ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS

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Transcrição da apresentação:

ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS Dr. Jorge Tostes

Sistema GABAérgico e os ansiolíticos benzodiazepínicos Neurotransmissor: GABA Aminoácido Glutamato→GABA Subtipos de receptores: GABA A e GABA B Receptor GABA A: guardião do canal de Cloro Modulação alostérica do receptor GABA

Receptor GABA A

Receptores GABA B Não é modulado por BDZ Liga-se ao relaxante muscular baclofen Não parece estar associado aos mecanismos de ansiedade Pouco conhecidos

01/11/2011 – Folha- 17h29 "Tomei um porre de uísque e Rivotril", diz cantor Luciano

BENZODIAZEPÍNICOS HISTÓRICO: Clordiazepoxido Década de 50 Colocado no mercado em 1960 Ansiolíticos pré-benzodiazepinicos Álcool Paraldeido hidrato de cloral Barbiturados meprobamato

Benzodiazepinicos Maior eficácia e segurança Mantém risco de dependência, tolerância e abstinência com uso crônico Consumo ilícito

Farmacocinética Alta lipossolubilidade Clordiazepóxido e diazepam rapidamente absorvidos independente da via. Clordiazepóxido e diazepam absorção errática IM cristalização local Lorazepam e midazolam absorção rápida e completa IM

Farmacocinética Atravessam barreira hematoencefálica e placentária Maior lipossolubilidade mais rápido inicio de ação mais hipnóticos. Duração de efeito depende esquema lipossolubilidade via distribuição aos tecidos gordurosos. intervalo de admistração? Acúmulo/met. ativos

SEGURANÇA E TOLERABILIDADE São os psicotrópicos mais prescritos no Mundo Nível de controle do DEA (EUA): IV em escala de I a V baixo potencial de abuso Índice terapêutico alto dose terapêutica muito inferior a tóxica Poucos efeitos colaterais

SEGURANÇA E TOLERABILIDADE Sedação, rebaixamento de consciência, reduz coordenação motora, ataxia, amnésia anterograda, capacidade de novo aprendizado Depressão respiratória EV Interação perigosa com álcool Altera arquitetura normal do sono Aumenta probabilidade de acidentes de trânsito

GRAVIDEZ E LACTAÇAO Teratogênico lábio leporino e fenda palatina . primeiro trimestre Próximo ao parto Sedação hipotonia depressão respiratória abstinência Presentes no leite materno

POTENCIAL DE ABUSO Dependência é relativamente rara 50% de usuários crônicos evoluem com síndrome de abstinência 1.6% da população adulta é usuária crônica, principalmente mulheres > 50 anos

ARTIFICIOS PARA AQUISIÇAO Adulteração de receitas Queixas somáticas vagas Supervalorização dos sintomas Nenhum outro medicamento funciona Recusa medicamentos alternativos Diz ter desenvolvido tolerância Ameaças veladas Elogios, bajulação, seguidos de solicitação de receita Procura por mais de um médico

ASSOCIAÇAO COM OUTRAS DROGAS Opióides: potencializa efeito reforçador Álcool: dependência cruzada Alucinógenos e estimulantes: atenuam síndrome de abstinência Melhoram insônia e excitação da cocaína

MEDIDAS PREVENTIVAS Tratar sindrome para a qual houve indicação de tratamento Intervenções não farmacológicas (psicossociais) Reconsiderar diagnóstico em caso de má resposta e necessidade de uso prolongado. Monitorar uso abusivo

MEDIDAS PREVENTIVAS Relação beneficio/risco Excluir uso de outras substâncias Anotar tudo no prontuário Identificar artifícios para obter prescrições de BDZ, recusando-se com firmeza e calma Maioria dos casos de dependência ocorre insidiosamente ao longo dos anos. Pacientes tratados crônicamente para insônia ou ansiedade.

ALTERNATIVAS Antidepressivos, buspirona Intervenções psicossociais ( outras terapias, relaxamento, GRUPOS) Combinações de psicofarmacologia e intervenções psicossociais

INTERAÇOES MEDICAMENTOSAS Todos são metabolizados por oxidação hepática, à exceção do lorazepam e oxazepam que o fazem por conjugação. Efeito sedativo adicional com anti-histaminicos e ADT Diazepam: metabolizado por 2c19 – fluoxetina inibe-a > ++BDZ Alprazolam+midazolam+triazolam: 3a4 – inibida por: fluoxetina+ nefazodona+cetoconazol > possibilidade de toxicidade pela associação Nefazodona aumenta 400X o nível destes BDZ Álcool: altera farmacodinâmica - aumenta depressão do SNC

Benzodiazepinicos

Hipnóticos

Outros ISRS ADT Antipsicoticos Anti-histamínicos Buspirona Trazodona Mirtazapina Venlafaxina B-bloqueadores Naturais

Indicações TAG Pânico Abstinência alcoólica Insônia Coadjuvantes

Contra-indicações/cuidados Gravidez/amamentação Dependência Idosos Miastenia gravis Apnéia do sono

Referências bibliográficas Auchewokie Cols. Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos. Rev. Bras. Psiq. Vol 26, n:1 Março/2004. Bermik MA. Benzodiazepínicos: Quatro décadas de experiências. São Paulo EDUSP, 1999. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10, OMS. ARTMED Editora, Porto Alegre 1993 Cordas TA, Moreno RA. Condutas em Psiquiatria, 4ª ed. São Paulo, Lemos Editora 2001. Cordioli AV. Psicofármacos. 2ª ed. Porto Alegre, Artmed 2000. Mari JJ, Razzouk D, Peres MFT, Porto JAD. Guias de Medicina ambulatorial e hospitalar – Psiquiatria. Ed. Manole UNIFESP 2002. Reimão R. Temas em Medicina do Sono. Lemos Editorial, São Paulo 2000. Stahl SM. Psicofarmacologia -Base neurocientífica e aplicações práticas. 2a ed. Brasil MEDSI 2002.