A SÍNDROME DE COMPARTIMENTO DO ABDOME

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Transcrição da apresentação:

A SÍNDROME DE COMPARTIMENTO DO ABDOME Enfermeiro Intensivista da UTI do Monte Tabor Hospital São Raphael Hospital Dantas Bião – Alagoinhas Especialista em Urgência e Emergência Pós-graduando MBA em Auditória de Serviços de Saúde Cristiano Ribeiro Costa Feira de Santana / Ba 2010

CONCEITO E ETIOLOGIA A síndrome de compartimento do abdome (SCA) é definida como um conjunto de disfunções orgânicas, decorrentes do aumento da PIA, prontamente revertidos pela descompressão da cavidade abdo-minal. Obs: O abdome é a terceira região do corpo mais afetada por lesões que necessitam de tratamento cirúrgico. Cristiano Ribeiro Costa

FISIOPATOLOGIA Sistema cardiovascular: significativa do débito cardíaco; Sistema nervoso central: da pressão de perfusão cerebral e da drenagem de líquido cerebrospinhal; Sistema urinário: o da PIA leva à insuficiência renal aguda; Parede abdominal: à medida que a pressão intracavitária a resistência da parede . Cristiano Ribeiro Costa

DIAGNÓSTICO O diagnóstico é simples e baseia-se nos seguintes achados: Abdome tenso e distendido; Oligúria progressiva com hidratação normal; Hipóxia, com aumento da pressão da via aérea. Cristiano Ribeiro Costa

TRATAMENTO A descompressão cirúrgica do abdome é o único tratamento para a SCA. ATENÇÃO Para prevenir descompensação circulatória durante a cirurgia, deve-se restaurar o volume circulante, maximizar a oferta de O2 e corrigir os distúrbios de coagulação e a hipotermia existentes. Cristiano Ribeiro Costa

Mensuração da Pressão Intra-Abdominal nas Unidades de Tratamento Intensivo Kron e col. foram os pioneiros na medida de PIA em pacientes cirúrgicos e a usavam para indicar laparotomia descompressiva. Vias de mensuração de PIA: Intravesical (97%); Gástrica; Femoral. Como encontrar o ponto zero? Medida direta e indireta Cristiano Ribeiro Costa

VALORES DA PIA A PIA normal varia entre 0 e 12 mmHg. PIA ≤ 15 mmHg PIA >15 e < 25 mmHg PIA ≥ 25 e < 35 mmHg PIA ≥35 mmHg Manter normovolemia e monitorização Reposição volêmica agressiva e manter monitorização Descompressão Descompressão e re-exploração abdominal Re-exploração utiliza-se a tela ou bolsa simples (“Bogotá”), aberto. Cristiano Ribeiro Costa

PROCEDIMENTO CIRÚRGICO Cristiano Ribeiro Costa

CIRURGIA Bolsa de bogotá. Enfermeirando Cristiano Ribeiro Costa

MATERIAIS Cristiano Ribeiro Costa

TÉCNICA PARA MEDIR A PIA Cristiano Ribeiro Costa

VOLUME A SER ADMINISTRADO 25 a 100 mL de líquido 3 medida X descompressão FREQUÊNCIA DA MEDIDA DA PIA Intervalos de 4, 8, 12 ou 24 horas e até mesmo apenas a critério clínico, ou seja, sem periodicidade definida. Apesar do conhecimento da síndrome, não existe consenso na freqüência ou na indicação para medida de PIA, assim como nos tratamentos clínico e cirúrgico. Cristiano Ribeiro Costa

CONVERSÃO 1mmHg 1,36 cm H O 3 2 Cristiano Ribeiro Costa

EXEMPLO 40 X = X = 29 cm H O 1,36 PIA 40 mmHG Cristiano Ribeiro Costa

Escore de gravidade na síndrome de compartimento do abdome Pressão vesical (cm H2O) I 10-15 II 15-25 III 25-35 IV > 35 Cristiano Ribeiro Costa

Fatores etiológicos relacionados à elevação da pressão intra-abdominal e que, potencialmente, podem resultar na síndrome de compartimento do abdome. Espontâneo Pós-operatório Trauma Aumento Crônico Peritonite, abscesso intra-abdominal, obstrução intestinal, íleo adinâmico, ruptura de aneurisma da aorta abdominal, trombose venosa mesentérica, pneumoperitônio, pancreatite aguda. Peritonite pós-operatória, hemorragia intraperitoneal, abscesso intra-abdominal, íleo adinâmico, dilatação gástrica aguda. Edema visceral após tratamento do choque, hemorragia intraperitoneal, hemorragia retroperitoneal. Grandes tumores intra-abdominais, ascite, diálise peritoneal, ambulatorial, gravidez. Cristiano Ribeiro Costa

MENSAGEM Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Não importa quais sejam os obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho. Dalai Lama

Muito Obrigado!!!

REFERÊNCIAS ANDRADE JI et al. Qual é a melhor abordagem terapêutica nas hemorragias intra-abdominais catastróficas maciças? In: CASTRO LP; SAVASSI-ROCHA PR & CARVALHO EB, ed. Tópicos em gastroenterologia 6. Medsi, Rio de Janeiro, p. 287-293, 1996. ANDRADE JI de. A síndrome de compartimento do abdome. Medicina, Ribeirão Preto, 31: 563-567, out./dez. 1998.