REANIMAÇÃO NEONATAL E PEDIÁTRICA: CONDUTAS

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Transcrição da apresentação:

REANIMAÇÃO NEONATAL E PEDIÁTRICA: CONDUTAS Universidade Federal do Ceará Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE) Departamento de Enfermagem Disciplina: Enfermagem no processo de cuidar da criança II REANIMAÇÃO NEONATAL E PEDIÁTRICA: CONDUTAS Facilitadora: Andréa Lopes Barbosa Fortaleza-Ce 2008

ASFIXIA PERINATAL 23% (1 milhão/ano) Morrem ao ano (OMS - 2004) 4.000.000 de RN (1 milhão/ano) 23%

Mortalidade neonatal precoce 10% dos óbitos notificados 2004 3.026.548 NV 54.183 óbitos < 1 ano 27.499 (51%) óbitos < 7 dias Mortalidade neonatal precoce ~12 por mil NV 10% dos óbitos notificados ASFIXIA PERINATAL DATASUS: Informações de saúde Estatísticas vitais www.datasus.gov.br

Brasil ~ 303.000 RN/ano; 830 RN/dia 1 a cada 10 RN necessita de assistência para iniciar a respiração ao nascimento Brasil ~ 303.000 RN/ano; 830 RN/dia 1 a cada 100 RN necessita de intubação e/ou massagem cardíaca Brasil ~ 30.300 RN/ano; 83 RN/dia 1 a cada 1.000 RN necessita de intubação e massagem e medicações

FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL Oclusão parcial das Arteríolas Pulmonares FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL PLACENTA - responsável pela oxigenação fetal PULMÕES FETAIS: - não contém ar - preenchido por líquido pulmonar sem O2 O sangue que passa pelos pulmões: - não capta O2 - não libera CO2 No FETO o fluxo é muito baixo se comparado ao fluxo pulmonar após o nascimento Desvio do fluxo sangüíneo pulmonar através do canal arterial, para outras regiões que não os pulmões

Constrição Arteriolar FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL Fluxo sangüíneo diminuído nos pulmões fetais Arteríolas Ducto Arterioso Tronco Pulmonar Aorta Constrição Arteriolar (vasos sangüíneos)

Ao Nascer FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL Os ALVÉOLOS expandem-se Primeiros movimentos respiratórios O LÍQUIDO PULMONAR fetal é reabsorvido Os ALVÉOLOS expandem-se Aumenta o FLUXO SANGÜÍNEO para os pulmões As ARTERÍOLAS PULMONARES dilatam-se O CANAL ARTERIAL fecha-se

Os pulmões e a Circulação Nascimento Líquido Pulmonar Fetal 1o 2o 3o As arteríolas dilatam e o fluxo sangüíneo aumenta Movimentos Respiratórios Fluxo sangüíneo pulmonar aumenta Ducto Arterioso fechado Aorta Tronco Pulmonar

Boletim de Apgar SINAIS 1 2 FREQUÊNCIA ausente < 100 > 100 1 2 FREQUÊNCIA ausente < 100 > 100 CARDÍACA cianose cianose de COR central ou róseo extremidades palidez IRRITABILIDADE ausente “caretas” choro REFLEXA ESFORÇO ausente choro fraco choro forte RESPIRATÓRIO TONUS flácido semi-flexão ativo MUSCULAR

ASFIXIA Persiste o padrão da Circulação Fetal Hipoxemia Acidose FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL ASFIXIA Hipoxemia Acidose Arteríolas pulmonares permanecem constritas Canal Arterial permanece aberto Persiste o padrão da Circulação Fetal

FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL Respiratórios Rápidos Apnéia Primária X Secundária Movimentos Respiratórios Rápidos Apnéia Primária Apnéia Secundária Gaspings PARTO

FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL Impossibilidade de distinção entre APNÉIA PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA Atraso na intervenção proporciona demora na resposta e lesão neurológica APNÉIA ao nascer Considerar como APNÉIA SECUNDÁRIA Iniciar reanimação Imediatamente FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL

Quanto maior a demora para iniciar a reanimação, mais difícil esta se torna e mais elevado é o risco de lesão cerebral.

