Caso 1 1 – A.L.T., 10 anos, 30kg, 3 irmãos e pais desempregados procura pronto atendimento com odinofagia alta há 3 dias, com dor espontânea em faringe,

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
FEBRE SEM SINAIS DE LOCALIZAÇÃO ( FSSL )
Advertisements

Uso racional de antimicrobianos: discussão clínica
CEFALOSPORINAS 3a e 4a GERAÇÃO
II Curso de Antimicrobianos do Hospital Regional da Asa Sul
Distúrbios do trato respiratório
Infecções da Corrente Sanguínea
Doenças Sexualmente Transmissíveis Abordagem Síndrômica
Infecção do trato urinário na gestação
ENFERMIDADES DE AMÍGDALAS E ADENÓIDES
MENINGITES NA INFÂNCIA
Uso Racional de Antimicrobianos
Caso clínico Identificação: M.N.L., 06 anos, sexo feminino, residente em Salvador-Ba, data de nascimento 26/12/2003, peso: 24kg. História da doença atual:
Escolha Antibiótica na UTI
MENINGOCELE E FÍSTULA LIQUÓRICA ASSOCIADA À MENINGITE BACTERIANA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO A Alexandre Ely Campéas; Alexandre Suzuki Horie; Caline.
USO DOS ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS
Caso clínico 3  Identificação:
BETA-LACTÂMICOS Theresa Cristina Leo Tharcísio Gê de Oliveira
Caso clínico 2 Identificação:
PNEUMONIAS CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Paula Roberta Ferreira F2 setor retina ISCMSP
Natália Silva Bastos Ribas R1 pediatria/HRAS
Febre sem sinais localizatórios
Pneumonia em institucionalizados
Envolvidos em Meningites
ABDOME AGUDO GINECOLÓGICO
COCOS GRAM- NEGATIVO NEISSERIAS.
Cardiopatia Reumática / Febre Reumática
FARINGITE/AMIGDALITE
MENINGITES NA INFÂNCIA
Tema : Pé Diabético Prof. Mauro Monteiro Correia.
Casos Clínicos Antibióticos
Artrite Infecciosa Luiz Henrique Sarmanho - R3 Ortopedia/HRT
CEFALOSPORINAS Primeira Geração Segunda Geração Terceira Geração
PNEUMONIAS NA INFÂNCIA
UMA CAUSA POUCO FREQUENTE DE ABCESSO HEPATICO
PENICILINAS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
XI CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Prevenção de doenças – Caso clínico
Antimicrobianos: Como? Onde? E por quê? Utilizá-los.
Influenza / Gripe → DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (CID-10: J.09 a J.11)
Infecção urinária na infância
CASO CLÍNICO Relatório de Admissão- UTI Adulto
CASO CLÍNICO Neurologia infantil Doenças DESMINIELIZANTES
Caso Clínico.
Saulo da Costa Pereira Fontoura
NEUTROPENIA FEBRIL Jefferson Pinheiro
INFECÇÕES EM PARTES MOLES
NEUTROPENIA FEBRIL Brasília, 14/6/2011
Pneumonia ADQUIRIDA NA ComuniDADE
Apendicite.
Diagnóstico e tratamento das infecções neonatais Uso Racional de antimicrobianos Felipe T de M Freitas NCIH – HMIB Brasília, 19.
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
Orientadores: Dr. Nivaldo Pereira Alves
COMO TRATAR ? Antibioticoterapia ambulatorial para pneumonia em adultos Pneumonia em adulto SEM fatores de risco: - Amoxicilina : 500 mg,VO,8/8 horas–7.
RISCO DE SEPSE NEONATAL
Profa. Dra. Joice Cruciol
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Clínica Cirúrgica II Urologia
Enterococcus faecalis
Endocardite infecciosa
Em relação à dengue, é correto afirmar:
IVAS Bárbara Castro Neves Internato de Pediatria
Leonardo Gebrim Costa Julho 2009 Internato em pediatria ESCS
Prof. Dra. Ana Cecilia Sucupira Novembro 2008
RINOSSINUSITE AGUDA Camila Brandão Camila Sampaio Crislaine Siston.
PATOLOGIA NASOSINUSAL
RINOSSINUSITES Dra. Adriana De Carli
Transcrição da apresentação:

Caso 1 1 – A.L.T., 10 anos, 30kg, 3 irmãos e pais desempregados procura pronto atendimento com odinofagia alta há 3 dias, com dor espontânea em faringe, recusa alimentar e febre baixa (ate 38ºC). Apresenta tosse discreta e coriza. Mostra edema e intensa hiperemia de amígdalas e faringe, com pontos amarelo-esbranquiçados em amígdalas. Estabeleça o diagnóstico e tratamento.

