PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO OS PRIMEIROS DOIS ANOS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
AS SEIS SUBFASES DO PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR - Jean Piaget
Advertisements

O mundo da criança VISÃO PSICOLÓGICA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
CARACTERÍSTICAS DA FAIXA ETÁRIA DE O A 2 ANOS:
Teorias do Desenvolvimento
Teoria de Piaget sobre o desenvolvimento cognitivo
PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE
EMOÇÃO NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL
A Teoria da Vinculação.
2.° Bimestre/ A criança, a Natureza e a Sociedade. 2. Objetivos
Fatores externos que afetam o desenvolvimento (motor)
Psicologia da Aprendizagem
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
CLASSES DE COMPORTAMENTO E APRENDIZAGEM
A Pré-História da Linguagem Escrita
Teorias da imitação Guillaume – A criança aprende a imitar, o que é evidente no domínio dos movimentos não visíveis do seu corpo. Ex.; Bocejo por reflexo.
APRENDER A APRENDER Juan Delval
PSCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM
Teoria Psicogenética de Piaget
FORMAÇÃO EDUCAÇÃO INFANTIL
Psicomotricidade Prof. Dilson Borges
ARTE NO COTIDIANO ESCOLAR
A Teoria do desenvolvimento humano de Jean Piaget (1896 – 1980)
Habilidades Motoras Rudimentares e Fundamentais
SISTEMA CONSTRUTIVISTA
O que é Aprendizagem?.
O Desenvolvimento Psicomotor
O Desenvolvimento Cognitivo Elaine Regina Rufato Delgado
Resultados POC – PRODEL
Profa. Dra. Fabiana Andrade Machado
A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Classificação das estruturas cognitivas
DESENVOLVIMENTO INFANTIL E PRÉ-ESCOLA
A TEORIA PSICOGENÉTICA DE PIAGET
1 a 2 anos Como se comunica Reconhece o próprio nome. A partir dos 18 meses  começa a criar frases curtas. A criança começa a formar frases com uma palavra.
COGNITIVISMO E APRENDIZAGEM
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E O BRINQUEDO
Vygotsky: Zona de desenvolvimento próximo ou proximal
Desenvolvimento motor
Aprendizagem e Desenvolvimento Motor
CARACTERÍSTICAS DE CRIANÇAS DE ED
Jean Piaget Foi professor de Psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954 e tornou-se mundialmente reconhecido pela sua revolução epistemológica.
Dicotomias Psicologia, 12º ano.
AS EMOÇÕES.
Antoni Zabala – Capitulo 1,2 e 3
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
JEAN PIAGET Jean Piaget revolucionou as concepções
Desenvolvimento dos 0 aos 3 anos
Teoria do Desenvolvimento Cognitivo
DESENVOLVIMENTO INFANTIL CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS
CÉREBRO, CORPO, HABILIDADES MOTORAS
Curso Técnico de Comunicação e Marketing
Desenvolvimento psicológico – construtivismo: Piaget (parte 1)
Jean Piaget e as Fases do Desenvolvimento Infantil
O PAPEL DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
FASES DO DESENHO INFANTIL
DNPM Ac. Fauze Lutfe Ayoub – 5º ano Fevereiro/2010 Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro Disciplina de Pediatria.
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS
Segunda Infância 3 aos 6 anos (pré escolar).
Psicologia da Educação (Educação Física e Ciências Biológicas)
Psicologia do desenvolvimento: a criança
Psicologia da Educação
VISÃO INTERACIONISTA DO JOGO: PIAGET E VYGOTSKY
Psicologia, Infância e Educação
PSICOLOGIA GERAL PROFESSORA: LUCIANA CAMPOS AULA 7 –
Aprendizagem da matemática
O PERÍODO SENSÓRIO MOTOR: DESENVOLVIMENTOS ESPECIAIS A Imitação Estágio 01- Nulidade em termos comportamentais. Estágio 02 - Assimilação Reprodutiva.
J EAN P IAGET S UÍÇA ( ). EPISTEMOLOGIA GENÉTICA Como o pensamento humano se desenvolve? Como adquirimos a capacidade cognitiva da qual dispomos?
Desenvolvimento perceptivo e cognitivo na infância
Transcrição da apresentação:

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO OS PRIMEIROS DOIS ANOS CAISM – Psiquiatria Infantil

INTRODUÇÃO Infância e adolescência: período de desenvolvimento Ao longo do tempo – mudanças nas várias esferas do psiquismo e comportamento: pensamento, afetividade, comportamento social, motricidade, grau de autonomia, autocuidado, linguagem

PERÍODOS DO CRESCIMENTO/DESENVOLVIMENTO neonatal pré-escolar puberdade 0 28d 2a 7a 11/12a 18/20 lactente escolar adolescência

ESCALAS X ESTÁDIOS Escalas: descritivas; organizadas em idade – ordem cronológica; valor estatístico (ex. Gesell) Estádios: operacionais; conhecimento aprofundado do modo de organização da criança e das formas que assumem seus diversos comportamentos durante sua evolução; obedece sucessão funcional (ex.: Piaget)

DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR ARNOLD GESELL e STELLA CHESS Desenvolvimento do sistema nervoso Segue sempre o mesmo escalonamento de etapas Todas as condutas da criança: reações reflexas, voluntárias, espontâneas, aprendidas Conduta motora Conduta adaptativa Conduta de linguagem Conduta pessoal-social

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) - Gesell Conduta Motora: Capacidade motora (ou aquisições no desenv. motor) – estimação da maturidade

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) - Gesell CONDUTA MOTORA: 15d cça fixa os olhos 16s cabeça firme, abre as mãos, postura simétrica 28s senta-se inclinando p/ frente, pega bolinha 40s permanece sentado só, engatinha, põe-se de pé 12m caminha com ajuda, precisão para pegar 18m caminha sem cair, senta só, torre com 3 cubos 2 a corre, torre de 6 cubos

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) - Gesell Conduta Adaptativa: Adaptações da cça diante de objetos e situações que lhe são propostas; reflete a capacidade de adaptação/acomodação às novas experiências, e para servir-se de experiências passadas

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) - Gesell CONDUTA ADAPTATIVA: 4s olha ao redor, persecução ocular incompleta 16s correta persecução ocular, olha as mãos 28s passa cubos de uma mão p/ outra 40s combina 2 cubos 12m solta um cubo dentro de uma caixa 18m imita uma linha c/ lápis 2 a imita linha circular

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) - Gesell Conduta de Linguagem: Inclui toda a forma de comunicação visível e audível, movimentos posturais em relação a sons, vocalizações, palavras e orações, imitação e compreensão do que dizem outras pessoas

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) - Gesell CONDUTA DE LINGUAGEM: 4s pequenos ruídos guturais, atende sons campainhas 16s murmúrios, ri, vocalização social 28s balbucia, vocaliza e escuta própria vocalização 40s diz 1 palavra, atende seu nome 12m diz 2 ou mais palavras 18m jargão, nomeia desenhos 2 a usa frases, compreende ordens simples

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) - Gesell Conduta Pessoal Social: Reações individuais da cça ante outras pessoas e estímulos culturais; adaptação à vida doméstica, grupos sociais e às convenções da comunidade; é o setor mais dependente do temperamento da cça e das condições ambientais

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) - Gesell CONDUTA PESSOAL-SOCIAL: 4s olha no rosto das pessoas 16s brinca c/ as mãos, c/ a roupa, conhece a mamada 28s brinca c/ pés, brinquedos, expectativa p/ comer 40s brincadeiras simples, come bolacha sozinho 12m ajuda a se vestir, come c/ dedos, pega brinquedos 18m usa colher, derruba um pouco, início contr esfincter 2 a pede p/ banheiro, brinca c/ bonecos

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO - PIAGET Processos envolvidos com o desenvolvimento cognitivo: Esquema de ação Assimilação Acomodação Equilibração

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO - PIAGET Estádios: Sensório-motor (0 a 2 anos) Pré-operatório (2 a 6 ou 7 anos) Operações concretas (7 a 11 anos) Operações formais (a partir dos 12 anos)

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR (do nascimento aos 2 anos) - a criança desenvolve um conjunto de "esquemas de ação" sobre os objetos, que lhe permitem construir um conhecimento físico da realidade. Nesta etapa desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói esquemas sensório-motores e é capaz de fazer imitações, iniciando as representações mentais.

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR do nascimento aos 2 anos (Piaget) Os esquemas sensório-motores , de início, são ligados ao presente imediato; reações a vários estímulos A criança não se recorda de eventos no passado, não relaciona um evento a outro.

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR subestágios (Piaget) 0 – 1 mês reflexos 1 – 4 meses reações circulares primitivas 4 – 8 meses reações circulares secundárias 8 – 12 meses coordenação dos esquemas secundários 12 – 18 meses reações circulares terciárias 18 – 24 meses início do pensamento representativo

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR subestágios (Piaget) REFLEXOS (0 – 1 mês) Reflexos inatos, sugar e olhar. Ausência de imitação. Incapaz de integrar informações.

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR subestágios (Piaget) REAÇÕES CIRCULARES PRIMITIVAS (1 – 4 meses) Início da coordenação de esquemas de diferentes órgãos dos sentidos. Passa a olhar na direção de um som, suga qualquer coisa que alcance e traga à sua boca, mas ainda não relaciona as ações de seu corpo a algum resultado

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR subestágios (Piaget) REAÇÕES CIRCULARES SECUNDÁRIAS (4 – 8 meses) Torna-se mais consciente dos eventos externos a seu corpo e os faz acontecer novamente, numa espécie de aprendizagem por ensaio e erro. Pode ocorrer a imitação. Começa a compreender o conceito de objeto.

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR subestágios (Piaget) COORDENAÇÃO DOS ESQUEMAS SECUNDÁRIOS (8 – 12 meses) Comportamento claramente intencional meios-fins. O bebê não apenas busca o que quer, mas pode combinar dois esquemas para tal (utiliza um travesseiro para alcançar um objeto). Passa a imitar novos comportamentos

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR subestágios (Piaget) REAÇÕES CIRCULARES TERCIÁRIAS (12 – 18 meses) Começa a experimentar novas maneiras de brincar com os objetos ou manipulá-los. Exploração bastante ativa e intencional por tentativa e erro

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR subestágios (Piaget) INÍCIO DO PENSAMENTO REPRESENTATIVO (18 – 24 meses) Desenvolvimento do uso dos símbolos para representar objetos ou eventos. A criança compreende que o símbolo está separado do objeto.

Desenvolvimento Social e da Personalidade Teoria do Apego (Vínculo): John Bowlby (1969, 73, 80, 88) Processo do apego na infância: Início com o vínculo afetivo dos pais com o bebê

Desenvolvimento Social e da Personalidade Teoria do Apego (Bowlby) Fase 1: Orientação e sinalização não focalizada Há pouca evidência de apego no comportamento do bebê, mas aqui se encontram suas raízes. O bebê está construindo suas expectativas, esquemas, habilidade de discriminar a mãe e o pai das demais pessoas.

Desenvolvimento Social e da Personalidade Teoria do Apego (Bowlby) Fase 2: Foco em uma ou mais figuras Por volta dos 3 meses, começa a direcionar de maneira mais ampla seus comportamentos de apego (sorri mais para a pessoa que cuida), mas ainda não possui um apego totalmente desenvolvido. Nesta fase ainda não apresenta ansiedade de separação dos pais (figuras de ligação).

Desenvolvimento Social e da Personalidade Teoria do Apego (Bowlby) Fase 3: Comportamento de base segura Formação de um apego definido por volta dos 6/8 meses de idade e também de vários comportamentos relacionados. Passam a discriminar as várias expressões faciais. Passam a mostrar medo diante de estranhos e protestos pela separação