LÍNGUA PORTUGUESA amandars.adv@hotmail.com Amanda Rodrigues.

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Transcrição da apresentação:

LÍNGUA PORTUGUESA amandars.adv@hotmail.com Amanda Rodrigues

BIBLIOGRAFIA GRAMÁTICA: EVANILDO BECHARA – MODERNA GRAMÁTICA PORTUGUESA CELSO CUNHA – NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO DOMINGOS PASCHOAL CEGALLA - NOVÍSSIMA GRAMÁTICA BRASILEIRA APOSTILAS DE APOIO PROVAS DE OUTROS CONCURSOS

INTRODUÇÃO DIFERENÇAS: LINGUAGEM LÍNGUA OU IDIOMA (CÓDIGOS LINGUÍSTICOS – PATRIMÔNIO) GRAMÁTICA (SISTEMATIZAÇÃO -HISTÓRICA E NORMATIVA).

GRAMÁTICA DIVISÃO GRAMATICAL Sistematização dos fatos da língua em sua fase de evolução. Forma culta. DIVISÃO GRAMATICAL Fonética: estudo dos sons (fonemas/ pronúncia) da fala. (Cegalla) Morfologia: estudo da classificação da PALAVRA de forma isolada. Sintaxe: estudo da PALAVRA na estrutura da FRASE. Semântica: estudo do SIGNIFICADO da palavra. Estilística: estudo do ESTILO do processo de expressão (figuras de Linguagem – emoção).

MÓDULO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Parte I Língua Portuguesa MÓDULO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Parte I

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO: TÉCNICA COMPREENSÃO ≠ INTERPRETAÇÃO COMPREENSÃO Refere-se exclusivamente ao TEXTO *Coletar dados do TEXTO/ A informação está no TEXTO. INTERPRETAÇÃO A informação está FORA do texto, mas está conectado a ele. *Necessita de uma ANÁLISE/ DEDUÇÃO do TEXTO. Inferência ou dedução textual.

Exemplos de enunciados de COMPREENSÃO: No texto, a expressão figurada que indica um uso coloquial, isto é, menos formal da língua, é... ( CESPE – TJ /RJ - 2008) Na organização do texto, os termos que se referem a Maquiavel não incluem...(CESPE – TJ/RJ – 2008) (O texto informa que.../ Na opinião do autor do texto.../ Tendo em vista o texto.../ Segundo o texto.../ O texto diz que.../ De acordo com o texto.../ O autor do texto refere-se.../ O autor justifica... O autor explica...)

EXEMPLOS DE ENUNCIADOS DE INTERPRETAÇÃO Da leitura do fragmento do texto acima depreende-se que o autor... (CESPE – TJ/2008). A frase de Disraeli, tal como é entendida e desenvolvida no texto, reporta-se à necessidade de que... (FCC) Quem propaga frases como as citadas entre aspas no último parágrafo parece admitir que... (FCC) O autor afirma no primeiro parágrafo: Certos estavam os teólogos e os astrônomos antigos (...). Com essa afirmação, pretende ele... (FCC) ( Infere-se.../ Conclui-se... / O texto permite deduzir que.../ Subentende que.../ O texto encaminha o leitor para.../ A intenção do autor é...)

PARA GRAVAR! tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra Carlos Drummond de Andrade

NA PRÁTICA! Questão (FCC)- O autor afirma no primeiro parágrafo: Certos estavam os teólogos e os astrônomos antigos(...). Com essa afirmação, pretende ele: menosprezar a legitimidade das investigações e das conclusões científicas. provar que os astrônomos antigos colocavam a emoção acima da razão. iniciar uma argumentação na qual relativiza o peso das verdades racionais. concluir sua tese de que as propriedades do universo derivam do amor. demonstrar seu respeito pelos sábios antigos, mais sensíveis que os atuais.

