ATENÇÃO BÁSICA: ASPECTOS COMPARATIVOS – BRASÍLIA E OUTRAS CAPITAIS FLAVIO GOULART (Médico, Doutor em Saúde Pública; Membro do Observatório da Saúde do.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Universidade Federal de Pelotas
Advertisements

Ações Estratégicas na Atenção Básica
A ORTODOXIA DO DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO
Saúde Bucal na esfera pública
MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA COORDENAÇÃO GERAL DE ALTA COMPLEXIDADE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO.
Pacto dos Indicadores da Atenção Básica
A Atenção Primária e o Pacto pela Saúde
“Funções Essenciais de Saúde Pública” nas Américas
Educação profissional:
NOB SUS 01/96 Inovações: Implantação de valor per capita para financiamento das ações de atenção básica (PAB): reversão da lógica de alocação de recursos,
FORUM PERMANENTE E INTERDISCIPLINAR DA SAÚDE / UNICAMP
Desmistificando o ensino de odontologia na sua relação com o SUS
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DA FAMÍLIA
XIX Congresso CONASEMS Construindo a atenção integral à saúde
Prática Médica na Comunidade 1º Período – 2011/1
GESTÃO PARTICIPATIVA Nova tendência mundial de gestão empresarial embasada na valorização do conhecimento, circulação de informação e participação coletiva.
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de.
Brasil: conquistas e desafios para o sistema de saúde
COMPETE ES A proposta para a construção do Espírito Santo Competitivo – COMPETE-ES - tem como fulcro principal o conceito de COMPETITIVIDADE SISTÊMICA,
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
PROJETOS SOCIAIS IMPORTÂNCIA PARA A SUSTENTABILIDADE
CURSO DE MEDICINA UFRR-IESC-2007
Cadastro Único Instrumento de conhecimento da realidade brasileira, particularidades, características de cada município, potencialidades e vulnerabilidades.
Fundação Governamental de Direito Privado (Fundação Estatal)
Participação da Comunidade na cogestão da saúde pública no Brasil
Cooperação ENSP/ FIOCRUZ/ SES/ RJ
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO WORKSHOP SAÚDE MENTAL E REFORMA PSIQUIÁTRICA PAINEL 1 MODELO DE PREVENÇÃO E ATENÇÃO.
CONCEPÇÃO DE REDE INTERSETORIAL JUSSARA AYRES BOURGUIGNON
Laura C. M. Feuerwerker* * Doutora em Saúde Pública.
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
Modelo biologista e tecnicista hegemônico
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS.
LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS
PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS
SIMPÓSIO SOBRE POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
Projetos Comunitários Lilian Kelian
REGIMES DE CONTRATAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO PSF Marta Prado Técnica de Controle Externo Técnica de Controle Externo.
NASF Prof. Cezar Tchaikovski
1 Encontro Nacional das Escolas de Governo Sejam Bem-vindos ao Brasília,
Clínica Ampliada e Arranjos Organizacionais
Área de abrangência da Equipe de Saúde da Família
ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMILÍA
SISTEMA ÚNICO de SAÚDE SUS.
MODELOS ASSISTENCIAIS EM SAÚDE
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE Rio de Janeiro 2008
Professora: Daniela de Souza
Kátia Souto Consultora Técnica do PNCH/SVS/MS Curitiba/ 2009
NÚCLEO DE APOIO DA SAÚDE DA FAMILIA PORTARIA /01/208
Sistema de atenção suplementar no brasil
Políticas Públicas de Saúde: PSF
Rede de Atenção à Saúde promovendo cuidado e qualidade de vida
A essencialidade da Gestão em Saúde Publica
MODELOS ASSISTENCIAIS EM SAÚDE
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
10ª Reunião Plenária da CNPD
ou seja, resultado de determinações históricas estruturais
Desafios da Atenção Primária à Saúde para Equidade MAURO GUIMARÃES JUNQUEIRA Presidente e Secretário Municipal de Saúde de São Lourenço/MG.
PROJETO TERRITÓRIOS. PROJETO PARCERIAS G H M DAE/CAMC DAB DARA GESTORES ESF NASF USUÁRIOS HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA.
Estratégia de Saúde da Família
Programa Saúde da Família
Lílian Rodrigues de Oliveira
“Estratégia para o apoio a implementação de Redes Integradas de Atenção a Saúde” 17 de Novembro de 2009 DARA/SAS/MS.
Propostas de Organização do Modelo de Atenção à Saúde com ênfase na Atenção Básica, Promoção e Vigilância à Saúde em Minas Gerais: enfrentando os desafios.
Escola de Conselhos do Pará Vivência Formativa Eixo 2: Estado e Políticas CONCEPÇÃO DE REDE INTERSETORIAL JUSSARA AYRES BOURGUIGNON.
Baixo investimento em estratégias de promoção da qualidade de vida e saúde. Modelo assistencial ainda fortemente centrado na oferta de serviços e não.
ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DIRETORIA DE PLANEJAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO DO SUS.
A Questão da Promoção da Saúde Prof. Samuel Pontes Enfermeiro ACPE-UNIPLAN 1º Semestre
Transcrição da apresentação:

