DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Prof. Dr. Jonas Silva de Souza jonasouza@hotmail.com 2012
DPOC-doença pulmonar obstrutiva crônica DEFINIÇÃO é uma doença evitável e tratável. Caracterizada pela limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível. Esta limitação ao fluxo, geralmente é progressiva, e associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão à partículas ou gases nocivos. GOLD 2006
DPOC-doença pulmonar obstrutiva crônica Fatores de risco
DPOC-doença pulmonar obstrutiva crônica Fatores de risco
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Onde a doença altera? Brônquios → bronquite crônica Bronquíolo bronquiolite constrictiva Parênquima → enfisema Vasculatura → hipertensão pulmonar
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC - doença pulmonar obstrutiva crônica FISIOPATOLOGIA ↑ do n de glândulas secretoras na mucosa ↑ do n de células caliciformes disfunção ciliar injúria e recuperação na pequena via aérea com remodelação estrutural: colágeno+lesão cicatricial → obstrução fixa dilatação e destruição dos bronquíolos respiratórios e vasos capilares → enfisema + HT pulmonar e cor pulmonale
DPOC
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Á C I N O
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica D I A G N Ó S T I C O
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica CLÍNICO Tosse produtiva mucoide ou mucopurulenta Dispnéia (MRC)
DPOC ESCALA MEDICAL RESEARCH COUNCIL (MRC) Grau I (0) - dispnéia quando realiza atividade física intensa, tipo: nadar, correr, outros esportes. Grau II (1)- dispnéia quando caminha apressado no plano, ou quando sobe uma ladeira. Grau III (2)- dispnéia quando caminha devagar no plano, ou precisa parar para respirar. Grau IV (3)- dispnéia quando anda cerca de 100 metros no plano. Grau V (4) - dispnéia nos afazeres domésticos, impedindo de sair de casa.
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica E S P I R O M E T R I A
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC - classificação CLASSIFICAÇÃO Estádio I: DPOC Leve VEF1/CVF <0,70 VEF1 ≥ 80% do previsto) Sintomas: tosse com expectoração mucóide, pigarro. Sem consciência da sua função pulmonar anormal. Pós BD
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Ainda normal
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Estádio II: DPOC Moderada VEF1/ CVF < 0,70 50% ≤ VEF1 < 80% do previsto Sintomas: aparece a dispnéia exacerbação não frequente Obs: dados espirométricos pós BD
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Estádio III: DPOC Grave VEF1/ CVF < 0,70 30% ≤ VEF1 < 50% do previsto Sintomas: MRC 2 ou 3 PaO2 <60mmHg exacerbações frequentes hipertensão pulmonar obs: dados espirométricos pós BD
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Estádio IV: DPOC Muito Grave VEF1/ CVF < 0,70 VEF1 < 30% do previsto ou Insuficiência cardíaca direita→ Sinais clínicos de cor pulmonale. PaCO2 >50mmHg Sintomas: intensos. Pode necessitar UTI. MRC 4 obs: dados espirométricos pós BD
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica IMAGENOLOGIA Raio-X de Tórax
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Sinais de hiperinsuflação: >7 arcos costais na linha hemiclavicular retificação diafragmática concavidade diafragmática ↑da distância entre o esterno e a aorta > 2,5 cm retificação dos arcos costais área cardíaca na linha mediana
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica TC de Tórax
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica VACINAÇÃO 1. Antiinfluenza imunocompetentes: 70% de proteção 2. Antipneumocócica 3. Anti-Haemophilus influenzae – sem indicação
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Achados: áreas oligoêmicas espessamento das paredes brônquicas ↑ do diâmetro da artéria pulmonar nódulos <es de 1cm → neoplasias pequenos derrames pleurais
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica TRATAMENTO Afastar os fatores de risco Fatores agravantes: 3.1) bloqueadores 3.2) IVE Fisioterapia respiratória: tapotagem e drenagem postural
Abstenção do fumo
