História oral – metodologia e/ou método? Introdução aos Estudos Históricos Aula 12 Unifesp, 13 de nov., 2012
Programa Guerra do capim: a luta pela terra camponesa(2001) de C Welch e T Perrine; Verena Alberti, CPDOC/FGV e o Manual (2004); Sobre os seminários – consultas... Encerrar às 17h para assistir a “Semana” Dia 20/11 é feriado! Vamos encontrar dia 27/11 sim para encerrar a parte expositiva da disciplina, devolver e conversar sobre os exercícios e consultar sobre os seminários. Ler SILVA (2001) (8 pág só) e prepara seus seminários.
Grass War! Peasant Struggle in Brazil (2001) História oral como método; Principal fonte e meio de analise; No caso do período contemporâneo, história oral reforça “história de baixo para cima”; Permite documentar a experiência e perspectiva de mulheres, negros e a classe trabalhadora em geral que não sejam acessíveis em outra forma; Desafia a versão de “cima para baixo” em termos do poder das classes sociais; Assim, a partir da teoria (neo-)marxista, contribuía para desenvolver uma história emancipatória sobre as experiências da maioria de resistência, organização e luta frente da opressão e exploração dos sistemas hegemônicas. Jofre Correia Netto em 1959: “capim para o governador e latifundiário comerem!”
Alberti e história oral Verena Alberti – 1960? – história (1982), antropologia (1988) e literatura (1993) Alberti é do Programa de História Oral da FGV desde 1985 e coordenadora dele desde 1999; Descreve História oral como “método-fonte-técnica” (18) para recuperar biografias e memórias da história recente (21); Seu método é nossa metodologia (18); Institucionalização deu se na FGV em 1975 com um projeto sobre “as elites políticas brasileiras” (20) para entender a formação do estado e contemplar a redemocratização; A partir dos anos 1990, tmbm faz projetos sobre profissões, agências, empresas, instiutições e movimentos em projetos temáticos como o das elites do movimento negro, inclusive um projeto dela de 4 anos que resultou no livro História do movimento negro (2007);
Manual de história oral (1990/2004) Produto do CPDOC/FGV para guiar a implantação de outros centros e programas e elaboração de projetos de história oral; Aborda o valor instrumental da técnica, a entrevista e o tratamento do documento assim criado – “forma de se aproximar do objeto de estudo”(18); Para Alberti, história oral, por privilegiar “a recuperação do vivido conforme concebido por quem viveu”(23), é uma metodologia combinada com o método biográfico; Com base na memória, o problema a ser avaliado em seu uso não é com a psique e sim com a “co-autoria” embutida na relação entre o entrevistador/a e entrevistado/a (23); O psicólogo Daniel Kahneman examina o peso comparativo de nosso “eu” (auto) como experiência e como lembrança para entender memória como fonte de conhecimento do passado.
Sorteio dos seminários “A desconstrução não quer dizer destruição, mas sim desmontagem, decomposição dos elementos da escrita” (Wikipedia). Caio Prado Jr (04/12) Emilia Viotti (04/12) F. Braudel (04/12) M. del Priore (04/12) Sérgio B. (04/12) Heródoto (11/12) István Jancso (11/12) J. Monteiro (11/12) Marc Bloch (11/12) O Que é História?
