A indústria da hospitalidade Hospitalidade comercial

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A indústria da hospitalidade Hospitalidade comercial
Transcrição da apresentação:

A indústria da hospitalidade Hospitalidade comercial Organização, situação e tendências

Origem da palavra HÔTEL (fr.) - residência do rei da França. Generalizou-se para designar edifícios imponentes (Hôtel de Finances, Hôtel de Ville, Hotel des Postes) HOSPICIUM (lt.) - mosteiros que recebiam religiosos em missão HOSPITALIS (lt.) - casa para hóspedes HOSTIS (lt.) - estrangeiro, forasteiro HOSPITARI (lt.) - residir temporariamente ÁSYLON (gr.) - asilo, área de repouso

Grandes personagens César Ritz (1850-1918) - Origem na gastronomia, serviço e atendimento. Ellsworth Milton Statler (1863-1928) - Primeiro hoteleiro de fato, popularizou a hotelaria, criou vários conceitos (shafts, suporte toalhas, SUCH, solicitação de serviços, sistemas de controles) Robert Huyot - Hotelaria de cadeias, turismo de negócios, adm. participativa. Conrad Hilton - Contratos de administração e de franquias, expansão da rede pelo mundo todo.

Período inicial (500 ac a 500 dc) Grécia – Hotéis públicos, atendimento a atletas, artistas, peregrinos, cartas de recomendação, acomodações coletivas e mistas - Acontecem em 776 os 1os Jogos Olímpicos (ásylon ou leneidon) Roma – Na rede de estradas romanas são impantados meios de hospedagem informais (inns, hospiteum, ostellum, estábulos, estalagens, estábulos e albergues) , que dariam origem aos stage inns (UK) e aos motor hotels (USA). As TAVERNAS, localizadas em vilarejos, servem bebidas e disponibilizam entretenimento aos viajantes (Asterix)

Séculos VI a XVI Era Cristã – Desenvolve-se a hospedagem religiosa, em monastérios, mosteiros e conventos (na forma de caridade, cobrança em donativos à ordem anfitriã) Idade Média – Guerras e conquistas de territórios, sistemas de trocas, dinheiro (hospedarias, início da restauração) Em 1095, as cruzadas inauguram os movimentos paramilitares, estimulam as viagens e surge a “hospitalidade de guerra e paz” Em 1400 a hospitalidade começa a crescer na Itália, na região norte especialmente, onde inicia-se o processo de profissionalização da gastronomia Os “visitantes” eram peregrinos ou guerreiros, com cartas de apresentação que lhes davam acesso a residências nos locais visitados Renascimento – 1.407 surge a primeira lei de registros de hóspedes e sinalização especial para meios de hospedagem (acácia). Surge o grand tour, o espetáculo, a sofisticação e o refinamento nas viagens e recepções. Grandes descobertas – Rotas regulares de carruagens pela Europa, surgimento das termas como meio de cura (spas), novos destinos

Séculos XVII e XVIII Começa a Revolução Industrial, na Inglaterra. O mercantilismo e as viagens ao exterior, comércio, deslocamento, expansão dos aglomerados urbanos Comunicação, desenvolvimento tecnológico, expansão dos meios de transporte Em 1760 surgem os hôtels garni, na França O Convent Garden, criado por Lord Archer em Londres, em 1774, é o primeiro hotel “familiar” A palavra HOTEL começa a ser usada em Londres e em Nova York (Carre’s Hotel, de 1790 e The City Hotel, de 1794 - 115 UH’s)

Séculos XIX e XX Surgem os primeiros hotéis de trânsito. Em 1806 é inaugurado em Boston “o maior hotel da América”, o Exchange Coffee House, com 07 andares e 200 unidades 1829 - inaugurado o The Tremont House, em Boston, com 170 unidades. Inovações: os cargos de bellboy, porteiro e recepcionista, os espaços físicos passam a ter banheiros nas UH’s e entrega da chave aos hóspedes. Começa a corrida dos hotéis luxuosos Aparece o primeiro grande resort americano, o Mountain House, com arquitetura em estilo neoclássico e 300 unidades, em Catskills

1846 - The Eastern Exchange Hotel, em Boston, com aquecimento central. 1834 - The Astor House, em Nova York, com carpete e mobiliário de primeira linha. 1846 - The Eastern Exchange Hotel, em Boston, com aquecimento central. A partir da segunda metade do século XIX a hotelaria mundial começa a se profissionalizar 1849 - elevador para hóspedes em hotéis. Em 1870 é criada a primeira organização hoteleira, em Colônia, Alemanha. Cria-se o primeiro estatuto e código de ética da atividade. 1838 – Hotel Pharoux, RJ