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Estadiamento e Tratamento Estádio I - leve: VEF1 80% → bd de curta duração SN Estádio II – moderado: VEF1<80% e 50% → tiotrópio e, ou, 2 agonista de ação prolongada+CI +reabilitação se hiperresponsivo Estádio III – grave: VEF1<50% e 30% → idem estádioII +antibióticos Estádio IV - muito grave: VEF1<30% ou IVD – idem estádio III +teofilina+Oxigenoterapia+antibióticos+cirurgia obs: VEF1/CVF < 70% e VEF1 <80% pós BD
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica 2 AGONISTAS AÇÃO: relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas Estimulam receptores beta-2 adrenérgicos aumentam o AMP cíclico antagonizando a broncoconstricção
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica -2 curta duração: fenoterol salbutamol terbutalina duração: 4 a 6 horas obs: podem ser associados com o brometo de ipratrópio
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica -2 longa ação: salmeterol formoterol duração: 12 horas EFEITOS COLATERAIS: taquicardia sinusal tremor de extremidades hipocalemia
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica 4. BRONCODILATADORES 4.1) Anticolinérgicos “o tônus colinérgico ou broncomotor corresponde a um grau de contração brônquica existente em repouso que depende da ação colinérgica vagal e que pode ser diminuído pelos anticolinérgicos”
DPOC-broncodilatadores Brometo de ipratrópio Derivado quaternário da amônia. Ação: bloquea receptores m1, m2 e m3. início de ação: 30 minutos duração: 4 a 6 horas Dose: nebulímetro: aerossol dosimetrado cada puff = 20 mcg. Usar de 2 a 4 puffs a cada 6 horas. solução para NBZ: 20 gotas = 250mcg. usar de 20/40 gotas a cada 4/6 horas Obs: dissocia-se lentamente dos 3.
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Receptores colinérgicos - classificação: ♦ muscarínicos: m1- broncoconstrictores m2 – ativam acetilcolina broncodilatação m3 - broncoconstrictores
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Brometo de Tiotrópio derivado quaternário da amônia dissocia-se lentamente de M1 e M3 e rapidamente de M2 dose: 5 mcg/dia (02 puffs) pela manhã de preferência OBS: melhora o VEF1 em até 13% nos primeiros 15 dias
DPOC - broncodilatadores EFEITOS COLATERAIS: taquicardia sinusal tremores de extremidades hipocalemia
ASMA BRÔNQUICA TRATAMENTO Corticóide inalatório - é o principal medicamento - efeitos colaterais: ▪ inibição do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal ▪ diminuição da massa óssea ▪ deficit do crescimento ▪ distúrbios psiquiátricos ▪ candidose oral
ASMA BRÔNQUICA TRATAMENTO Corticóide inalatório em adultos a) Budesonida: 200-400 mcg dose baixa 600-800 mcg dose média >800 mcg dose alta b) Fluticasona: 100-250 mcg dose baixa 350-500 mcg dose média >500 mcg dose alta
ASMA BRÔNQUICA TRATAMENTO Corticóide sistêmico - usado na exacerbação grave - prednisona/prednisolona: ▪ 1 a 2mg/Kg/dia. Máximo: 60mg/dia - efeitos colaterais: DM2, HAS, Cushing, Osteoporose, Obesidade, Necrose da cabeça do fêmur
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Tratamento Pode associar: LABA + CI
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Tratamento Novo antiinflamatório específico ROFLUMILASTE 500mg/dia Obs: DAVAS é o nome comercial
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica EXACERBAÇÃO – como reconhecê-la? Fatores pulmonares infecções respiratórias - é a mais importante piora gradual da DPOC pneumotorax TEP
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Fatores extrapulmonares cardíacos: arritmias IAM ICC sedativos outras drogas
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica Como reconhecer a infecção? expectoração mucóide → purulenta volume da expectoração ↑ ↑ da dispnéia Agentes etiológicos mais comuns Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae Moraxella catarrhalis Vírus • Pseudomonas aeruginosa
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica O que fazer? ANTIBIOTICOTERAPIA azitromicina/claritromicina/Telitromicina -lactâmico+inibidor de -lactamase Cefuroxima Quinolonas respiratórias: levofloxacino moxifloxacino gemifloxacino Quionolonas não-respiratórias: ciprofloxacino, se há suspeita de Pseudomonas