Matrizes compreensivas

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Transcrição da apresentação:

Matrizes compreensivas Os Estruturalismos Aula 27

Historicismo Estruturalismos Matrizes Românticas e Pós-Românticas Matriz Matrizes Matriz Vitalista Compreensivas Fenomenológica e e Naturista Existencialista Bergson Husserl Historicismo Estruturalismos Idiográfico Dilthey Gestalt Antropologia Linguística Matrizes Cientificistas Matriz Matriz Matriz Nomotética Atomicista Funcionalista e e e Quantificadora Mecanicista Organicista

A problemática estruturalista Organismo: anti-elementarista, globalizante e sistemático. Na biologia: complementaridade - partes do todo com um significado funcional: adaptação e homeostase No romantismo: interdependência – não exclui o conflito. Organismo é uma totalidade expressiva, linguagem natural ou cultural em que se podem ler as mensagens produzidas pelas forças da natureza e do espírito. Tarefa compreensiva e interpretativa de decifrar o organismo enquanto mensagem Ressaltar das diferenças Noção de organismo tanto no romantismo quanto no funcionalismo. Porém...

A problemática estruturalista Hermenêutica: método comparativo Normal e Patológico (desaparece o privilégio do organismo normal) Todos os organismos, enquanto formas simbólicas, são igualmente merecedores de trabalho interpretativo e comparativo “O romantismo é uma estética antes de ser uma epistemologia, é a estética do exagero, da exaltação, da melancolia, da obscuridade, da monstruosidade, do dilaceramento, das formas... Cuja expressividade é sublinhada sobre e contra a funcionalidade” (Figueiredo, 1997, pp. 153) Falar do trabalho de Levi Strauss com antonimos

Problema epistemológico: Como estudar cientificamente as vivências? Como estudar o autoconhecimento, a auto-reflexão?

A problemática estruturalista Estruturalismo representou um conjunto de soluções mais rigoroso em termos metodológicos para de determinar o que era verdadeiro e o que era falso nas “totalidades simbólicas” Critérios positivos: Investigação imanente: objetivação das “totalidades simbólicas”:  Neutralização do sujeito – desprende das conexões subjetivas (intenções comunicativas) e das que interpretam (intenções compreensivas) - - Aproxima das ciencias naturais - diferencia estruturalismo das ciencias naturais

A problemática estruturalista “Positivismo das ciências humanas” x Noções de sentido, significado e sistema simbólico - o diferencia das ciências naturais. Positivista no sentido de encontrar uma positividade, um empírico para tomar como referência Qual será a positividade desta visão de ciência humana? O código

O código A reconstrução do sentido pressupunha um sistema de interpretação que não poderia ser universal nem prévio (x individualização) e nem poderia ser totalmente ad hoc (x arbitrariedade de interpretações) Deve-se estudar o código, o conjunto de regras que permitem a emissão e deciframento das mensagens. Os códigos são as diferentes linguagens. São universais (universal x particular e NÃO inato x aprendido)

Níveis de organização do código: Empírico (vivenciado): A organização aparece nas interconexões das ocorrências do mundo fenomenal, nas formas que se oferecem na consciência Teórico (construído): A organização se manifesta no processo de dotação de forma e sentido (nível profundo e inconsciente)

Teorias relacionadas com o Estruturalismo Psicologia da Forma - Gestalt Formalistas Russos Lingüística de Saussure Gramática Gerativa Estruturalismo na Antropologia Psicanálise Francesa

Gestalt A psicologia da forma Na Europa, consistiu em uma alternativa à psicologia elementarista, associacionista e introspeccionista Wundt – conceito de síntese criadora: a associação de elementos básicos não é um processo mecânico e meramente aditivo.

A experiência imediata Dado básico da psicologia da forma Wundt: Dissecar a experiência para achar unidades mínimas com realidade própria e reconstruir fenômenos complexos Gestalt: Negar realidade independente dos elementos (Ehrenfels) Descrever e compreender os fenômenos que se oferecem espontaneamente na experiência Descrição e compreensão devem guiar a procura das explicações a serem encontradas em termos das leis gerais que organizam a experiência espontânea. Os fenômenos captados na experiência imediata são dotados de significado.

WUNDT síntese criadora vs realidade própria dos elementos 1832-1920 introspecção formal (Leipzig) EHRENFELS há qualidades formais – das configurações Christian von dimensão que só existe no contexto estrutural 1859-1932 Obra: Über Gestaltqualität – 1980 KULPE pensamento sem imagens 1862-1915 rompe a associação linear entre conteúdo e idéia (Würzburg) introspecção informal Obra: Compêndio de Psicologia – 1893 WERTHEIMER phi-fenômeno 1880-1943 Fundador da Psicologia Gestalt Obra: Experimentelle Studien über das Sehen von der Gestalt - 1912

Gestalt objeto: experiência organizada como uma estrutura (fora da consciência [pré-reflexão]) método = descrever, compreender, experimentar, explicar (leis universais) projeto experimental: figuras incompletas e figuras ambíguas justificativa ontológica e epistêmica: equivalência entre princípios fisiológicos e princípios psicológicos

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Princípios da Gestalt Relação parte e todo Campo Isomorfismo Contemporaneidade Nativismo vs. Empirismo

Princípios da Gestalt Organização Proximidade – os elementos próximos no tempo ou no espaço tendem a ser percebidos juntos. Ex: 3 pares Similaridade - Sendo as outras condições iguais, os elementos semelhantes tendem a ser vistos como pertencentes à mesma estrutura. Direção - Tendemos a ver as figuras de manteira tal que a direção continue de um modo fluido.

Princípios da Gestalt Disposição objetiva – Quando vemos um certo tipo de organização, continuamos a vê-lo, mesmo quando os fatores de estímulo que levaram à percepção original estão agora ausentes. (Tendência a ver pares de pontos como na esquerda )

Princípios da Gestalt Destino comum – Os elementos deslocados, de maneira semelhante de um grupo maior tendem eles próprios, por sua vez, a serem agrupados.

Princípios da Gestalt Prägnanz - As figuras são vistas de um modo tão “bom” quanto possível, sob as condições do estímulo. A boa figura é uma figura estável. A figura resultante é mais “pregnante” (subprincípio de fechamento). Uma boa figura é aquela que não pode se tornar mais simples ou mais ordenada por um deslocamento perceptual.

Formalistas Russos Origens dos estruturalismos Teoria da literatura – formalista e estruturalista O significado de uma estória se encontra em descobrir a sua estrutura ao invés de, por exemplo, descobrir a intenção do autor que a escreveu Tendência cientificista de isolar a obra de suas conexões subjetivas para enfocá-la objetivamente como entidade auto-subsistente e definida apenas pelas relações internas de interdependência de seus elementos

Formalistas Russos Propp: identificação de elementos universais em contos fantásticos e os princípios de organização destes elementos Busca de uma matriz comum – Urphänomen, segundo Goethe. Trata-se de um objeto construído e não de um objeto da experiência imediata, alvo da intuição concreta.