DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX.

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Transcrição da apresentação:

DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX

O espectro eletromagnético luz visível microondas raios-x raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm)

Raios Absorção, um fóton de energia é absorvido promovendo elétrons a níveis superiores ou fora do átomo Difração se produze quando a direção de propagação de um fóton é desplazado um determinado angulo

DIFRAÇÃO DE RAIOS X Fenômeno de espalhamento da radiação eletromagnética, provocada pela interação entre o feixe de raios-X incidente e os elétrons dos átomos componentes de um material . Feixe difratado Raios X Feixe atravessa o cristal

Condiciones básicas Fenômeno da Difração 1 O material (objeto difrator) tem que ser periódico O tamanho da periodicidade dos átomos (espaçamento, d) desse material tem que ser do ordem do cumprimento de onda (λ) da radiação utilizada 2

Dois raios que incidem em planos vizinhos, com cumprimento de onda λ Diferença entre os dois caminhos (cor rosa) = λ Diferença de caminhos é menor = ½ λ Fotons saem em e suas ondas se refuerzam fase Fotons dispersados se cancelam entre si, ondas que não estão em fase Sinal, raio difratado intenso Não sinal, I = 0

Diferença dos caminhos e/ raios Lei de Bragg (1913) λ θ θ d d n = 2 d sen() Diferença dos caminhos e/ raios d senθ d senθ Parâmetro experimental:  - Comprimento de onda da radiação ( 1.54 A) Parâmetros da amostra: d - distância entre planos atômicos  - orientação desses planos em relação ao feixe, ângulo de Bragg n - ordem de difração (numero inteiro 1,2,3)

Quem cumpre essas condições? Material Radiação Incidente Materiais cristalinos (rede cristalina) Raios X λ ≈ 1 Å d = 5 – 15 Å Exemplo Cristal típico 5 - 15Å Emissões dos tubos de Mo e Cu Mo (λ=0.7 Å) y Cu (λ =1.5 Å)

Técnica de DRX A técnica consiste na incidência da radiação em uma amostra e na detecção dos fótons difratados, que constituem o feixe difratado. Estudar os efeitos causados pelo material sobre esse feixe de radiação Determinar experimentalmente a estrutura cristalina do material

Fronteira entre dois cristais de TiO2. CRISTAL Estes materiais cristalinos, têm uma estrutura altamente organizada, em contraposição aos materiais amorfos 2nm Fronteira entre dois cristais de TiO2. Carbono amorfo.

Cela Unitária Estrutura geométrica básica (menor tijolo) que repetido no espaço gera a rede cristalina

Os 7 Sistemas Cristalinos Só existem 7 tipos de células unitárias que preenchem totalmente o espaço Ortorrômbica abc, ° Tetragonal a=bc, ° Cúbica a=b=c, ° Romboédrica a=b=c, ° Hexagonal* a=bc, °° Monoclínica abc, °  Triclínica abc, °

As 14 Redes de Bravais Cúbica Simples Cúbica de Corpo Centrado Cúbica de Face Centrada Tetragonal Simples Tetragonal de Corpo Centrado Ortorrrômbica Simples Ortorrrômbica de Corpo Centrado Ortorrrômbica de Base Centrada Ortorrrômbica de Face Centrada Romboédrica Simples Hexagonal Monoclínica Simples Monoclínica de Base Centrada Triclínica

Estas Redes de Bravais representam os átomos como esferas rígidas que se tocam. As esferas encontram-se colocadas na cela unitária ccc a R cfc 1 átomo inteiro 1/8 de átomo 1/8 de átomo 1/2 átomo

Amostras Cristalinas Monocristais Policristais

Monocristais Os monocristais são compostos sólidos de átomos organizados num modelo periódico tridimensional que se estende por todo o material. Amostra é uma rede única (monocristal),

Monocristais Técnica de Laue, 1912 Monocristal

Policristais Os policristais são sólidos formados por muitos pequenos monocristais (partículas) com diferentes orientações.

Policristais Este método foi criado por Debye e Scherrer em 1916. É a técnica mais simples para se obter dados de difração de raios – X. Em vez de um único cristal com orientação definida em relação ao feixe de raio – X utiliza-se uma pequena quantidade de amostra (pó). ±100 mg, finamente divididos e orientados ao acaso.

Equipamento utilizado Difratómetro No difratómetro, se obtém um registro gráfico das sinais que as reflexões originam em detectores eletrônicos de radiação.