ATENÇÃO BÁSICA: ASPECTOS COMPARATIVOS – BRASÍLIA E OUTRAS CAPITAIS FLAVIO GOULART (Médico, Doutor em Saúde Pública; Membro do Observatório da Saúde do DF –

CIDADEREGIÃOPOP BRASÍLIACO GOIÂNIACO B. HORIZONTESE CURITIBAS FORTALEZANE BELÉMN CRITÉRIOS DE ESCOLHA DA AMOSTRA Regional, com pelo menos uma capital em cada região geográfica do país. Demográfica, cidades com população superior a um milhão de habitantes. Reconhecido desenvolvimento do sistema de saúde em termos de implantação da ESF. Base de dados: a mais atual possível (junho de 2013), com exceção de Brasília (dezembro de 2012).

CIDADE EqSF IMPLANT ESF POP COBERTA EqSF/ 1000 HAB ESF COBERT ESTIM EqSB IMPLANT EqSB/ HAB BRASÍLIA ,0517,58510,02 GOIÂNIA ,1347,63910,06 B. HORIZONTE ,2171,872340,09 CURITIBA ,1739,491520,09 FORTALEZA ,1240,961970,08 BELÉM ,4928,54050,00... BASE DE DADOS (DAB/MS)

CONSIDERAÇÕES GERAIS O DF tem percentual de cobertura de ESF nitidamente inferior à das demais capitais (17,58%). A única que se aproxima é Belém, com 28,54%. No campo oposto, destaca-se a situação de Belo Horizonte (71,87%), ficando Goiânia (47,63%), Fortaleza (40,96%) e Curitiba (39,49%) em situação intermediária. As maiores populações cobertas estão em Belo Horizonte ( pessoas) e Fortaleza ( ) enquanto, comparativamente, a população coberta no DF é estimada em pessoas. De longe, a capital que apresenta o maior número de equipes de SF implantadas é Belo Horizonte, onde tal cifra chega quase a meio milhar. Na amostra escolhida, o DF tem o menor número de equipes, apenas 133. Em termos de Saúde Bucal, os melhores desempenhos, ao menos no plano quantitativo, estão em Belo Horizonte e Curitiba, seguidas de perto por Fortaleza e, logo a seguir, Goiânia. Brasília, com 0,02 equipes de SB por mil habitantes fica apenas um pouco melhor do que Belém, onde esta cifra é apenas virtual (cinco equipes implantadas).

ANO EqSF Implantadas/DF POP Coberta IMPLANTAÇÃO DA ESF NO DF – SÉRIE HISTÓRICA

ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO A implantação da ESF passou, no DF, por quase uma década de estagnação e até mesmo de regressão, aspecto que começa a ser revertido apenas em Os contextos políticos deste período inicial estão ligados aos Governos Roriz e Arruda, geralmente considerados como de poucas realizações na atenção básica, com investimentos concentrados na construção de hospitais, além de alta complexidade. A retomada, em 2009, está ligada ao breve mandato tampão de Rogério Rosso, no qual a presença de Fabíola Aguiar como Gestora do SUS, foi decisiva para o progresso da ESF, inclusive com a criação de uma sub secretaria específica para tal área. A cifra obtida em dezembro de 2012, 133 equipes, ainda se encontra bem abaixo da meta do governo Agnelo Queiroz, como se verá adiante

O QUE DIZ O GOVERNO DO DF? Página web ( ESF como resultado de um movimento mundial, estratégia capaz de >. Objetivos da atual gestão da SES-DF: (a) prestação, na unidade de saúde e no domicílio, de assistência integral, contínua, com resolubilidade e boa qualidade às necessidades de saúde da população adstrita; (b) intervenção sobre os fatores de risco aos quais a população está exposta; (c) eleição da família e do seu espaço social como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde; (d) humanização das práticas de saúde; (e) estabelecimento de parcerias intersetoriais; (f) democratização do conhecimento do processo saúde/doença, da organização dos serviços e da produção social da saúde; (g) reconhecimento da saúde como direito de cidadania e expressão da qualidade de vida; (h) estímulo à organização da comunidade para o efetivo exercício social.

