ASSISTÊNCIA PUERPERAL

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Transcrição da apresentação:

ASSISTÊNCIA PUERPERAL JULIANE BERENGUER DE SOUZA PEIXOTO

PUERPÉRIO Pós-parto Imediato ou Puerpério imediato : 0 ao 100 dia; Pós-parto tardio ou Puerpério Tardio: 110 ao 450 dia; Pós-parto Remoto ou Puerpério Remoto : além 450 dia.

ASSISTÊNCIA PUERPERAL: É compreendida como o período logo após o parto até 42 dias de pós-parto; Atenção à mulher e ao RN no pós-parto imediato e nas primeiras semanas após o parto é fundamental para a saúde materna e neonatal; Esse atendimento deve ser o mais criterioso possível; Recomenda-se uma VD na 1ª semana após a alta do bebê “Primeira Semana de Saúde Integral” (PSSI);

ASSISTÊNCIA PUERPERAL: É preconizado que a maternidade, no momento da alta, avise à equipe de atenção básica, à qual a mulher e seu bebê estão vinculados; Caso o RN tenha sido classificado como de risco, a VD deverá acontecer nos primeiros 3 dias após a alta; O retorno da mulher e do RN ao serviço de saúde, de 7 a 10 dias após o parto, deve ser incentivado desde o PN, na maternidade e pelos ACSs na VD.

OBJETIVOS: • Avaliar o estado de saúde da mulher e do RN; • Orientar e apoiar a família para a amamentação; • Orientar os cuidados básicos com o RN; • Avaliar a interação da mãe com o RN; • Identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-las; • Orientar o planejamento familiar.

AÇÕES RELACIONADAS À PUÉRPERA: Anamnese: Verificar o Cartão da Gestante e perguntar à mulher questões sobre: As condições da gestação; As condições do atendimento ao parto e ao RN; Os dados do parto (data; tipo de parto; se parto cesárea, qual indicação deste tipo de parto); Se houve alguma intercorrência na gestação, no parto ou no pós-parto (febre, hemorragia, hipertensão, diabetes, convulsões, sensibilização de Rh);

Se recebeu aconselhamento e realizou testagem para sífilis e HIV durante a gestação e/ou o parto; O uso de medicamentos (ferro, ácido fólico, vitamina A, outros). Perguntar a ela como se sente e indagar questões sobre: Aleitamento (frequência das mamadas, dia e noite, dificuldades na amamentação, satisfação do RN com as mamadas, condições das mamas); Alimentação, sono, atividades; Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre;

Planejamento familiar (desejo de ter mais filhos, desejo de usar método contraceptivo, métodos já utilizados, método de preferência); Sua condição psicoemocional (estado de humor, preocupações, desânimo, fadiga, outros); Sua condição social.

PLANEJAMENTO FAMILIAR: Minipílula – Progestágeno (levonorgestrel 0,030mg e desogestrel 75mg) e pode ser iniciado na alta hospitalar. Preservativo (Condom) DIU – poderá ser inserido 12 semanas após o parto ou logo após a dequitação. Contraceptivo injetável trimestral – acetato de medroxiprogesterona, 150mg/ml – pode ser utilizado pela mulher que está amamentando. O seu uso deve ser iniciado após 6 semanas do parto.

PLANEJAMENTO FAMILIAR: O anticoncepcional hormonal oral combinado e o injetável mensal não devem ser utilizados em lactantes, pois interferem na qualidade e na quantidade do leite materno e podem afetar adversamente a saúde do bebê. Os métodos comportamentais – tabelinha, muco cervical, entre outros – só poderão ser usados após a regularização do ciclo menstrual.

