ARTIGO DE MONOGRAFIA APRESENTADO AO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA -HMIB/SES/DF Perfil epidemiológico.

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Transcrição da apresentação:

ARTIGO DE MONOGRAFIA APRESENTADO AO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA -HMIB/SES/DF Perfil epidemiológico de lactentes sibilantes atendidos em Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal Autora: Fernanda Arantes Alves Orientadora: Dra Lisliê Capoulade N Arrais de Souza www.paulomargotto.com.br Brasília, 25 de novembro de 2015

Introdução Sibilo: ruído respiratório agudo produzido pelo surgimento de oscilações das vias aéreas e tecidos adjacentes, devido à presença de obstrução acentuada ao fluxo aéreo (estreitamento de vias aéreas). Manifestação de doenças respiratórias e de outros sistemas

Introdução Sintoma comum em menores de 3 anos Menor calibre das vias aéreas Caixa torácica mais complacente Diafragma mais horizontalizado Sustentação menos rígida das vias aéreas Infecções virais comuns Presença de atopia

Introdução Fenótipos: Sibilância transitória Sibilância persistente Sibilância de início tardio 50% DAS CRIANÇAS APRESENTAM SIBILÂNCIA 2 TERÇOS SIBILÂNCIA NO PRIMEIRO ANO DE VIDA 50% SIBILANTES TRANSITÓRIOS 50% SIBILANTES PERSISTENTES

Sibilância em lactentes Sibilância ocasional: 1 ou 2 episódios de sibilância até os 3 anos de idade (usualmente relacionada a infecções virais) Sibilância recorrente (Síndrome do Lactente Sibilante): 3 ou mais episódios de sibilância Sibilância contínua por 1 mês

Epidemiologia Sibilância em lactentes ainda não está bem estabelecida (fatores associados, prevalência, evolução, prognóstico) Dificuldade de diagnóstico Poucos instrumentos padronizados e estudos epidemiológicos

Estudio Internacional de Sibilancias en Lactentes (EISL) Parte do estudo ISAAC Objetivo de avaliar prevalência, gravidade e características de sibilância no primeiro ano de vida na América Latina (Brasil, Chile, Colômbia, Venezuela e México) e na Europa (Holanda e Espanha) Questionário escrito (QE-EISL)  em português validado até os 3 anos de idade

Objetivos Descrever o perfil epidemiológico de sibilância em crianças menores de 3 anos de idade atendidas em Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal Analisar os fatores de risco para sibilância ocasional e recorrente na população estudada

Metodologia Estudo observacional transversal prospectivo Local: CSB-8 Asa Sul, DF Período: 17 junho a 16 de setembro de 2015 Instrumento: QE-EISL adaptado Aprovação do CEP FEPECS (número CAAE 45440715.0.0000.5553)

Metodologia Critérios de inclusão: crianças com idade entre 29 dias e 2 anos 11 meses e 29 dias de vida de ambos os gêneros que compareceram a consulta de puericultura Critérios de exclusão: crianças portadoras de neuropatia, cardiopatia, malformações somáticas graves, portadores de DRGE ou doenças genéticas

QE-EISL adaptado

Metodologia Amostra: 162 crianças (precisão de 5%, nível de confiança de 90%) Análise descritiva com distribuição de frequências Variável dependente: presença de sibilância e sibilância recorrente Variáveis independentes: gênero; tabagismo passivo; antecedente familiar de asma, rinite alérgica e dermatite atópica; animal doméstico, seio materno exclusivo por 6 meses; vacinação atualizada; etnia; mofo no domicílio e antecedente pessoal de dermatite atópica. Análise estatística com teste de qui-quadrado para cálculo de odds ratio, IC 95%

Resultados Idade média: 10,7 + 8,3 meses (mínimo de 1 mês e máximo de 35 meses) Peso atual: 8,5 + 2,6 Kg (mínimo de 2,9 Kg e máximo de 14,8 Kg) Peso de nascimento: 3,18 + 0,5 Kg (mínimo de 1,39 Kg e máximo de 4,3 Kg)

