Histórico e Fundamentos de Educação Infantil

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Transcrição da apresentação:

Histórico e Fundamentos de Educação Infantil . Filósofos e pedagogos que influenciaram o desenvolvimento da Educação Infantil Prof Dra Maria de Lourdes Ramos da Silva

. Filósofos e pedagogos Comenio Rousseau Pestalozzi Froebel Dewey Montessori Decroly Freinet Piaget Vygotsky .

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Idade Média: começa com a queda do Império Romano em 476 e termina com a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453 Predomina uma sociedade relativamente estática, hierarquizada e convencida de que Deus determina a cada um o seu lugar, seja religioso, nobre ou camponês. Por essa razão, não se julga necessário ensinar as letras aos camponeses, pois bastava formá-los cristãos.

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Formar o homem para servir a Deus era o objetivo fundamental de toda a educação medieval. DEUS era o centro da vida humana. Cada um tinha que se resignar com a sua condição no mundo, pois tudo era vontade de Deus. O olhar do homem estava voltado para o céu e a Igreja era a autoridade suprema

Idade Medieval Unidade da Fé Objetivo da educação: formar o homem à imagem de Deus Vida ascética e devotada a Deus Terra é o centro do Universo Sociedade estática e hierarquizada

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Sociedade feudal: alto da pirâmide: nobreza e o clero Condição social dos homens: determinada pela sua relação com a terra. Assim proprietários têm poder e liberdade No extremo da pirâmide se encontram os servos da gleba, os despossuídos, impossibilitados de abandonar as terras do seu senhor, a quem são obrigados a prestar serviços.

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Religião: elemento agregador Influência da Igreja: espiritual e política Herança cultural da Grécia e Roma é resguardada nos mosteiros Monges: únicos letrados num mundo onde nem nobres nem servos sabem ler

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Influência da Igreja na educação era enorme. Além da educação, a Igreja controlava os princípios morais, políticos e jurídicos da sociedade medieval Até o séc IX, há o trabalho dos padres da Igreja e dos mosteiros. A partir do sec IX, fundam-se diversas escolas e reformula-se o ensino. A partir do sec XI a atividade da burguesia comercial em ascensão provoca o reaparecimento de cidades, e a fermentação intelectual termina com o aparecimento das Universidades, nos séculos XII e XIII Desde o sec VIII o islamismo difunde a cultura árabe para o enriquecimento do patrimônio cultural da Europa medieval

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Religião: cristianismo. Solução para juntar a tradição greco-romana e o cristianismo é a criteriosa adaptação de legado greco-romano à fé cristã: os monges copistas, tradutores experiente, traduzem para o latim textos selecionados da literatura e filosofia gregas. Filosofia cristã: 2 períodos: Patrística: filosofia dos padres da Igreja do se II ató o séc V Escolástica: filosofia das escolas cristãs ou dos doutores da igreja, do séc IX ao sec XVI.

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Patrística Conversão dos não cristãos Tenta harmonizar fé e razão Clemente de Alexandria, Orígenes, Tertuliano e Santo Agostinho Livro sobre educação: De Magistro (do Mestre), no qual dialoga com Deodato, seu filho de 16 anos Distingue 2 tipos de conhecimentos 1-) imperfeito, mutável, que advém dos sentidos 2-)perfeito, conhecimento das essências imutáveis Homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas. Saber vem de dentro de cada um, de Deus, não do mestre. Toda a educação é dessa forma uma auto-educação Religião: cristianismo. Solução para juntar a tradição greco-romana e o cristianismo é a criteriosa adaptação de legado greco-romano à fé cristã: os monges copistas, tradutores experiente, traduzem para o latim textos selecionados da literatura e filosofia gregas. Filosofia cristã: 2 períodos: Patrística: filosofia dos padres da Igreja do se II até o séc V Escolástica: filosofia das escolas cristãs ou dos doutores da igreja, do séc IX ao sec XVI.

