ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Paulo Rogério Mudrovitsch de Bittencourt Dimpna
Advertisements

DOENÇAS ADQUIRIDAS DO NEURÔNIO MOTOR
Miopatias inflamatórias
Sistema Nervoso é o sistema que coordena todas as atividades do nosso organismo. Desde o movimento dos membros até a produção dos glóbulos sangüíneos,
MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA
Neuropatias Periféricas
ESCLEROSE MÚLTIPLA MARA MARINHO.
Encefalomielite Disseminada Aguda
Diagnostico Cinético Funcional
Como funciona a memória?
TECIDO NERVOSO TECIDO NERVOSO anabeatriz3.
Distrofias Musculares
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
Esclerose Múltipla Definição
Polineuropatias Periféricas
Enf. Saúde Mental e Psiquiatria II
ESQUIZOFRENIA.
Questão Como e porque o Mal de Alzheimer atinge as pessoas mais velhas, e qual é a amplitude dessa doença?
Marco A M Robles, Dangelo Ivo de Campos, José A Garbino
Doença de Charcot-Marie-Tooth
Causas da Doença de Alzheimer
POLINEUROPATIA PERIFÉRICA
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA Elda A. Botelho
VIII Simpósio Nacional De Eletromiografia - IICS - SP
AMIOTROFIA ESPINHAL INFANTIL
Caso clínico de Neurologia
Paralisia Cerebral.
Universidade Presbiteriana Mackenzie Desenvolvimento Humano Evolução de 58 fetos com meningomielocele e o potencial de reparo intra-uterino Turma:
Distúrbios Neurodegenerativos
Manifestações Clínicas
Patogênese da doença de Parkinson
SINDROME DE GUILLAIN BARRÉ E MIASTENIA GRAVIS
Nem toda doença tem cura, mas toda doença tem tratamento!
Distúrbios de genes únicos
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Neoplasia.
Distúrbios Desmielinizantes
Esclerose Lateral Amiotrófica
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
DIAGNÓSTICO História e exame físico: demonstração da presença de sinais de envolvimento do NMS (fraqueza e sinais de liberação piramidal), ao lado de sinais.
ESCLEROSE MÚLTIPLA.
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
Alzheimer Tipo mais comum de demência.
Mielopatia espondilótica cervical Ela ocorre devido a um estreitamento do canal espinhal cervical, seja devido a um estreitamento degenerativo,
Amiotrofia Espinhal Progressiva
Atrofia Muscular Espinhal (AME)
Síntese dos artigos de revisão da grade curricular de genética
CASOS CLINICOS – NEUROLOGIA
DOENÇAS NEUROMUSCULARES: EXERCÍCIO FÍSICO E SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR
POLIMIALGIA REUMÁTICA E ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Ana Luiza Telles Leal 24/05/2010
As implicações neurológicas do HTLV em indivíduos sintomáticos
S I T E M A N R V O.
cervicalgia e cervicobraquialgia Nayara Pereira
Neurologia 2009 Leonardo José de M Araújo
ESQUIZOFRENIA.
GENÉTICA E DEFICIÊNCIAS MENTAIS BRUNO VINICIUS DE AGUIAR
Doenças do Neurônio Motor
Distúrbios Musculoesqueléticos
Leucodistrofia metacromática
Botulismo Definição: Doença Neuroparalítica Severa
SÍNDROMES MENTAIS ORGÂNICAS
ESQUIZOFRENIA Infantil
Síndrome de RETT.
SÍNDROME DE RETT Dayana Canani Pedroso Jussara Mendes
Alunos:Eduardo F. Sovrani, Luvas Ev, Mario Schepainski Junior.
Tratamento Fisioterapêutico Neurológico Ambulatorial
PATOLOGIA CLINICA HUMANA
Transcrição da apresentação:

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA Andressa Godar Erick Deon Fernanda Fabrini Gabriela Paluch Marina Milhante Rafael Shinmi Rafaela da Silva Suelen Frizzas

Introdução

ELA A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença rara, neurodegenerativa de origem desconhecida, progressiva e associado à morte do paciente em um tempo médio de 3 a 4 anos. Devido à baixa sobrevida, por ser incapacitante e possuir apenas tratamento sintomático a ELA tem um impacto grande sobre o paciente e sua família. Esclerose é um termo genérico que significa endurecimento e cicatrização. Esclerose lateral refere-se ao endurecimento da porção lateral da medula espinhal decorrente da morte dos neurônios motores superiores (neurônios da região cortical, mais precisamente no giro pré-central – área motora).   Amiotrófica refere-se à fraqueza dos músculos que se tornam atróficos devido à morte dos neurônios motores inferiores (originados da porção anterior ou ventral da medula espinhal). Esclerose Lateral Amiotrófica significa fraqueza muscular secundária a comprometimento dos neurônios motores.

A doença foi recentemente muito divulgada devido ao desafio do balde de gelo da AbrELA (Associação Brasileira de esclerose lateral amiotrófica.

Epidemiologia

Dados Gerais Doença de incidência rara: 1/100.000 - 1/200 em uma família Frequência similar em todo mundo - Exceção: Guam – incidência 50x ~ 100x maior Forma esporádica é a mais comum – 90% dos casos - As formas familiar e do Pác. Oeste são iguais indistinguíveis da esporádica Embora, ELA/DNM seja considerada uma doença de incidência rara, cerca de 1 caso para 100.000 pessoas/ano, ela representa um grande impacto pessoal e socioeconômico para o indivíduo e para a sociedade. Assumindo-se que uma família completa constitui-se de 3 gerações, e que cada indivíduo tem 2 filhos, e que o período de cada geração é de 20 anos, calcula-se que 1 em cada 200 indivíduos tenha um membro familiar afetado pela ELA. Exceto em um pequeno foco no Pacífico Ocidental, onde a ELA assumiu uma forma epidêmica, a freqüência é similar em todo o mundo. Aparentemente, a freqüência tem aumentado uniformemente e não parece que se encontra relacionada com a maior habilidade dos médicos em reconhecer a doença.

Dados Gerais Maior incidência no sexo masculino - Proporção 2:1 Afeta mais a etnia branca Idade média de início: 57 anos -Somente 4% a 6% dos casos se dão antes dos 40 anos de idade Sob uma forma mais geral, no estudo da ELA verifica-se que o sexo masculino é mais comprometido que o feminino em uma proporção de 2:1 e os brancos são mais afetados que os negros, com idade média de início aos 57 anos, um pouco mais precoce nos homens. Cerca de 4 a 6% dos casos afetados são pessoas com menos de 40 anos. A

No Brasil Primeira descrição da doença em 1909 - Dr. Cypriano de Freitas Em 1916, duas outras descrições de ELA - Dr. Gonçalves Viana, em Porto Alegre A estimativa é de 12 mil casos de ELA no Brasil

Etiologia

Fator genético + exposição a um fator “gatilho” = expressão da doença Etiologia Sua causa não é totalmente esclarecida. Fator genético + exposição a um fator “gatilho” = expressão da doença Dentre os gatilhos destacam-se: processo inflamatório; exposição a agentes tóxicos (endógenos ou exógenos); atividade física A causa para a Esclerose Lateral Amiotrófica não é totalmente esclarecida. Os trabalhos epidemiológicos e sobretudo os experimentos com modelos animais têm permitido concluir que a doença relaciona-se com a presença de algum fator genético e a sua expressão clínica estaria relacionada com a exposição deste indivíduo, marcado geneticamente, a algum fator, ou fatores, que funcionariam como gatilho para o desencadeamento do processo de degeneração do motoneurônio.
Dentre os gatilhos destacam-se: processo inflamatório; exposição a agentes tóxicos (endógenos – do próprio indivíduo; ou exógenos – produtos do meio ambiente, por exemplo, exposição ao BMAA); atividade física

Etiologia – ELA esporádica Nenhum fator isoladamente encontra-se associado à ELA. Há indícios de que seja uma síndrome decorrente de uma variedade de diversos insultos no SNC, levando a uma idêntica ou quase idêntica via final patogênica comum. Exemplos de locais para a lesão inicial: motoneurônio, nas células astrocísticas, interneurônios e neurônios motores corticais. Alguns autores acreditam que o precesso causal inicía-se no NMI e outros no NMS.

Etiologia – ELA familiar Ao redor de 5% a 10% de todos os casos de ELA. Tem uma causa genética. Média de idade do início é de 10 a 15 anos mais cedo do que para a ELA esporádica 10%: possuem uma mutação no gene da enzima do cobre/zinco superóxido-desmutase (SOD1) no cromossomo 21 MAIOR FORMAÇÃO DE RADICAIS LIVRES

Etiologia Teorias Atualmente em Estudo Genética Excitotoxicidade: anomalia no metabolismo da atividade dos receptores de aminoácidos excitatórios, com presença tanto de fatores citotóxicos endógenos quanto exógenos. Fatores Tróficos:A deficiência de fatores tróficos transportados por fluxo axoplasmático anterógrado ou retrógrado teria uma implicação direta como causa de ELA.

