação do Bombeamento Cardíaco
Complicações Hemodinâmicas e Arritmias no Pós Operatório
Quando suspeitar de cardiopatia congênita no RN
Raciocínio Fisiológico Aplicado Marcele Cristina Vieira Chaves
Farmacodinâmica Prof: Ueliton S. Santos.
Fibras, receptores e neurotransmissores do sistema nervoso simpático.
Apresentação: Débora Matias-R3 UTI Pediátrica-HRAS/HMIB
Fisiologia Cardiovascular
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Drogas Vasoativas Utilizadas em Terapia Intensiva e Emergências
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA INFÂNCIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS  RACIOCÍNIO FISIOLÓGICO APLICADO.
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
Drogas Vasoativas Dr Eduardo Hecht PSI-HRAS
Atenolol Beta bloqueador simpatolítico seletivo para receptores beta- 1: reduz PA No coração: reduz FC (reduz assim DC) Nos rins: inibe renina (reduz RP)
Minerva Anestesiol 2011;77:986-62
Adrenérgicos Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Drogas Vasoativas (DVA)
Fisiologia Cardiovascular
Paulo R. Margotto/ESCS-DF
Escola Superior de Ciências da Saúde Internato-6a Série – (Neonatologia) - HRAS/HMIB/SES/DF Apresentação: Ana Luíza Diogo, Gabriela Berigo, Laise Valverde.
Apnéia Neonatal Unidade de Neonatologia do
3. Quais as contra- indicações do uso de β – bloqueador?
Fisiologia do Sistema Nervoso
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Drogas Adrenérgicas e Antiadrenérgicas
Avanços recentes na patogênese e tratamento da hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido (Recent advances in the pathogenesis and treatement of.
Drogas Vasoativas.
Early Human Development, 2005;81:
CHOQUE SÉPTICO NO RECÉM -NASCIDO
Drogas que atuam no SN simpático
ANESTESIA GERAL ANESTESIOLOGIA - UFPE.
Dias 17 e 18 Outubro de 2013 Mais informações pelo site:
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO
Regulação da Pressão Arterial Grupo de Monitores de Fisiologia Geral César Sebben Caxias do Sul, Abril de 2014.
Drogas Vasoativas e Farmacologia na RCP
FARMACODINÂMICA Estudo de ações e efeitos de fármacos e seus mecanismos de ação no organismo.
Fisiologia do Sistema Cardiovascular
SINAPSE Profa. Dra. Cláudia Herrera Tambeli.
SISTEMA NERVOSO Fisiologia Humana Curso de Nutrição
Choque Hipovolêmico.
Drogas Vasoativas Curso de Terapia Intensiva
Robert M. Ward, Ralph A. Lugo Clinics in Perinatology. Dec 2005 (32)
Resposta às catecolaminas Márcia Pimentel Unidade de Neonatologia do HRAS/SES/DF Brasília, 6/12/2010 A resposta às catecolaminas.
Transcrição da apresentação:

Resposta às catecolaminas Márcia Pimentel Unidade de Neonatologia do HRAS/SES/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 6/12/2010 A resposta às catecolaminas são mediadas por receptores: Alfa 1 e alfa 2 ( e seus sub tipos) Beta 1 e beta 2

Alfa 1: Receptores pós-sinápticos; se ligam a fosfolipase C através da proteína G estimuladora. Existentes no miocárdio e vasos. Estímulo a receptores ALFA1 inotropismo e tonus vascular PA e Pós carga

Alfa 2: receptores pré-sinápticos, envolvidos na liberação de norepinefrina; mediam o do tônus vascular.

Beta 1: presente, em maioria, no coração. AMPc através da via dependente de prtn G FC e inotropismo Beta 2: causam ampla vasodilatação e broncodilatação. Podem mediar um da FC, parte como resposta reflexa, parte por ação direta sobre o miocárdio (<).

Receptores dopaminérgicos específicos Consistem em 5 receptores geneticamente diferentes, que caem em 2 grupos: D1 like: receptores d1 e d5 D2 like: receptores d2, d3 e d4.