PLANO DE GOVERNO AGNELO QUEIROZ/2010 Acessível em pdf: “Resgatar os princípios básicos de universalidade, integralidade e equidade; efetivar a Atenção Básica de Saúde em todo o Distrito Federal; restabelecer o Programa Saúde em Casa, articulado com o Programa Saúde da Família (PSF) do governo federal, aumentando o nº de equipes para 400. Ao lado disso, é proposta a criação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) 24 Horas, em todas as regiões administrativas do Distrito Federal, bem como realizar a reestruturação das unidades de saúde”. pdf

SÍNTESE E CONCLUSÕES (1) Os dados que aqui se apresentam sem dúvida podem ser considerados expressivos e reveladores de tendências concretas em termos da evolução da atenção básica no DF, bem como na comparação com outras capitais. Percebe-se, acima de tudo, que no DF, no contexto atual, mas que também reflete o acontecido nas últimas décadas, que a gestão da saúde não honra a herança dos que conceberam o sistema de saúde inaugural da cidade, no qual a cobertura universal, a regionalização, a descentralização das ações e a qualidade dos serviços prestados eram pontos fundamentais. Além disso, pode-se inferir que um modelo assistencial centrado na atenção básica, à semelhança de outras capitais brasileiras e de países que podem ser considerados de excelência em termos de organização de sistemas de saúde, está longe de ser alcançado no DF. A comparação com outras capitais do mesmo porte, mesmo de regiões com indicadores econômicos piores, é reveladora da fragilidade do que se vê por aqui.

SÍNTESE E CONCLUSÕES (2) O que não chega a ser surpresa para quem analisa os dados disponíveis, é que o discurso das autoridades, seja nos planos de governo ou nos textos de apresentação do setor de atenção básica da SES-DF, mostra-se totalmente em descompasso com a realidade que se demonstra através das cifras de cobertura. As bases de dados que poderiam ser oferecidas pela própria SES-DF não estão acessíveis, por exemplo, em relação à cobertura da ESF e da localização das equipes, motivo pelo qual os procedimentos de análise devem ser feitos através do Portal Web do Ministério da Saúde. Mesmo com o atraso histórico registrado no desenvolvimento da atenção básica, a recuperação e o ritmo de retomada da implementação da ESF tem se revelado bastante aquém das expectativas e das necessidades. A presente análise se completaria com dados mais qualitativos, por exemplo, prevalência de internações por condições sensíveis, critérios da distribuição das equipes no território, resolutividade, qualidade e humanização do atendimento prestado, bem como permanência de concorrência de dois sistemas, ou mais, papel das UPAs, planejamento baseado em demandas e dados epidemiológicos, processos de capacitação etc. Para isso, infelizmente, a carência de informações é muito grande...

POR QUE ATENÇÃO BÁSICA?

PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE DA FAMÍLIA STARFIELD (1998) 1.PRIMEIRO CONTACTO: implica a acessibilidade e o uso de serviços para cada novo problema ou novo episódio de um problema para os quais se procura atenção à saúde. 2.LONGITUDINALIDADE: manifesta a existência do aporte regular de cuidados pela equipe de saúde e seu uso consistente ao longo do tempo, num ambiente de relação mútua de confiança e humanizada entre equipe de saúde, indivíduos e famílias. 3.INTEGRALIDADE: pressupõe a prestação, pela equipe de saúde, de um conjunto de serviços que atendam às necessidades da população adscrita nos campos da promoção, da prevenção, da cura, do cuidado e da reabilitação, a responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos de atenção à saúde e o reconhecimento adequado dos problemas biológicos, psicológicos e sociais que causam as doenças. 4.COORDENAÇÃO: conota a capacidade de garantir a continuidade da atenção, através da equipe de saúde, com o reconhecimento dos problemas que requerem seguimento constante e se articula com a função de centro de comunicação das redes de atenção à saúde. 5.FOCALIZAÇÃO NA FAMÍLIA: impõe considerar a família como o sujeito da atenção, o que exige uma interação da equipe de saúde com esta unidade social e o conhecimento integral de seus problemas de saúde e das formas singulares de abordagem familiar. 6.ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA: coloca o reconhecimento das necessidades das famílias em função do contexto físico, econômico, social em que vivem, o que exige uma análise situacional das necessidades de saúde das famílias numa perspectiva populacional e a sua integração em programas intersetoriais de enfrentamento dos determinantes sociais da saúde. 7.COMPETÊNCIA CULTURAL: exige uma relação horizontal entre e equipe de saúde e população que respeite as singularidades culturais e as preferências das pessoas e das famílias.