Resultados – análise descritiva Gênero

Resultados – análise descritiva Etnia

Resultados – análise descritiva Desmame precoce

Resultados – Análise descritiva

Resultados – análise descritiva Escolaridade do responsável

Resultados – análise descritiva

Resultados análise descritiva Tabagismo passivo

Resultados – análise descritiva

Resultados – análise descritiva Animal doméstico

Resultados – análise descritiva

Resultados – análise descritiva Antecedente familiar de asma

Resultados – análise descritiva

Resultados – análise descritiva

Resultados Recife: 43% Cuiabá: 43,2% Curitiba: 45,4% São Paulo: 46% América Latina, Espanha e Holanda: 21,4%

Resultados Sibilância ocasional Sibilância recorrente Curitiba 22,7% 22,6% São Paulo 19,4% 26,6% Cuiabá 54,1% 45,9% Porto Alegre 61% 20% América Latina, Espanha e Holanda 15% 14,5%

Prevalência de sibilância Características sociais, econômicas, climatológicas e ambientais diferentes nos locais pesquisados. Elevado IDH em Brasília, elevado índice de escolaridade dos responsáveis

Gênero X Sibilância Gênero masculino foi identificado em outros estudos como fator de risco para sibilância precoce Vias aéreas mais estreitas Maior grau de sensibilização aos aeroalérgenos Níveis mais elevados de IgE

Etnia X Sibilância Maior prevalência e morbidade em crianças negras, particularmente as que moram em grandes centros urbanos e possuem baixo nível socioeconômico. Altos índices de miscigenação no Brasil

Antecedente familiar de atopia X Sibilância Associação positiva entre história familiar de asma e alergia e sibilância nos primeiros anos de vida. Fatores genéticos associados Maior associação com sibilância recorrente

Dermatite atópica X Sibilância Maior risco de sibilância persistente ou de início tardio em lactentes com antecedente pessoal de dermatite atópica e rinite alérgica Apenas uma cada três crianças com dermatite atópica desenvolvem asma

Desmame precoce X Sibilância Aleitamento materno exclusivo até 6 meses é fator protetor para sibilância transitória, mas também pode ser fator de risco para sibilância de início tardio Aleitamento materno exclusivo foi fator protetor para sibilância precoce e recorrente. Assunto controverso na literatura

Creche X Sibilância Fator de risco para infecções virais “Hipótese da higiene”: crianças expostas desde cedo a infecções virais são menos sujeitas a doenças alérgicas

Mofo X Sibilância Exposição precoce aos fungos e à umidade são fatores associados à sibilância nos primeiros anos de vida Sensibilização aos aeroelérgenos

Animais domésticos X Sibilância Exposição precoce com pêlo e epitélio de animais domésticos aumenta o risco de desenvolvimento de atopia Há evidências de que um ambiente domiciliar com muitos animais e altos níveis de endotoxina pode conduzir à redução de sibilância na infância

Tabagismo passivo X Sibilância A exposição à fumaça de cigarro pré e pós-natal é um dos fatores de risco mais importantes para sibilância em lactentes. Aumento progressivo e paralelo das taxas de tabagismo entre mulheres e asma em crianças nos últimos cem anos nos EUA.

Limitações do estudo Pequena amostra Não inclusão de todos os questionamentos sobre os possíveis fatores de risco abordados no QE-EISL

Conclusões Prevalências de sibilância, sibilância ocasional e recorrente inferiores às médias nacionais Alto índice de escolaridade dos cuidadores Prevalência de dermatite atópica de 20% Altas taxas de vacinação atualizada Baixo índice de frequência em creches

Conclusões Ter antecedente familiar de asma e rinite alérgica foram fatores de risco para sibilância, bem como o aleitamento materno exclusivo por 6 meses foi fator protetor. A presença de mofo foi fator de risco para sibilância recorrente.

Conclusões O conhecimento dos fatores de risco para sibilância em crianças menores de 3 anos de idade é importante na melhoria de adoção de medidas preventivas para redução da morbidade relacionada com sibilância na infância

"A boa saúde sempre dependerá muito mais de cuidados preventivos do que de médicos." Johnny De Carli

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