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Escolástica:desenvolve-se a partir do séc IX e tem o seu apogeu no sec XIII Escolástica: filosofia ensinada nas escolas Magister: professor das artes liberais, filosofia, teologia Procuram apoiar a fé na razão, a fim de justificar melhor as crenças. Filosofia se torna estudo obrigatório Método escolástico: leitura, comentário, questões e discussão Maior expoente da escolástica: São Tomás de Aquino (1225-1274) Obra: De Magistro

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) São Tomás de Aquino Educação é uma atividade que torna realidade o que é potencial O homem deve aprender a discernir o bem supremo. Deus é a única forma de se chegar à felicidade

A IDADE MÉDIA: a formação do homem de fé de 476 até 1453 (mil anos) Universidades: corporação de mestres e estudantes: filosofia, leis, medicina, sete artes liberais (lógica, gramática, retórica, aritmética, música, geometria, astronomia (astrologia clássica) Cada corporação, aos poucos, começa a exigir provas para a obtenção de títulos de bacharel, licenciado e doutor Universidade mais antiga: Salerno, Itália, sec X Se XII: Universidade de Paris, especializada em teologia e a de Bolonha, especializada em direito Inglaterra: Cambridge e Oxford (matemática) Foram criadas mais de 80 Universidades na Europa Ocidental Método da escolástica: lectio e disputatio Universidades: confrontam a verdade da Igreja (heresias0 Sec XIV Universidades entram em decadência

RENASCIMENTO: a nova imagem do Homem Século XV e XVI Representa uma volta aos valores greco-romanos. Inicia um movimento denominado humanismo, que significa a procura de uma imagem do homem diferente das idéias difundidas pela Igreja. O olhar do homem desvia-se do céu para a terra, ocupando-se mais de questões do cotidiano.

RENASCIMENTO: a nova imagem do Homem Século XV e XVI O homem começa a desenvolver a capacidade de discernir, distinguir e de comparar, própria da razão. Questiona a Igreja , a filosofia aristotélica e rejeita o princípio de autoridade. Assume uma atitude polêmica com a tradição, busca a laicização do poder e luta contra os preconceitos e ignorância.

RENASCIMENTO: a nova imagem do Homem Século XV e XVI A curiosidade volta-se para a observação direta dos fatos, com interesse pelo corpo e pela natureza O sol passa a ser o centro do universo e uma nova imagem de homem é construída aos poucos. Nas artes em geral, a criação é intensa e a Itália se destaca como centro irradiador

RENASCIMENTO: a nova imagem do Homem Século XV e XVI Há a busca da individualidade Há uma grande confiança no poder da razão O espírito de liberdade e de crítica opõe-se ao princípio da autoridade. Os temas passam a ser burgueses, não mais religiosos Ampliam-se os conhecimentos de anatomia Período de grande invenções e viagens ultramarinas

RENASCIMENTO: a nova imagem do Homem Século XV e XVI Formação do gentil-homem Retorno à cultura greco-latina Curiosidade leva à observação dos fatos Interesse pelo Cotidiano Desenvolvimento das Artes Visão Humanista Espírito de liberdade

Características do Renascimento sec XVI Renascimento: transformações econômicas Desenvolvimento das atividades comerciais e artesanais dos burgueses ( antigos servos libertos). Produção começa a ser capitalista, não mais baseada na posse de terras Período das grandes invenções e viagens ultramarinas: pólvora, , bússola, , papel, caminho para as Índias, conquista das Américas Tudo isso alarga os horizontes comerciais e provocam o enriquecimento da burguesia

Reforma e Contra Reforma: reação da Igreja Reforma protestante/ Lutero/ Calvino Contra-reforma: Igreja tenta recuperar o poder perdido Inquisição: Espanha e Portugal

Pedagogia do Renascimento Reforma protestante/ Lutero/ Calvino Contra-Reforma: Igreja tenta recuperar o poder perdido Inquisição: Espanha e Portugal Colégio dos Jesuítas

Pedagogia do Renascimento Rabelais: frade beneditino procura resgatar o saber greco-latino, com igual cuidado pelos estudos da ciência. Montaigne (1533-1592) Ensaios: critica o ensino livresco e o pedantismo dos falsos sábios Valoriza a educação integral do homem e elogia seu pai por ter escolhido preceptores para educá-lo com docilidade e sem castigos

A Idade Moderna: a pedagogia realista século XVII) Capitalismo e burguesia se fortalecem Surge as sementes do liberalismo, corrente que exprime os anseios da burguesia. O liberalismo faz restrições à interferência do Estado na vida dos cidadãos e defende o direito da iniciativa privada Na pedagogia, verificamos a tendência ao realismo (busca de métodos diferentes para tornar a educação mais eficaz e mais agradável)

A Idade Moderna: a pedagogia realista século XVII) O que é ser realista?????? As línguas maternas se opõem ao latim Privilegiar a experiência, as coisas do mundo e dar atenção para os problemas da época Busca de outra didática, não mais a jesuítica

João Amós Comênio:ensinar tudo a todos (1592-1670) Natural da Morávia, em 1592. Preocupou-se com as diferenças entre ensinar e aprender. Perdeu pais e irmãos aos 12 anos. Foi aluno de uma escola muito dura com as crianças órfãs e isso o fez mais tarde repensar o modo de ensinar. Achava que a educação não precisava ser tão austera. Ensinar poderia ser muito Gratificante, mas ninguém pensava assim. Foi o primeiro a se preocupar Com o ensino dedicado à Criança, que deveria ser diverso Daquele dedicado ao adulto

João Amós Comênio:ensinar tudo a todos (1592-1670) Natural da Morávia Comênio foi o maior educador do século XVII Principal Obra: Didática Magna Pretende transformar a aprendizagem do aluno em algo eficaz e atraente, mediante a organização de tarefas, partindo do simples para o complexo e do concreto para o abstrato. A experiência sensível é a fonte de todo o conhecimento e por isso valoriza a educação dos sentidos:olhar,cheirar, tocar

Comênio:ensinar tudo a todos (1592-1670) O ensino deve ser feito pela ação e deve estar voltado para a ação. Só fazendo, aprendemos a fazer É importante ensinar não só o que tem valor para a es cola, mas sim o que é importante para a vida Escolas são oficinas de humanidade Quer ensinar tudo a todos Defende um ensino democrático, ao qual todos teriam acesso.

Comênio:ensinar tudo a todos (1592-1670) Preocupado em tornar a educação mais atraente Experiência sensível é a fonte de todo o conhecimento Defende um ensino democrático

Século das Luzes: o ideal liberal de Educação Século XVIII -Enriquecimento da burguesia Revolução Francesa: igualdade, liberdade e fraternidade Contra os privilégios da nobreza, os burgueses propõem a igualdade de direitos e oportunidades Século XVII: século das luzes: poder da razão humana para interpretar e organizar o mundo

Jean-Jacques ROUSSEAU (1712-1788) Natural de Genebra-Suiça É considerado o grande teórico da educação Representa uma referência na história de educação infantil e um marco na pedagogia contemporânea (antes e depois de Rousseau). Para ele, a criança é diferente do adulto, não um adulto em miniatura Rousseau provocou uma revolução copernicana na pedagogia, pois centraliza os interesses pedagógicos no aluno e não mais no professor. Muda o centro de interesse do ensino. O centro passa a ser o aluno não o professor

Jean-Jacques ROUSSEAU (1712-1788) Natural de Genebra-Suiça Centro do ensino é o aluno A criança é diferente do adulto e deve ser tratada de modo diferente

Fins da Educação para Rousseau Até então, os fins da educação visavam formar o Homem para Deus ou para a vida em sociedade Rousseau quer formar o Homem Integral, que seja formado para si mesmo: Viver é o ofício que quero ensinar-lhe. Quando sair de minhas mãos, ele não será magistrado, soldado ou sacerdote, ele será, antes de tudo, um homem.

O homem nasce livre e por toda a parte encontra-se a ferros. Rousseau Pedagogo Para Rousseau, o homem em estado de natureza é bom, mas se corrompe na sociedade, pois esta destrói sua liberdade O homem nasce livre e por toda a parte encontra-se a ferros. Considera a possibilidade de um contrato social verdadeiro e legítimo, que reúna o povo numa só vontade, resultante do consentimento de todas as pessoas.

O Emílio Obra principal como pedagogo: O Emílio Relata de forma romanceada a educação de um jovem, acompanhado de um preceptor ideal e afastado da sociedade corruptora. O projeto de uma educação conforme a natureza não significa retornar à vida selvagem, mas ser fiel à verdadeira natureza do Homem.

Idéias principais Educação deve ser afastada do artificialismo das convenções sociais. Recusa a educação só intelectual, que leva ao ensino formal e livresco. A educação de um homem não se reduz ao intelecto, pois para ele antes da idade da razão (12 anos) já existe uma razão sensitiva Educação deve proporcionar o contato com a natureza: animais, plantas

Educação Negativa A educação deve sempre preservar o coração do vício e o espírito do erro. Rousseau não dá muito valor ao conhecimento transmitido e quer que a criança aprenda a pensar por si mesma, não como um processo que vem de fora para dentro, mas como desenvolvimento interno e natural

O preceptor: liberdade e obediência Papel do professor: Não deve impor o saber dos homens às crianças nem deixá-las no puro espontaneísmo. Para se tornar adulto, a criança deve aprender a lidar com os próprios desejos e conhecer seus limites para ser dona de si Depois de aprender a controlar-se no mundo físico e nas relações com as pessoas, aos 12 anos já pode começar a educação moral.

Críticas a Rousseau É acusado de: Propor uma educação elitista ( preceptor) Separa o aluno da sociedade Educação individualista Educação da mulher ( deve ser educada para servir aos homens).

Século XIX: A Educação Nacional Revolução Industrial altera a fisionomia do mundo As populações deslocam-se para as cidades Instaura-se o Imperialismo colonialista Consolida-se o poder da burguesia Aumenta o contraste entre pobreza e riqueza Surgem as idéias socialistas (Marx e Engels)

Preocupações principais João Henrique Pestalozzi (1746-1827) Natural de Zurique, Alemanha infuenciado por Rousseau Preocupações principais Crianças pobres Educação elementar

1774 fundou em Neuhof uma escola que recolhia orfãos, mendigos e pequenos ladrões. Sua concepção pedagógica junta uma formação geral com uma educação profissional ( trabalhos de fiação e tecelagem) A experiência dura apenas cinco anos, pois Pestalozzi não consegue manter a escola.

João Henrique Pestalozzi Em 1799, num castelo perto de Berna, Pestalozzi funda um internato, que depois foi transferido para Yverdon, onde funciona de 1805 até 1825. Pestalozzi é considerado um dos maiores defensores da escola popular extensiva a todos. Deixou uma lição de humildade e persistência Reconhece a função social do ensino Acredita na inocência e na bondade dos Homens

Pestalozzi A tarefa do mestre é estimular o desenvolvimento espontâneo do aluno, procurando compreender o espírito infantil, e não ser nem dogmático nem autoritário. A família constitui a base de toda a educação, pois é o lugar do afeto e do trabalho em comum Sua influência estendeu-se a vários países da Europa a suas idéias chegaram aos Estados Unidos.

Pestalozzi Principal Obra: Leonardo e Gertrudes e Como Gertrudes educa seus filhos Na época, a preparação dos professores era deficiente e a classe alta não se preocupava com os humildes Pestalozzi quis retratar o estado de ignorância dos camponeses e fazer da mãe a principal educadora de seus filhos

Seguidores de Rousseau Friedrich Froebel (1782-1852) Natural de Turíngia-Alemanha Cria os jardins de infância Educação da prímeira infância

Fundador dos Kindegarten (jardins de infância) Professor das crianças pequenas é como o jardineiro que cuida da plantinha desde pequena para que cresça bem, com saúde. Parte da idéia de que os primeiros anos do ser humano são fundamentais para sua formação Privilegia a atividade lúdica por perceber o significado funcional do jogo e do brinquedo para o desenvolvimento sensório motor da criança

Froebel e a atividade lúdica na escola Inventou métodos para aperfeiçoar as habilidades Achava que a alegria do jogo levava a criança a aceitar o trabalho escolar de forma mais tranqüila Inventou equipamentos constituídos de séries de materiais oferecidos às crianças de acordo com a fase em que se encontravam As construções da primeira série foram chamadas por Froebel de dons, como se fossem dádivas divinas.

Froebel: os dons e as ocupações Dons são materiais destinados a despertar a representação da forma, da cor, do movimento e da matéria, sendo o dom primeiro e mais universal é a bola; o segundo dom é a bola, o cubo e o cilindro; o terceiro é formado pela divisão dos cubos desmontáveis. Além dos dons, as ocupações são muito importantes na 1ª infância: tecelagem, dobradura, recorte. O canto e a poesias são muito utilizados , sobretudo para facilitar a educação cívica e religiosa. Sua influência é expressa na difusão dos jardins de infância pelo mundo inteiro.

Século XX: a educação para a democracia Duas grandes guerras mundiais Defesa da escola pública, leiga, obrigatória,gratuita O Movimento da Escola Nova (características) Educação integral (intelectual, moral, física) Educação Ativa Educação prática (obrigatórios os trabalhos manuais) Exercício de autonomia Vida no campo Internato Co-educação Ensino individualizado Valorizam os jogos, os exercícios físicos, as práticas de desenvolvimento da motricidade e da percepção.

