HEPATITES VIRAIS: ASPECTOS GERAIS Dia Mundial Prevenção das Hepatites

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Transcrição da apresentação:

HEPATITES VIRAIS: ASPECTOS GERAIS Dia Mundial Prevenção das Hepatites HEPATITES VIRAIS: ASPECTOS GERAIS Dia Mundial Prevenção das Hepatites. Curitiba, 28 de julho de 2015.

FÍGADO NORMAL

FÍGADO CIRRÓTICO

  HEPATITES VIRAIS HEPATITE A B C D E INCUBAÇÃO 2 – 4 SEMANAS 4 – 20 SEMANAS 2 – 26 6 -9 3 -8 CONTAMINAÇÃO . FEZES .SANGUE .SEXUAL .VERTICAL SIM TALVEZ NÃO RARA PORTADOR CRONICIDADE (5 – 10 %) (> 80%) VACINA PREVENÇÃO DA HEP. B GLOBULINA http://www.gastroalgarve.com/doencasdotd/figado/hepatites.htm - acesso em 23/08/2011

Epidemiologia das hepatites virais Doenças de distribuição universal Diferenças regionais na ocorrência Causadas por vírus hepatotrópicos Magnitude e Transcendência elevadas Transmissão entérica (hepatites A e E) Transmissão sanguínea e sexual (hepatites B, C e D) Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais

HEPATITE VIRAL B

Hepatite B no mundo e no Brasil Período de incubação: 30 a 180 dias Transmissão: Sexual , parenteral e vertical (mãe-filho) 350 milhões de portadores crônicos e 600.000 mortes/ ano no mundo 2 milhões de portadores crônicos no Brasil 100x mais infectivo que o HIV Risco de progressão para hepatite crônica (5 a 10% em adultos e 70 a 90% em crianças) Intrínseca relação com hepatocarcinoma Tendência a redução com a implantação da vacinação

Risco de contaminação após exposição a materiais biológicos HIV: Risco de soroconversão: exposição percutânea - 0,3% exposição de pele e mucosas - menor que 0,09% HEPATITE B: 1 a 6% (Fonte HBsAg + e HBeAg -) 22 a 33% (Fonte HBsAg + HBeAg +) HEPATITE C: Risco de transmissão de 0 a 7% (percutâneo)

Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/SINAN

Taxa de Detecção Acumulada de Hepatite B por 100 Taxa de Detecção Acumulada de Hepatite B por 100.000 hab, 2003 a 2010, Regionais de Saúde do Paraná

Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

O VÍRUS DA HEPATITE B HBsAg HBeAg HBcAg DNA Polimerase DNA dupla fita (solúvel) HBcAg DNA Polimerase DNA dupla fita FAMÍLIA: HEPADNAVIRIDAE Partícula de Dane

HBV: marcadores Componentes Sorologia Antígeno “s” – superfície HBsAg / anti-HBs Antígeno “c” – core anti-HBc (total - IgG; IgM) Antígeno “e” - envelope HBeAg / anti-Hbe Virologia DNA do HBV HBV-DNA qualitativo HBV-DNA quantitativo

Genótipos do vírus B 8 genótipos: A H (genoma) 4 SUBTIPOS: (alterações do antígeno de superfície) > adw, adr, ayw, ayr Protocolo Clínico e diretrizes Terapêuticas para o Tratamento de HV crônicas e co-infecções. MS, 2010 GENÓTIPO INFLUENCIA NA RESPOSTA TERAPÊUTICA E NA EVOLUÇÃO CLÍNICA ex. genótipos C e F  maior o risco de CHC Hepatology v.35, 2002

REGIÃO SUL HEPATITE B – GENÓTIPO Genótipo D 100% Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C 16 16

QUADRO CLÍNICO- HVB I) AGUDA 80% - assintomáticos e anictéricos 20-30% apresentam icterícia 10 a 20% apresentam sintomas inespecíficos, como anorexia, astenia, mal estar e dor abdominal 1% evoluem com hepatite fulminante 20-25% dos casos – clareamento espontâneo do vírus, após infecção aguda 10% evoluem para hepatite crônica (90% dos lactentes/ crianças) destes: . >30% podem evoluir para cirrose . 5-10% dos pacientes desenvolve carcinoma hepatocelular (CHC) SBI – PEC; FÓRUM SOBRE HVB, 2010

Hepatite B: progressão da doença Cancer hepático (HCC) 5%-10% >30% Infecção aguda Infecção crônica Cirrose Transplante hepático MORTE >90% - RNs e lactentes => doença crônica 5-10% - adultos imunocompetentes => doença crônica Message: Chronic hepatitis B is a progressive disease that can result in liver cirrhosis, hepatic decompensation, hepatocellular carcinoma and ultimately, death. Information: The Eurohep study group presented data on a cohort of 349 Western Europeans (males 86%, mean age 44) with biopsy proven cirrhosis (mean follow-up 73 months). Following the diagnosis of liver cirrhosis, the 5-year probability for developing HCC was estimated to be 6%, and for decompensation it was estimated at 23%. The probability of survival at 5 years post the first episode of decompensation was 35%. Ikeda evaluated the rate of development of cirrhosis and HCC in 2215 CHB / CHC patients studied for a median of 4.1 years. The rates of development of cirrhosis were 7.6%, 21.7% and 32.2% at 5, 10 and 15 years. HCC rates were 3.4%, 10.5% and 22.4% at the same time points. References 1) Fattovich G et al. Occurrence of hepatocellular carcinoma and decompensation in western European patients with cirrhosis type B. The EUROHEP study Group on Hepatitis B Virus and Cirrhosis. Hepatology 1995;21(1):77-82 2) Ikeda K et al. Disease progression and hepatocellular carcinogenesis in patients with chronic viral hepatitis: a prospective observation of 2215 patients. J Hepatol 1998:28(6):930-938. Falência hepática 23% dos pacientes decompensam em 5 anos após desenvolverem cirrose 1.Fattovich G et al. Hepatology 1995 2. Ikeda K et al. J Hepatol 1998.

HEPATOPATIA CRÔNICA DESCOMPENSADA ARANHAS VASCULARES “SPAIDERS” EDEMA

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pesquisa dos marcadores sorológicos ELISA (Ensaio Imunoenzimático) HBsAg Anti-HBs (HBcAg) Anti-HBc IgM Anti-HBc IgG HBeAg Anti-HBe

Curso Sorológico da Hepatite B aguda HBeAg anti-HBe anti-HBc total Título anti-HBc IgM anti-HBs HBsAg 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 100 Semanas após a exposição

HEPATITE VIRAL C

Hepatite C no mundo e no Brasil Período de incubação: 15 a 150 dias Transmissão: Parenteral, sexual e vertical (menos frequentes) 170 milhões de portadores crônicos no mundo 3 milhões de portadores crônicos no Brasil 70 a 85% evoluem para a cronicidade e 20% desses desenvolvem cirrose hepática Sintomas agudos são leves ou ausentes Os principais sintomas da doença aparecem, em média 13 anos após o contágio Maior incidência após os 50 anos de idade ( Alto percentual desconhece a condição de portador).Doença silenciosa.

Taxa de Detecção Acumulada de Hepatite C por 100 Taxa de Detecção Acumulada de Hepatite C por 100.000 hab, 2003 a 2010,Regionais de Saúde do Paraná

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CASOS DE HEPATITES VIRAIS DE ACORDO COM A PROVÁVEL FONTE/MECANISMO DE TRANSMISSÃO - ESTADO DO PR – 2007 A 2010

HVC RNA vírus fita simples proteínas estruturais (core e envelope) -proteínas não estruturais Família: Flaviviridae Gênero: Hepacivirus Genótipos: 1 a 6 sendo subdivididos em mais de 50 subtipos (1a, 1b, 2a,etc) Focaccia, 2.ed, 2007 Mandell, 7 ed, 2010

O vírus da hepatite C Envelope Core Glicoproteínas RNA Viral (9400 nt) do Envelope 55 – 65 nm

REGIÃO SUL HEPATITE C – GENÓTIPO Genótipo 3 a 50% Genótipo 1b e 1a 33.3% Genótipo 2b 16.6% Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C 28 28

EVOLUÇÃO DA HVC aguda sintomática (ictérica): 1-5% dos casos assintomáticas: 90% dos casos cronificação em 60-90% 20-40% dos pacientes evoluem, em 20 – 30 anos para cirrose hepática PROGRESSÃO: > PROGRESSORES RÁPIDOS  que evoluem para cirrose em menos de 20 anos > PROGRESSORES INTERMEDIÁRIOS  que evoluem para cirrose em 20 a 50 anos > PROGRESSORES LENTOS OU NÃO PROGRESSORES  que podem levar mais de 50 anos para desenvolverem cirrose. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite Viral C e Coinfecções – MS, julho de 2011 Guia de Bolso de Doenças Infecciosas e Parasitárias. MS, 8ª. Ed, 2010 Veronesi.4 ed, 2010

FATORES QUE INFLUENCIAM NA PROGRESSÃO PARA CIRROSE: Idade superior a 40 anos no momento da infecção, sexo masculino, uso de álcool, coinfecção com o vírus da hepatite B (HVB) e/ou HIV, imunossupressão, esteatose hepática, resistência insulínica e atividade necroinflamatória na primeira biópsia hepática são os mesmos risco de evolução para cirrose, descompensação e CHC Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite Viral C e Coinfecções – MS, julho de 2011 O CHC SEM CIRROSE PODE OCORRER EM 30-50% DOS CASOS Hepatology, v.45, 2007

DIAGNÓSTICO: ANTI-HVC TESTES MOLECULARES (PCR-RT )– qualitativos/ quantitativos GENOTIPAGEM BIÓPSIA HEPÁTICA EXAMES COMPLEMENTARES: > Aminotransferases (transaminases) – a aspartato aminotransferase (AST/TGO) e a alanino aminotransferase (ALT/TGP) são marcadores de agressão hepatocelular; > Bilirrubinas – pode haver aumento tanto da fração não conjugada (indireta) quanto da conjugada (direta), sendo predominante esta última; Proteínas séricas – normalmente, não se alteram nas formas agudas; > Albumina sérica - nas hepatites crônicas e cirrose, a albumina apresenta diminuição acentuada e progressiva; > Fosfatase alcalina – pouco se altera, exceto nas formas colestáticas, quando se apresenta em níveis elevados;

aos fenômenos colestáticos. Ocorre elevação discreta, exceto nas > Gama-glutamiltransferase (GGT) – é a enzima mais relacionada aos fenômenos colestáticos. Ocorre elevação discreta, exceto nas formas colestáticas; > Atividade de protrombina – essa prova sofre pouca alteração na forma aguda. Na forma crônica, o aumento do tempo de protrombina indica deterioração da função hepática; > Alfafetoproteína – de forma geral, sua presença em valores elevados ou progressivamente elevados se relacionam com a evolução para CHC; > Hemograma – a leucopenia é habitual na forma aguda; entretanto, muitos casos cursam sem alteração no leucograma. A plaquetopenia pode ocorrer na infecção crônica. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite Viral C e Coinfecções – MS, julho de 2011

Marcadores Sorológicos da Hepatite C Aguda Período de incubação Doença Aguda Sintomas HCV-RNA Transaminase Anti-HCV total 1 – 3 semanas meses - anos

Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite Viral C e Coinfecções – MS, julho de 2011

תּוֹדָה