1878 - Grande Hotel, de Glete, em SP Também em 1870 é inaugurado o primeiro estabelecimento com banheiro privativo em todas as UH’s e funcionários com uniformes. 1880 - Começa o boom de resorts nos EUA, especialmente nos estados do sul e sudeste. 1882 - Hotel Everett, em Nova York, é o primeiro a dispor de luz elétrica nas áreas sociais. 1890 - Statler constrói o primeiro INSIDE INN, hotel temporário, para atender à Feira Internacional de St. Louis (275 UH’s). 1893 - Inaugurada a Escola de Hotelaria de Lausanne, na Suíça. 1887 – Hospedaria dos Imigrantes, em SP

1900 - A Michelin publica o Guia de Hotéis No Brasil, primeira lei de incentivo à construção de hotéis 1898 - Inaugurado o Ritz, em Paris. O nome começa a ser franqueado no mundo pela Ritz Development Co. O novo século representa a consolidação da indústria hoteleira e os EUA firmam-se como potência econômica mundial 1900 - A Michelin publica o Guia de Hotéis 1906 - Statler inaugura a hotelaria econômica: “A bed and a bath for a dollar and a half”. Inaugurado o Ritz de Londres 1907 - Inaugurado o Plaza de Nova York Inaugurado em Búfalo o Statler Hotel, com portas corta-fogo, interruptores junto à porta,espelho de corpo inteiro e jornal gratuito 1908 – Hotel Avenida, RJ

1922 – Glória, RJ 1923 – Copacabana Palace, RJ 1923 – Hotel Esplanada, SP Começa uma verdadeira corrida internacional pelo desenvolvimento de grandes hotéis 1922 - A Cornell University lança seu primeiro curso de Administração Hoteleira 1925 - Surge a Union Internationale des Organismes Officieles de Tourisme, atual Organisation Mondiale du Tourisme (OMT) 1926 - Inaugurado em Baltimore o primeiro grande hotel de luxo americano, o The City Hotel, com 200 unidades habitacionais Crise de 1929 provoca o fechamento de 85% dos hotéis existentes e inicia novas formas de negócio 1928 – Hotel Reinales Plaza, em SP

1929 - Surgem os primeiros hotéis em aeroportos (terminus hotels) 1929 - Surgem os primeiros hotéis em aeroportos (terminus hotels). Surge o primeiro auberge de la jeunesse, na França 1932 - Surge o novo Waldorf Astoria, o hotel mais conhecido do mundo e o maior até 1967 (2.150 unidades habitacionais e 47 andares) 1940 - Sheraton e Hilton tornam-se as maiores redes hoteleiras do mundo Fim da Segunda Guerra inaugura o período de desenvolvimento do turismo de massa. Famílias começam a viajar. Cresce o número de hotéis. 1938 – Quitandinha, RJ

1950 - Fundado o Club Méditerranée. 1950 – Hotel Novo Mundo, RJ 1947 - A Intercontinental (Pan American Airlines) inicia operações na América Latina e torna-se a primeira cadeia hoteleira efetivamente internacional. 1950 - Fundado o Club Méditerranée. 1952 - Fundada a Holiday Inn - empresa que popularizou mundialmente a franquia. 1960 - Companhias aéreas começam a investir massivamente em hotelaria. 1962 - Desenvolve-se a indústria de motéis (Motel 6, Santa Bárbara, CA). 1952 – Hotel da Bahia, SSA 1954 – Othon, SP 1961 – Hotel Eron, Brasília

1973 - Crise mundial do petróleo. 1971 – Hilton, SP 1971 – Hotel Nacional, RJ 1964 – Hotel Normandie, SP 1965 – Grand Hotel Ca´d´Oro, SP 1966 – Guia 4 Rodas e Embratur 1967 - Começam a aparecer nos EUA os primeiros all suites. Os estrangeiros começam a descobrir o Caribe. Anos 70 - crescimento transporte aéreo. Começam a surgir os contratos de administração hoteleira, em várias formas de negócio (franquia, arrendamento, time sharing, administração de condomínios). 1973 - Crise mundial do petróleo. 1975 - Começam as fusões e aquisições. 1969 – GH São Pedro, SP 1973 – Eldorado Boulevard, SP; Tropical Santarém; Hotel do Frade, RJ; Bourbon Foz Iguaçu