Receptores dopaminérgicos D1 like: são receptores pós-sinápticos e dependentes da prtn G; acoplam-se a adenilciclase e fosolipase C. Promovem vasodilatação na circulação renal, alças intestinais, miocárdio e cérebro.

Receptores dopaminérgicos D2 like: são pré e pós sinápticos e inibem a atividade da adenilciclase. Têm efeitos fisiológicos muito limitados na função tubular renal.

Dopamina Estimula receptores alfa 1 e alfa 2, beta 1 e receptores dopaminérgicos específicos. Tem pouca ou nenhuma atividade beta 2, e não causa vasodilatação. Para receptores beta 1, é 30 a 40 x menos potente do que a epinefrina ou a norepinefrina.

Dopamina - farmacocinética Muito variável no RN; a mesma dose administrada pode produzir concentrações séricas que variam até 100x! Clearence variável devido a atividade de 3 sistemas enzimáticos que metabolizam a dopamina. Variação na densidade e afinidade dos receptores, o que leva a marcadas variações individuais.

Dopamina - toxicidade Não atravessa a barreira hematoencefálica em grande quantidade Os receptores d2 são importantes para regulação hormonal. Mesmo em baixas doses, a dopamina produz resposta endócrina durante infusão: Cessa produção de prolactina Pulso de HG desaparece Inibe liberação de TRH T4 e T3

Dopamina - Toxicidade T3 está associada a pobre desenvolvimento neurocomportamental do Rn PT. Estimula receptores do seio carotídeo ventilação e drive respiratório

Dobutamina Sintetizada com o intuito de se criar um beta 2 agonista seletivo. No entanto, possui ação sobre ambos os receptores: beta 1 e alfa É um efetivo agente inotrópico, que causa também vasodilatação e moderada taquicardia.

Dobutamina Doses altas podem PA, por um da RVS. Toxicidade: Poucos efeitos tóxicos; em lactentes: taquicardia, que pode ser resolvida com a redução da dose.

Epinefrina Estimula receptores alfa1, alfa2, beta 1 e beta 2. Causa vasodilatação em doses muito baixas; o efeito inotrópico aumenta conforme a dose, e começa a causar vasoconstricção importante em altas doses.

Epinefrina Em doses muito altas, a vasoconstricção se sobrepõe ao efeito inotrópico positivo e o DC começa a cair. Doses : DC Doses moderadas: também PA, mas estudos em humanos são limitados.

Epinefrina - Toxicidade concentração sérica de lactato: produção e seu metabolismo. Doses : prejuízo ao fluxo sanguíneo intestinal e na liberação de O2 às alças (efeito mediado pelo receptor alfa)

Norepinefrina Não foi muito estudada em modelos neonatais, devido a sua < afinidade pelos receptores beta2. Muito provavelmente, causa > vasoconstricção do que a epinefrina. Tem sido amplamente usada em adultos com sepse por Gram negativo e choque quente, nos quais melhora a oferta dde O2 aos tecidos e o DC.

Norepinefrina Uma vez que choque séptico acompanhado por vasodilatação não é comumente visto em RN, tem um papel limitado em neonatologia. Pode ser indicada no choque quente na criança maior.

Inotrópicos não catecóis / agentes pressores Agentes que bloqueiam a ação da fosfodiesterase III têm sido usados em adultos e crianças mais velhas. AMPc intracelular Efeito inotrópico + e vasodilatação

Inotrópicos não catecóis / agentes pressores Em modelos mamíferos neonatais, a PDE III tem efeitos mínimos ou nenhum efeito, podendo inclusive ser observado efeito inotrópico negativo. Vasodilatação tem sido demonstrada em limitados estudos neonatais.

Inotrópicos não catecóis / agentes pressores Milrinona pode ter outros efeitos adversos: Lesões musculares por aumento do trabalho cardíaco, e isto pode exceder a oferta de O2 ou substrato ao músculo cardíaco.