PRINCÍPIOS PARA UMA REANIMAÇÃO BEM SUCEDIDA Pessoal/ Equipe disponível Pessoal habilitado Equipe bem coordenada Reanimação dirigida à resposta do paciente Material disponível e funcionando

Airway Breathing Circulation ABC da reanimação Via aérea pérvia Respiração Circulação

PREPARO PARA A REANIMAÇÃO ANAMNESE EQUIPAMENTOS EQUIPE

PREPARO PARA A REANIMAÇÃO HISTÓRIA MATERNA Intercorrências clínicas Intercorrências gestacionais Intercorrências no trabalho de parto e parto Líquido amniótico meconial? A gestação é de termo?

PREPARO PARA REANIMAÇÃO Fonte de calor radiante Fontes de O2 e vácuo Material para aspiração Material para ventilação Material para intubação Medicações EQUIPAMENTOS

PREPARO PARA A MEDICAÇÃO Pelo menos um profissional, cuja responsabilidade seja apenas o RN e capaz de iniciar todos os procedimentos de reanimação neonatal, deve estar presente em todo nascimento. PREPARO PARA A MEDICAÇÃO EQUIPE

PRECAUÇÕES UNIVERSAIS Avental Máscara Gorro Luvas Óculos

Ausência de mecônio? Gestação a termo? Cor rosada? IMEDIATAMENTE APÓS O CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL Respirando ou chorando? Tônus bom?

AVALIAÇÃO RESPIRAÇÃO FC COR A freqüência cardíaca é o principal parâmetro que determina a indicação das manobras de reanimação. AVALIAÇÃO

CUIDADOS DE ROTINA Gestação a termo Sem mecônio Respirando ou chorando Prover calor Aspirar boca e nariz Secar e desprezar os campos úmidos Verificar a cor do RN Posicionar RN no tórax e/ou abdome materno Gestação a termo Sem mecônio Respirando ou chorando Tônus bom

Respiração irregular/ausente PASSOS INICIAIS Prematuro OU Respiração irregular/ausente Hipotonia Prover calor Posicionar a cabeça Aspirar boca e nariz Secar e desprezar os campos úmidos Reposicionar o RN

FONTE DE CALOR RADIANTE Manter a temp. axilar em 36,5C EVITAR: hipotermia hipertermia

POSICIONAR A CABEÇA Leve extensão do Pescoço

1o 2o ASPIRAR VIAS AÉREAS Aspirar primeiro a boca e depois as narinas Empregar o bulbo ou sonda traqueal no 8/10 Fazer movimentos suaves Usar pressão negativa de ~100 mmHg 2o

Secar e remover os campos úmidos Reposicionar a cabeça!

Estímulo Tátil na sola dos pés ou extremidades Palmadas ou piparotes Fricção no tronco, costas ou extremidades

ESTÍMULO TÁTIL

Considerar O2 inalatório Respirando FC > 100 Cianose central AVALIAR Respiração FC Cor NASCIMENTO Gestação de termo? Ausência de mecônio? Respirando ou chorando? Tônus muscular bom? Prover calor Posicionar cabeça e aspirar boca e narinas Secar e reposicionar Considerar O2 inalatório não 30 seg. Oxigênio Inalatório

COR Oxigênio Inalatório Passos Iniciais + O2 inalatório RÓSEA OU ACROCIANOSE Retirada gradual do O2 inalatório COR CIANOSE PERSISTENTE Ventilação com Pressão Positiva Passos Iniciais + O2 inalatório Oxigênio Inalatório

Oxigênio Inalatório CATETER Fluxo de O2 ~5 L/min FiO2 ~1,0 Recomenda-se maior tolerância à cianose central em RN com respiração regular, FC > 100 bpm e tônus muscular adequado.

LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL Papel do obstetra Não há necessidade de aspirar vias aéreas superiores antes do desprendimento das espáduas. Papel do obstetra Gestação de termo? Ausência de mecônio ? Respirando ou chorando? Tônus bom?

LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL Avaliar a vitalidade do RN: Chorando ou iniciou a respiração? Tônus em flexão? FC > 100 bpm? LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL Papel do Pediatra!

LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL R. irregular/ausente e/ou hipotonia e/ou FC < 100 bpm R. rítmica/regular e tônus em flexão e FC > 100 bpm Calor radiante Posicionar Aspirar boca e nariz Secar Sob visualização direta: Aspirar boca e hipofaringe com sonda traqueal 10 Aspirar traquéia com CET LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL Avaliar Respiração, FC e Cor

DISPOSITIVO PARA ASPIRAÇÃO DE MECÔNIO vácuo cânula traqueal DISPOSITIVO PARA ASPIRAÇÃO DE MECÔNIO sonda de aspiração A aspiração de mecônio da traquéia é repetida até existir pouco mecônio residual na traquéia ou se os sinais vitais indicarem necessidade de VPP.

Cianose central persistente Respirando FC > 100 Cianose central AVALIAR Respiração FC e Cor NASCIMENTO Gestação de termo? Ausência de mecônio? Respirando ou chorando? Tônus muscular bom? PASSOS INICIAIS O2 inalatório não 30 seg. VPP R. Irregular ou ausente ou FC < 100 Cianose central persistente

PAPEL DA ENFERMAGEM NA REANIMAÇÃO Reconhecer quando um paciente está em franca PCR ou prestes a desenvolve-la; Possuir habilidades cognitivas, motoras e está atualizado sobre as manobras de reanimação; Oferecer ventilações e massagem cardíaca até a chegada do médico e trabalhar em equipe na sua chegada; A equipe de enfermagem deverá ser reciclada sobre as atualizações do suporte básico de vida; Ter conhecimento e domínio do conteúdo existente no carro de emergência e manuseio do equipamento; Verificar todo o material de urgência diariamente e fazer reposição caso necessário; Verificação dos sinais vitais;

PAPEL DA ENFERMAGEM NA REANIMAÇÃO Preparar o material para intubação caso necessário; Auxiliar no procedimento de intubação; Fixar o TOT; Montar toda aparelhagem de VM; Administração de fármacos conforme prescrição; Registro dos acontecimentos; Estar atento aos sinais de complicação; Oferecer apoio aos membros da família; Tomar decisões éticas baseadas nos princípios éticos.

A ventilação pulmonar é o procedimento mais simples, importante e efetivo na reanimação do RN em sala de parto!

Cianose central persistente VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA PASSOS INICIAIS Apnéia ou gasping FC < 100 bpm Cianose central persistente VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA

Uso do Oxigênio a 100%: Controvérsia Os estudos em RN a termo com asfixia moderada mostram que é possível reanimar com ar ambiente na sala de parto, mas: 1/3 dos RN necessitam do uso de oxigênio a 100%. Não existem dados de seguimento em longo prazo que indiquem a segurança da reanimação com ar ambiente. Existe a preocupação de que o uso do O2 a 100% em RN asfíxicos ou prematuros poderia gerar excesso de radicais livres, facilitando a lesão cerebral e pulmonar.

NA SALA DE PARTO, INICIAR VPP COM O2 100% No RN a termo, a VPP pode ser iniciada com ar ambiente desde que o profissional fique atento à apropriada expansão pulmonar e à normalização da FC e que administre O2 se o RN não melhorar em 90 segundos. Em prematuros, o emprego inicial do O2 a 100% em sala de parto é recomendado. É prudente o ajuste rápido da [O2] fornecida durante a VPP. Para esse ajuste, monitorar a cor e a oximetria de pulso. NA SALA DE PARTO, INICIAR VPP COM O2 100%

EQUIPAMENTOS PARA VPP BALÃO AUTO-INFLÁVEL Não há necessidade da fonte de gases para inflar o balão. É fácil de ser utilizado. BALÃO AUTO-INFLÁVEL EQUIPAMENTOS PARA VPP

Ventilador Mecânico Manual  Baro/volutrauma e atelectrauma para prematuros com IG < 32 sem EQUIPAMENTOS PARA VPP Ventilador Mecânico Manual

Características do balão auto-inflável Fonte de oxigênio Entrada de AR Reservatório de oxigênio Entrada de O2 Entrada de AR Válvula de escape RN Fonte de oxigênio Saída para monitoração da pressão Características do balão auto-inflável

VPP com Balão Auto-Inflável Válvula da entrada de gases O2 AR

Porque é necessário o reservatório de oxigênio? AR 40% O2 5 L/min. Balão auto-inflável Porque é necessário o reservatório de oxigênio?