1974 – Hotel Tropical Planalto, SP; Salvador Praia Hotel; Intercontinental Rio; Sheraton Niemeyer, RJ; Pousada do Rio Quente, GO; Solar da Ponte, MG; Royal Palm Plaza, Campinas 1975 – Le Méridien, RJ e Bahia 1976 – Caesar Park SP, Club Med Itaparica; Tropical Manaus, Tropical Tambaú; Hotel das Américas, Brasília; Hotel Estância Barra Bonita, SP; San Raphael Country, Itu/SP 1977 – Novotel Morumbi, SP; Brasilton SP; Novotel São José dos Campos; Hotel Fazenda Duas Marias; Sofitel São Luís 1978 - Bourbon, SP; Caesar Park Ipanema, RJ; Brasilton Contagem, MG; Novotel Limeira, SP e Manaus 1979 – Maksoud Plaza Hotel , SP; Rio Palace Hotel, RJ; Carlton, Brasília. Primeira classificação de hotéis de cinco estrelas pela Embratur – apenas São Paulo Hilton e Caesar Park São Paulo (contra 568 hotéis classificados com duas estrelas)

1980 – Hotel Parque Balneário, Santos 1981 – Jatiúca Resort, Maceió; Sofitel Salvador; Marina Palace, RJ 1982 – Novotel Uberaba; Hotel do Frade, RJ 1983 – Parthenon St. Patrick (FLAT), SP; Nas Rocas Island, RJ 1984 – Hilton Belém; Fazenda Mazzaropi, Taubaté 1985 – Transamérica SP; Spa Sete Voltas, Itatiba; Bourbon Curitiba 1986 – TCS SP; Sheraton Mofarrej, SP; APAJ 1987 – Meliá Maceió; Club Med Rio das Pedras; Le Canton, RJ 1988 – Pan Americano, SP; Pousada Saco da Capela, Ilhabela; Rosa dos Ventos, Teresópolis 1989 – Transamérica Comandatuba, Ilhéus; Naoum, Brasília; Eldorado Cuiabá 1990 – Ibis Fortaleza; Kubitschek Plaza, Brasília 1991 – Sheraton Petribu, PE; Costão do Santinho, Florianópolis

1992 – Pousada do Sandi, Paraty; Recanto das Toninhas, Ubatuba 1993 – Hotel Deville Guarulhos; Caesar Park Fortaleza; Locanda Della Mimosa, Petrópolis 1994 - Olho d´Água, Bonito; Hotel da Fazenda Dona Carolina, Itatiba; Solar N. Sra. do Rosário, Ouro Preto; L´Hotel, SP 1995 – Catussaba, Itapuã; Novotel Ibirapuera; Address, SP; Gran Meliá SP WTC; Zagaia, Bonito; Capim Santo, Itaipava 1996 – Transamérica Morro do Conselho, SSA; reforma Rio Palace Hotel; Intercontinental SP 1997 – Sofitel SP; Renaissance SP; Blue Tree Park Cabo de Santo Agostinho; Blue Tree Towers POA; Pousada do Rossio, Triunfo 1998 – Atlantica Hotels, Grande Hotel Campos do Jordão (rein.); Escola de Turismo e Hotelaria Barreira Roxa, Natal 1999 – Expansão Ibis; Sleep Inn Galleria; Plaza Shopping Hotel, Uberlândia; Blue Tree Towers Nações Unidas, SP

2000 – Hotel Firenze e Hotel Normandie, SP – hotéis design, DH; Ibis Paulínia; Novotel Center Norte, SP; Best Western Panamby, SP ANOS SEGUINTES: Desenvolvimento de produtos com novas configurações Desenvolvimento de novos mercados Novas alianças entre os mercados hoteleiro e imobiliário Inovações, tecnologia, design e serviços diferenciados Estabelecimento de novas estratégias de rede Importância dos serviços de intermediação e distribuição Uso de SIG para estabelecimento de estratégia de posicionamento geográfico e mercadológico

Hospitalidade comercial Acolhimento – “a casa fora de casa” Serviços de alojamento – o local de pernoite Unidades habitacionais (cápsulas, quartos, apartamentos, suites, studios, etc. – autônomos, conjugados ou comunicantes) Com ou sem serviços complementares Valor pré-estipulado Período determinado O contrato de hospedagem é um CONTRATO COMERCIAL ATÍPICO E MISTO, pois não está disciplinado por um diploma legal específico. É, ao mesmo tempo, um CONTRATO DE ADESÃO, uma vez que o hóspede se submete às condições regulamentares dadas pelo estabelecimento.