Difractómetro: Saída: Difratograma  = 0.1542 nm (CuK) Intensidade (u.a) Ângulo (2)

Difratómetro

Fonte de Raios X Raios X monocromáticos: Elétrons acelerados golpeiam um ánodo metálico que emite raios X. Raios X policromáticos: Elétrons a velocidades próximas à velocidade da luz que procedem de um sincrotrón.

Monocromador Prover um feixe de luz monocromática com um cumprimento de onda e uma amplitude determinadas.

Goniômetro Orienta o cristal para que os raios X incidam sobre todos os planos (da cela unitária) que cumprem com a Lei de Bragg e geram feixes refratados.

z Plano de rede y x Para poder descrever a estrutura cristalina (cela unitária) definem –se Planos de Rede.

Índices de Miller Notação para definir os planos de rede Obtém-se as intersecções do plano com os eixos. Obtém-se o inverso das intersecções (coordenadas do espaço recíproco). Multiplica-se para obter os menores números inteiros. z 1/2 1 h = 1/x k = 1/y l = 1/z Intersecções: 1/2, 1 Inversos: 2, 0 ,1 (coordenadas do espaço recíproco) Índices de Miller: (201) y Parâmetros de rede x

Experimento de Difração de Raios X z Experimento de Difração de Raios X y h k L Int x

Detectores Os detectores de raios X operam em modo de contadores de fótons

Difratómetro de raios X

Difratómetro de raios X

Difratómetro de raios X

Parâmetro de rede (h,k,l) Tamanho do cristalito Distancia interplanar O que é importante observar no difratograma? Intensidade relativa Parâmetro de rede (h,k,l) Tamanho do cristalito Distancia interplanar

Intensidade Relativa Posição 2q Intensidade Relat. I/I1 Forma B(2q) I1 pico de maior intensidade Forma B(2q) Largura na metade da altura do pico

Parâmetros de Rede Zeólita A ICDD – 38-0241 (410) (311) (321) (110) (111) (210) (220) (211) (300) (311) (320) (321) (410) (330) (420) (332) (422) 2q I/I1 h k l 7.193 100 1 0 0 10.156 69 1 1 0 12.449 35 1 1 1 16.085 25 2 1 0 17.632 2 2 1 1 20.368 6 2 2 0 21.638 36 3 0 0 23.960 53 3 1 1 26.077 16 3 2 0 27.077 47 3 2 1 29.913 55 4 1 0 Zeólita A ICDD – 38-0241

(Diâmetro médio das partículas) Tamanho do cristalito (Diâmetro médio das partículas) Equação de Scherrer Onde: D - diâmetro médio das partículas K - constante que depende da forma das partículas (esfera = 0,94) λ - comprimento de onda da radiação eletromagnética θ - ângulo de difração β (2θ) - largura na metade da altura do pico de difração

TC = 80 A k l TC= Bg(2q) cos(q) Dados experimentais: l = 1.54 (140)/(031) Dados experimentais: l = 1.54 2q = 19.25° k = 0.9 A o 1.17°=Bh(2q) Correção instrumental: Bf=0.59° Bg2 = Bh2 - Bf2 Bg= 1.01° = 0.0176 rad TC = 80 A o

TC = 230 A k l TC= Bg(2q) cos(q) Dados experimentais: l = 1.54 (140)/(031) Dados experimentais: l = 1.54 2q = 19.25° k = 0.9 A o 0.69°=Bh(2q) Correção instrumental: Bf=0.59° Bg2 = Bh2 - Bf2 Bg= 0.69° = 0.012 rad TC = 230 A o

Ex: Espectro de difração para Al  = 0.1542 nm (CuK) Intensidade (u.a) Ângulo (2) Uma amostra desconhecida é analisada e seus picos comparados com os de materiais conhecidos e tabelados, permitindo assim a identificação do material.

Conclusões

Cada técnica determina algumas propriedades Mas, várias técnicas juntas…

“Não há nada que seja maior evidência de insanidade, do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. Albert Einstein

Para que 2 feixes se encontrem em fase tem que: Ter o mesmo recorrido O recorridos diferencie-se num múltiplo inteiro de seu cumprimento de onda λ λ λ O seja se o defasagem é múltiplo da λ, os fótons seguem em fase

Espaço real Coordenadas: x,y,z Espaço recíproco Espaço onde encontram-se as reflexões Espaço recíproco Coordenadas: h,k,l