O meio rural brasileiro Capítulo 32

A atividade agrária vem se modernizando no Brasil nas últimas décadas, se tornando um importante ramo da atividade industrial. Maior venda de agrotóxicos; Maior venda de máquinas agrícolas; Aumento do Agribusiness (Centro-sul). O território brasileiro não possui grandes empecilhos ao cultivo, como acontece em outros países.

27% da área é ocupada pela agropecuária 21% pecuária 6% agricultura SUBUTILIZAÇÃO DO TERRITÓRIO PARA FINS AGROPECUÁRIOS OS MELHORES SOLOS: mais férteis; com máquinas agrícolas modernas; uso de agrotóxicos. Exportação; ou abastecimento das indústrias (soja, café, cana-de-açúcar e fumo) visam

pois privilegiam-se as áreas destinadas à exportação. Fica em segundo plano, pois privilegiam-se as áreas destinadas à exportação. Papel da Agropecuária: 1º - fornecer divisas através das exportações; 2º - fornecer matérias-primas à industria; 3º - produzir alimentos para abastecer a população nacional. E a produção para o mercado Interno??

A prioridade dada às lavouras de exportação trouxe consequências como: Necessidade de importação de gêneros alimentícios de consumo interno como: carne, leite em pó, alho, cebola etc. Produtos agrícolas muito caros para consumo da população brasileira;

ESTRUTURA FUNDIÁRIA E REFORMA AGRÁRIA PÉSSIMA DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS Em sua maior parte são improdutivos! Fome e Subnutrição IMÓVEIS RURAIS -% ÁREA OCUPADA - % 53% (minifúndios) 2,6% 2,4% (latifúndios) 78%

Problema: Excessiva concentração de terras em mãos de uma minoria de proprietários; normalmente essas terras são as mais férteis (mais valorizadas) e ou estão destinadas a produzir para fins de exportação ou estão improdutivas. A terra é um bem, que possui um valor social que é PRODUZIR. Porém os grandes proprietários compram terras para fins especulativos (esperando valorização) e, muitas vezes as mantém improdutivas.

Concentração de terras nas mãos de minorias Milhões de famílias camponesas sem terras para cultivar Tal estrutura promove o êxodo rural e gera CONFLITOS!!!

criam movimentos como o MST com objetivo ocupar (invadir) terras devolutas (pertencentes ao governo), ou terras consideradas improdutivas. Baseiam-se na Constituição, que diz que "a terra rural deve ser socialmente produtiva e economicamente utilizada". Necessidade de Reforma Agrária Porém não adianta distribuir terras somente! Sem-terra

É preciso dar possibilidades para que o agricultor permaneça na terra! garantindo crédito bancário facilitado; garantia de transporte; linhas de acesso ao mercado consumidor; modernizando as técnicas de cultivo para aumentar a produtividade; disponibilizando sementes. É por isso que a reforma agrária deve ser acompanhada de uma reforma da política agrícola. Como?

Reforma Agrária Feita através de assentamentos em áreas desapropriadas pelo Estado (estas normalmente improdutivas; 1996 – por meios fiscais, através do ITR (imposto territorial rural. Quanto maior a propriedade e menor o seu grau de utilização, maior o imposto. Na prática, esta lei deveria obrigar os latifundiários a produzir em sua terras, vendê-las, subdividi-las, ou arrendá-las, para torná-las produtivas.

Agricultura familiar é responsável pela produção de milho, batata, feijão, mandioca, carne suína e aves, ovos, leite, legumes, verduras e frutas. Produzem mais em função do espaço que ocupam e por isso devem ser estimuladas (mais eficientes); Já a agricultura realizada em grandes propriedades produz carne bovina, soja, cana-de-açúcar e arroz. Porém, aproveitam menos seu espaço – isto quando produzem...

Mudanças no uso da terra Entre 1996 e 2006, houve: Expansão em direção à região Norte, principalmente. Destaque para a produção de soja. Revela uso mais intenso da terra, pois houve crescimento dos principais rebanhos (bovinos, suínos e criação de aves). aumento da área de lavoura diminuição das pastagens

Metade do século XX – Industrialização do meio rural e formação de COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS. Agricultura Moderna Utilização de: Formação de cadeias produtivas complexas! A expansão é DESIGUAL pelo território nacional, concentrada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com produção intensiva de alta produtividade. Ligação CAMPO –INDÚSTRIA - SISTEMA FINANCEIRO Agrotóxicos Adubos químicos/ fertilizantes Máquinas e equipamentos

CANA-DE-AÇÚCAR Incorporação de tecnologia inovadoras e aumento da produtividade; Regiões produtoras: destaque para São Paulo com 57% da produção. Demais regiões: litoral nordestino e norte o Paraná.

CAFÉ Importante fonte de renda para o país até meados do século XX; Organização da cadeia produtiva e um selo de qualidade; Produção concentrada na região do Cerrado brasileiro, com sementes selecionadas e rigoroso controle de crescimento de mudas.

SOJA Brasil é o 2º maior produtor do mundo; É um dos principais produtos de exportação na forma de grãos, óleo e farelo (fabricação de ração); A expansão do cultivo ocorreu principalmente entre 1960 e 1980, resultado de incentivo governamental e maior acesso às linhas de crédito; Até 1970, a produção concentrava-se na região Sul;

Soja Pesquisas realizadas pela Embrapa, levaram a produção de um tipo de soja adaptada a solos tropicais. Atualmente a maior produção encontra-se nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás; A produção no cerrado exige cuidados com o solo, por ser muito ácido, sendo necessário a adição de calcário para sua correção; A expansão da soja em direção ao centro-oeste e sul da Amazônia têm atraído fazendeiros do sul, expandindo a fronteira agrícola.

Mapa da produção de soja (IBGE, 2008) http://www.agric.com.br/producoes/cultivo_da_soja.html O escoamento do produto para exportação é feito principalmente por rodovias, que ligam com os principais portos do país, como o de Santos (SP) e de Paranaguá (PR). Porém, também é feito por Estradas de Ferro e Hidrovias; Problemas de logística, esta baseada no sistema rodoviário, encarece escoamento de soja no Brasil.

LARANJA Maior produtor mundial de laranja; Maior exportador de suco de laranja – 90% de todo suco vendido nos mercados mundiais; Maior estado produtor: São Paulo.

Agricultura Orgânica, Alternativa ou Sustentável Não utiliza agrotóxicos. Há controle biológico com a introdução de predadores naturais; Não utiliza adubos químicos e sim esterco e restos vegetais; menor impacto ambiental; Realizada em forma de policultura com maior variedade vegetal (com rotação de cultura) em pequenas e médias propriedades; Menor utilização de máquinas e maior emprego de mão-de-obra minimizando impactos sociais (menor desemprego); Produção de alimentos mais saudáveis Ainda não é realizada em grande escala, como na agricultura moderna, e por isso tem preços mais elevados (destinados a uma parcela da população que pode pagar).