COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO I Paulo Neto

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Transcrição da apresentação:

COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO I Paulo Neto TEXTO E TEXTUALIDADE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO I Paulo Neto

O que é texto? TEXTO - escrito ou oral; O que as pessoas têm para dizer umas às outras não são palavras nem frases isoladas, são textos; TEXTO - dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal; TEXTO - Unidade de linguagem em uso, cumprindo função sociocomunicativa (1ª função).

I - As intenções do produtor/redator; Existe uma série de fatores pragmáticos que contribuem para a construção e reconhecimento do texto, ou seja, para sua produção e recepção: I - As intenções do produtor/redator; II - Jogo de imagens mentais que cada um dos interlocutores faz de si, do outro e do outro com relação a si mesmo e ao tema do discurso/texto;

III - O espaço de perceptibilidade visual na comunicação; IV - O contexto sociocultural em que se insere o discurso, delimitando os conhecimentos compartilhados pelos interlocutores (tom de voz, postura....).

2ª função: Unidade Semântica O texto pode ser percebido pelo receptor como um todo significativo: A coerência – responsável pelo sentido do texto. Esse é coerente quando apresenta uma configuração conceitual compatível com o conhecimento de mundo do receptor/leitor que precisa deter os conhecimentos necessários à sua interpretação.

Grande parte destes conhecimentos necessários não vem explícita, mas fica dependente da capacidade de pressuposição e inferência do receptor/leitor. A coerência do texto deriva de sua lógica interna e o conhecimento de mundo de quem processa o discurso/texto.

3ª Função: Unidade formal, material Elementos lingüísticos devem se mostrar reconhecivelmente integrados, de modo a permitir que ele seja percebido como um todo coeso.

O texto será bem compreendido quando avaliado sob três aspectos: I - pragmático: atuação informacional e comunicativa; II - semântico-conceitual: coerência; III - formal: coesão.

TEXTUALIDADE Conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto e não apenas uma seqüência de frases. Fatores responsáveis: I - Coerência; II – Coesão.

FATORES PRAGMÁTICOS: Tipos de fala, contexto de situação, intenção comunicativa, características e crenças do produtor e receptor. Intencionalidade – fator pragmático - Redator/produtor/emissor. Satisfazer os objetivos que tem em mente numa determinada situação comunicativa: informar, impressionar, alarmar, convencer, pedir, ofender, etc.

Aceitabilidade – fator pragmático - Receptor/recebedor/leitor (a quem Aceitabilidade – fator pragmático - Receptor/recebedor/leitor (a quem? Para quem?)Conjunto de ocorrências de um texto coerente, capaz de levar o leitor a adquirir conhecimentos ou a cooperar com os objetivos do produtor. A aceitabilidade depende da autenticidade – qualidade, veracidade.

Informatividade – fator pragmático – Quantidade de informação – Suficientes para que seja compreendido com o sentido que o redator pretende. Não é possível nem desejável que o texto explicite todas as informações necessárias; é preciso que deixe inequívocos os dados para o receptor compreender a mensagem. O nível de informação ideal é o mediano, no qual se alternam ocorrências de processamento imediato, que falem do conhecido, mas que trazem informação. Discurso menos previsível – mais informativo ( recepção mais trabalhosa, mais envolvente). Discurso mais previsível – menos informativo ( tendência a rejeição).

Intertextualidade – fator pragmático – Concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente de outro(s) texto(s). Inúmeros textos só fazem sentido quando entendidos em relação a outros textos que funcionam como contexto, pois um discurso constrói-se através de um já-dito em relação a outros textos, que funcionam como seu contexto.

Situacionalidade – fator pragmático – Diz respeito aos elementos responsáveis pela pertinência e RELEVÂNCIA - importância da informação – do texto quanto ao contexto em que ocorre. É a adequação do texto à situação sociocomunicativa. O contexto pode, realmente, definir o sentido do discurso e, normalmente, orienta tanto a produção quanto a recepção.

Inferências: Idéia não exposta, mas subtendida Inferências: Idéia não exposta, mas subtendida. Conexões que o leitor faz (contexto), tentando alcançar uma interpretação do que lê ou ouve, estabelecendo uma relação não explícita no texto. Focalização: É a maneira como cada leitor vê o texto. Ex.: Um médico, um advogado, um engenheiro.... lendo um romance. (cada um terá uma visão).

Conhecimento de mundo: O texto fala sobre o quê? Conhecimento partilhado: Necessário para a compreensão do texto - emissor e receptor devem ter um conhecimento de mundo com certo grau de similaridade, constituindo o conhecimento compartilhado.

Conhecimento lingüístico: é o conhecimento da gramática em si e sua aplicação dentro do texto para que possa ser estabelecida a coerência. Ex.: Uso de artigos, ordem das palavras, conjunções, tempos verbais.... Contextualização: Informações sobre localização, data e autor (texto).