Etiologia Teorias atualmente em estudo Biologia Celular: vulnerabilidade dos neurônios motores, tentando-se entender como e por que as células são destruídas. Stress Oxidativo: há indícios de que o motoneurônio apresenta uma diminuição de capacidade de defesa contra o stress oxidativo. Lesão mitocondrial Meio ambiente Infecções viróticas Auto-imunidade

QUADRO CLÍNICO

Quando suspeitar de ELA Quadro Clínico Depende: de quais os sítios topográficos iniciais de comprometimento no sistema nervoso! Fraqueza Reflexos tendíneos vivos (clônus) Presença de reflexos anormais (Babinski +) Neurônio Motor Superior

Quadro Clínico Fraqueza Fasciculações Atrofia Atonia Arreflexia Neurônio Motor Inferior Disfunção dos Neurônios Motores do Tronco Cerebral Disfagia Disartria

Quadro Clínico Paralisia progressiva marcada por sinais de comprometimento do NMS e do NMI. Membros superiores mais que os inferiores Precedendo ou seguindo-se a instalação dos sintomas, os pacientes queixam-se de cãibras. Fraqueza, atrofia e fasciculações nos membros são os sinais clínicos mais proeminentes!

Quadro Clínico Com o seguimento da doença há comprometimento bulbar, geralmente de caráter assimétrico. Tardiamente são afetadas as funções vocais e respiratórias. Os nervos cranianos, que controlam a visão e os movimentos oculares, e os segmentos sacros inferiores da medula espinhal, que controlam os esfíncteres, não são usualmente afetados.

CLASSIFICAÇÃO

Classificação das DNM Realizada de acordo com alguns parâmetros: Síndrome clínica Tipo de neurônio motor predominante Alterações morfológicas Padrão de herança Achados eletrofisiológicos Anormalidades bioquímicas e imunológicas A classificação das DNM depende de vários critérios, incluindo síndrome clínica, com predominância de envolvimento dos tipos de neurônios motores, alterações morfológicas, padrão de herança, achados eletrofisiológicos e anormalidades bioquímicas e imunológicas.

Subtipos AMP – Atrofia muscular progressiva ELP – Esclerose lateral primária PBP – Paralisia bulbar progressiva ELA – Esclerose lateral amiotrófica

Atrofia muscular progressiva Doença pura do NMI Forma incomum – 5% a 20% das DNM Clínica Fraqueza Atrofia Fasciculações Eu não falaria mais do que está nos slides até porque o foco é ELA!!! A AMP, doença pura do NMI de causa ainda não identificada, é incomum, representando cerca de 5% a 20% dos casos de DNM. Manifesta-se clinicamente com fraqueza, atrofia e fasciculações, geralmente de início nos membros superiores, envolvendo, progressivamente, membros inferiores e região bulbar. Não há indícios de liberação piramidal. Os reflexos profundos são abolidos. O principal diagnóstico diferencial deve ser feito com neuropatia motora pura. Os 2 grupos de doenças são difíceis de distinguir sob critérios puramente clínicos ou até de eletroneuromiografia (ENMG). A única forma de distinção é no pós-mortem através da demonstração da perda de células do corno anterior da medula.

Esclerose lateral primária Doença pura do NMS Insidioso e lenta evolução Clínica Quadriparesia espástica Hiperrreflexia (reflexos profundos) Sinal de Babinski bilateral Disartria espástica Labilidade emocional (pseudobulbar) A ELP, doença pura do NMS, se caracteriza por surto insidioso, de evolução lenta, sem história ou evidência de envolvimento e qualquer outra parte do sistema nervoso exceto os tratos córtico-bulbar e córtico-espinhal. Não há evidência, pelo menos nas etapas iniciais da doença, de comprometimento, tanto clínico quanto eletroneuromiográfico, do NMI. Clinicamente manifesta-se com quadriparesia espástica, reflexos tendíneos profundos exaltados, sinal de Babinski bilateral, disartria espástica e labilidade emocional (quadro pseudobulbar).

Paralisia bulbar progressiva Neurônios do tronco cerebral Com ou sem lesão do NMS Clínica Disartria Disfagia Fraqueza Atrofia Fasciculações de língua A PBP, relacionada ao comprometimento dos neurônios do tronco cerebral, caracteriza-se por envolvimento predominante da musculatura de inervação bulbar, com ou sem lesão do NMS. Disartria e disfagia são os sintomas predominantes, acompanhados de fraqueza, atrofia e fasciculações de língua. Envolvimento moderado da musculatura do pescoço pode ser encontrado. Associadamente, sinais de comprometimento do NMS ou labilidade emocional não são infreqüentes.

Esclerose lateral amiotrófica Forma mais comum - utilizado indistintamente para as outras formas de DNM NMS e NMI Clínica Clônus Sinal de Babinski Atrofia Fraqueza Fasciculações A ELA se caracteriza por paralisia progressiva marcada por sinais de comprometimento do NMS (clônus e sinal de Babinski) e do NMI (atrofia e fasciculações). É a forma mais comum das doenças do neurônio motor e, por isso, freqüentemente, o termo ELA é utilizado indistintamente para as outras formas de DNM. O envolvimento predominante é o da musculatura dos membros (membros superiores mais que os inferiores), seguindo-se comprometimento bulbar, geralmente de caráter assimétrico. Muitas vezes, precedendo ou seguindo-se a instalação dos sintomas os pacientes queixam-se de cãibras. Fraqueza, atrofia e fasciculações nos membros são os sinais clínicos mais proeminentes. Mais tarde, são afetadas as funções vocais e respiratórias. Os nervos cranianos, que controlam a visão e os movimentos oculares, e os segmentos sacros inferiores da medula espinhal, que controlam os esfíncteres, não são usualmente afetados.

Esclerose lateral amiotrófica Membros superiores > Membros inferiores Seguido de comprometimento bulbar, geralmente, assimétrico Forma mais avançada Funções vocais e respiratórias Nervos cranianos pouco afetados A ELA se caracteriza por paralisia progressiva marcada por sinais de comprometimento do NMS (clônus e sinal de Babinski) e do NMI (atrofia e fasciculações). É a forma mais comum das doenças do neurônio motor e, por isso, freqüentemente, o termo ELA é utilizado indistintamente para as outras formas de DNM. O envolvimento predominante é o da musculatura dos membros (membros superiores mais que os inferiores), seguindo-se comprometimento bulbar, geralmente de caráter assimétrico. Muitas vezes, precedendo ou seguindo-se a instalação dos sintomas os pacientes queixam-se de cãibras. Fraqueza, atrofia e fasciculações nos membros são os sinais clínicos mais proeminentes. Mais tarde, são afetadas as funções vocais e respiratórias. Os nervos cranianos, que controlam a visão e os movimentos oculares, e os segmentos sacros inferiores da medula espinhal, que controlam os esfíncteres, não são usualmente afetados.

Funções não comprometidas Funções mentais e psíquicas Inteligência, juízo, memória Funções autonômicas Sentidos Percepção à dor Função sexual As capacidades mentais e psíquicas permanecem, freqüentemente, inalteradas. A ELA não afeta as funções corticais superiores como a inteligência, juízo, memória e os órgãos dos sentidos. Em geral, as funções autonômicas permanecem intactas. Estas incluem: função cardíaca, digestão, micção, defecação, manutenção de pressão sanguínea e temperatura. Os sentidos, incluindo-se tato, audição, visão e olfato, permanecem intactos. Percepção à dor permanece normal. Função sexual geralmente permanece normal. Controle fecal e urinário freqüentemente permanece intacto, mesmo em estados avançados da doença, embora constipação possa ocorrer devido à fraqueza da musculatura da parede abdominal e imobilidade nos estágios mais tardios da doença.

DIAGNÓSTICO

Critérios - El Escorial World Federation of Neurology Ausência de: Comprometimento sensitivo Comprometimento autonômico Comprometimento visual Síndrome de Parkinson Alterações em exames de neuroimagem indicativas de outras doenças, que poderiam explicar os achados neurogênicos na ENMG

Critérios - El Escorial World Federation of Neurology Presença de: Envolvimento clínico, eletroneuromiográfico ou anatomopatológico do neurônio motor inferior Alterações do tipo neurogênicas na ENMG, em músculos clinicamente normais; sinais de envolvimento do neurônio motor superior Progressão da doença Apoiado por: Fasciculação em uma ou mais regiões ENMG com alterações neurogênicas; velocidade de condução normal; sem bloqueio de condução

DIAGNÓSTICO A ELA é definida (típica) quando acomete NMI + NMS em 3 ou mais regiões (tronco cerebral, membros superiores, tórax, membros inferiores) e é provável quando acomete somente duas regiões

DIAGNÓSTICO História e exame físico: demonstração da presença de sinais de envolvimento do NMS (fraqueza e sinais de liberação piramidal), ao lado de sinais de comprometimento do NMI (atrofia, fasciculações) Exame eletroneuromiográfico: fundamental para confirmar/identificar a presença de comprometimento do NMI em regiões clinicamente comprometidas e aparentemente não comprometidas Neuroimagem e exames laboratoriais excluem outras doenças Nenhum exame é marcador definitivo de ELA Mesmo com o potencial destes exames, há um tempo importante perdido entre os primeiros sintomas e o diagnóstico de ELA. Muitos pacientes só são diagnosticados em estágios avançados da doença. Em muitos casos, os médicos mantêm-se relutantes em confirmar o diagnóstico de ELA devido à limitação terapêutica. A média entre os primeiros sintomas e o diagnóstico persiste ao redor de 12 meses. Como não existe um teste diagnóstico específico, às vezes, é muito difícil distinguir ELA de outras situações clínicas. Apesar do grande esforço da comunidade médica para categorizar e definir melhor esta moléstia, a ELA afeta cada indivíduo de forma diferente. A doença progride mais rapidamente em alguns pacientes do que em outros; alguns pacientes apresentam comprometimento generalizado, enquanto outros apresentam envolvimento mais localizado, vindo a falecer antes de desenvolverem todos os sinais e sintomas da doença.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Atrofia Muscular Progressiva DOENÇA EXAME Miopatia inflamatória CK Miopatia distal CK, biópsia Doença de Charcot Marie Tooth tipo 2 Genética Mononeurite múltipla Glic, VHS, FAN Polirradiculopatia infecciosa Lyme, HIV Neuropatia motora multifocal Anti-GM1, ENMG Neoplasia (linfoma) Mielograma Polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória crônica LCR, ENMG Escolhi algumas, e acho que é só citar as doenças, deixa os exames ali por curiosidade Dentre os principais diagnósticos diferenciais destaca-se a neuropatia motora pura com auto-anticorpos (anticorpos antigangliosídeos), que assume uma grande importância, pois, potencialmente, pode apresentar uma resposta clínica favorável após a administração de imunossupressor (Ciclofosfamida) ou de imunoglobulina hiperimune por via endovenosa.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Síndrome pós-poliomielite DOENÇA EXAMES Siringomielia RM de coluna Neurofibromatose central RM crânio Esclerose Lateral Primária DOENÇA EXAMES Esclerose múltipla RM de crânio ELA DOENÇA EXAMES Mielopatia espondilótica RM de coluna Desordens vasculares RM crânio

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Paraparesia espástica familiar DOENÇA EXAMES Mielopatia espondilótica RM coluna Paraparesia espástica pelo HTLV-1 HTLV-1 Deficiência de vitamina B12 [B12] Mielopatia hipertiróide TSH Mielopatia hiperparatiróide Ca, P, PTH Encefalomielopatia paraneoplásica Anti-Hu

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Paralisia Bulbar Progressiva DOENÇA EXAMES Miopatia inflamatória CK, biópsia Miastenia grave [anti-RAch] Síndrome de Lambert-Eaton ENMG Siringobulbia RM crânio Tumor de forâmen magno Esclerose múltipla Neuronopatia bulboespinhal Expansão CAG

TRATAMENTO

TRATAMENTO Sobrevida: 3 a 5 anos. Sintomático Envolvimento bulbar (Paralisia Bulbar Progressiva): 6 meses a 3 anos. Sintomático Antioxidantes, bloqueadores do canal de cálcio, antivirais, plasmaférese e imunossupressores: sem mudança significativa na história natural não há cura para a ELA. Os mais variados tratamentos já foram tentados, incluindo-se antioxidantes, bloqueadores do canal de cálcio, agentes antivirais, inibidores da excitotoxicidade, plasmaférese e imunossupressores, mas não houve uma mudança significativa na história natural da ELA. Há, por outro lado, pessoas que vivem mais do que dez anos com a doença. Destaca-se a longevidade de Stephen Hawking, que a despeito de um prognóstico reservado dado em 1964, quando tinha 21 anos de idade, ele continua vivo e produtivo, mesmo com todas as limitações que a doença impõe.

TRATAMENTO Riluzole: 50 mg de 12-12 horas inibição da liberação do glutamato na fenda sináptica prolonga a vida de 3 a 6 meses.  única droga registrada que tem comprovação de eficácia no tratamento da ELA com água, longe das refeições. O seu efeito principal é a inibição da liberação do glutamato na fenda sináptica. Prolonga a vida de 3 a 6 meses.

TRATAMENTO Droga Promissora: Tamoxifeno Outras drogas estudadas: inibe a degradação protéica e lipídica, neuroprotetora celular Outras drogas estudadas: CNTF, BDNF, IGF-1, GDNF, Gabapentina, Xaliproden, Vitamina E, Minociclina, Terapia com Manipulação Celular e Reparo Funcional Tamoxifeno é um medicamento usado rotineiramente para tratamento de câncer de mama. Em ensaios clínicos, em fase 2, pacientes com ELA tratados com 20 mg/dia de tamoxifeno, avaliados através de medidas evolutivas com força muscular, capacidade ventilatória, escala de qualidade de vida e sobrevivência, apresentaram uma diferença clínica estatisticamente significante, quando comparados com placebo, sendo os homens mais beneficiados (maior sobrevida) que as mulheres, especialmente aqueles com comprometimento motor inicial nos membros. Os demais só citar que estão em estudo e cada um atua de uma maneira diferente. O primeiro tem muitos efeitos colaterais, o Xaliproden não tem efeito sozinho.. Exemplificar só, não se ater no que faz cada um.

TRATAMENTO Célula-tronco: promissora diferenciação em neurônios e em célula da glia administração das células-tronco onde há degeneração celular: sem sucesso instalação da rede de sinapses como liberar regionalmente as substâncias neurotróficas? Célula-tronco: O isolamento de célula-tronco de células embrionárias ou de tecido fetal, expandidas em culturas, permite a sua diferenciação em neurônios e em célula da glia. Para a sobrevida destas novas células administradas e para a formação da rede de sinapses necessária, é necessária a presença regional de inúmeras substâncias neurotróficas, destacando-se GDNF (fator neurotrófico derivado da glia), IGF (fator de crescimento insulina-like), VEGF (fator de crescimento de endotélio vascular). Não basta, portanto, colocarmos somente as células, temos de aprender como liberar regionalmente estas substâncias neurotróficas.

TRATAMENTO Melhor abordagem terapêutica parece ser uma combinação de 2 ou mais drogas que: a) atuem em caminhos que acarretam a morte da célula neuronal, e b) promovam a sobrevivência e o crescimento rápido dos neurônios motores existentes Quanto mais precoce, melhor a evolução

TRATAMENTO Tratamento neuroprotetor: - Riluzole - Vitamina E Antiinflamatório não hormonal (Indocid™ ou Celebra®) - Tamoxifeno

TRATAMENTO Aumentar a força muscular: Sintomáticos Creatina, Clembuterol, Oxandrolona, L-carnitina Sintomáticos Ansiedade, cãibra, depressão, espasticidade, fasciculações, insônia, salivação Fisioterapia motora e respiratória aumentar a força muscular em um determinado momento, para retardar a administração de medidas invasivas como sondas enterais e respiração assistida, recomenda-se o uso de.. A fisioterapia motora e a fisioterapia respiratória assumem uma enorme importância no contexto do tratamento da ELA.  São realizadas a cada 15 dias

TRATAMENTO Situações Clínicas Especiais Adaptação Disartria Disfagia e desnutrição Dor Dispnéia Higiene e cuidados com a pele Aspectos psicológicos Esses são os pontos a serem avaliados e tratados durante a progressão da doença. Não acho que precisa d enfoque do porque ocorre cada coisa, só saber que existe mesmo e para cada situação existem medicamentos e terapias individualizadas.

PERSPECTIVAS FUTURAS Fatores neurotróficos, especialmente o fator de crescimento nervoso ciliar (CNTF), o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNTF), o fator de crescimento similar à insulina (IGF1) e o fator neurotrófico derivado da linhagem das células da glia (GDNF) muitas drogas têm sido testadas, em diferentes fases de experimentos Grandes esperanças com esses fatores descritos no slide.

Referências Bibliográficas Associação Brasileira da Esclerose Lateral Amiotrófica. Obtido em: <http://www.abrela.org.br > Acesso em 22/11/2014. Instituto Paulo Gontijo. Obtido em: <http://www.ipg.org.br > Acesso em 23/11/2014.

OBRIGADO!