POR QUE APS? Melhoram os resultados sanitários Diminuem as referências a especialistas e as hospitais Aumentam a eficiência dos sistemas de atenção à saúde Produzem serviços mais custo-efetivos Aumentam a satisfação dos clientes Melhor qualidade percebida

REFORMA DA APS: MOVIMENTO TRADICIONAL IMPLEMENTAÇÃO ATUAL (RENOVADA) DA MUDANÇA DA APS Provisão de um pacote básico de intervenções sanitárias e de medicamentos essenciais focados em populações rurais pobres Transformação e regulação do sistema de atenção à saúde buscando o acesso universal e a proteção social em saúde Concentração em mães e crianças Atenção à saúde para toda a comunidade Foco em doenças selecionadas especialmente condições agudas de natureza infecciosa Resposta às necessidades e expectativas das pessoas em relação a um conjunto amplo de riscos e doenças Melhoria do saneamento e da educação em saúde no nível local Promoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis e mitigação dos danos sociais e ambientais sobre a saúde Uso de tecnologia simplificada por agentes comunitários de saúde não profissionais Equipes de saúde facilitando o acesso e o uso apropriado de tecnologias e medicamentos APS: “AGORA MAIS DO QUE NUNCA” - I (OMS, 2010)

Participação como mobilização de recursos locais e gestão dos centros de saúde por meio de comitês locais Participação institucionalizada da sociedade civil no diálogo político e nos mecanismos de accountability Financiamento governamental e prestação de serviços com gestão centralizada Sistemas pluralísticos de atenção à saúde operando num contexto globalizado Gestão da escassez Crescimento dos recursos da saúde rumo à cobertura universal Ajuda e cooperação técnica bilateral Solidariedade global e aprendizagem conjunta APS como antítese do hospital APS como coordenadora de uma resposta bem ampla em todos os níveis de atenção APS é barata e requer modestos investimentos APS não é barata e requer investimentos consideráveis mas gera maior valor para o dinheiro investido que todas as outras alternativas APS: “AGORA MAIS DO QUE NUNCA” - II (OMS, 2010)

ESF: BOAS PRÁTICAS E CÍRCULOS VIRTUOSOS – I (GOULART, 2007) Boa condução: capacidade de tomada de decisões, liderança, carisma, espírito empreendedor, embasamento ideológico, além de qualificação técnica e continuidade. Boas equipes técnicas: conhecimento, tradição de discussões em saúde, base ideológica, capacidade empreendedora, militância, sintonia com o projeto político, aceitação da liderança, organização e inserção em entidades representativas Boas práticas sociais: por equilíbrio e sintonia entre as propostas de governo e as da sociedade; associação sinérgica entre as noções de responsabilidade pública e de direito à saúde Boas práticas políticas e administrativas: transparentes, efetivas e socialmente aceitáveis, para além do campo da saúde, (substrato ideológico: cidadania, direitos coletivos e responsabilidade pública)

ESF: BOAS PRÁTICAS E CÍRCULOS VIRTUOSOS – II (GOULART, 2007) Boa articulação externa: prática de um cosmopolitismo político e sanitário Boa implementação programática: padrões substitutivos dos modelos de atenção, com afastamento dos elementos estruturais e ideológicos dos velhos regimes de práticas. Desenvolvimento de inovações: gerenciais ou assistenciais (diferente de meras “novidades” ousadia e o destemor – frente às possibilidades de erro e reversão. Busca de sustentabilidade: financeira, estrutural, processual, cultural, simbólica e política Enraizamento no imaginário da comunidade de usuários e dos tomadores de decisão. Efeito espelho (pedagogia do exemplo): articulação e da difusão da experiência local entre interlocutores externos

“Uma coisa é por idéias arranjadas, outra é lidar com país de pessoas, de carne e sangue, de mil e tantas misérias... Tanta gente – dá susto de saber – e nenhum se sossega: todos nascendo, crescendo, se casando, querendo colocação de emprego; querendo chuva e negócios bons. De sorte que carece de se escolher...” (Guimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas)