Fisiopatologia do Pâncreas
Anatomia do Pâncreas
Anatomia do Pâncreas
Pancreatite Aguda
Pancreatite aguda Processo inflamatório do pâncreas, dor abdominal e aumento de enzimas pancreáticas no soro. Episódio discreto: causa vários graus de lesão no pâncreas e órgãos adjacentes e distantes. Incidência: 1-5 casos/10.000/ano EUA – 55% dos casos estão relacionados com consumo de álcool e colelitíase.
Pancreatite - Classificação Leve – sem complicações ou disfunções; Moderada; Grave – associada com disfunção pancreática, complicações locais e sistêmicas e recuperação complicada.
Sintomas – Pancreatite Aguda Sem dor abdominal, mas com insuficiência respiratória, confusão e coma Desconforto abdominal a abdome agudo e choque Taquicardia e hipotensão Icterícia leve Efusão pleural
Causas – Pancreatite Aguda Cálculos Biliares Álcool Causa mais comum nos países ocidentais 35-50% dos casos de pancreatite Mortalidade – 10% Obstrução da papila maior que causa refluxo da bile para o duto pancreático – inicio do processo inflamatório 2a. causa nos países ocidentais Mecanismos: Motilidade anormal do esfíncter de Oddi; Toxicidade direta e efeitos metabólicos; Obstrução por coágulo de proteínas.
Causas – Pancreatite Aguda Pâncreas Divisum Microlitíase Anomalia congênita mais comum 10% da população Fusão incompleta ou ausente dos dutos dorsal e ventral durante o desenvolvimento embrionário 10-15% dos adultos Predomina em mulheres, acima dos 40 anos, multigestas, obesas e com antecedentes familiares. Obstrução do canal biliar
Causas – Pancreatite Aguda Doenças Metabólicas Medicamentos Hiperlipidemia Triglicérides > 2000 mg/dL Hipercalcemia Aumento da permeabilidade do ducto pancreático Disfunção do esfíncter de Oddi Infecção viral, bacteriana e parasitária
Pancreatite Aguda - Complicações Complicações locais Ascite Pseudocisto pancreático Necrose pâncreas - infecciosa ou não 2 vezes mais freqüentes: - pancreatite alcoólica e biliar Complicações em outros órgãos Edema pulmonar Síndrome do desconforto respiratório Disfunção renal Sangramento GI
Pancreatite Crônica
Pancreatite Crônica Alterações inflamatórias do pâncreas que envolvem: Fibrose Calcificação Inflamação do ducto pancreático Formação de cálculos pancreáticos
Sintomas – Pancreatite Crônica Dor abdominal - De abrupta e grave a episódios moderados de dor epigástrica profunda e vômitos Perda de peso Esteatorréia Intolerância a glicose
Causas – Pancreatite Crônica - Pancreatite obstrutiva Estenose Tumores benignos e malignos Disfunção do esfíncter de Oddi - Fibrose cística Mutação no gene CFTR - Pancreatite crônica hereditária Infância (10-12 anos) Autossômica dominante Gene PRSS1 – autodigestão do tripsinogênio Associado com câncer pancreático - Idiopática 10-40% casos Juvenil – 18 anos Senil – 60 anos - Ingestão crônica de álcool - Pâncreas Divisum - Pancreatite tropical Ásia e África Sem fator etiológico Desnutrição Cálculos pancreáticos - Hiperparatireiodismo Hipercalcemia - Traumatismo Rompimento do ducto pancreático
Pancreatite Crônica - Complicações Obstrução biliar - 2,7 a 9,0 % casos Cistos Obstrução duodenal Fistula pancreática Ascite pancreática
Câncer Pancreático
Câncer Pancreático Incidência: 4ª causa câncer – EUA 28000 casos/ano Alta mortalidade > 50 anos Homens > mulheres Negros > brancos
Câncer Pancreático Fatores de risco Tabagismo Dieta Diabetes Sintomas Dor Icterícia Perda de peso Obstrução duodenal Náusea Vômitos Fatores de risco Tabagismo Dieta Diabetes Pancreatite crônica Genético
Apendicite
Apendicite Epidemiologia Principal causa de abdome agudo Incidência 11: 10000 (EUA) Maior incidência entre 15-19 anos Homens – 1,4 : Mulheres – 1 Risco durante a vida: Homens:8,6% Mulheres: 6,7%
Patogenia – Apendicite Aguda Necrose e perfuração Isquemia e invasão bacteriana Aumento da pressão intraluminal e congestão venosa Obstrução da luz do apêndice por fecalito ou hiperplasia linfóide
Diagnóstico - Apendicite Desafio clínico: Inúmeros diagnósticos diferenciais Urgência no diagnóstico Evolução natural- perfuração Apresentação clínica clássica: 50-60% dos casos Principal fator diagnóstico: anamnese e EF Combinação dos sintomas Tempo de progressão Dor em fossa ilíaca direita
Diagnóstico - Apendicite Anatomia clássica: Descrita por Mc Burney Apenas 50% dos apêndices estão a 5 cm do ponto de Mc Burney
Sintomas e sinais - Apendicite Dor epigástrica ou peri-umbilical; 4 a 12 horas: náuseas, anorexia e febre baixa; 12 a 24 horas: dor se intensifica e se localiza na fossa ilíaca direita (FID). Exame Físico: Febre baixa; Dor à palpação em FID; Irritação peritoneal Descompressão brusca presente Sinal de Rovsing
Outros testes - Apendicite Sinal do psoas
Outros testes - Apendicite Sinal do obturador
Tratamentos - Apendicite Apendicite não-perfurada Apendicite perfurada Antibiótico profilático Cirurgia aberta ou laparoscópica (dúvida, obesos e mulheres) Antibióticos (7-10 dias) Cirurgia aberta ou laparoscópica (lavagem)