Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Pós-graduação em Pesquisa Clínica Módulo de Ensaios Clínicos "A transição da Pesquisa Básica para a Pesquisa Clínica. Que cuidados devo ter?" Prof. Dr. Thomaz A. A. Rocha e Silva Grupo de Farmacologia Departamento de Ciências Fisiológicas Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo thomaz.silva@fcmscsp.edu.br São Paulo, julho de 2009.
Definições PESQUISA BÁSICA: Estudo teórico ou experimental que visa contribuir de forma original ou incremental para a compreensão sobre os fatos e fenômenos observáveis, teorias, sem ter em vista uso ou aplicação específica imediata. A pesquisa básica analisa propriedades, estruturas e conexões com vistas a formular e comprovar hipóteses, teorias etc.
Definições PESQUISA APLICADA É uma investigação original concebida pelo interesse em adquirir novos conhecimentos. É, entretanto, primordialmente dirigida em função de um objetivo prático específico. A pesquisa aplicada é realizada ou para determinar os possíveis usos para as descobertas da pesquisa básica ou para definir novos métodos ou maneiras de alcançar um certo objetivo específico e pré-determinado. http://www.incor.usp.br/sites/webincor/index.php?option=com_content&task=view&id=206&Itemid=2813
Números... Total anual investido em pesquisa farmacêutica: US$600bi1; Investimento para um novo fármaco: US$870mi2; Os custos da pesquisa clínica passaram de 30% (1980) para 60% (hoje) do custo total1; Menos de 1/3 dos fármacos testados em ensaios clínicos são introduzidos no mercado3. 1 – The Tufts Center for the Study of Drug Development 2 – Adams e Brantner (2006). HealthAffairs 25, 420-8. 3 – Katzung. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª. Ed. (2007).
Descoberta do Fármaco Identificação de um novo alvo farmacológico (planejamento racional de fármacos) Modificação química de uma molécula conhecida Screening da atividade biológica (produtos naturais, bancos de dados) Biotecnologia e clonagem (peptídeos, proteínas) Combinação de fármacos conhecidos (aditivos ou sinérgico) Reposicionamento de um fármaco conhecido para um novo uso terapêutico
Proporção da pesquisa básica que chega à clínica: Fonte: http://www.msd.com.hk/images/health_info/drug_education/drug_development.gif
Pesquisa pré-clínica Áreas: Novos fármacos; Novos equipamentos; Novos procedimentos. Cosméticos...
Pesquisa pré-clínica O que é necessário para passar para a fase clínica? Dados consolidados; Ética; Propriedade intelectual.
Pesquisa pré-clínica - Dados A informação pré-clínica deverá ser adequada para justificar a natureza, extensão e duração da pesquisa. 1-Apresentação da Informação: 1.1. Material e Métodos: 1.1.1. Plano Experimental; 1.1.2. Produto empregado; 1.1.3. Animais utilizados e/ou modelos substitutivos; 1.1.4. Condições experimentais; 1.2. Resultados; 1.3. Estatística; 1.4. Discussão dos Resultados e Conclusões; 1.5. Bibliografia
Pesquisa pré-clínica - Dados 2. Objetivos. 3. Farmacologia Pré-clínica: 3.1. Farmacodinâmica; 3.2. Farmacocinética.
Pesquisa pré-clínica - Dados 4. Toxicologia Pré- Clínica: 4.1. Toxicologia geral 4.1.1. Toxicidade aguda: 4.1.2 Toxidade sub aguda a doses repetidas. 4.1.3. Toxidade crônica (doses repetidas). 4.2. Toxidade especial 4.2.1. Efeitos sobre a fertilidade. 4.2.2. Estudos de embriotoxicidade (principalmente teratogenicidade) e toxicidade peri e pós-natal. 4.2.3. Atividade mutagênica. 4.2.4. Potencial oncogênico/ carcinogênico. 4.2.5. Outros estudos: 5. Excipientes
Ética Obediência aos preceitos de ética animal – leis variáveis em diferentes lugares; Atendimento a: Declaração de Helsinque Resolução 196/96 Não-malefício Benefício
Propriedade Intelectual Publicação Viabilidade de aplicação Viabilidade comercial Partes envolvidas
Propriedade Intelectual Publicação prazos de publicação x prazos de patentes; interesse dos pesquisadores.
Propriedade Intelectual Viabilidade de aplicação espaço para um novo produto para a patologia eficácia: comparativa; administração; possibilidade de síntese da molécula e excipientes em larga escala;
Propriedade Intelectual Viabilidade comercial custo/possibilidade de produção; custo final x benefícios x concorrentes; interesse de financiadores.
Propriedade Intelectual – Partes envolvidas $ Pesquisador básico - Universidade Instituições de fomento e inovação Publicação Nova Molécula Patente $$$ Terapia Produto Pesquisador clínico Indústria $
Bibliografia recomendada Moreira-Filho CA e Wroclawski ER (2005). Einstein Suppl 1: 1-3. Avezum, A. et al. (2001). Rev. Ass. Med. Brasil 47(2): 165-8. Rasslan, S. (1999). Rev. Ass. Med. Brasil 45(2): 93-4.
Muito obrigado! thomaz.silva@fcmscsp.edu.br