ENTEROTOXEMIA DO TIPO D EM OVINOS E CAPRINOS

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Transcrição da apresentação:

ENTEROTOXEMIA DO TIPO D EM OVINOS E CAPRINOS Claudio S. L. Barros Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Etiologia Principalmente toxina  de C. perfringens tipo D (doença do rim polposo)

(1) Baixa atividade proteolítica no intestino de neonatos Fatores que predispõem ao desenvolvimento de enterotoxemias associadas a Clostridium perfringens (1) Baixa atividade proteolítica no intestino de neonatos Presença de inibidores da tripsina no colostro Baixas taxas de secreção pancreática (2) Estabelecimento incompleto da microbiota intestinal normal em neonatos (3) Influências da dieta em animais mais velhos Mudanças abruptas para uma dieta mais rica Dieta hipercalórica Hipomotilidade intestinal, uma conseqüência da alimentação demasiada

Sinais clínicos em ovinos Geralmente uma doença neurológica aguda, subaguda ou crônica Cegueira Opistótono Convulsões Balidos Decúbito com movimentos de pedalagem Espuma pela boca (ver próximo slide) Diarréia não é um sinal clínico comum da doença em ovinos

Sinais clínicos

Sinais clínicos em caprinos (1) Doença aguda → em caprinos jovens (semelhante à doença em ovinos) (2) Doença subaguda → (2-4 dias) mais freqüentemente observada em caprinos adultos, vacinados ou não Diarréia hemorrágica Dor abdominal Choque Opistótono Convulsões (3) Doença crônica (dias ou semanas) em caprinos adultos vacinados Diarréia aquosa profusa (sangue e muco) Cólica Fraqueza Agalactia Morte ou recuperação

Achados de necropsia em ovinos Podem estar ausentes em casos agudos ou subagudos Lesões intestinais geralmente ausentes Excesso de liquido nas cavidades pericárdicas e pleural ou abdominal Edema pulmonar

Achados de necropsia

Achados de necropsia em ovinos Alterações de necropsia patognomônicas no encéfalo Herniação cerebelar (casos agudos o subagudos) Encefalomalacia focal simétrica (casos crônicos)

Achados de necropsia em ovinos Alterações de necropsia patognomônicas no encéfalo → Encefalomalacia focal simétrica Ocorre em casos crônicos Edema perivascular, necrose (malacia), hemorragia, tumefação axonal e astrocítica Localizada + freqüentemente no corpo estriado, tálamo, mesencéfalo, pedúnculos cerebelares e substância branca do cerebelo

Achados de necropsia em ovinos  Rim polposo

Achados de necropsia em caprinos Na forma aguda → semelhantes aos achados em ovinos Na forma crônica → colite fibrino-hemorrágica (envolvimento ocasianal do final do intestino delgado) Na forma subaguda → mistura de achados da aguda e crônica Não ocorre rim polposo, herniação cerebelar ou encefalomalacia focal simétrica

Achados histopatológicos em ovinos Achados no cérebro de ovinos são patognomônicos Edema proteináceo perivascular (microangiopatia) 90% dos casos Evidente poucas horas após o inicio do SC

Achados histopatológicos

Achados histopatológicos em ovinos Encefaomalacia focal simétrica Casos crônicos 90% dos casos Evidente poucas horas após o inicio do SC

Achados histopatológicos em caprinos Lesões no cérebro são menos consistentes Casos subagudos e crônicos → colite fibrinonecrótica com numerosos bacilos gram-positivos intralesionais

Diagnóstico Quadro 5. Amostras, condições para submissão, e testes para o diagnóstico de enterotoxemia por Clostridium perfringens em ovinos e caprinos Amostra Condição Teste Significado diagnóstico Cérebro Formol a 10% Histopatologia Confirmatórioa Cólon Fortemente sugestivob Esfregaços da mucosa do intestino delgado Secado ao ar, temperatura ambiente Coloração de Gram Sugestivoc Conteúdo do intestino delgado Refrigerado ou congelado, removido de alça intestinal Detecção de toxina Compatível com toxina  (Tipo A) Toxina  e , confirmatório (tipo B) Toxina  confirmatório (tipo C) Toxina , confirmatório (tipo D) Toxina  confirmatório (tipo E) Swab ou conteúdo de intestino delgado Refrigerado Cultura anaeróbica seguido de tipificação por PCR Confirmatóriod Compatívele aEdema proteináceo pervascular e/ou encefalomalacia focal simétrica são confirmatórios para enterotoxemia do tipo D em ovinos e caprinos (essa lesão é infreqüentemente vista em caprinos; ausência desses achados não afastam a possibilidade de enterotoxemia em qualquer das duas espécies. bEnterotoxemia do tipo B em caprinos (formas subaguda e crônica) cTodos os tipos de enterotoxemia em ambas espécies se muitos bacilos grandes gram-positivos são observados dConfirmatório para tipos B, C ou D se forem isolados respectivamente B, C ou D em grande número eSugestivo de tipo A, se o tipo A for isolado em grande número