NA PRÁTICA! 2) Questão (FCC) – No texto, o autor: põe em foco um determinado estrato social, particularizando uma tentativa de disciplinamento oficial. desenvolve considerações minuciosas a respeito do tema central de seu discurso: a carta de Luís Diogo Lobo da Silva. narra um específico episódio ocorrido em Minas, tomado como exemplo do que se pode esperar da ação de grupo de infratores. lança hipóteses sobre as causas de um determinado comportamento social, depois de caracterizá-lo a partir da teoria de pesquisadores, religiosos ou não. toma os dados de pesquisa histórica como apoio para expressar e justificar o seu próprio juízo de valor acerca de infratores.

MÓDULO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO LÍNGUA PORTUGUESA MÓDULO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Parte II

RECEITA PARA UMA BOA LEITURA DO TEXTO Origem: do latim textum = tecido. Concentração em abundância; Ler o texto duas vezes (no mínimo); Realizar a inferência textual; Lembre-se: foque nas ideias do autor; Fragmentar o texto (parágrafos) para facilitar a compreensão;

RECEITA PARA UMA BOA LEITURA DO TEXTO 6. Faça perguntas sobre o texto (Qual é o assunto principal do texto?); 7. Treine em apostilas e livros a compreensão e interpretação de texto; 8. Crie o hábito de leitura; 9. Fique atento ao enunciado (pegadinhas/ correta/ incorreta);

RECEITA PARA UMA BOA LEITURA DO TEXTO 10. Leia a questão e retorne ao texto; 11. Preste atenção aos sinais de pontuação e dê a entonação adequada; 12. Faça um fluxograma do texto.

Sobre a Segunda Leitura Use o lápis/caneta; “Recorte” o texto; Destaque os verbos e advérbios de tempo/ lugar; Destaque as ideias centrais; Faça o esboço do fluxograma (riscar setas); Destaque os parágrafos mencionados no enunciado das questões. Parafrasear: reescrever o texto com outras palavras.

CONCURSO Saiu o Edital para Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. 90 vagas Prova objetiva: 23 de novembro BANCA: FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (FGV)

NA PRÁTICA! 1)QUESTÃO (FGV-2011-TRE- PARÁ-TÉCNICO JUDICIÁRIO). O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi aprovado há nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a razão pra se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha. Evidentemente, R$ 300 milhões é um curto irrisório para a consolidação da democracia. No entanto, a questão é mais complexa. O fundo partidário é utilizado de forma pouco transparente e, algumas vezes, desviado dos propósitos originais de fortalecimento do partido. Enfim, as máquinas partidárias muitas vezes se tornam aparelhos ou feudos controlados por poucos e financiados por todos nós. Seria uma verba bem utilizada se fosse integralmente destinada ao fortalecimento da instituição e não ao pagamento de dívidas de campanhas eleitorais. Aliás, o melhor para a democracia seria separar os fundos partidários dos destinados às campanhas eleitorais. Tais verbas deveriam estar claramente separadas e não poderiam se comunicar. Minha proposta é a de que o fundo partidário seja composto por uma quantia mínima para o partido manter uma estrutura básica. O resto deve ser obtido na militância, com base em atividades voltadas para a arrecadação de fundos. Partidos devem ir ás ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas. Não é o caso hoje. Os partidos políticos transferem sua existência para o Congresso e só acordam às portas das eleições. Ficam hibernando à espera do momento eleitoral quando deveriam estar em praça pública em busca de militantes e se expondo ao debate.