Resposta Caso 1 Diagnóstico: Faringite Viral Tratamento: Sintomático - Anti-inflamatório - Antipiréticos - Fazer gargarejo com água e bicarbonato (ou sal) - Orientar a ingestão de líquidos - Retornar caso haja piora do quadro Obs.: A maioria dos casos de faringite é de origem virótica

Caso 2 2 – O garoto acima foi tratado com Ibuprofeno, recebendo orientações para casa. Houve uma melhora do estado clínico, e 5 dias depois voltou a ter febre, maior dor em faringe, aumento do volume do pescoço devido à gânglios bilaterais (bastante dolorosos). Não havia coriza nem tosse. Ao exame mostrava-se toxemiado, com palidez intensa, febril (39,1ºC), com edema de amígdalas e úvula, além de placas esbranquiçadas e muco locais. Discuta o quadro e proponha tratamento.

Resposta Caso 2 Diagnóstico: Faringoamigdalite bacteriana Tratamento: Penicilina G Benzatina 1200000U dose única IM ou Penicilina V 1500000 U de 6/6h VO por 10 dias Em casos de alergia aos betalactâmicos: Eritromicina 250-500 mg VO 6/6h Orientar gargarejo e antipirético caso haja febre OBS.: A mais importante causa bacteriana de faringite é o Streptococcus pyogenes

Caso 3 3 – Iniciado ATB oral, sintomáticos e orientações, o menor do caso acima foi encaminhado para casa, mantendo febre até o 4º dia de tratamento, ainda com prostração e aumento da dor em garganta, com pouca aceitação alimentar. Exame mostrou redução dos sinais inflamatórios em orofaringe, mas o pescoço estava globalmente edemaciado e com a amígdala direita deslocada para o centro do cavum. Ultrassonografia mostrou coleção em partes moles do pescoço, posterior à laringo-faringe. Discuta diagnóstico e conduta.

Resposta Caso 3 Diagnóstico: Abcesso periamigdaliano (uma das complicações supurativas da amigadalite bacteriana) Tratamento: Internar a paciente e drenar imediatamente o abcesso ATB.: - Penicilina G Cristalina 2000000 U 4/4h EV diluída no SF - Amoxacilina + Clavulanato (Clavulin) 1g EV - Penicilina + Metronidazol Alternativa aos Beta-lactâmicos: Clindamicina

Caso 4 4 – G.V.B., 28 anos, engenheiro civil, portador de Síndrome de Marfan, procura o ambulatório de infectologia devido febre há 15 dias, em investigação há 10 dias, sem conclusão. Refere ainda astenia, anorexia e perda de 3 KG no período. O exame físico mostrou sopro mitral diastólico rude 4+/6+ (refere já ter previamente um sopro suave devido a um prolapso), além de palidez e hepato-esplenomegalia discretas. Tem antecedentes de manipulação dentária 9 dias antes do quadro, sem realização de qualquer profilaxia antimicrobiana. Qual sua hipótese diagnóstica? Qual a conduta antimicrobiana?

Resposta Caso 4 Diagnóstico: Endocardite infecciosa por Streptococcus viridans. Conduta: - Penicilina G cristalina 18 milhões U/dia, EV + Gentamicina 5mg/Kg, EV – 4/4h por 4 semanas - Caso haja hipersensibilidade cefalotina ou cefazolina (2g, EV – 4/4h e 1-2g, EV – 6/6h) associado à Gentamicina] - Caso haja hipersensibilidade tanto à PNC G quanto às cefalosporinas de 1ª geração, a Vancomicina pode ser dada EV, 0,5g – 6/6h por 4 semanas.

Caso 5 5 – P.L.M., 23 anos, sexo feminino, vinha gripada há 6 dias, quando voltou a ter febre alta, dor torácica, piora da tosse e expectoração cor de tijolo abundante. Ao exame físico mostra-se prostrada, taquipnéica. Macicez em base pulmonar direita, com ausculta pulmonar com estertores crepitantes em mesma região. Qual o diagnóstico provável e quais as melhores opões de conduta antimicrobiana? Comentar mecanismo de ação do ATB que você escolheu e efeitos colaterais mais comuns.

Resposta Caso 5 Pneumonia pneumocócica (S. pneumoniae) Conduta: A Penicilina é a droga de escolha Regimes ATBs padrões p tratamento: - Pacientes com sintomas leves , tratados fora do hospital: PNC V 500mg, VO - 6/6h por 7 dias - Pacientes internados com pneumonia não complicada: PNC G cristalina 1000000 U, IV – 6/6h por 5 a 7 dias ou PNC G procaína 300000 a 600000 U, IM – 12/12h por 5 a 7 dias. - Paciente alérgico à PNC.: Cefazolina, 0,5g, IM ou IV 8/8h por 5 a 7dias - Paciente alérgico à PNC & Cefalosporinas: Eritromicina 250mg, IV 8/8h por 5 a 7 dias

Caso 6 6 – Paciente de 12 anos iniciou cefaléia e vômitos há 2 dias, com febre até 40ºC. Procura serviço médico apresentando rigidez de nuca e Kerning +. Rash petequial em MMSS e tronco. Líquor com 3000 células com 45% de neutrófilos. Proteínas de 90mg% e glicose de 10mg%. Bacterioscopia mostra presença de diplococos Gram-. Discuta diagnóstico e conduta antimicrobiana. Comentar mecanismo de ação e efeitos colaterais do ATB usado.

Resposta Caso 6 Diagnóstico: Meningite meningocócica (Neisseria meningitidis) Conduta: - PNC G cristalina IV, 12 milhões U/dia, 2/2h – é a droga de escolha - Cefuroxime 0,75-1,5g EV – 8/8h

Caso 7 7 – R.C.S., 20 anos, estudante de medicina, com história de 5 dias de dor abdominal, vômitos e febre. Já tinha procurado PS e fora medicado com sintomáticos. Volta hoje em mal estado geral, toxemiado e hipotenso, com Blumberg +. Foi submetido à laparotomia exploradora evidenciando-se apendicite aguda, já com necrose do apêndice e pus presente na cavidade peritoneal. Feita apendicectomia, coleta e envio da secreção para cultura e lavagem vigorosa da cavidade com soro fisiológico. Quais os esquemas antimicrobianos possíveis de serem usados? Justifique.

Terapêutica: duração de 4-5 dias Resposta Caso 7 A microbiota mais comumente envolvida neste processo infeccioso é: - Enterobactérias - Anaeróbios – especialmente B. fragilis - Enterococos Esquemas possíveis: * Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone 2g IV 1x/dia ou Cefotaxina 1g IV - 8/8h) + Metronidazol 500mg IV - 8/8h * Aminoglicosídeo + Clindamicina/ (Gentamicina ou tobramicina) Cloranfenicol,/ 5mg/Kg 1x dia Metronidazol * Imipenem – em último caso Terapêutica: duração de 4-5 dias

Caso 8 8 – Uma semana após o início do Tto do paciente anterior, ele mantém-se febril, com leucocitose discreta, e US do abdome revela ainda coleção em QID. É chegada a cultura que mostrou Pseudomonas aeruginosa, com sensibilidade às cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações, além do Meropenem. Discuta nova abordagem terapêutica.

Resposta Caso 8 Lembrando que os Enterococos podem estar presentes neste processo infeccioso, a conduta é a seguinte: Realizar uma nova drenagem para eliminar a coleção purulenta Manter o uso do Metronidazol Adicionar uma Cefalosporina de 3ª geração com ação antipseudomonas ou uma Cefalosporina de 4ª geração. Uma outra opção terapêutica seria o uso de uma penicilina anti-pseudomonas associada a um inibidor de beta-lactamases (Tazobactam) Terapêutica: duração de 14 dias.

Caso 9 9 – J.K.F., 33 anos, mecânico desempregado, usuário ativo de cocaína injetável, HIV +, CD4+ 240 cél/mm³, sem tto antiretroviral. Procura serviço com queixa de febre, tosse produtiva, estertores subcrepitantes bilaterais à ausculta pulmonar. Radiografia do tórax mostra múltiplas lesões em ambos os pulmões, arredondadas e um delas com nível hidroaéreo. Discuta diagnóstico e tratamento.

Resposta Caso 9 Diagnóstico: Pneumonia cavitária (S. aureus) Obs.: Deve-se suspeitar de uma endocardite bacteriana de câmara direita. Conduta: - Solicitar Ecocardiograma para confirmar suspeita de endocardite bacteriana. - Tratar com Oxacilina (1-2g IV 4/4h) + Gentamicina (5mg/Kg EV 4/4h) por 2 semanas

Caso 10 10 – K.M.L., 30 anos, professora, natural e procedente de V.Velha, há 10 dias quando estava trabalhando foi surpreendida por uma enchente na escola em que leciona, próximo à um córrego. Participou de um mutirão para salvar equipamentos da escola, tendo intenso contato com a água da enchente. Hoje chega ao Os com queixas de febre, cefaléia e intensa mialgia há 5 dias, e há 12 horas observou icterícia e diminuição do volume urinário. Tem Hb=12,0; Leucócitos=11200; Plaquetas= 80000; AST=180; ALT=130; Creatinina=2,1; K=3,0; CPK=450. EAS com 7 piócitos por campo e numerosas hemácias. Qual é a principal hipótese diagnóstica? Discuta o tratamento.

Resposta Caso 10 Hipótese diagnóstica: Leptospirose Nesse momento, de acordo com a história natural dessa doença, não há mais bacteremia. A principal conduta seria a internação com instituição das medidas de suporte. A terapia antimicrobiana também é feita: Penicilina G cristalina (IV) – 1000000U – 4x/dia Uma segunda opção é a Ampicilina

Caso 11 11 – J.M.S., casado, 34 anos, vem ao ambulatório de DST referindo lesão ulcerada, endurecida e indolor em sulco bálano-prepucial. Apresenta na ocasião VDRL= 1/64. Sua esposa está grávida e refere alergia à penicilina (reação alérgica de pele a cerca de 10 anos). Qual é o diagnóstico? Faça o tratamento e conduta para o casal. Comente risco na alergia à penicilina e conduta recomendada.

Resposta Caso 11 Diagnóstico: Sífilis primária Conduta: - Casal: uso de preservativo de látex - Homem: PNC G benzatina, 1200000 U, IM em cada nádega. - Mulher: Teste VDRL, teste cutâneo de sensibilidade. Se positivo tratar com ceftriaxone dose única de 125 a 250mg IV.

Caso 12 12 – Paciente de 22 anos, procura médico com febre, otalgia e saída de secreção purulenta em ouvido esquerdo. Ao exame otoscópico observa-se ruptura de membranas timpânicas bilateralmente. Discuta agentes envolvidos e conduta antimicrobiana.

Resposta Caso 12 Hipótese diagnóstica: Otite média crônica (a ruptura das membranas timpânicas bilateralmente sugerem um processo crônico. ) Os agentes mais comuns envolvidos nesse processo são: S. aureus e GRAM- (Enterobacteriaceae) O esquema terapêutico de 1ª escolha é: Amoxicilina (500 mg) + Clavulonato (125 mg) – VO – 8/8h

Caso 13 13 – L.S.A., 33 anos, casada, refere febre com cefaléia frontal e retro-orbitária há 5 dias, após quadro gripal. Há 48 h com descarga nasal purulenta. Tosse seca freqüente em especial à noite. Ausculta pulmonar normal. Discuta agentes possíveis e indique o tratamento.

Resposta Caso 13 Hipótese diagnóstica: Sinusite aguda Os agentes mais comumente envolvidos no processo são: Streptococcus pneumoniae ; Haemophilus influenzae. O esquema mais usado é: * Amoxicilina (500 mg) + Clavulonato (125 mg) – VO – 8/8h Outras opções terapêuticas são: Cefalosporinas de 2ª geração Quinolonas

Caso 14 14 – M.J.S.D., 63 anos, sexo feminino, cardiopata, com revascularização do miocárdio (com safenectomia à direita) há 3 anos. Volta ao serviço hoje com queixas de febre há 3 dias, com dor, edema e hiperemia da perna direita. Refere ter cortado unhas e cutículas 2 dias antes do quadro. Trate a paciente. Comente a diferença entre as apresentações do ATB que você indicou.