John Dewey e a escola progressista (1859-1952) Valoriza a experiência Educação: possibilitar ao aluno condições para que ele mesmo resolva seus problemas Se opõe à escola tradicional

John Dewey e a escola progressista (1859-1952) Filósofo norteamericano, difundiu os princípios da escola nova. Representa os ideais liberais e se opõe à escola tradicional.É antiintelectualista, defende a prática e a experiência Para ele, o conhecimento é uma atividade dirigida, voltada para a experiência As idéias são hipóteses de ação e são verdadeiras à medida que funcionam como orientadoras da ação. As idéias têm valor instrumental para resolver os problemas colocados pela experiência

Princípio da educação de Dewey: aprender fazendo Fundou uma escola experimental na Universidade de Chicago, no final do séc XIX. Por meio dessa escola, Dewey desenvolve uma curta experiência concreta , pela qual pretendia estimular a atividade dos alunos para que eles aprendessem fazendo. Para isso, enfatiza o trabalho, principalmente de economia doméstica, tecelagem e fiação. Dewey critica a educação tradicional, sobretudo a predominância do intelectualismo e memorização. Para ele, a educação deve ser pela ação.

Princípio da educação de Dewey: aprender fazendo O fim da educação não é formar a criança de acordo com modelos, nem orientá-la para uma ação futura, mas dar-lhe condições para que resolva por si própria os seus problemas. Dewey considera a ação fundamental para a aprendizagem A escola não pode ser uma preparação para a vida, mas é a própria vida. Por isso, vida-experiência-aprendizagem não se separam, pois a função da escola é possibilitar a reconstrução continuada que a criança faz da experiência.

Dewey e a educação progressiva A Educação progressiva consiste no crescimento constante da vida, à medida que aumentamos o conteúdo da experiência e o controle que exercemos sobre ela. Para Dewey, o esforço e disciplina são produtos do interesse. Somente apoiando-se nos interesses da criança é que o educador possibilita experiências educativas , sem reduzir-se a um artificialismo sem sentido

Aspectos valorizados pela educação de Dewey: Atividades manuais, pois representam problemas concretos a serem resolvidos Espírito de iniciativa e independência, que leva ao autogoverno e autonomia Marcado pelos efeitos da Revolução Industrial, Dewey quer preparar o aluno para a sociedade do desenvolvimento tecnológico e para a vida democrática. Vê a escola com uma função democratizadora de dar oportunidades a todos de acordo com as capacidades de cada um. Não coloca em xeque os valores burgueses

Escolas de métodos ativos: Montessori e Decroly Maria Montessori ( 1870-1952) Natural da Itália Interessou-se principalmente por crianças excepcionais e deficientes mentais. Essa experiência lhe permitiu fazer observações importantes sobre psicologia infantil Conciliou espírito científico e misticismo (catolicismo) Em 1907 abre em Roma a primeira Casa dei Bambini (Casa das crianças) para atender filhos de operários.

Escolas de métodos ativos: Montessori e Decroly Empenhada na individualização do ensino, Montessori defende a atividade livre concentrada, com base no princípio da auto-educação Nesse método marcantemente ativo, a criança usa o material na ordem que escolher, pois cabe ao professor apenas dirigir a atividade e não propriamente ensinar. Dá muita importância ao meio ambiente, adequando esse ambiente ao tamanho das crianças

Escolas de métodos ativos: Montessori e Decroly O material didático também deve ser rico, voltado para a estimulação sensório-motora: cores, formas, sons, dimensões, qualidades táteis, experiências térmicas, sensações musculares, movimentos, ginástica rítmica, para alcançar o domínio do corpo e das coisas. As crianças devem cuidar da higiene e limpeza das salas, recolocando em ordem o material utilizado. É importante obedecer ao ritmo de cada aluno, mas não se contrapõe à socialização.

