Função quadrática: a função geral de 2º grau

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Baixe essa apresentação em
Advertisements

Gráfico de Função Exponencial Prof.: Gerusa Fortes 2º ano
FUNÇÃO DO 2º GRAU Prof. Carlos H. Wiens
Funções Polinomiais do 2º Grau
FUNÇÕES.
Funções Especiais Aula 3 – Prof Marli.
Desigualdades e inequações em R.
Estudo da reta.
Posições relativas de duas retas
Função afim: a função geral de 1º grau
Unidade 6 – Estudo das Cônicas
Função 2º Grau.
Equação do Segundo Grau
FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU OU FUNÇÃO QUADRÁTICA
O que você deve saber sobre
O que você deve saber sobre
Colégio Juvenal de Carvalho Matemática- Profa: Jacqueline
FUNÇÃO MODULAR.
Questão 1: O gráfico abaixo representa um polinômio P(x) de grau 4
Gráfico da Função Quadrática
Função do 1º grau. Função do 1º grau A temperatura de uma substância é 30 ºC A temperatura de uma substância é 30 ºC. Vamos analisar duas situações.
APRENDENDO FUNÇÃO QUADRÁTICA OU FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU
AULA 3 Função Quadrática Função Modular.
Funções.
Você e eu temos juntos R$ 535,00
Funções do primeiro e do segundo graus
Portfólio final Bom último trimestre.
PLANO CARTESIANO Produção: Patrizia Lovatti.
( UFSC ) Seja f(x) = ax + b uma função linear. Sabe-se que f(-1) = 4 e f(2) = 7. Dê o valor de f(8). y = ax + b f(-1) = 4 (-1, 4) 4 = a(-1) + b (2,
Aula 01- Funções Definição de função, representação de funções, função crescente e decrescente, função linear e polinomial.
FUNÇÃO DE 1º GRAU.
FUNÇÃO QUADRÁTICA (PÁGINA 135)
EXERCÍCIOS PROPOSTOS MATEMÁTICA Prof. Manuel.
AGORA É COM VOCÊ... Resolva a equação do 2º grau.
Colégio Jardins Matemática- Prof: Matheus Damasceno
Função do 2º grau ou Quadrática
Movimento Uniformemente Variado (MUV)
Que tal revermos um pouco do conteúdo da P1 do 2. º Trimestre
Equações do 2º grau.
Capítulo 4 – Função do 2º Grau
Funções 01 - (UERJ) O conjunto solução da inequação é o seguinte intervalo: a) (- , -1] b) (- , ) c) [-1 , ] d) [-1 , ) e) ( , 1]   Gab: C.
(Turma M.E.D – Integrado Jaó)
FUNÇÃO DO 2.º GRAU.
REVISÃO FUNÇÃO DO 2º GRAU INEQUAÇÃO
Prof. Guilherme Alexandre Monteiro Reinaldo Recife
Prof° MSc. Lourival Gomes
De acordo com o texto sobre a suposição feita pelos gregos, é correto afirmar que eles acreditavam que o tempo em queda livre de um corpo é função.
Tecnologias - Matemática
FUNÇÃO DO 2ºGRAU.
Função quadrática: a função geral de 2º grau
REVISÃO FUNÇÃO DO 2º GRAU
INEQUAÇÕES FUNÇÃO QUADRÁTICA
FUNÇÃO DO 2º GRAU OU FUNÇÃO QUADRÁTICA.
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
Maria Augusta Constante Puget (Magu)
Colégio Ressurreição Nossa Senhora
Portfólio De Matemática
Função quadrática ou função do 2º grau
Estudo de Função Aplicada a Gestão
FUNÇÃO QUADRÁTICA INEQUAÇAO.
Função de 1º Grau – (Reta)
MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS PROF. VICENTE EUDES
Função 2º Grau.
Função quadrática: a função geral de 2º grau
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Ensino Médio, 1º ANO Análise do gráfico da função quadrática.
PONTO MÍNIMO e PONTO MÁXIMO
Trabalhando as funções Colégio Juvenal de Carvalho 2013 Fonte pesquisa :
Função do 1º grau. Toda função definida por f(x) = ax + b, com a, b   e a  0, é denominada função do 1º grau. EXEMPLOS f(x) = 2x - 6 f(x) = - 4x +8.
Função quadrática: A função geral de 2º grau
Transcrição da apresentação:

Função quadrática: a função geral de 2º grau

Uma quadra esportiva tem a forma retangular, com 40 m de comprimento e 20 m de largura. O clube pretende ampliá-la. Para isso, vai construir em volta dela uma faixa de largura constante.

Obter a expressão que permite calcular a Área da quadra esportiva? A = (40 + 2x).(20+2x) ⇒ A = 800 + 80x + 40x + 4x2 ⇒ A = f(x) = 4x2 + 120x + 800

Função quadrática ou função de 2º grau é toda função do tipo y = f(x) = ax2 + bx + c Sendo a, b e c são constantes reais, com a ≠ 0. O Domínio de toda função quadrática é IR.

Exemplos y = f(x) = x2 + 3x – 1 é uma função quadrática com a = 1 e b = 3 e c = –1. y = f(x) = –x2 + 5 é uma função quadrática com a = –1 e b = 0 e c = 5. y = f(x) = –2x2 + 4x é uma função quadrática com a = –2 e b = 4 e c = 0. y = f(x) = x2 é uma função quadrática com a = 1 e b = 0 e c = 0.

Funções quadráticas elementares. y = x2 e y = –x2 Nas duas funções, b = c = 0. Na primeira a = 1; na segunda a = –1. Domínio é o conjuntos dos números reais (R).

Veja seus gráficos y = x2. Im = [0, +∞[ Mínimo = 0 x y = x2 –2 4 –1 1 5 y = x2 x y = x2 4 –2 4 3 –1 1 2 1 x 1 1 –5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 5 –1 2 4 –2 Im = [0, +∞[ Mínimo = 0

Veja seus gráficos y = – x2. Im = ]– ∞, 0] Máximo = 0 x y = – x2 –2 –2 – 4 –5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 5 –1 – 1 –1 –2 –3 1 – 1 –4 y = – x2 2 – 4 Im = ]– ∞, 0] Máximo = 0

A análise das duas últimas figuras nos sugere um caso geral em relação a todas as funções quadráticas do tipo y = f(x) = ax2 + bx + c. Os gráficos de funções quadráticas são curvas chamadas parábolas. O ponto mais alto ou mais baixo da parábola é chamado de vértice. A reta vertical que passa pelo vértice é chamada de eixo da parábola. Se a > 0 a concavidade da parábola é voltada para cima. Se a < 0 a concavidade da parábola é voltada para baixo.

Veja um resumo. a > 0 a < 0 V V eixo da parábola

eixo de simetria da parábola V A A1 r1 B B1 r2 C C1 r3 D D1 r4

Funções quadráticas em que b = c = 0. (y = ax2)

1º. Caso: a > 0 Observe que o eixo das três parábolas é o eixo y. y = x2 Mínimo = 0 y = 2x2 y = x2 1 2 ⇓ x Im = [0, +∞[ Observe que o eixo das três parábolas é o eixo y. O vértice das três parábolas é a origem do plano.

2º. Caso: a < 0 Observe que o eixo das três parábolas é o eixo y. y = –x2 x Máximo = 0 y = –2x2 y = x2 –1 2 ⇓ Im = ]–∞, 0] Observe que o eixo das três parábolas é o eixo y. O vértice das três parábolas é a origem do plano.

Funções quadráticas em que b = 0 c ≠ 0 (y = ax2 + c)

Os gráficos das funções do tipo y = ax2 + c, com a ≠ 0 e c ≠ 0, são obtidos a partir do gráfico de y = ax2. Desloca-se esse último para cima ou para baixo, conforme o coeficiente c seja positivo ou negativo, respectivamente.

1º. Caso: a > 0 Observe que o eixo das três parábolas é o eixo y. y = x2 Im = [0, +∞[ y = x2 + 2 Im = [2, +∞[ 2 y = x2 – 1 Im = [–1, +∞[ x –1 Observe que o eixo das três parábolas é o eixo y. O vértice das três parábolas são os pontos V (0, 0), V(0, 2) e V(0, –1).

2º. Caso: a < 0 Observe que o eixo das três parábolas é o eixo y. 1 y = –x2 Im = ]– ∞, 0] x y = –x2 + 1 Im = ]– ∞, 1] –2 y = – x2 – 2 Im = ]–∞, –2] Observe que o eixo das três parábolas é o eixo y. O vértice das três parábolas são os pontos V (0, 0), V(0, 1) e V(0, –2).

Funções quadráticas em que b ≠ 0 (caso geral)

Vamos analisar, agora, o caso mais geral da função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c. É o caso em que o coeficiente b é diferente de 0. Para b ≠ 0, o vértice não fica mais sobre o eixo y das ordenadas.

Caso geral: b ≠ 0 Vamos obter o valor de k, abscissa de Q. f(x) = c y Vamos obter o valor de k, abscissa de Q. f(x) = c ⇒ f(x) = a.x2 + b.x + c = c ⇒ a.x2 + b.x = 0 (0, c)P Q(k, c) ⇒ x(a.x + b) = 0 yv V ⇒ x = 0 x ou a.x + b = 0 xv k ⇒ x = 0 ou x = – b/a x = 0 é a abscissa de P, logo k = –b/a. xV = –b 2a Devido à simetria da parábola, xV = k/2 ⇒

Ordenada do vértice A ordenada do vértice pode ser obtida calculando-se f(xV), ou seja, a imagem da abscissa do vértice da função. Veja f(x) = ax2 +bx +c f(xV) = a(xV)2 +bxV +c = a(–b/2a)2 +b(–b/2a) +c f(xV) = a(b2/4a2) – b2/2a +c = b2/4a – b2/2a +c f(xV) = (b2 – 2b2 +4ac)/4a = (– b2 +4ac)/4a f(xV) = –(b2 – 4ac)/4a yV = – 4a f(xV) = yV = – /4a

No caso, essa ordenada é O mínimo da função (a > 0) O máximo da função (a < 0) y y V yV yV V x x ⇒ Im = [yV, +∞[ ⇒ Im = ]–∞, yV]

Exemplos Para a função quadrática y = f(x) = 2x2 – 8x + 5 de R em R, obter o vértice, o máximo ou mínimo e o conjunto imagem. Os coeficientes são: a = 2; b = – 8 e c = 5 Como a > 0, a parábola tem concavidade para cima e a função admite um valor mínimo. xV = –b 2a –(–8) A abscissa do vértice é: = = 2 2.2 O mínimo da função ocorre para x = 2. y = f(2) = 2 . 22 – 8 . 2 + 5 = –3 V (2, –3) Im = [–3, +∞[

Veja o gráfico da função Eixo y = 2x2 – 8x + 5 y 5 x 1 2 3 4 –1 Im = [–3, ∞[ –3 V

Exemplos Para a função quadrática y = f(x) = –x2 + 3x + 1 de R em R, obter o vértice, o máximo ou mínimo e o conjunto imagem. Os coeficientes são: a = – 1; b = 3 e c = 1 Como a < 0, a parábola tem concavidade para baixo e a função admite um valor máximo. xV = –b 2a –(3) A abscissa do vértice é: = = 3/2 2.(–1) O mínimo da função ocorre para x = 3/2. y = f(3/2) = –1 . (3/2)2 + 3 . 3/2 + 1 = 13/4 V (3/2, 13/4) Im = ]–∞, 13/4]

Veja o gráfico da função Eixo y = –x2 + 3x + 1 y V 13/4 3 1 x 1 3/2 2 3 Im = ]–∞, 13/4]

Exemplo Um objeto é atirado para cima, da janela situada no alto de um prédio de 80 m de altura. Sua velocidade inicial é de 30 m/s. A altura h do objeto em relação ao solo, em metros, t segundos após o lançamento, é h(t) = 80 + 30t – 5t2. Obter: A) o instante em que o objeto atinge a altura máxima; B) a altura máxima que ele atinge; C) o instante em que ele atinge o solo. A função h(t) = –5t2 + 30t + 80 é quadrática, com a = –5, b = 30 e c = 80. Como a < 0, a parábola tem concavidade para baixo e a função admite um valor máximo.

