Psicopatia na adolescência.

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Transcrição da apresentação:

Psicopatia na adolescência

INTRODUÇÃO: Psicopata, a rigor designa toda pessoa que sofre de doença mental seja neurose, ou psicose ou tem personalidade psicopática. Contudo essa última categoria nosológica em especial, dá o nome ao grupo conhecido como sociopatas. Estes por sua vez, na perspectiva psicanalítica são os portadores de neuroses de caráter ou perversões sexuais.

Para eles as regras sociais não têm nenhuma força de constrangimento e a idéia de um bem comum (noção de comunidade) é apenas uma questão absolutamente inconveniente. Não respeitam limites, apresentam desde a infância tendências desafiadoras. Não apresentam afeto, nem sentimento por quaisquer pessoas, nem sentimento de culpa. Pode ser detectada na infância pelas mentiras frequentes, crueldade com coleguinhas e irmãos, baixíssima tolerância à frustração, ausência de culpa ou remorso e falta de constrangimento quando pegos mentindo ou em flagrante.

A psicopatia não é uma patologia restrita aos bandidos e marginais como podem pensar algumas pessoas. Muitos psicopatas vivem à nossa volta e frequentemente nos assustam com suas atitudes egoístas, cruéis e desumanas. Podemos observar características de psicopatia desde a infância até a vida adulta. Deve-se atentar para a frequencia e a intensidade com as quais as características na infância se manifestam.

O adolescente psicopata em seu ambiente. Pesquisas indicam que, na maioria das vezes, esses adolescentes são fruto de uma família completamente desestruturada: o poder econômico é baixo; a violência é comum entre membros dessa família; o pai desse adolescente, geralmente está desaparecido, ou seja, o adolescente nem sabe quem é seu pai, em muitos casos esses pais são alcoólatras, desempregados e marginais. No caso do pai ser presente ele não é uma figura de autoridade e menos ainda de lei para esse adolescente. A mãe é uma figura particular, o adolescente e a mãe tem uma ligação forte e caótica, essas mães se caracterizam pela incoerência de sua conduta. Esses adolescentes tem o hábito de permanecer fora de casa por longos períodos, principalmente à noite, mesmo com a proibição dos pais(muitas vezes podem fugir e levar dias sem aparecer em casa).

Características: A maioria deles abandona os estudos antes de concluí-los; Têm dificuldades com o trabalho e raramente param em empregos; Têm dificuldades nos relacionamentos afetivos e geralmente, são adictos de algum tipo de droga; Encanto superficial e boa "inteligência"; Ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional;

Ausência de "nervosismo" ou manifestações psiconeuróticas; Inconfiabilidade; Falsidade e o falta de sinceridade; Falta de remorso ou vergonha; Conduta anti social inadequadamente motivada; Fraco juízo crítico e incapacidade de aprender com a experiência; Egocentrismo patológico e incapacidade de amar ; Pobreza geral nas reações afetivas importantes;

Perda específica de insight; Falta de reciprocidade nas relações interpessoais em geral; Conduta extravagante e desagradável com, e às vezes sem, bebida; Raramente chega ao suicídio; Vida sexual impessoal, trivial e pouco integrada; Fracasso ao tentar seguir qualquer plano de vida.

História: Em obras francesas do século XX, o termo psicopata passou a ser utilizado como sinônimo de psicótico. Alguns estudos psicológicos mais recentes apontam para a controvérsia; segundo alguns autores, os indivíduos psicopatas são perversos, mesmo que os indícios nosológicos tenham tendência a mostrar que os chamados psicopatas possa ser personalidades psicóticas de tipo limítrofe (entre a neurose e a psicose). As desordens psicopáticas afetam pessoas de todas as raças, sexos, culturas, e grupos étnicos, e a todos grupos socioeconômicos. Calcula-se que de 2 a 3% da população em geral, é portadora desse transtorno de personalidade.

Condutas psicopáticas: Condutas de Dissociabilidade: Impulsividade e agressividade; A instabilidade; A natureza das relações humanas; Condutas de retraimento: A passividade; A dependência; As descompensações agudas.

Escala de psicopatia: Versão para jovens (Hare e Forth) Gestão das impressões Sentido grandioso do valor de si próprio Procura de estimulação Mentira patológica Manipulação para benefício pessoal Ausência de remorsos Superficialidade afetiva Frieza / ausência de empatia Orientação parasítica Fraco controle da raiva Comportamento sexual impessoal

Problemas precoces de comportamento Falta de objetivos Impulsividade Irresponsabilidade Não aceita responsabilidade pelas suas ações Relações interpessoais instáveis Comportamentos delinquentes graves Violações graves da liberdade condicional Versatibilidade criminal

Três tipos de hipóteses que explicam a psicopatia: Hipóteses Psicogenéticas: Devido à relação não-estável com a mãe, ocorre uma carência no narcisismo primário do bebê. Tal criança desenvolve uma disposição potencial para apresentar condutas psicopáticas.

Hipóteses do Tipo Orgânico: Explicam a psicopatia através de fatores neurológicos e genéticos. A psicopatia seria causada pela imaturidade neurológica (um atraso no processo de maturação), deflagrado a partir de desordens neurofisiológicas, ou então, teria causa genética. Há autores que defendem os fatores neurológicos como causa da psicopatia e há autores que defendem fatores genéticos como causa da psicopatia.

Hipóteses de Predominância Ambiental: Explicam a psicopatia através de fatores ambientais. Podemos destacar os fatores familiares, os socioeconômicos e os culturais. Fatores Familiares: Os estudos e pesquisas comprovam que nas famílias dos adolescentes psicopatas há uma considerável frequência de situações marginais ou irregulares. Fatores Sociais: A urbanização, a concentração humana e a ausência de relações sociais entre os indivíduos facilitam para o surgimento de comportamentos psicopáticos. Fatores Culturais: Dependendo da cultura, algumas sociedades poderiam favorecer mais, ou, menos a expressão de condutas psicopáticas de acordo com o que é aceito socialmente.

Impulsividade: A impulsividade é uma tendência a agir sem avaliar as conseqüências antes da ação e também a incapacidade de se impor um prazo antes de agir. A impulsividade está muito presente no comportamento psicopático e é freqüentemente associada à ansiedade. A impulsividade e a ansiedade podem ser relacionadas a hipóteses biológicas, implicando alterações hormonais. Mas a dimensão da impulsividade implica também fatores ambientais e educativos. Constitui desafios para a educação a capacidade de tolerar frustrações e de investir na espera. A confiança em uma satisfação e a crença de que a espera pode proporcionar um relaxamento provêm de experiências provenientes da infância e partilhadas com o grupo familiar e social.

Abordagem Psicopatológica O Nível Intelectual e o Funcionamento Cognitivo O nível intelectual de adolescentes psicopatas varia em sua eficiência, indo de um nível normal ou superior, até níveis-limite, quebrando assim um tabu de que todos são muito inteligentes. Essa constatação está correlacionada a um baixo nível sociocultural e econômico das famílias das quais provêm muitos psicopatas. Organização Psicopatológica Dentro desse tema existe um termo chamado “fraqueza do Ego” que se caracteriza por um conjunto de traços, sendo que alguns são específicos e outros não.

FIM!!!