GRUPO DE ESTUDOS PNAIC / 2013

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Transcrição da apresentação:

GRUPO DE ESTUDOS PNAIC / 2013 AVALIAÇÃO Orientadora: Raquel Eveline da Silva Grupo: Lírios 4º Encontro – 07/06/2013

AVALIAÇÃO Avaliar→vocábulo latino valere, que significa atribuir valor a alguma coisa. Nossos modos de avaliar dizem muito acerca do que pensamos que seja a alfabetização e do que sejam os domínios das práticas nessa área. Assim avaliar, não é só atribuir valor, é produzir sentidos para as aprendizagens e para as práticas pedagógicas que as que promovemos.

AVALIAÇÃO PODE SER Verificação: Formativa – função de controle. Diagnóstica – função de análise Somativa – função classificatória Processual: foco no percurso da atividade (no desenvolvimento da criança). 

AVALIAÇÃO PROCESSUAL No Brasil, o panorama de avaliação processual ganhou força com os estudos da Psicogênese da Língua Escrita, de Emília Ferreiro. As pesquisas de Ferreiro e Teberosky (1998) sobre a psicogênese da língua escrita demonstram como as crianças constroem, em níveis evolutivos, a compreensão do sistema alfabético de representação da língua, permitindo ao professor definir atividades e intervenções pedagógicas que favorecem a compreensão da escrita e da superação das dificuldades desta aprendizagem.

NÍVEIS DE APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA Pré-linguístico Pré-silábico Silábico Silábico-alfabético Alfabético

NÍVEL PRÉ-LINGUÍSTICO: Na fase pré-linguística, a criança passa por longo processo de rabiscos, garatujas, desenhos orientadas pela cultura escrita do meio em que está inserida. Autores citam quatro categorias subdividas em outros níveis totalizando cerca dez níveis até a próxima fase.

NÍVEL PRÉ-SILÁBICO: No início desta fase, a criança não estabelece relações entre a escrita e a pronúncia. Ela expressa sua escrita através de desenhos, rabiscos e letras usadas aleatoriamente, sem repetição e com o critério de, no mínimo, três símbolos. Outra característica desta fase é o “realismo nominal”, que designa a impossibilidade de conceber a palavra e o objeto a que se refere como duas realidades distintas.

NÍVEL PRÉ-SILÁBICO: Assim, a criança pensa que a palavra trem é maior que telefone, porque representa um objeto maior e mais pesado. A superação do realismo nominal, pela percepção de que a palavra escrita não representa o objeto mas, seu nome é indispensável para o sucesso na alfabetização.

NÍVEL PRÉ-SILÁBICO: Conflito que levará ao próximo nível: a percepção de que há estabilidade nas palavras (há uma forma única para escrever corretamente cada palavra). Dicas: usar, na escrita, a letra de imprensa maiúscula (de forma ou bastão) favorece a percepção das unidades sonoras e diminui o esforço e as dificuldades psicomotoras. A letra manuscrita (cursiva) só deve ser introduzida quando a criança adquire a base alfabética. A alfabetização deve ser iniciada com palavras de significado para a criança, como seu próprio nome, e não com palavras pequenas (pá, pé, nó) ou com sílabas repetidas (babá, Lili).

NÍVEL PRÉ-SILÁBICO: Sugestões de atividades: nomes dos alunos escritos em crachás; listados no quadro; identificar o próprio nome e depois o de cada colega; percebendo que nomes maiores podem pertencer às crianças menores e vice-versa; classificar os nomes pelo som inicial ou por outros critérios; organizar os nomes em ordem alfabética, ou em “galerias” ilustradas com retratos ou desenhos;

NÍVEL PRÉ-SILÁBICO: Sugestões de atividades: criar jogos com os nomes (dominó, memória, boliche, bingo); fazer contagem das letras e confronto dos nomes; confeccionar gráficos de colunas com os nomes seriados em ordem de tamanho (número de letras). fazer estas mesmas as atividades utilizando palavras do universo dos alunos, rótulos de produtos conhecidos ou recortes de revistas (propagandas, títulos, palavras conhecidas).

NÍVEL SILÁBICO: A criança descobre a lógica da escrita, percebendo a correspondência entre a representação escrita das palavras e as propriedades sonoras das letras, usando, ao escrever, uma letra para cada emissão sonora. Conflito que levará ao próximo nível: impossibilidade de ler silabicamente o que os outros escrevem (sobram letras).

NÍVEL SILÁBICO: Dicas: A hipótese silábica é uma construção da criança e o treino descontextualizado e mecânico das sílabas não a favorece. O professor provocará o conflito que a possibilita com intervenções e atividades que ajudem a perceber a estabilidade da escrita convencional, no confronto com palavras já conhecidas (nomes dos colegas, produtos). Quando a criança lê o que escrever percorrendo a palavra com o dedo percebe que sobram letras (hipótese pré-silábica) ou faltam (hipótese silábica), facilitando a construção da hipótese alfabética.