Avaliação clínico-ginecológica: Verificar os SSVV; Avaliar o estado psíquico da mulher; Observar seu estado geral: a pele, as mucosas, a presença de edema, a cicatriz (parto normal com episiotomia ou laceração/cesárea) e os MMII; Examinar as mamas, verificando a presença de ingurgitamento, sinais inflamatórios, infecciosos ou cicatrizes que dificultem a amamentação; Examinar o abdômen, verificando a condição do útero e se há dor à palpação;

Avaliação clínico-ginecológica: Examinar o períneo e os genitais externos (verificar sinais de infecção, a presença e as características de lóquios); Verificar possíveis intercorrências: alterações emocionais, hipertensão, febre, dor no baixo ventre ou nas mamas, presença de corrimento com odor fétido, sangramentos intensos. Observar a formação do vínculo entre a mãe e o filho;

Avaliação clínico-ginecológica: Observar e avaliar a mamada para a garantia do adequado posicionamento e da pega da aréola. Em caso de ingurgitamento mamário, mais comum entre o terceiro e o quinto dia pós-parto, orientar a mulher quanto à ordenha manual, ao armazenamento e à doação do leite excedente a um Banco de Leite Humano; Identificar os problemas e as necessidades da mulher e do RN com base na avaliação realizada.

Condutas: Orientar a puérpera sobre: Higiene, alimentação, atividades físicas; Atividade sexual; Cuidados com as mamas, reforçando a orientação sobre o aleitamento; Cuidados com o RN: Direitos da mulher (direitos reprodutivos, sociais e trabalhistas). Orientar a puérpera sobre o PF

Condutas: Administrar vacinas (a dT e a tríplice viral), se necessário; Oferecer teste anti-HIV e VDRL, com aconselhamento pré e pós-teste, para as puérperas não aconselhadas e testadas durante a gravidez e o parto; Prescrever suplementação de ferro: 40mg/dia de ferro elementar, até três meses após o parto, para mulheres sem anemia diagnosticada; Tratar possíveis intercorrências; Registrar informações em prontuário e insirir as informações do puerpério no SisPreNatal.

Condutas ao RN: Verificar a Caderneta de Saúde da Criança e, caso não haja, providenciar; Verifique na Caderneta de Saúde da Criança os dados da maternidade (peso, comprimento, teste de Apgar, IG e as condições de vitalidade, testes realizados e solicitados); Observação geral da criança: peso, postura, atividade espontânea, padrão respiratório, estado de hidratação, eliminações fisiológicas e AME;

Características da pele (presença de palidez, icterícia e cianose), o crânio, as orelhas, os olhos, o nariz, a boca, o pescoço, o tórax, o abdômen (as condições do coto umbilical), a genitália, as extremidades e a coluna vertebral. Verificar imunização (vacinas BCG e hepatite B). Agendar as próximas consultas de acordo com o calendário previsto para o seguimento da criança: no 2º, 4º, 6º, 9º, 12º, 18º e 24º meses de vida.

Cuidados com o LM: O LM pode ficar em temperatura ambiente por até duas horas. O LM, segundo os padrões determinados pelos especialistas da Rede de Bancos de Leite Humano, pode ser guardado por no máximo 12 horas na geladeira. Para guardar o leite na geladeira, usar a prateleira de cima, que é a mais fria, e nunca guarde o recipiente de leite na porta do aparelho.

Cuidados com o LM: Procurar deixar o recipiente com leite longe de outros alimentos crus, como verduras e carnes. O LM pode ser guardado no congelador por até 15 dias, desde que a temperatura esteja abaixo de 10 graus negativos. Essa é a recomendação dos especialistas da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Não deve-se encher o recipiente até a boca (deixar 2 cm de espaço até a borda do recipiente.

Cuidados com o LM: Quando o LM é submetido a pasteurização, este dura até 6 meses, que é o que acontece nos bancos de leite. O melhor jeito de descongelar o leite é colocando o recipiente dentro de um pote maior com água morna. O microondas não é aconselhável porque existe a possibilidade de algumas propriedades do leite se perderem no processo de aquecimento.

Cuidados com o LM: O LM nunca pode ser fervido nem esquentado diretamente. Também não se deve descongelá-lo em banho-maria com água fervente, pelo mesmo motivo: os benefícios do leite podem se perder pelo aquecimento excessivo.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO