HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Recuperação Pós Anestésica
Advertisements

Anamnese DIH: 11/05/09 Identificação: D.C.S., 55 anos, natural da Bahia, procedente da Ceilândia, auxiliar de serviços gerais. QP: Febre, calafrios e sudorese.
Caso clínico 3  Identificação:
Caso clínico 2 Identificação:
CASO CLÍNICO Pneumonia
Mariana Bruinje Cosentino
CONSTRUÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE NANDA
CETOACIDOSE DIABÉTICA
DIABETES MELITO 1. Conceito 2. Curiosidades
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA
Mariana Bruinje Cosentino
CASO CLÍNICO Danilo B. Pompermayer.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Casos Clínicos Antibióticos
CASO CLÍNICO Bruna B. Medeiros.
CASO CLINICO: FEBRE REUMÁTICA
Cetoacidose Diabética - CAD
Cetoacidose Diabética (CAD)
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
SÍNDROME DA PINÇA MESENTÉRICA SUPERIOR: A propósito de um caso clínico
HOSPITAL FEDERAL CARDOSO FONTES SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL
Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”
C.M. é uma mulher de 24 anos de idade com DM1 desde os 10 anos de idade, quando teve cetoacidose diabética. À época do diagnóstico, observou-se que a paciente.
Caso Clínico: Diabetes mellitus tipo I Raquel Silva Rodrigues
Adaptações Funcionais na Hipovolemia Dr. Marcos Mendes Disciplina de Fisiologia FMABC.
Carina Lassance de Albuquerque Interna- ESCS
Orientador: Dr. Pedro Gordan Colaborador: Dr. Ricardo Ueda
CASO CLÍNICO : Anemia Falciforme Ana Cláudia de Aquino Dantas
Apresentação de Caso Anestésico:
CASO CLÍNICO Neurologia infantil Doenças DESMINIELIZANTES
Caso Clínico.
CASO CLÍNICO: Cetoacidose diabética HRAS – PEDIATRIA
Saulo da Costa Pereira Fontoura
Cetoacidose Diabética
CASO CLÍNICO: PNEUMONIA BACTERIANA ADQUIRIDA EM PEDIATRIA
Sessão Clínica Pneumologia
Cetoacidose diabética
Caso Clínico Síndrome do Lactente Sibilante
CASO CLÍNICO:COMA A ESCLARECER
DESTÚRBIO HIDRO-ELETROLÍTICO
Coréia de Sydenham Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF Estudantes: Juliana Tepedino Roberta Tallarico Túlio Gama Vinicius Riella Orientador: Prof.
Diabetes Insípidus e SSIADH Caso clínico 1
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Cetoacidose Diabética
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
Natacha Feitosa Eleutério R2 Pediatria Geral
CETOACIDOSE DIABÉTICA Departamento de Pediatria
DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO
Saulo da Costa Pereira Fontoura
Hospital Santo Antônio
Saulo da Costa Pereira Fontoura R2 Clínica Médica
Departamento de Clínica Médica CASO CLÍNICO
Brasília, 12 de setembro de 2015
Caso Clínico – Pediatria: Cetoacidose diabética
HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS
Caso clínico: Estenose hipertrófica do piloro
“CASO CLÍNICO” MONITORIA DE CLÍNICA MÉDICA
FM - BOTUCATU Sandra Ricchetti Epidemiologia Considerada uma das desordens metabólicas mais freqüentes em UTIP Entre os doentes portadores de DM,
Caso-clínico Anestésico R2 Lucio Introdução L.L.S. Masculino 67 anos de idade Diagnóstico pré-op.: a esclarecer- TB, Neo? Procedimento proposto:
CÁLCULO DE NECESSIDADE HÍDRICA DIÁRIA NHD Baseado na necessidade calórica diária NCD 3 a 10 Kg 100 ml/Kg/dia 11 a 20 Kg 1000 ml + 50 ml/Kg/dia >
Leonardo Gebrim Costa Julho 2009 Internato em pediatria ESCS
Cetoacidose Diabética
Prevenção e Manejo das Complicações Agudas
INTERNATO EM PEDIATRIA
Elane Sousa - R1 Acupuntura Saulo Alencar – R1 Clínica Médica Joaquim e Rita - R2 Clínica Médica Maria – R3 Clínica Médica Dr. Clésio e Dr. Daniel Kitner-
Emergências Endócrinas
HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA
Transcrição da apresentação:

HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL PEDIATRIA PAULO SÂNZIO CALEIRO ACERBI VINICIUS SILVEIRA AMARAL-ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAUDE/SES/DF ORIENTADORES: Dr. PAULO R. MARGOTTO Dra. SUELI FALCÃO

CETOACIDOSE DIABÉTICA CASO CLÍNICO

IDENTIFICAÇÃO R.P.N., paciente de 5 anos de idade (data de nascimento: 16/08/99), sexo feminino, cor branca, natural de Divinópolis-GO, residente no DF há 1 ano. Enfermaria 904 - Leito 1 Data da história clínica: 01/12/04, às 08h20min.

QUEIXA PRINCIPAL Perda ponderal, poliúria e polifagia há 7 dias

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL Paciente relata história de perda ponderal significativa nos últimos 14 dias e um quadro de hiperatividade e irritação. Apresenta polifagia, polidpsia e poliúria. Refere dor abdominal de grande intensidade e vômitos em jato, com restos de alimentos. Nega febre, dispnéia e tonturas.

ANTECEDENTES PESSOAIS FISIOLÓGICO: Parto cesáreo, sem intercorrências; calendário vacinal em dia.

ANTECEDENTES PESSOAIS PATOLÓGICO: Nega viroses comuns da infância. Internação prévia devido à intoxicação por Amplictil.

ANTECEDENTES PESSOAIS FAMILIAR: Avós e tias com hipertensão arterial sistêmica.

HÁBITOS DE VIDA E CONDIÇÕES SÓCIO -ECONÔMICAS-CULTURAIS Moradia de alvenaria. Presença de saneamento básico, ingesta de água potável, sem animais domésticos.

REVISÃO DE SISTEMAS Perda ponderal; protusão discreta do bulbo ocular Taquicardia; tosse produtiva Polifagia; poliúria; polidpsia Prurido vaginal

EXAME FÍSICO Temperatura axilar = 36,5 ºC Freqüência cardíaca = 108 bpm Freqüência respiratória = 20 irpm Peso = 17 kg

EXAME FÍSICO REG, corada, hidratada, acianótica, Afebril, hiperativa, sem posição preferencial no leito. Orientada, consciente, reativa Sem linfadenopatias, pulsos palpáveis, simétricos de amplitude e formas normais.

EXAME FÍSICO PESCOÇO: Tireóide palpável, de características normais CARDIOVASCULAR: RCR, 2T, bulhas normofonéticas, sem sopros, desdobramento de 2ª bulha audível.

EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO: Expansibilidade simétrica, com roncos difusos no hemitórax direito ABDOME: Plano, ruídos hidroaéreos +, flácido, indolor, sem visceromegalias, Traube livre.

EXAME FÍSICO SIST. NERVOSO: Força e tônus muscular preservados. Reflexos superficiais e profundos presentes; Babinski negativo Sem rigidez de nuca; marcha sem alterações. Pares cranianos normais.

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Diabetes melitus Hipertireoidismo

EXAMES LABORATORIAIS DA INTERNAÇÃO 25 de novembro de 2004 Hb: 12 g/dl; Ht: 36,3 %; VCM: 81,02 fL Leucócitos: 24.300/mm3 ; Plaquetas: 171.000 /mm3; Glicemia: 380 mg/dl;

EXAMES LABORATORIAIS DA INTERNAÇÃO Na+: 134 mEq/L; K+: 5 mEq/L; Cl-: 106 mEq/L; Cetonúria: 21 h = 4+/+6 - 23 h = 4+/+6 Glicosúria: 21 h = 3+/+6 - 23 h = 2+/+6

EXAMES LABORATORIAIS DA INTERNAÇÃO pH: 7,29 pCO2: 18 mmHg pO2: 97 mmHg HCO3: 9 mmol/L EBA: - 16 mmol/L EBS: -17 mmol/L BCS: 13 mmol/L SatO2: 98 % Acidose metabólica parcialmente compensada

EXAMES LABORATORIAIS DA INTERNAÇÃO Uréia: 32 mg/dl Creatinina: 1,0 mg/dl

PRESCRIÇÃO MÉDICA Dieta zero SF 0,9% 340 ml EV Anotar diurese Cetonúria / Glicosúria 4 x dia

PRESCRIÇÃO MÉDICA Insulina NPH 7h - 11 UI 11h30min - 3 UI 21 h – 3 UI

PRESCRIÇÃO MÉDICA Glicemia capilar antes de café, almoço e lanche, às 21h e às 3h. Não realizar insulina regular após 21 h. Peso diário

PRESCRIÇÃO MÉDICA Insulina regular conforme esquema: 161 – 200 2 UI

PRESCRIÇÃO MÉDICA Paracetamol 17 gotas VO SOS 6/6 h Nistatina creme 6/6 h na vulva Nistatina solução 5 ml VO 6/6 h Vitamina C – 30 gotas 3 x dia Topazol 5 mg 1 cp 8/8 h

CURVA GLICÊMICA

CETOACIDOSE DIABÉTICA

DEFINIÇÃO Disfunção metabólica grave causada pela deficiência de insulina, associada ou não a uma maior atividade dos hormônios contra-reguladores

EPIDEMIOLOGIA Mortalidade 5-17% 50% das mortes de diabéticos com menos de 24 anos 20% dos pacientes apresentam-se com cetoacidose como manifestação inicial da doença

FATORES PRECIPITANTES Redução da dose ou má administração de insulina; Processos infecciosos; Vômitos repetidos; Estresse cirúrgico / Gravidez

PATOGÊNESE AGEs, advanced glycation end products; PKC, protein kinase C; DAG, diacylglycerol; cPLA2, phospholipase A2;

QUADRO CLÍNICO Poliúria, polidipsia, polifagia Perda ponderal, astenia e desidratação Anorexia, náuseas e vômitos Respiração de Kussmaul; hálito cetônico

QUADRO CLÍNICO Labilidade emocional Dor abdominal Rebaixamento do nível de consciência Arritmia cardíaca

CRITÉRIOS CLÍNICOS Desidratação Respiração acidótica Alterações do sensório

2 itens = Cetoacidose diabética DIAGNÓSTICO 2 itens = Cetoacidose diabética Glicemia > 300 mg/dl pH < 7,3 Cetonemia > 2,5 mMol/L (cetonúria positiva)

CLASSIFICAÇÃO PARÂMETRO LEVE MODERADO GRAVE Sinais clínicos: Perfusão FC PA Laboratório: HCO3 pH Glicemia Na (mEq/L) N 300 a 400 N ou ↓ ↑ ↓ (10 a 20) > 7,2 400 a 600 ↓ ↓↓ (<10) < 7,2 >600

EXAMES COMPLEMENTARES EAS Hemograma completo Ca, Na, K, uréia, creatinina, fosfato E.C.G.

TRATAMENTO Hidratação: 20 ml/kg SF 0,9% IV em 30 min Reposição máxima 100 ml/kg 2. Reposição de eletrólitos:

TRATAMENTO Avalição do K+ após fase de expansão Fósforo: 1 a 3 mEq/kg/dia 3. Correção da acidose: Reposição hídrica e insulinoterapia

TRATAMENTO 4. Insulinoterapia: Dose inicial: 0,1 UI/Kg IM Manutenção: 0,1 UI/Kg IM h/h

COMPLICAÇÕES Edema cerebral e pulmonar Hiperpotassemia Hipomagnesemia Hipocalcemia Hipofosfatemia

OBRIGADO