No caso das campanhas eleitorais, a solução deve ser mais radical ainda. Nenhum dinheiro público nem de empresas poderia ser utilizado. A campanha deveria ser articulada com contribuições de cidadãos a partir de um limite universal. Todos podem contribuir até um determinado valor e declara a doação na Justiça Eleitoral. Ambas propostas visam trazer partidos e candidatos para as ruas, oferecendo suas propostas e buscando recursos para sua existência e par as campanhas eleitorais. É um modo de os partidos e candidatos se encontrarem com a cidadania em bases regulares. Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir – de verdade – em bases cotidianas. Devem promover eventos, debater propostas, acompanhar a gestão dos governos, discutir o exercício do poder. E não ser meros instrumentos de tomada do poder. No caso dos partidos políticos brasileiros, existe um agravante. Por conta de nossa herança patrimonialista, as organizações partidárias surgiram, em sua grande maioria, de dentro das estruturas do Estado. Assim, a tarefa de mobilizar os cidadãos e cobrar coerência ideológicas dos eleitores e lideranças políticas é ainda mais complexa. Além de parcelas expressivas da sociedade estarem excluídas do debate político pelas mais variadas razões, o custo de fazer política é alto se comparado com os benefícios que ela pode trazer para o seu dia a dia. Obviamente, minhas propostas são românticas e inviáveis no atual momento da política nacional. No entanto, a questão do Ficha Limpa começou de forma inviável e romântica e, aos poucos, ganhou corpo e prosperou. O certo é que a questão do financiamento de partidos e de campanhas é essencial para o futuro da nossa democracia e deve ser objeto de séria reflexão. (Murillo de Aragão. Página20,21/ 1 /2011)

NA PRÁTICA! Com base na leitura do texto, NÃO é correto afirmar que: O aumento do Fundo Partidário em 2011 se dá a fim de cobrir despesas de campanha. A participação dos partidos políticos na vida pública ocorre diuturnamente, como prova o constante diálogo deles com a população. Há elementos da sociedade brasileiro que, embora importantes, ficam à margem dos debates políticos. Se defende que as doações para as campanhas ocorram exclusivamente por parte de pessoas físicas, o que seria fundamental para o encontro com a cidadania. Apesar de apresentar ideias aparentemente utópicas, elas podem ganhar força, como ocorreu com o Ficha Limpa.

MÓDULO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO LÍNGUA PORTUGUESA MÓDULO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Parte III

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INFERÊNCIA TEXTUAL: É muito importante que o candidato imagine o que o Autor quis dizer no texto. Como já abordado, o candidato irá fazer uma DEDUÇÃO. Deve procurar a resposta no início, pois o Autor costuma abranger o tema nesta parte introdutória.

NA PRÁTICA (MP – RJ – NCE) TEXTO: RECURSOS HUMANOS “Gramática para Concursos – Marcelo Rosenthal” Li que a espécie humana é um sucesso sem precedentes. Nenhuma outra com uma proporção parecida de peso e volume se iguala à nossa em termos de sobrevivência e proliferação. E tudo se deve à agricultura. Como controlamos a produção do nosso próprio alimento, somos a primeira espécie na história do planeta a poder viver fora do seu ecossistema de nascença. Isso nos deu mobilidade e a sociabilidade que nos salvaram do processo de seleção, que limitou outros bichos de tamanho equivalente e que acontece quando uma linhagem genética depende de um ecossistema restrito fica geograficamente isolada e só evolui como outra espécie. É por isso que não temos mudado muito, mas também não nos extinguimos. Luís Fernando Veríssimo

Segundo o texto, (Compreensão) o sucesso da espécie humana é medido: Por sua capacidade de viver fora de seu ecossistema. Por sua sobrevivência e proliferação. Por possibilidade de produzir seu próprio alimento. Por sua inalterabilidade e resistência à extinção. Por sua agricultura.

Alternativa B – O candidato tem que atentar para o que foi perguntado. RESPOSTA: Alternativa B – O candidato tem que atentar para o que foi perguntado. Foi perguntado como o sucesso foi medido e não pelo que foi causado.

Dizer que a espécie humana “é um sucesso sem precedentes” equivale a dizer que: Não há explicações possíveis para esse sucesso. Poucas espécies tiveram sucesso semelhante. Nada ocorreu antes que pudesse explicar esse fato. Nenhuma outra espécie já atingiu tal sucesso. Nosso sucesso é independente de nossos antepassados.

RESPOSTA: Alternativa D – Porque se refere à qualquer outra espécie. Nota-se a importância de ter o conhecimento prévio do termo “precedente” para a devida resposta. Este conhecimento acontece por meio do estudo da Gramática.