Balão auto-inflável Tipos 90-100% O2 5 L/min Papel do reservatório de oxigênio Tipos

Válvula da saída dos gases p/RN

Balão auto-inflável Dispositivo de segurança Válvula de escape (“pop-off”) Ajuste em 30 a 40 cmH2O Balão auto-inflável Dispositivo de segurança

Capacidade 200 a 750 mL Balão auto-inflável Volume do balão

MÁSCARAS RNT e PT Redonda ou anatômica Com coxim Cobrir ponta do queixo, boca e nariz

Preparo para a aplicação do B&M Posicionar o bebê! Posicionar quem reanima! EVITAR !!! Posicionar o balão e máscara! Preparo para a aplicação do B&M

VPP Qual a freqüência? 40 a 60 movimentos/minuto “aperta...” compressão “solta...solta” liberação Qual a freqüência? VPP

OBSERVEM...

VPP Qual a pressão? Pulmão normal: - 15 a 20 cm H2O Pulmão doente ou imaturo: - até 30 cm H2O Raramente: - 30 a 40 cm H2O VPP

DURANTE A VPP OBSERVAR: Adaptação da máscara à face do RN Permeabilidade das vias aéreas Expansibilidade pulmonar DURANTE A VPP OBSERVAR:

3º Início da respiração regular 1º Aumento da FC 2º Melhora da Cor e Tônus 3º Início da respiração regular SINAIS DE VPP EFETIVA

Suspender gradativamente O2 inalatório Suspender gradativamente FC > 100 bpm e Sem cianose central e Respiração regular VPP + O2 por 30 seg. RN melhora 30 seg.

RN não melhora VPP + O2 por 30 seg. Verificar... Técnica da VPP FC < 100 bpm ou Cianose central ou Respiração irregular VPP + O2 por 30 seg. RN não melhora 30 seg.

MÁ VENTILAÇÃO COM BALÃO E MÁSCARA Má adaptação da máscara  readaptar a máscara Vias aéreas não pérvias  reposicionar a cabeça  aspirar as secreções  ventilar c/ a boca levemente aberta Pressão insuficiente  aumentar a pressão MÁ VENTILAÇÃO COM BALÃO E MÁSCARA

SONDA GÁSTRICA Medir a distância da base do nariz ao lóbulo da orelha e deste até a metade da distância do apêndice xifóide ao coto umbilical

APÓS VERIFICAR A TÉCNICA DA VPP COM B & M Ventilar com BALÃO E CÂNULA TRAQUEAL Se técnica correta e RN não melhora Lembrar que, de cada 10 RN ventilados com B&M, 9 melhoram se a técnica estiver correta

VPP com B & CET VPP com B&M Considerar intubação O2 inalatório NASCIMENTO 4 perguntas PASSOS INICIAIS 30 seg. VPP com B & CET R. Irregular/ausente ou FC < 100 bpm ou Cianose persistente VPP com B&M R. Regular e FC >100 bpm e Róseo O2 inalatório FC < 100 bpm ou RN não melhora Considerar intubação

INTUBAÇÃO TRAQUEAL INDICAÇÕES Necessidade de aspiração traqueal (mecônio) Ventilação com balão e máscara ineficaz ou prolongada Necessidade de massagem cardíaca Suspeita ou presença de hérnia diafragmática Considerar intubação traqueal, em PT < 30 semanas, se há indicação de surfactante profilático

Material para intubação

Diâmetro interno da cânula traqueal DI (mm) Peso (g) IG (sem) 2,5 < 1000 < 28 3,0 1000 a 2000 28 a 34 3,5 2000 a 3000 34 a 38 3,5 a 4,0 > 3000 > 38

Prevenir contaminação Usar luvas estéreis. Limpeza das peças do laringoscópio com água e sabão após cada uso. Utilizar cânula, sonda e fio-guia estéreis. Descartar sondas e cânulas após uso único.

Como segurar o laringoscópio?

INTUBAÇÃO TRAQUEAL Estabilizando a cabeça

INTUBAÇÃO TRAQUEAL Posição do RN Pescoço em leve extensão

língua valécula epiglote INTUBAÇÃO TRAQUEAL

correta incorreta Visualização da Glote Elevar a lâmina!

RECONHECENDO AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS valécula epiglote glote corda vocal esôfago RECONHECENDO AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS

LÂMINA POUCO INTRODUZIDA VISÃO CORREÇÃO

LÂMINA MUITO INTRODUZIDA VISÃO CORREÇÃO LÂMINA MUITO INTRODUZIDA

LÂMINA LATERALIZADA CORREÇÃO VISÃO posição da cabeça posição do reanimador LÂMINA LATERALIZADA

INTUBAÇÃO TRAQUEAL terço médio

PROFUNDIDADE DA INSERÇÃO PESO (kg) MARCA em cm no lábio superior 0,750 1,0 2,0 3,0 4,0 6 7 8 9 10

Estabilizar a cânula e retirar o laringoscópio e o fio-guia

Iniciar a VPP! 20 segundos!

Verificar se a posição da cânula está correta Recomenda-se, se possível, que a posição da cânula na traquéia seja confirmada por meio do CO2 exalado. Método colorimétrico: amarelo = CET na traquéia A confirmação da posição da cânula é obrigatória, sendo prioritária nos RN bradicárdicos! Conexão p/ via de saída do balão p/ CET

Verificar se a posição da cânula está correta Melhora da FC e da cor Expansão torácica simétrica Ausência de distensão gástrica durante a VPP MV torácico bilateral, na região axilar Entrada de ar ausente na região gástrica Presença de condensação de água na cânula Verificar se a posição da cânula está correta

Cuidados durante a intubação 20 segundos! Cuidados durante a intubação Pré-oxigenar antes de cada tentativa de intubação Oferecer oxigênio inalatório durante o procedimento Limitar o procedimento em 20 segundos

INTUBAÇÃO TRAQUEAL COMPLICAÇÕES HIPÓXIA APNÉIA e/ou BRADICARDIA PNEUMOTÓRAX LESÃO DE PARTES MOLES ESÔFAGO OU TRAQUÉIA INFECÇÃO INTUBAÇÃO TRAQUEAL COMPLICAÇÕES

Como ventilar com balão e cânula? Freqüência Pressão 40 a 60 movimentos por minuto Pulmão normal: - 15 a 20 cm H2O Pulmão doente/imaturo: - até 30 cm H2O Raramente: - 30 a 40 cm H2O

Sinais de VPP efetiva 1º Aumento da FC 2º Melhora da Cor e Tônus 3º Início da respiração regular Sinais de VPP efetiva

RN melhora VPP com B & CET + O2 por 30 seg. FC > 100 bpm e Extubar se possível O2 inalatório FC > 100 bpm e Sem cianose central e Respiração regular VPP com B & CET + O2 por 30 seg. 30 seg. RN melhora

RN não melhora VPP com B & CET + O2 por 30 seg. FC < 100 bpm ou Verificar... Posição da CET e Técnica da VPP RN não melhora 30 seg. VPP com B & CET + O2 por 30 seg. FC < 100 bpm ou Cianose central ou Respiração irregular

Massagem cardíaca VPP com B&M Massagem Cardíaca VPP com B&CET NASCIMENTO 4 perguntas PASSOS INICIAIS 30 seg. Massagem cardíaca R. Irregular/ausente ou FC < 100 ou Cianose persistente FC < 60 bpm Massagem Cardíaca VPP com B&M VPP com B&CET

FC < 60 bpm VPP com técnica efetiva e O2 100% Continuar VPP com B&CET e O2 100% Iniciar massagem cardíaca 30 seg.

Local de compressão Terço inferior do esterno

MASSAGEM CARDÍACA Técnica dos Polegares (preferível)

MASSAGEM CARDÍACA Técnica dos 2 dedos

MASSAGEM CARDÍACA TEMPO DE COMPRESSÃO SÍSTOLE DIÁSTOLE LIBERAÇÃO

1 3 Freqüência MASSAGEM CARDÍACA movimento de ventilação movimentos de massagem 1 3 Freqüência (90/minuto) (30/minuto)

Mantenha o ritmo: (1 e 2 e 3 e ventila...) VPP & MC

Avaliar a FC por 6 segundos e multiplicar o valor obtido por 10 A massagem cardíaca está sendo efetiva? É preferível, pois não precisa interromper a VPP Avaliar a FC por 6 segundos e multiplicar o valor obtido por 10

VPP com B&CET e MC por 30 seg. Interromper a MC Manter VPP (40-60 mpm) até FC > 100 bpm e respiração regular FC > 60 bpm VPP com B&CET e MC por 30 seg. 30 seg. RN melhora

VPP com B&CET e MC por 30 seg. Verificar... Posição da CET e Técnica da VPP e Técnica da MC RN não melhora 30 seg. FC < 60 bpm VPP com B&CET e MC por 30 seg.

