Efeito de Produtos Biológicos em testes de campo visando o controle de agentes causadores de doenças e melhoria da qualidade da germinação. DILE PONTAROLO STREMEL(1) RENATO MAGNUS PERES(2) (1) Professor Orientador (2) Bolsista de iniciação Científica do Artigo 170 1,2Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Unidade Acadêmica de Ciências tecnológicas(UNITEC) Grupo de Pesquisa em Engenharia de Processos(ENGEPRO) Telefone : 55-48-3621- 3191 e-mail: dile.stremel@unisul.br Tubarão S.C – Brazil INTRODUÇÃO Na Região Sul do Brasil, a cultura do arroz irrigado é atacada por várias doenças quais podem prejudicar a produtividade e a qualidade dos grãos colhidos. Entre estas doenças destaca-se, como principal, a Brusone (organismo causador Pyricularia Oryzae), cujos danos podem comprometer até 100% da produção de algumas lavouras nos anos de ataques apidêmicos. Nos demais, os efeitos são menores, podendo até passarem despercebidos ao produtor. Entretanto, deve ser esclarecidos que a ocorrência e o nível dos prejuízos causados variam de ano para ano e local para local, em função das variações naturais das condições ecológicas, meteorológicas, prevalência de raças dos patógenos, suscetibilidades das cultivares e manejo das práticas culturais. Neste projeto procurou levantar as principais doenças que atacam a cultura de arroz irrigado na região na região sul do país, mais precisamente no estado do Rio Grande do Sul, devido à disponibilização dos teste de campo e acompanhamento de pessoal técnico do IRGA. Foi constatado primeiramente através de estudos que a maioria destas doenças são de origem epidêmicas, e que podem sofrer variações de acordo com a geografia e o clima da região. Foram encontradas durante a realização deste projeto várias doenças, sendo que dentre todas a que mais se destacou, por sua incidência na região, foi a Brusone, cujos danos podem comprometer até 100% da produção de algumas lavouras nos anos de ataques apidêmicos. O tratamento das sementes faz-se necessário para reduzir ou eliminar os patógenos associados, para evitar sua disseminação através das sementes e a transmissão para as plantas, e conseqüentemente evitando a ocorrência de doenças nos diferentes estádios vegetativos. Os produtos biológicos formulados para uso em tratamento de sementes podem trazer benefícios em relação aos químicos, atualmente utilizados, apresentando ação de amplo espectro no controle dos patógenos, e vantagens do ponto de vista ambiental. A utilização de um biocontrolador adequado irá beneficiar todos os produtores que praticam a agroecologia em especial na nossa região os produtores da AGRECO (Associação de Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral). E também poderá beneficiar outras regiões através de cooperativas e institutos como o IRGA que possam incentivar a utilização de produtos ecologicamente corretos. OBJETIVOS Este trabalho tem o objetivo de avaliar o efeito dos biocontroladores desenvolvidos na instituição, compostos de meio sintético BHI, efluente de parboilização e inóculo contendo Bacillus subtilis, mediante comparações com produto comercial quando aplicados em tratamento de sementes nas culturas de arroz da região Sul do Brasil, visando o controle de patógenos, a germinação e a emergência das plântulas. METODOLOGIA Blocos ao Acaso O modelo de blocos ao acaso é utilizado quando queremos comparar grupos na presença de uma variável estranha. Por exemplo, na área agronômica, nós queremos comparar a eficiência de três tipos de biocontroladores, duas formulações desenvolvidas, uma amostra comercial e o controle (testemunha), porém o solo tem gradientes de fertilidade. Nesse caso o terreno será “blocado”, segundo a fertilidade de solo, de maior a menor e se garantirá que cada um dos fatores seja testado em todos os blocos, evitando o mínimo de interferência da fertilidade do solo (bloco). Testes em campo Foram testados formulados da Cyrbe do Brasil à base de Bacilus Subtillis e como produtos comerciais e comparados com formulações desenvolvidas na UNISUL, compostas por Bacilus Subtillis em meio nutriente alternativo, 90:10 e 50:50, STREMEL et al (2006). Os testes foram feitos em propriedades de agricultores e em alguns casos acompanhados por profissionais do Epagri, figura 1. RESULTADOS Tabela 1 – Manifestação de doenças no período da semeadura até o começo da floração. Tabela 2 - Dados da contagem, valores obtidos por m², que está à relação entre produtos com as quantidades de pés, folhas e doenças Tabela 3 - Resultados finais colhidos por m² e o total por hectare. CONCLUSÕES Quanto ao Biocontrol(comercial) obteve-se resultados bons em relação ao crescimento foliar, mais não em grãos. Quanto ao 90:10, obteve-se o pior resultado em grãos e uma quebra em alguns requesitos testados, o que já era esperado. Quanto ao 50:50, obteve-se um desempenho mais acentuado de doenças, talvez pelo aumento de número de folhas , entretanto um rendimento ótimo em grãos em relaçao aos demais. REFERÊNCIAS KIMATI, H. Manual de fitopatologia. 3. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1995-1997. 2 v. ISBN 85-318-0006-4 (v. 1) EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE EXTENSÃO RURAL DE SANTA CATARINA. Sistema de produção de arroz irrigado em Santa Catarina: pré-germinado. Florianópolis: EPAGRI, 2005. 79 p. Figura 1 - Área plantada