“Nenhuma outra com uma proporção parecida de peso e volume se iguala à nossa em termos de sobrevivência e proliferação”. Pode-se inferir desse segmento que: Não há outras espécies com a mesma proporção de peso e volume que a espécie humana. Só a espécie humana vai sobreviver. Só a espécie humana proliferou de forma tão rápida e ampla. Sobrevivência e proliferação são valores que medem o sucesso de uma espécie. Nossa proporção de peso e volume ajudou a nossa espécie a ter sucesso.

RESPOSTA: Alternativa D – Se o que difere esta espécie das demais com mesmo peso e proporção é a grande capacidade de proliferação e sobrevivência, é porque estes constituem dois elementos de comparação.

A BANCA “ Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...” Sun Tzu – A Arte da Guerra

A BANCA Não tem como medir o grau de dificuldade da prova. As questões costumam ser de múltipla escolha com cinco alternativas. Costuma seguir o Manual de Redação da Presidência ( no dia 11 de janeiro de 1991, o Presidente autorizou a alteração das normas na redação de atos e comunicações oficiais).Exemplos: ofício, parecer, ata... Em toda prova da FGV há várias questões de gramática e algumas de interpretação/compreensão. Entretanto, primeiro leia as questões.

NA PRÁTICA! FGV – 2013 – CONDER – ADVOGADO Texto: Soluções inovadoras para grandes centros A população urbana aumentou no mundo de 10% para 50% no total da humanidade, ao longo do século passado. Previsões indicam que, em meados deste século, as grandes cidades vão abrigar 75% de toda a população mundial. Com mais de 200 milhões de habitantes, 85% nos grandes centros, o Brasil terá, até 2030, 91% de sua população concentrada nas cidades, especialmente nas metrópoles, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Só as duas maiores, São Paulo e Rio de Janeiro, reúnem 20% da população urbana brasileira. O que leva as pessoas a se amontoarem, em especial nas metrópoles, são as perspectivas de propriedade e de mais qualidade de vida, em termos de emprego, habitação, saúde e educação. Ainda hoje, as cidades grandes e mais antigas respondem por quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ou seja, os grandes centros urbanos se tornaram o lugar privilegiado de intercâmbio econômico mundial e das melhores oportunidades ligadas ao conhecimento, à pesquisa e à inovação. Apesar de sua dimensão estratégica para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, a questão urbana permanece sem um debate nacional à altura de sua importância e a gestão das cidades recebeu pouco estudo e investimento até agora. Essas foram algumas das razões que levaram a Confederação nacional da Indústria (CNI) a promover, com o apoio do jornal O Globo, o seminário Desafios da Mobilidade Urbana no Brasil, realizado no Rio. O seminário reuniu representantes de indústria, do poder público da sociedade civil e uma plateia de 150 pessoas. O ponto de partida para a discussão foi um estudo coordenado pelo arquiteto e urbanista Sérgio Magalhães sobre o tema. O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia e presidente do Conselho de Infraestrutura da CNI, José de Freitas Mascarenhas, revelou que o próprio setor produtivo já sente os efeitos da deteriorização das cidades. Ele citou como exemplo o aumento de 8% para 17%, de 1992 até agora, dos trabalhadores que levam mais de uma hora no trajeto entre a casa e o trabalho em Salvador (BA). Diante da constatação de que em municípios maiores, como o Rio de Janeiro, 25% das pessoas já levam mais de duas horas para fazer o mesmo percurso, ele defende a criação de um fundo de desenvolvimento das grandes cidades, com provisão de recursos necessários e compatíveis com a situação de urgência vivenciada pelo Brasil. “É necessário conter o espraiamento e estimular o adensamento demográfico; privilegiar o transporte público de alto rendimento em redes multimodais; criar novas centralidades, oferecendo as condições dos bairros se tornarem autossuficientes; reduzir o passivo ambiental urbanizando as cidades informais; e modernizar os instrumentos de governança e de planejamento das cidades”, assinala Mascarenhas. ( O Globo, novembro de 2013) www.questoesdeconcursos.com.br

A finalidade maior da produção do texto é a de a) Divulgar mais uma obra de valor social realizada pelo jornal O Globo. b) Colocar em discussão os desafios da mobilidade urbana. c) Informar sobre seminário de tema urgente para o Brasil. d) Indicar soluções para o problema do transporte do Rio de Janeiro. e) Discutir vários pontos de vista sobre o problema dos transportes.

