SEMIOLOGIA Ciência dos signos.

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Transcrição da apresentação:

SEMIOLOGIA Ciência dos signos. Gestos, atitudes e comportamentos não-verbais. Vem do grego semeion, “signo” A semiologia médica e psicopatológica trata particularmente dos signos que indicam a existência de sofrimento mental, transtornos e patologias. Signos de maior interesse: sinais comportamentais, verificáveis pela observação direta do paciente. Sintomas:vivências subjetivas relatadas pelos pacientes, suas queixas, aquilo que o sujeito experimenta e comunica a alguém.

SÍNDROMES E ENTIDADES NOSOLÓGICAS SÍNDROMES: agrupamentos relativamente constantes e estáveis de determinados sinais e sintomas. Definição descritiva. ENTIDADES NOSOLÓGICAS: doenças ou transtornos específicos. Fenômenos específicos nos quais se podem identificar fatores causais, curso relativamente homogêneo, estados terminais típicos, mecanismos psicológicos e psicopatológicos característicos, antecedentes genéticos-familiares e respostas a tratamentos mais ou menos previsíveis. Viabiliza ou facilita o desenvolvimento de procedimentos terapêuticos e preventivos mais eficazes.

DEFINIÇÃO DE PSICOPATOLOGIA Observar, identificar e compreender os diversos elementos da doença mental. Tradição humanística: filosofia, literatura, artes, psicanálise. Forma dos sintomas: estrutura básica, semelhante nos diversos pacientes (alucinação, delírio, idéia obsessiva, labilidade afetiva) Conteúdo: aquilo que preenche a alteração estrutural (conteúdo de culpa, religioso, de perseguição)

Conceito de normalidade Conceituar normalidade é importante para: Psiquiatria Legal ou Forense. Define o destino. Epidemiologia Psiquiátrica. Pesquisa e discussão. Psiquiatria Cultural e Etnopsiquiatrica. Análise do contexto. Planejamento em Saúde Mental e Políticas de Saúde. Ex: implantação de serviços abertos como Caps, HD. Orientação e Capacitação Profissional. Ex: uso de máquinas, veículos, armas. Prática Clínica.

Critérios de normalidade ausência de doença: precário, saúde como ausência de sintomas, de sinais. normalidade ideal: utópico, normas morais e políticas de determinada sociedade. normalidade estatística: identifica norma e freqüência com distribuição estatística na população geral. Normal é o mais freqüente. Falho, pois nem tudo o que é freqüente é normal.

Critérios de normalidade normalidade como bem-estar: OMS: bem-estar é subjetivo, difícil de ser definido. normalidade funcional: fenômeno disfuncional, provoca sofrimento para o indivíduo e para seu grupo social.

Critérios de normalidade normalidade como processo: aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, crises, mudanças próprias a certos períodos. normalidade subjetiva: percepção subjetiva do indivíduo. Falho: pessoas em fase maníaca, apresentam transtorno mental grave e sentem-se bem.

Critérios de normalidade normalidade como liberdade: saúde mental vinculada à possibilidade de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e sobre o próprio destino. Saúde mental possibilidade de dispor de “senso de realidade, senso de humor e de um sentido poético perante a vida” (Cyro Martins). “Relativizar” os sofrimentos e limitações inerentes à condição humana. normalidade operacional: critério arbitrário, define-se o que é normal e o que é patológico e trabalha-se operacionalmente com o critério.

PRINCIPAIS ESCOLAS DE PSICOPATOLOGIA DESCRITIVA x DINÂMICA Forma das alterações – caracteriza o sintoma. DINÂMICA: Conteúdo da vivência, particular, pessoal

MÉDICA x EXISTENCIAL Médica: mau funcionamento do cérebro Existencial: experiência particular, relação com outros sujeitos, forma trágica de ser no mundo

COMPORTAMENTAL-COGNITIVISTA x PSICANALÍTICA Comportamental-cognistivista: comportamentos observáveis, verificáveis, reguldos por estímulos específicos e gerais, leis e determinantes do aprendizado Psicanálise: Ser “determinado”, dominado por forças, desejos e conflitos inconscientes Grande importância aos afetos

CATEGORIAL x DIMENSIONAL Entidades nosológicas com contornos e fronteiras bem demarcadas. Dimensional: Espectro esquizofrênico – formas graves até transtornos afetivos.

BIOLÓGICA x SOCIOCULTURAL Aspectos cerebrais, neuroquímicos, neurofisiológicos das doenças e sintomas mentais. Sociocultural: Comportamentos desviantes que surgem a partir de determinados fatores socioculturais como a discriminação, a pobreza, a migração, o estresse ocupacional, a desmoralização sócio-familiar.

OPERACIONAL-PRAGMÁTICA x FUNDAMENTAL Função de sua utilidade pragmática, clínica ou para pesquisa. DSM-IV: norte-americana CID-10: OMS Fundamental: Noção de doença em relação ao sofrimento.