A reforma do setor elétrico e as estratégias das empresas

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Transcrição da apresentação:

A reforma do setor elétrico e as estratégias das empresas André Luís da Silva Leite

Objetivo: Analisar a relação entre as reformas (e suas mudanças) e as estratégias das empresas do Setor elétrico

As reformas Tecnologia – CCGT – Menor importância das Economias de Escala Institucional – Mudanças institucionais Redução da capacidade de financiamento do Estado Introdução da competição Privatizações

As reformas Mercados e Organizações: Desverticalizaçao – condição essencial para introdução da competição Surgem novas formas de comercialização e novas estratégias das empresas; Crise (2001) California, Brasil, Nordpool (2002) Falta de elementos de coordenação

As reformas Joskow (2006) sobre as reformas: Van Doren & Taylor (2004) Criar mercados competitivos de eletricidade é um desafio técnico expressivo e requer significativas mudanças na estrutura industrial e o suporte de arranjos institucionais e regulatórios. Van Doren & Taylor (2004) Deve-se considerar a hipótese de retornar à verticalização no lugar de se defender com veemência políticas de livre-acesso.

As reformas Chao (2006) “ policy markers estão pondo em prática suas idéias numa velocidade maior daquela na qual os policy analysts são capazes de fornecer respostas para tais idéias”. Chao (2006): É necessários mecanismos para aperfeiçoar as mudanças de mercado em direção a uma “Terceira Via”.

O Setor O setor elétrico mudou, mas não muito. Ainda é um setor intensivo em capital, com longo prazo de maturação dos investimentos. Com óbvias conexões físicas entre os agentes. Dificuldade de introdução de competição em setores não-maduros.

A reforma Mudança de foco Anos 90: introdução da competição Anos 00: Segurança de suprimento

Estratégias Uma empresa pode objetivar Maximização de lucro Maximização de receitas Minimização de riscos/custos

Estratégias (Re) verticalização G – D – C G – C E.g National Champions européias => Fusões convergentes Velocidade das estratégias das empresas > velocidade das mudanças institucionais

Holdings Brasiliana – Geração e Distribuição CEMIG – Geração, Transmissão, Distribuição e Comercialização DUKE – Geração e Comercialização ENERGISA – Geração e distribuição NEOENERGIA - Geração, Distribuição e Comercialização REDE - Geração, Distribuição e Comercialização VBC - Geração, Distribuição e Comercialização Energia do Brasil - Geração, Distribuição e Comercialização Tractebel/Suez – Geração - Comercialização

Concentração e re-verticalização Processo de verticalização por meio de estruturação em holding. As características do setor elétrico brasileiro, a estrutura de governança e as mudanças no ambiente institucional levam as firmas a buscarem estratégias que minimizem riscos de mercados, como, e.g., a estruturação em holdings.

Considerações finais Em uma análise prévia, empresas estruturadas em holdings tem mais vantagens competitivas. Apresentaram, em 2006, melhor desempenho financeiro e aumento de suas participações no mercado, em relação a 2005.