NÍVEL SILÁBICO: Sugestões de atividades: fazer listas e ditados variados (de alunos ausentes e presentes, livros de histórias, ingredientes para uma receita, nomes de animais, questões para um projeto); usar jogos e brincadeiras (forca, cruzadinhas, caça-palavras); organizar supermercados e feiras; fazer “dicionário” ilustrado com as palavras aprendidas; diário da turma; relatórios de atividades ou projetos com ilustrações e legendas;

NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO Caracteriza-se pela passagem da hipótese silábica para a alfabética, representando um conflito entre as duas fases. A criança questiona a estrutura silábica, mas ainda falta-lhe repertório fonético para obter sucesso na escrita.

NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO Sugestão de atividades: atividades que envolvam consciência fonêmica, como forca, cruzadinha, caça-palavras, trilha de palavras, bingo de palavras, listas; propor atividades em dupla (um dita e outro escreve), para reescrita de notícias, histórias, pesquisas, canções, parlendas e trava-línguas.

NÍVEL ALFABÉTICO A base alfabética da escrita se constrói a partir do conflito criado pela impossibilidade de ler silabicamente a escrita padrão (sobram letras) e de ler a escrita silábica (faltam letras). Neste nível, a criança, embora já alfabetizada, escreve ainda foneticamente (como se pronuncia), registrando os sons da fala, sem considerar as normas ortográficas da escrita padrão e da segmentação das palavras na frase.

NÍVEL ALFABÉTICO Aqui a criança já compreendeu que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba. Isto não quer dizer que todas as barreiras tenham sido superadas: a partir deste momento, a criança se defrontará com as dificuldades da ortografia, mas não terá mais problemas de escrita, no sentido estrito. (Ferreiro e Teberosky, 1998, p.15).

NÍVEL ALFABÉTICO Dicas: o tempo necessário para avançar de um nível para outro varia muito. A evolução pode ser facilitada pela atuação significativa do professor, sempre atento às necessidades observadas no desempenho de cada aluno, organizando atividades adequadas e colocando, oportunamente, os conflitos que conduzirão ao nível seguinte. O uso da metodologia contrastiva, permitindo que a criança confronte sua hipótese de escrita com a forma padrão (nos diversos materiais de leitura já conhecidos) é um importante recurso para a estabilização da escrita ortográfica.

CONSOLIDAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO A sistematização do processo de alfabetização se dará ao longo dos anos subseqüentes. Na medida em que o aluno adquire segurança no contato prazeroso, contextualizado e significativo com a língua escrita, sua leitura torna-se mais fluente e compreensiva. Por meio da leitura, o aluno assimila, aos poucos, as convenções ortográficas e gramaticais, adquirindo competência escritora compatível com as exigências da escrita social. Desenvolve-se, assim, o gosto e o interesse pela leitura e a habilidade de inferir, interpretar e extrapolar as idéias do autor, formando-se o leitor crítico.

TESTE DE ESCRITA Ditado de quatro palavras (dissílaba, trissílaba, polissílaba, monossílaba) do mesmo campo semântico e uma frase contendo a palavra dissílaba. Ex: bola, boneca, bicicleta, bom. A bola caiu no buraco.

PROVINHA BRASIL Constitui desde 2008 um instrumento de avaliação diagnóstica do nível da alfabetização das crianças matriculadas no 2º ano e ao mesmo tempo a normatização das múltiplas didáticas de alfabetização. As habilidades avaliadas na provinha se baseiam em uma matriz de referência que considera quatro eixos: apropriação do SEA, escrita, leitura e valorização da cultura escrita.

PROVIDÊNCIAS: A partir da avaliação diagnóstica e processual da turma têm-se as competências que os alunos já sabem e o que precisa ser desenvolvido em sintonia com as metas estabelecidas com os planos de estudo da escola, da rede municipal e a proposta de ensino para o bloco pedagógico.

ERRO CONSTRUTIVO Outro aspecto a ser considerado na avaliação é o erro: este deve ser entendido como um indício do que o aluno já sabe e o que é preciso ser trabalhado. Atividades que desestabilizem tais hipóteses (erro) devem ser propostas para que a criança construa em direção do conhecimento almejado.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Fichas avaliativas; Caderno de campo (com anotações descritivas, qualitativas de cada aluno); Tabelas ou planilhas; Armazenamento de atividades das crianças ao longo do trimestre ou ano letivo (para acompanhamento, análise e posterior construção de relatório – parecer descritivo), organização de pastas com atividades, relatórios (portifólio ou dossiê).

TRABALHO ARTESANAL Assim, a avaliação tem ligação estreita com o planejamento e com a intervenção pedagógica cotidiana que o trabalho na alfabetização exige. Avaliar então é: observar, registrar, analisar, comparar e replanejar para intervir sempre!

Leitura deleite

INTERVALO

LEITURA E DISCUSSÃO Perfil dos alunos das professoras cursistas. Organização por ano de atuação. Analisar no coletivo como estão nossos alunos. Registrar em síntese ou apontamentos as habilidades já consolidadas pelas crianças, as dificuldades encontradas no processo e possíveis encaminhamentos. Visibilidade do ensino enquanto rede municipal. Materiais de apoio: Quadros de aprendizagem do 1º, 2º e 3º anos, os planos de estudos das escolas. Apresentação dos apontamentos

AVALIAÇÃO Proposta de avaliação: Quadros de aprendizagem. Quadro de avaliação para o professor.

AVALIAÇÃO Obrigada! Bom fim-de-semana!