Epidemiologia de Medicamentos – Mortalidade e Morbidade

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Profª Ms. Maria da Conceição A. Oliveira
Advertisements

Epidemiologia e Saneamento
Indicadores.
Epidemiologia Descritiva
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA
Indicadores Epidemiológicos
1.
COMO SE MEDE O ESTADO DE SAÚDE DE UMA POPULAÇÃO?
Epidemiologia e Saúde Ambiental
Saldo ou Crescimento Natural Estrutura por idade e por sexo
Longevidade.
POPULAÇÃO.
Mortalidade materna em adolescentes: epidemiologia e prevenção
UFF/MEB Curso: Medicina Disciplina: Epidemiologia - II
SAÚDE INDIVIDUAL E COMUNITÁRIA
SAÚDE DA MULHER Lutas do movimento feminista: promoção, proteção e recuperação dos corpos femininos, independentes do período reprodutivo e/ou gestacional.
INDICADORES DE SAÚDE.
Vigilância das Transição demográfica e epidemiológica
INDICADORES DEMOGRÁFICOS
Geografia Humana e Econômica
EPIDEMIOLOGIA E SERVIÇOS DE SAÚDE
MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA
MARCELA ARAUJO NOVEMBRO,2012
A 5 anos dos ODM, Brasil atinge duas metas País reduziu pobreza e fome e controlou doenças, como preveem os Objetivos do Milênio; esgoto e óbito materno.
EXERCÍCIOS 1) No Município de Boa Esperança, Estado de São Paulo, no ano de 1980, foram registrados 70 casos de sarampo e, no ano de 1997, 90 casos. Qual.
CONCEITOS PARA ELABORAÇÃO DE INDICADORES DE SAÚDE
PROFESSORA EDIR ANTUNES CARVALHO
Saúde Individual e Comunitária
Disciplina de Epidemiologia I Faculdade de Saúde Pública da USP
Mas como medir a saúde da população?
ESTATÍSTICA NA PRÁTICA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Medidas de mortalidade
Seminário Preparatório da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde 5 de agosto de 2011.
MEDIDAS EM SAÚDE COLETIVA
QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS EPIDEMIOLOGIA
1) SMS/CONTAGEM Assinale a alternativa INCORRETA:
Distribuição, crescimento e estrutura populacional
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
Ciências Naturais 9.º ano
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC/CG
MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA MÔNICA FONSECA 20014
INDICADORES DE SAÚDE Profa. Priscilla Indianara Di Paula Pinto Taques.
Indicadores indicadores 37 mantidos 11 modificados 02 acrescidos Indicador do Estado - mantido.
População Brasileira A população brasileira atual é de habitantes (dados do IBGE – Censo 2010). Segundo as estimativas, no ano de 2025, a população.
Avanços e desafios para a infância e a adolescência no Brasil
Introdução à Epidemiologia Descritiva
População e seu dinamismo
INDICADORES DE SAÚDE.
Indicadores de exposição aos riscos e de vulnerabilidade
INDICADORES DE SAÚDE E DE QUALIDADE DE VIDA
Profª Enfª Adriana Cristina Hillesheim
Medidas em saúde coletiva: indicadores de morbidade
Medidas em saúde coletiva: indicadores de mortalidade
Epidemiologia Estuda a ocorrência e distribuição de doenças e eventos relacionados à saúde em populações bem como os fatores determinantes.
INDICADORES DE MORBIDADE
Medida da Saúde Coletiva Prof. Claudia Curbani V. Manola.
Profª Enfª Adriana Cristina Hillesheim EPIDEMIOLOGIA APLICADA ÀS EMERGÊNCIAS INDICADORES DE SAÚDE.
EPIDEMIOLOGIA MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA MÔNICA FONSECA 2014.
Doença Coronária Obstrutiva O mal do século XXI  1980 – Documento Alma – Ata – URSS  Saneamento básico  Mortalidade materno-infantil  Doenças infecciosas.
Noções Básicas Data 00/00/00 Mudanças no Perfil Demográfico da População Brasileira com base no CD Meio século de mudanças 24ª Oficina de Trabalho.
“ Crianças nesse mundo hoje passam fome, sofrem com o frio e por faltar um teto choram então a terra também choram o céu quando uma criança fica em silêncio”
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA
HISTÓRICO LUTAMOS DESDE 1990 PELOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES EM TODO BRASIL Nasceu da sensibilização de um grupo de empresários do setor.
INTRODUÇÃO O objetivo dessa pesquisa foi de mostrar como as medidas antropométricas auxiliam os profissionais da saúde na detecção de doenças crônicas,
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE Superintendência de Planejamento e Gestão Diretoria de Planejamento, Controle e Avaliação do SUS. Gerência de Coordenação.
Medidas de ocorrência de eventos em saúde Agosto de 2011 Prof. Marcia Furquim de Almeida e Zilda Pereira da Silva Prof as. Marcia Furquim de Almeida e.
Transição demográfica transição epidemiológica
Profa.Msc Ana Catarina de Melo
MEDIDAS E INDICADORES EM SAÚDE COLETIVA
Transcrição da apresentação:

Epidemiologia de Medicamentos – Mortalidade e Morbidade Professor: MSc. Eduardo Arruda

Introdução Analisar a situação de saúde tem sido uma das competências da epidemiologia, a fim de contribuir para a definição de políticas públicas;

Introdução Medir a saúde real da população é bastante difícil, por isso a forma mais utilizada está relacionada com dados de morte ou de doença;

Indicadores de Saúde Correspondem às formas de medir as condições de saúde; Os valores colhidos diretamente de sistemas de informação ou gerados por observações controladas são dados absolutos, não trabalhados.

Casos Notificados de Dengue (2012) Valores absolutos UF Casos Notificados de Dengue (2012) Norte 11.446 Nordeste 24.514 Sudeste 25.062 Sul 423 Centro- Oeste 8.984 TOTAL 70.489

Valores absolutos Os dados exibidos não apresentam possibilidade de comparação do mesmo evento (DENGUE) ocorrido em duas unidades distintas; Os dados não permitem tomar decisões quanto à prioridade epidemiológica;

Indicadores de mortalidade Podem ser organizados de acordo com diversos critérios, como sexo, idade ou estado civil; Os óbitos ocorridos podem ser classificados segundo causa e lugar;

Coeficiente de mortalidade geral (CMG) Esse indicador mostra um parecer geral das condições de vida da população, todavia, não revela as causas que levam à morte, portanto não serve para planejar ações específicas capazes de prevenir a mortalidade.

Coeficiente de mortalidade geral (CMG) CMG = ( Número de óbitos na população residente em determinado período e área considerada / População residente na área no mesmo período ) x 1000.

Coeficiente de mortalidade geral (CMG) Exemplo: Na cidade de Santos ocorreram 1.200 mortes no ano 2000. A população da época era de 300.000 habitantes; CMG = (1.200 / 300.000 ) x 1000 = 0,004 x 1000 = 4/1000; Significa que a cada 1000 pessoas, morreram 4 em Santos no ano 2000.

Coeficiente de mortalidade por causas (CMC) A mortalidade por causa permite identificar os fatores que mais levam à morte, nas diferentes faixas etárias, sexos e permite verificar se há diferenças regionais no país;

Coeficiente de mortalidade por causas (CMC) Nas regiões mais desenvolvidas, a mortalidade por doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas, prevalece, enquanto nas regiões menos desenvolvidas a mortalidade por doenças infecciosas, como diarreias, permanece mais elevada;

Coeficiente de mortalidade por causas (CMC) Ter essas informações é muito importante para o planejamento das ações em saúde que precisam ser desenvolvidas;

Coeficiente de mortalidade por causas (CMC) CMC = ( Número de óbitos por determinada causa ocorridos na população residente numa área e ano considerados / população residente nessa área e ano ) x 100.000

Coeficiente de mortalidade infantil (CMI) O CMI mede o risco de morte para crianças menores de 1 ano; Ele depende da qualidade dos dados do Sistema de Informação de Mortalidade e do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC);

Coeficiente de mortalidade infantil (CMI) CMI = ( Número de óbitos em menores de 1 ano residentes em determinado período e área considerada / Total de nascidos vivos de mães residentes nessa área no ano considerado ) x 1.000

Coeficiente de mortalidade infantil (CMI) ANO Brasil: Taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) – Ambos os sexos 1980 69,12 1991 45,14 2000 30,07 2009 22,47 1980 = 69,12/1000, ou seja, ocorreram 69,12 mortes de crianças menores de 01 ano a cada 1000 que nasceram vivas naquele ano.