Resposta Caso 14 Hipótese diagnóstica: ERISIPELA Os agentes mais comumente envolvidos nesse processo são aqueles que compõem a flora normal da pele: estafilococos coagulase-negativos e Estreptococos do grupo C e G. A Safenectomia facilita a instalação do quadro pela estase linfática. Conduta: Internação da paciente Terapia antimicrobiana: Cefalosporina de 1ª geração (Cefalotina ou Cefazolina) IV na dose de 1g 4/4 h por 5 dias + Cefalexina 500mg VO 6/6h por 5 dias. A Clindamicina também pode ser usada.

Caso 15 15 – M.B.N., procura o PS com angina de recente começo, com dor prolongada e ECG com supra-desnivelamento de ST. Faz cateterismo coronariano de urgência sendo observada obstrução importante em vários segmentos. É indicada revascularização miocárdica de urgência. Deve-se usar algum ATB frente à cirurgia? Justifique, e se necessário indique qual.

Resposta Caso 15 A profilaxia, nesse caso é necessária (faz-se em toda cirurgia de médio a grande porte) Os germes mais comumente envolvidos são: Estafilococos (S.aureus , S. epidermidis) e, em menor proporção as Enterobactérias. ATB RECOMENDADO: Cefalosporina de 1ª Geração (IV) : Cefalotina, Cefazolina. O esquema pode ser o seguinte: 3 doses de 1 g, iniciando-se a 1ª dose no momento da indução anestésica e a doses seguintes, se a cirurgia tiver maior tempo de duração. É importante lembrar que a profilaxia surte efeito somente durante o ato operatório! Após a cirurgia, a medicação profilática é suspensa.

Caso 16 16 – S.A.N., 30 anos, no 5º mês de gestação, inicia há 5 dias um quadro de dor lombar, febre, vômitos e queda do estado geral. Nota urina mais escura e disúria. Ao exame febril, prostrada, útero gravídico na CU com PPL+ à direita. EAS com piócitos incontáveis. Estabeleça o diagnóstico e conduta.

Resposta Caso 16 Diagnóstico: Pielonefrite aguda Prováveis agentes etiológicos: Bacilos Gram- (E. coli, Proteus, Klebsiella e ocasionalmente Enterobacter em menor proporção. Estes microorganismos mais a Serratia e Pseudomonas assumem importância crescente nas infecções recorrentes e nosocomiais. Tratamento: Cefalosporina de 3ª geração (Cefotaxima ou Ceftriaxone) EV, 2g/dia por 10 dias) As Aminopenicilinas (Ampicilina e Amoxacilina) devem ser evitadas pois 20 a 30% das cepas de E. coli são resistentes Fluoroquinolona – proscrita por risco ao feto.

Caso 17 17 – Paciente com 53 anos, no 4º de QT para CA de ovário, é admitida no hospital em quadro de febre de 40ºC há 2 dias. Nega outras queixas e não há quaisquer pistas que permitam o diagnóstico de causa da febre. Exame físico normal, exceto pela febre. RX de tórax normal, EAS sem alterações, hemograma com 1600 leucócitos, 400 granulócitos, Hb= 11, Htc= 34 e plaquetas= 195000. Defina as condutas e opções terapêuticas. Comente as características dos ATB escolhidos e as suas indicações mais comuns.

Resposta Caso 17 O quadro caracteriza a Síndrome Neutropênica Febril Deve-se fazer hemocultura. É obrigatório escolher uma abordagem terapêutica que tenha cobertura contra P.aeruginosa. A Terapia antimicrobiana mais indicada nesse caso é o uso de uma Cefalosporina de 4ª geração: Cefepima (IV) – 50 mg/kg/dia 12/12h.

Caso 18 18 – A paciente supracitada à despeito da terapia antimicrobiana instituída, evolui com piora do estado geral, sepse, choque e ARDS, sendo transferida para a CTI e submetida à ventilação mecânica no 3º dia de internação. No 5º de antibioticoterapia, ainda mantém febre e choque com recuperação parcial dos neutrófilos às custas do uso de GRANULOKINE. Estabeleça nova conduta antimicrobiana.

Resposta Caso 18 A piora do quadro é sugestivo de duas situações: 1 – Desenvolvimento de resistência bacteriana; 2 – O agente etiológico do quadro é outro e a terapia antimicrobiana instituída não é efetiva. Nessa situação, os germes hospitalares devem ser combatidos com a nova terapia: Imipenem (500mg 6/6h) (O Meropenem também pode ser usado) + Vancomicina