Hospitalidade comercial - tipologia e classificação Falta de parâmetros internacionais Variedade de critérios de classificação e avaliação Linguagem oficial – MinTur, Embratur Linguagem comercial – guias turísticos Linguagem associativa – associações de referência, ABIH Linguagem de rede – categorias e bandeiras Resolução Normativa 429 – estabelece o Regulamento Geral dos MH e o Regulamento do Sistema Oficial dos MH (23/04/2002). Esta classificação passou a ser um “referencial informativo de cunho oficial, destinado a orientar os mercados internos e externos” (MinTur/Embratur) Deliberação Normativa 433/2003 – igualdade de posturas operacionais e jurídicas

Categoria – Econômico, simples, confortável, luxuoso Forma de gestão – Familiar ou de rede – contratos de franquia, de administração, mistos ou de arrendamento Distribuição – Independente, por cadeias de gestão ou por redes de comercialização ou sistemas de referenciamento (Leading, Roteiros de Charme, Utell, Relais Château) Propriedade – Indústria hoteleira (proprietário único ou associação de proprietários) ou imobiliária (flats, condo-hotéis, fundos de investimento) Tamanho – Pequeno (50), médio, grande (250) Arquitetura – Horizontal ou vertical Perfil do público (motivo de viagem) – Lazer, negócios, saúde, spa, eventos, motel, lodges, pousadas, camping Forma de uso – Hotel, motel (Brasil e resto do mundo), residencial, colônia de férias ou time-sharing (tempo compartilhado) Localização – Urbano, rural, de praia, de montanha, etc.

Características da operação Funcionamento 24 horas Altos investimentos Elevados índices de mão-de-obra Estoques reduzidos e giro acelerado Interdependência departamental Fluxo de informações complexo Atividade dinâmica, produto não-estocável Impossibilidade de adequação de oferta Demanda muito sensível, produto intangível Enorme ativo imobilizado (desabsolutização da propriedade hoteleira X especulação imobiliária)

Características da gestão Gestão departamentalizada Sistema de gestão de informações e procedimentos Sistema de gestão de resultados (SUCH) Principais indicadores – DM, TO, RevPAR Administração independente ou vinculada

Estrutura organizacional Hospedagem – Front-office, governança Alimentos & Bebidas – Restaurantes, bares e funções de restauração Lazer & Eventos – Entretenimento e eventos sociais ou de negócios Marketing – Planejamento de vendas Contabilidade – Administração SUCH Outros departamentos

Hotel Segurança e Manutenção Hospedagem Eventos Lazer Marketing Outros Dep. A&B Administração Contabilidade Rec. Humanos Finanças

GERÊNCIA GERAL Gerências de área Gerências médias Operação Hospedagem Alimentos & Bebidas Eventos & Lazer Marketing Manutenção Recursos Humanos Administração Segurança GERÊNCIA GERAL Gerências de área Gerências médias Operação

Situação da hotelaria no Brasil Mão-de-obra incapacitada → em capacitação Oferta hoteleira desatualizada, inadequada ou superdimensionada – desajuste com a demanda Exploração e espoliação imobiliária Distribuição geográfica irregular Preços altos e serviço inadequado (valor) Fase de expansão e profissionalização – reajuste Falta de controle da sazonalidade Políticas públicas desconectadas da realidade

Tendências de desenvolvimento Integração aos ideais de sustentabilidade Apreensão do conceito de hospitalidade Novos produtos e adaptação dos antigos Adequação de produtos/mercados Grandes hotéis de lazer & entretenimento Grandes hotéis de eventos X centros de eventos Hotéis confortáveis e a bom preço (hotelaria econômica?) nas cidades de médio e grande porte Novos conceitos, inovadores e desafiadores

Problemas no ensino do turismo, hotelaria e hospitalidade Imagem das áreas de estudo Espectro de ensino – habilidades técnicas ou capacidades de gestão do negócio / ciência social? Evolução do número de cursos/qualidade Carência de produção acadêmica/pesquisa Dificuldades básicas da educação A crença de que o sucesso profissional no setor só é resultado da prática e de que não é preciso estudar

Para saber mais... ALDRIGUI, Mariana. Meios de hospedagem. São Paulo: Aleph, 2007. Coleção ABC do Turismo. CAMPOS, José Ruy Veloso. Introdução ao universo da hospitalidade. Campinas: Papirus, 2005. TRIGO, Luiz G. Godoi e SPOLON, Ana Paula Garcia. “Meios de hospedagem”. In: TRIGO, Luiz G. Godoi. Viagem na memória: guia histórico das viagens e do turismo no Brasil. São Paulo: SENAC, 2000.