Coeficiente de mortalidade materna (CMM) O coeficiente é calculado dividindo- se óbitos ligados a gestação, parto e puerpério numa certa área e num certo período, pelo número de nascidos vivos no mesmo local e período;

Coeficiente de mortalidade materna (CMM) CMM = ( Número de óbitos ligados a gestação, parto e puerpério em área e ano considerados / Nascidos vivos de mães residentes nessa área e ano ) x 100.000

Coeficiente de mortalidade materna (CMM) Medidas como o coeficiente de mortalidade infantil e mortalidade materna são fundamentais para o acompanhamento das metas nacionais e internacionais;

Coeficiente de letalidade Tem a capacidade de medir o risco de uma doença levar à morte, ou seja, a proporção esperada de pessoas que morrem ao contrair determinada doença; O cálculo da letalidade é em PERCENTUAL (%);

Coeficiente de letalidade CL = ( Número de óbitos de determinada doença em área e ano considerados / Número de casos dessa doença nessa área e ano ) x 100

Coeficiente de letalidade Para analisar a letalidade é importante associar o sexo, a idade, as condições de vida e as condições de atendimento;

Indicadores de saúde - morbidade A morbidade identifica as causas que determinam o adoecer; Os gestores utilizam esses indicadores para analisar a situação de saúde e tomar as respectivas decisões;

Coeficiente de incidência (CI) A incidência corresponde ao número de casos novos de determinado agravo ou doença; A frequência absoluta de novos casos corresponde à incidência simples, ou seja, o número de casos novos;

Coeficiente de incidência (CI) CI = ( Número de casos novos na população residente em determinado período e área considerada / População residente na área no mesmo período ) x 100.000;

Coeficiente de incidência (CI) Em doenças como a gripo, a incidência aponta a velocidade com que os casos progridem; Quando o coeficiente de incidência aumenta muito, pode apontar para uma epidemia;

ATENÇÃO Os indicadores de morbidade e mortalidade podem ser multiplicados por 1000, 10.000 ou 100.000, com exceção da letalidade, que é percentual. A escolha deve levar em conta o total da população, ou seja, o valor escolhido não pode ser maior que o total da população;

Coeficiente de prevalência (CP) CP = ( Número de casos existentes (novos + antigos) na população residente em determinado período e área / População residente na área no mesmo período ) x 100.000

Coeficiente de prevalência (CP) Exemplo: A cidade de Andorinha possui uma população de 255.000 habitantes e no ano de 2013 apresentava 20.300 hipertensos; CP = (20.300/255.000) x 100.000 = 0,079 x 100.000 = 7,960/100.000 A cada 100.000 habitantes, 7.960 são hipertensos;

Coeficiente de prevalência (CP) O CP pode variar de acordo com o tratamento: aumenta sobrevida / aumenta CP; Cura / diminui CP; A partir desse coeficiente, o gestor pode planejar o quantitativo de consultas, medicamentos, leitos etc.;

Expectativa de vida A expectativa de vida ou esperança de vida, se refere ao número médio de anos que um indivíduo viverá a partir do seu nascimento;

Expectativa de vida Varia de acordo com a influência do meio, da tecnologia desenvolvida para os cuidados com a saúde e da melhora das condições de vida; Mede o grau de desenvolvimento humano;

Expectativa de vida (Brasil) ANO Expectativa de vida (Brasil) 1980 62,6 2000 70,5 2005 71,9

Taxa de fecundidade Corresponde ao número médio de filhos por mulher em idade fértil, que, por convenção (15 – 49 anos); Fenômeno presente no Brasil (urbanização / novo papel da mulher); Menos dependentes = melhores condições de vida;

Taxa de fecundidade CF = ( Número de filhos nascidos vivos de mães de determinada faixa etária residentes em um área e ano / População de mulheres de referida faixa etária residentes nessa área e ano ) x 1000;

Taxa de fecundidade (filhos por mulher) 2010 UF Taxa de fecundidade (filhos por mulher) 2010 Acre 2,95 Pará 2,50 Santa Catarina 1,71 São Paulo 1,66 Taxa de reposição populacional = 2,1 (9 estados acima e 18 abaixo)

Taxa de natalidade Quantidade de crianças que nasceram no país a cada 1000 habitantes em um ano; Maior no N e NE > menor acesso aos serviços de saúde e educação;

Taxa de natalidade UF Taxa de natalidade - 2009 Roraima 28,7 Pará 18,8 Santa Catarina 12,5 Rio Grande do Sul 11,6 Taxa de natalidade do Brasil = 15,77/1000