OVIDE DECROLY (1871-1932)- Centros de Interesses Também era médico e inicialmente também se interessou por crianças excepcionais Fundou em 1907 a Escola da rua do Ermitage Decroly observou que enquanto o adulto é capaz de analisar, separar o todo em partes, a criança tende para as representações globais. Decroly sugere a iniciação da leitura por frases inteiras. Criou os Centros de Interesses, que visam a apreensão globalizadora: a criança e a família, a criança e a escola, a criança e o mundo animal, etc

A escola do trabalho: Célestin FREINET (1896-1966) França Escreveu A educação pelo trabalho Na sua longa prática como professor primário, luta contra as práticas tradicionais do ensino público francês. Tinha grande preocupação com a educação popular Para Freinet, a verdadeira fraternidade é a que nasce do trabalho Por isso, valoriza a atividade manual e a de grupo, que estimulam a cooperação, a iniciativa e a participação. Seu método está centrado no projeto de imprensa na escola. Assim, a aprendizagem da gramática e dos conteúdos a serem pesquisados é feita de maneira original

A escola do trabalho: FREINET (1896-1966) Os manuais escolares são eliminados e os alunos devem aprender por meio da composição para a imprensa e cultiva-se a expressão por meio do texto livre. Freinet estimula a criação da curiosidade, a coleta de informações (feitas pelos alunos e pelos professores), o debate de idéias a partir da coleta de informações, e por fim, a expressão escrita. Para a montagem do texto a ser impresso, são feitos os cálculos necessários, bem como as ilustrações, com inúmeros desenhos. Além disso, estimulava as comunicações trocadas entre os alunos de classes diferentes a propósito das pesquisas.

AS TEORIAS CONTRUTIVISTAS: PIAGET, VYGOTSKY Piaget (1896-1980) Suíça Investiga o desenvolvimento cognitivo da criança desde o nascimento até a adolescência Conhecimento é uma construção contínua e se forma pela interação entre indivíduo e meio A inteligência estabelece a auto-regulação e o equilíbrio da interação indivíduo-ambiente

AS TEORIAS CONTRUTIVISTAS: PIAGET Estabelece 4 estágios de desenvolvimento: sensório motor, intuitivo, das operações concretas e das operações abstratas Assim, a inteligência evolui da simples motricidade do bebê até o pensamento abstrato do adolescente A afetividade evolui do egocentrismo infantil à atitudes de reciprocidade e cooperação A consciência moral evolui da anomia (ausência de regras), para a heteronomia (regras impostas por alguém) e depois para a autonomia (as regras são aceitas pela própria pessoa)

AS TEORIAS CONTRUTIVISTAS: VYGOTSKY Vygotsky (1896-1934) Rússia Discute as características da inteligência humana Privilegia o estudo das funções superiores, tais como: Pensamento abstrato, atenção voluntária, memorização ativa. Ações intencionais Analisa os fenômenos da linguagem e do pensamento, e compreende esses fenômenos como internalizações de atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas

AS TEORIAS CONTRUTIVISTAS: VYGOTSKY No processo de internalização, destaca a importância da interferência do outro (mãe, companheiros de brincadeiras e estudos, professores) para que os conceitos possam ser construídos e sofram constantes transformações. Destaca também o conceito de zona de desenvolvimento proximal. Além do nível de desenvolvimento real pelo qual costumamos avaliar os alunos, destaca um estágio anterior caracterizado pela capacidade de resolver problemas sob a estimulação de um adulto ou em colaboração com colegas

AS TEORIAS CONTRUTIVISTAS: VYGOTSKY A ênfase neste estágio potencial, em que uma função ainda não amadureceu, mas se encontra em processo, é de grande valia para o educador, porque o auxilia a enfrentar de modo mais eficaz os desafios da aprendizagem. Essa fase de colaboração é importante para estimular o trabalho coletivo, necessário para transformar uma ação interpessoal- e portanto social- em um processo intrapessoal, isto é, de internalização

AS TEORIAS CONTRUTIVISTAS: VYGOTSKY Segundo Vygotsky, o homem começa com as interações sociais cotidianas, até alcançar a formulação de conceitos, para dessa forma atingir o nível superior da reflexão e do conhecimento abstrato do mundo. A relação entre o ser que conhece e o mundo conhecido não é direta, mas se faz pela mediação dos sistemas simbólicos intenalizados.

Atualmente, a própria instituição escolar está em crise CONCLUSÕES O construtivismo realça a capacidade adaptativa da inteligência e da afetividade Atualmente, a própria instituição escolar está em crise O que hoje se questiona é a maneira de pensar, de sentir e de agir do homem contemporâneo Conseqüências para a Educação Infantil: uma educação para todos e de qualidade.