Exemplo Um objeto é atirado para cima, da janela situada no alto de um prédio de 80 m de altura. Sua velocidade inicial é de 30 m/s. A altura h do objeto em relação ao solo, em metros, t segundos após o lançamento, é h(t) = 80 + 30t – 5t2. Obter: A) o instante em que o objeto atinge a altura máxima; B) a altura máxima que ele atinge; C) o instante em que ele atinge o solo. A) O instante em que o objeto atinge a altura máxima é a abscissa do vértice: –(30) –b t = = = 3 s 2a 2.(–5)

Exemplo Um objeto é atirado para cima, da janela situada no alto de um prédio de 80 m de altura. Sua velocidade inicial é de 30 m/s. A altura h do objeto em relação ao solo, em metros, t segundos após o lançamento, é h(t) = 80 + 30t – 5t2. Obter: A) o instante em que o objeto atinge a altura máxima; B) a altura máxima que ele atinge; C) o instante em que ele atinge o solo. B) A altura máxima é o valor da função em t = 3 s. h(3) = –5.32 + 30.3 + 80 = 125 m

Exemplo Um objeto é atirado para cima, da janela situada no alto de um prédio de 80 m de altura. Sua velocidade inicial é de 30 m/s. A altura h do objeto em relação ao solo, em metros, t segundos após o lançamento, é h(t) = 80 + 30t – 5t2. Obter: A) o instante em que o objeto atinge a altura máxima; B) a altura máxima que ele atinge; C) o instante em que ele atinge o solo. C) No instante em que o objeto atinge o solo, deve ser h(t) = 0. h(t) = 0 ⇒ –5t2 + 30t + 80 = 0 ⇒ t2 + 6t – 16 = 0 ⇒ t = –2 ou t = 8 ⇒ t = 8 s

Veja o gráfico da função h(t) = –5t2 – 30t + 80 h (m) 125 80 3 8 t (s)

Raízes da função quadrática

Já sabemos que as raízes de uma função real y = f(x) são os valores de x tais que y = 0. São as abscissas dos pontos em que o gráfico de f corta o eixo das abscissas. Na função quadrática y = ax2 + bx + c (a ≠ 0), achar as raízes significa resolver a equação de 2º grau f(x) = 0.

Número de raízes da equação de 2º grau Para resolver uma equação de 2º grau usamos a fórmula de Bhaskara sendo  = b2 – 4ac O número real  é o discriminante da equação. O valor dele indica se a função tem ou não raízes reais.  > 0 ⇔ tem duas raízes reais distintas.  = 0 ⇔ tem duas raízes reais iguais (ou 1 raiz real dupla).  < 0 ⇔ não tem raízes reais.

Exemplos Obter as raízes, esboçar o gráfico e estudar os sinais da função y = 3x2 – x – 2. O discriminante da função é  = b2 – 4ac ⇒  = (–1)2 – 4.3.(–2) ⇒  = 25 Raízes: x’ = 1 ou x” = –2/3 ⇒ A parábola corta o eixo x em (1, 0) e (–2/3, 0) Como a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima. O coeficiente c =–2, indica que a parábola corta o eixo y no ponto (0, –2)

Veja o gráfico da função y y = 3x2 – x – 2 –(–1) y > 0 y > 0 –b xV = = = 1/6 1/6 x 2a 2.(3) –2/3 1 y < 0 Raiz Raiz x y –2/3 1 –2 1/6 –25/12 –2 –25/12 y > 0 para x < –2/3 ou x > 1. y < 0 para –2/3 < x < 1.

Exemplos Na função quadrática y = x2 + 2x + 3, mostrar que y > o para todo x real. O discriminante da função é  = b2 – 4ac ⇒  = (2)2 – 4.1.(3) ⇒  = –8  < 0, a função não tem raízes reais, logo a parábola não corta o eixo x. Como a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima. O coeficiente c = 3, indica que a parábola corta o eixo y no ponto (0, 3)

Veja o gráfico da função y = x2 + 2x + 3 y –b –2 xV = = = –1 2a 2.(1) 3 x y 2 3 + + + + + + x –1 2 –2 –1 –2 3 y > 0 para todo x real.

Exemplos A função y = –x2 + 4x + k, tem duas raízes reais iguais. Calcular a constante k, obter a raiz dupla e esboçar o gráfico da função. Se a função tem uma raiz dupla  = 0. b2 – 4ac = 0 ⇒ (4)2 – 4.(–1).k = 0 ⇒ 16 + 4k = 0 ⇒ k = –4 A função é y = –x2 + 4x – 4, tem concavidade para baixo. A raiz dupla é –b/2a = 2. ⇒ A parábola intercepta o eixo x em (2, 0). c = –4, indica que a parábola corta o eixo y no ponto (0, –4)

Veja o gráfico da função y = –x2 + 4x – 4 y x y 2 –4 4 Raiz 2 4 x –4