Glomerulonefrite Adriana Conceição Bruna Grimaldi

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Transcrição da apresentação:

Glomerulonefrite Adriana Conceição - 1901 Bruna Grimaldi - 1901072 Nayara Alcantara - 1901061 Julia Canto - 1901091

Glomerulonefrite é uma inflamação do glomérulo, unidade funcional do rim formada por um emaranhado de capilares, onde ocorrem a filtragem do sangue e a formação da urina. As glomerulonefrites podem ser primárias ou secundárias, agudas ou crônicas. As primárias se instalam diretamente no glomérulo e, em geral, são causadas por alteração imunológica resultante de infecções por vírus ou bactérias. Conforme os sinais clínicos que apresentem, elas recebem denominações específicas. A mais comum é a nefropatia por IgA, ou doença de Berger, que se caracteriza por presença de sangue na urina, pressão alta e, em alguns casos, edema nas pernas. As secundárias não se originam primariamente no glomérulo, mas estão associadas a doenças, como hipertensão arterial, diabetes, lúpus eritematoso, hepatites B e C, infecção pelo HIV, ou, ainda, por alguns medicamentos. As causas mais frequentes, porém, são diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.

As glomerulonefrites primárias podem ser assintomáticas, o que retarda o diagnóstico e o início do tratamento. Quando aparecem, os sintomas variam muito de um paciente para o outro. Entre eles merecem destaque: pressão alta (hipertensão arterial), edema nos olhos e/ou nas pernas, aumento de peso por causa da retenção de líquidos, perda de sangue (hematúria) e de proteína (proteinúria) pela urina, cansaço, indisposição, fraqueza e anemia. Nas glomerulonefrites secundárias, urina espumosa (em conseqüência da proteinúria) e edema são os sintomas mais comuns.

Diagnóstico O diagnóstico pode ser feito em uma consulta de rotina, quando o médico observa os sintomas no paciente, e por meio de exames laboratoriais como uréia, creatinina, urina e, ainda, ultra-som e biópsia renal. Quando o paciente relata que sua urina está diminuída e de cor avermelhada, apresenta inchaço nos olhos ou nas pernas e hipertensão, pode-se então suspeitar de uma glomerulonefrite. Os exames confirmam sangue e proteína na urina, chamados de hematúria e proteinúria respectivamente. A glomerulonefrite pode ser crônica ou aguda. Na fase aguda, os dados clínicos e laboratoriais são visíveis. Na fase crônica, podem manifestar-se fracamente, mas em alguns casos, já pode haver sinais da insuficiência renal.

Hemodiálise Os pacientes que, por qualquer motivo, perderam a função renal e irreparavelmente atingiram a fase terminal da doença renal têm, hoje, três métodos de tratamento, que substituem as funções do rim: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal. A diálise é um processo artificial que serve para retirar, por filtração, todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. Isto pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal. Existem, portanto, dois tipos de diálise: a peritoneal Este tipo de diálise aproveita a membrana peritoneal que reveste toda a cavidade abdominal do nosso corpo, para filtrar o sangue. Essa membrana se fosse totalmente estendida, teria uma superfície de dois metros quadrados, área de filtração suficiente para cumprir a função de limpeza das substâncias retidas pela insuficiência renal terminal e a hemodiálise é usada uma membrana dialisadora, formada por um conjunto de tubos finos, chamados de filtros capilares.

Cuidados necessários Comer bem, sem sal e com a quantidade de água ajustada. A água do nosso organismo é eliminada 90% pelos rins e 10% pela respiração, pele e fezes. Assim, quem não urina e bebe água, vai acumulá-la, aumentando o peso. Deve-se equilibrar a entrada e saída de água, ou seja, se a quantidade de urina e 500ml, o paciente só pode beber 500ml de líquidos. Mas, todos os alimentos têm água. Alguns, praticamente, só tem água, como as frutas. Outros têm 50% de água quando cozidos, como feijão, arroz, legumes. Esta água deve ser somada também. O Sal e a água juntos produzem sede intensa, edema, falta de ar, aumento do peso, hipertensão, tonturas, mal-estar, confusão mental, tremores, etc. O Potássio deve ser ingerido com muito cuidado, pois seu excesso no doente renal crônico é muito perigoso.

Caso Clínico Paciente feminina, 56 anos, casada, comerciante natural e procedente de São Paulo. Paciente previamente hígida, procura atendimento em unidade básica de saúde com quadro de náuseas e vômitos há duas semanas. Medicada com sintomáticos, evoluiu sem melhora do quadro. Dois dias após apresentou hematúria mascroscópica seguida de diminuição do débito urinário, voltando a procurar atendimento médico, em outro serviço. Na entrada apresentava-se hipertensa, com alteração da função renal (Creat 23 mg/dL e Ureia 400 mg/dL, sendo iniciada hemodiálise. Durante a internação evoluiu com a anúria persistente, anemia, plaquetopenia (Hb 5,9; Ht 18%). Nega patologias renais na família. Hábitos de vida: nega tabagismo, etilismo ou uso de drogas ilícitas. IRA dialítica sendo optado pela realização de biipsia renal a céu aberto do rim esquerdo para esclarecimento diagnóstico. Solicitada transferencia para o HCFMUSP. Diagnóstico compatível com Glomerulonefrite por Anticiorpo Anti-Membrana Basal Glomerular. PA 160x100 mmHg.

EXAMES COMPLEMENTARES - HEMOGRAMA HB 7,8g/dL - baixa Ht 24,8% - baixa VCM 91 - normal Leucograma 13760 mm³ - alta Plaquetas 121000 mm³ - baixa Ureia 116 mg/dL - altíssima Creatinina 10,47 mg/dL - altíssima K 3,6 mEq/L - alta Fosforo 6,8 mg/dL - alta Colesterol total 220 mg/dL  - acima do ideal LDL 155 mg/dL  - alto Triglicerides 112 mg/dL - normal Albumina 3,6 g/dL - um pouco alterada Globulina 3,6 g/dL - um pouco alterada

DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL PESO: 80 kg ALTURA: 1,65m IMC: 29,4 Sobrepeso Peso ideal: 24,9 x 2,72= 67,7 kg TMB: 655 + (9.6 x 67) + (1,8 x 1,65) - (4.7 x 56) = 1037 kcal VET: 1037x 1,56 = 1600 kcal Pressão arterial alta  CARCTERISTICA DA DIETA: Hiposódica e Hipolipídica.

Orientação Nutricional A quantidade de sal da dieta deverá ser diminuída em função do peso. A dieta com baixa concentração de sódio é adquirida retirando o sal usado na preparação dos alimentos. São alimentos permitidos: Leite e derivados sem sal Carnes magras Peixes Ovos Farinhas e preparações à base de farinhas Frutas frescas, geléias e compotas de frutas Mel e açúcares Óleos e manteiga sem sal   Não são permitidos: Enlatados Conservas Defumados Queijos (exceto sem sal) Crustáceos Embutidos e outras preparações comerciais como massas e sopas prontas.