RESPOSTA: Alternativa B É evidente que o texto apela para a discussão da mobilidade urbana. Nota-se que o texto busca apresentar índices, soluções e previsões sobre o assunto.

Ao falar de “redes multimodais”, o texto alude a redes de transporte de Tipos variados. Lugares diferentes. Diferentes fontes de energia. Épocas variadas. Vários preços.

RESPOSTA: Alternativa A Alumia para a quantidade de alternativas de transportes de diferentes tipos.

MÓDULO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO LÍNGUA PORTUGUESA MÓDULO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Parte IV

NA PRÁTICA! Da ação dos justos Da ação dos justos Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à frequente omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações de violência e de corrupção que se multiplicam em nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe uma ética atuante, cujos valores se materializam em reação efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de dignidade. Como não concordar com a oportunidade da frase? Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a comentários pessoais, não indo além de um mero discurso ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é impotente, e seu efeito é nenhum; se ela se converte em gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e gera consequências. A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas pela total ausência de compromisso com o interesse público. Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e não abram mão de reagir contra quem a ignore. A inação dos justos é tudo o que os contraventores e criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”, “Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”, promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem Vê a barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira, seu cúmplice silencioso. *Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX. ( Aristides Villamar) Da ação dos justos Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à frequente omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações de violência e de corrupção que se multiplicam em nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe uma ética atuante, cujos valores se materializam em reação efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de dignidade. Como não concordar com a oportunidade da frase? Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a comentários pessoais, não indo além de um mero discurso ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é impotente, e seu efeito é nenhum; se ela se converte em gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e gera consequências. A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas pela total ausência de compromisso com o interesse público. Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e não abram mão de reagir contra quem a ignore. A inação dos justos é tudo o que os contraventores e criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”, “Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”, promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem Vê a barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira, seu cúmplice silencioso. *Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX. ( Aristides Villamar)

FLUXOGRAMA O fluxograma será feito na segunda leitura. Prepare a caneta! Divida os parágrafos em períodos. Grife as frases e as palavras que identifiquem a ideia principal do texto e as informações requisitadas nas questões. Ressalte os adjetivos (porque expressam a opinião do autor/ juízo de valor).

FLUXOGRAMA

NA PRÁTICA! A frase de Disraeli, tal como é entendida e desenvolvida no texto, reporta-se à necessidade de que: Os homens de bem e os canalhas se congracem na mesma audácia. A intempestividade dos homens supere a dos desonestos. A ousadia dos bons cidadãos não fique atrás da dos patifes. O atrevimento dos desclassificados coíba o dos justos. Os cidadãos honestos e os meliantes distingam entre o bem e o mal.

NA PRÁTICA! 2) Atente para as seguintes afirmações: I – Às escandalosas práticas dos canalhas deve corresponder um reação objetiva, que tenha envergadura social e peso político. II – Os homens de virtude não confrontam o que é justo e o que é injusto porque sabem relativizar o valor do bem e o do mal. III – Do quarto parágrafo depreende-se que certas frases do senso comum induzem à complacência com as ações mais nefastas. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em I e II, somente. I e III, somente. II e III, somente. III somente. I, II e II.

NA PRÁTICA! 3) Quem propaga frases como as citadas entre aspas no último parágrafo parece admitir que: a respiração é vencida por uma ética atuante. a cumplicidade silenciosa é o mal maior. o discurso ético é o primeiro passo para a moralização. não se deve abris mão de uma reação ética. os descalabros fazem parte de nossa natureza.

“Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura.” Olavo Bilac Poema “Língua Portuguesa”