Modelo para a desconstrução – Vamos checar sua preparação, 30 minutos, 11+ slides, todo mundo fala... Em seus grupos, buscam citações na obra para apoiar suas respostas das seguintes questões, indicando o número mínimo de slides: Título da apresentação com nome do grupo e seus membros- 1 Referencia bibliográfica da obra - 1 Autor/a em seu espaço e tempo - 1 Objeto e citações - 1 Estrutura e citações - 1 Forma retorica e citações- 1 Teoria e citações- 1 Método e citações - 1 Metodologia e citações - 1 Reflexão sobre a obra - 1 Avaliação do projeto - 1 7
Maiores teorias da História Positivista - História Política – Cientificismo – Ranke, Turner - Ênfase na Permanência Rompimento com tradição romântica (sem provas), por uma perspectiva idealista (com provas); Papel do historiador em ser objetivo, descrever o que “realmente aconteceu,” ser nacionalista; Ênfase na história política, na conjuntura, para ajudar ordenar o progresso; Método biográfico: vida de grandes líderes/nações para descobrir leis universais; Marxista - História Social - Materialismo dialético histórico -Thompson - Transformação Crítica da comedia nas narrativas positivistas, ironiza sua ênfase nos grandes homens e eventos; A história como obra das ações humanas, determinada pelas estruturas, Materialismo; Luta de classes como motor da História; o processo histórico como sujeito; Método dialética: teoria e prática empírica (pesquisa) orientam a analise. Annales – História Nova - Ciência social - Bloch, Braudel – Transformação demora Critica das teorias marxista (dialética demais) e positivista (objetividade demais) Subjetivo – historiador/a tem perspectiva individual, produz Histórias, não História; Busca das raízes históricas dos problemas atuais – História como Ciência Social; Importância interdisciplinar; investigação das forças maiores – geologia, geografia, cultura; Métodos diversos - comparativo, quantificação e sempre empírico. Pósmoderna – História Cultural – Microhistória - Foucault, Ginzburg - Circular Rompimento com as meta-narrativas, a cronologia linear – a ordem do progresso História oferece pouca ajuda na resolução, apenas alguns sacados para compreender o presente; Descentralização do sujeito, Bengalas não Imperialistas, Indivíduos não tipos ideais como Classes; Desconfia no material, favorece o imaginário – Ênfase na linguagem: sinais e a representação; Método intuitivo, literário, indiciário, discursivo; mais do Semiótico e menos do Materialismo. WIKI - A filologia (do grego antigo Φιλολογία, "amor ao estudo, à instrução") é a ciência que estuda uma língua, literatura, cultura ou civilização sob uma visãohistórica, a partir de documentos escritos. Contudo, a abordagem científica do desenvolvimento de uma língua ou de famílias de línguas, especialmente a pesquisa da história de sua morfologia e e fonologia, tradicionalmente chamada filologia, foi englobada pelo que hoje se chama Linguística Histórica. No seu sentido mais restrito de linguística histórica, a filologia foi uma das primeiras ciências do século XIX a se aproximar da linguagem humana mas deu rumo à ciência moderna da linguística no século XX, devido à influência de Ferdinand de Saussure, que argumentava que a linguagem falada deveria ter primazia.
A questão de método Método cientifico Pensamento pensante... “um conjunto de regras básicas para desenvolver uma analise a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes” (WIKI). Alguns exemplos de métodos – Dedutivo [documental] – (Ranke e outros) Biográfico - (Ranke, Varnhagen, Turner); Bibliográfico – (Turner) Dialético - (Marx, Thompson); Empírico [experiência] (Thompson e outros); Regressivo – (Bloch, Ginzburg) Estrutural - (Marx, Braudel); Comparativo (Bloch, Braudel); Intuitivo [indiciário] (Ginzburg); Diferente que teoria, autores tipicamente fazem misturas novas dos métodos. Metodo é analise para aplicado estudo de um objeto e metododologia são os procedimentos da disciplina utilizado para realizar o estudo – como pesquisa. No Aurelio, método é “1. Caminho pelo qual se atinge um objetivo. 2. Programa que regula previamente uma série de operações que se devem realizar, apontando erros evitáveia, em vista de um resultado determinado. [...] 4. Modo de proceer, maeira de agir; meio,” E, metodologia é “Conjunto de técnicas e processos utilizados para ultrapassar a subjetividade do autor e atingir a obra literária.” WIKI Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas. O empirismo é a sabedoria adquirida por percepções; pela origem das ideias por onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão que não vê diferença entre o espírito e extensão, como propõe o racionalismo e ainda pela matemática como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses. Na ciência, o empirismo é normalmente utilizado quando falamos no método científico tradicional (que é originário do empirismo filosófico), o qual defende que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado. 9
Referências ALBERTI, V. Manual de História Oral (2004). CAMARGO, A., “Quinze anos de história oral: documentação e metodologia”(1989). CNPq. Plataforma Lattes de ALBERTI, V. WELCH, C A. Capitão camponês (2010). WIKIPEDIA. História oral.