Se a FC permanece abaixo de 60 bpm apesar da VPP e da MC, a primeira ação deve ser assegurar que a VPP com O2 a 100% e a MC estão sendo feitas de maneira adequada!

Adrenalina e Expansor de volume NASCIMENTO 4 perguntas 30 seg. R. Irregular/ausente ou FC<100 bpm ou cianose persistente FC < 60 bpm Massagem Cardíaca VPP com B&M VPP com B&CET RN não melhorou Medicações PASSOS INICIAIS Adrenalina e Expansor de volume

VIA PREFERENCIAL veia umbilical MEDICAÇÕES Cateter ou Sonda traqueal 1 a 2 cm 0,5 a 1,0 mL SF 0,9% Após medicação, infundir

SOMENTE ADRENALINA Administração endotraqueal VPP após instilação da medicação SOMENTE ADRENALINA Administração endotraqueal

FC < 60 bpm VPP com B & CET e O2 100% Massagem cardíaca 30 seg. Continuar VPP com B&CET e O2 100% Continuar massagem cardíaca Administrar adrenalina

ADRENALINA Concentração: 1/10.000 Preparo: 1 mL adrenalina 1/1.000 + 9 mL SF 0,9% Uso EV é recomendado. Pode-se aplicar por via traqueal uma única vez enquanto a v. umbilical é cateterizada. ADRENALINA Uso EV Solução a 1/10.000 0,1-0,3 mL/kg/dose (0,01-0,03 mg/kg) Seringas de 1,0 mL Uso ET único 0,3-1,0 mL/kg/dose (0,03-0,10 mg/kg) Seringa de 5,0 mL

VPP e MC e Adrenalina FC < 60 bpm Verificar a posição da cânula Verificar a técnica da VPP e da MC Repetir adrenalina EV a cada 3-5 minutos Considerar hipovolemia

Indicações EXPANSORES DE VOLUME RN não melhora com VPP e MC e adrenalina. RN com evidências de perda sangüínea (DPP ou placenta prévia) e/ou sinais de choque (palidez, má perfusão periférica, pulsos finos e taquicardia ou bradicardia persistente).

Como usar EXPANSORES DE VOLUME Solução cristalóide  SF 0,9%  Ringer lactato Preparo  volume estimado em seringas de 20 mL Dose  10 mL/kg  repetir s/n Via de infusão  veia umbilical Velocidade de infusão  5 a 10 minutos EXPANSORES DE VOLUME

OUTRAS MEDICAÇÕES O emprego de bicarbonato de sódio é controverso e raramente necessário. Não usar no início da reanimação, pois pode piorar o estado clínico do RN. Se o médico decidir por sua utilização, garantir que a VPP é efetiva. Não há evidências para o uso de antagonistas de opióides no RN. Se o RN apresenta apnéia por uso materno de opióides nas 4 horas antes do parto, priorizar a VPP. Se o médico decidir aplicar o naloxone, preferir a via EV.

FC < 60 bpm, cianose persistente ou falha na ventilação Verificar a efetividade de VPP, MC e IOT Administração de adrenalina e expansor de volume FC < 60 bpm, cianose persistente ou falha na ventilação Considerar: Malformação de vias aéreas Problemas pulmonares Hérnia Diafragmática e Pneumotórax Cardiopatias congênitas CONSIDERAR INTERRUPÇÃO DA REANIMAÇÃO Assistolia após 10 minutos de reanimação completa REANIMAÇÃO PROLONGADA

Verificar a vitalidade do RN ao nascer Prover calor Posicionar e aspirar Secar VPP B&M Massagem cardíaca SEMPRE necessário MENOS frequente RARAMENTE Medicações O2 inalatório Intubação

“O trabalho em equipe é essencial , principalmente quando se trata de situações de urgência. Cada membro da equipe fazendo o que lhe compete na intenção de obter os melhores resultados”. Andréa Obrigada!!!