Nutrição - Doenças Hepáticas

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL.
Advertisements

Álcool Ano Lectivo 2006\2007 Escola Básica E B 2,3 de São Gonçalo
DOENÇAS NO SISTEMA DIGESTIVO
Doenças do sistema digestivo.
DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA
Biologia proteínas.
Distúrbios do Trato Digestório
A hepatite E resulta da infecção pelo vírus (VHE), é transmitida de pessoa a pessoa, através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal .EM.
Baço-pâncreas Deficiência do chi do baço – ocorre por def. de energia, de sangue,desarmonias de líquido orgânico e fraqueza do sistema digestivo – esta.
NUTRIÇÃO.
Vírus Márcia Regina Garcia.
CIRROSE HEPÁTICA E COMPLICAÇÕES
Ac. André Hilario Lilian Eysink
O que é a doença renal crónica?
SAÚDE É um estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares,
ESTRUTURA CELULAR Hepatócitos organizados em placas com a espessura de apenas uma célula e separadas entre si por espaços vasculares chamados sinusóides.
Gama-glutamiltransferase (Gama GT)
Alimentação e digestão no ser humano
Um problema de saúde pública que você pode evitar.
Dietoterapia nas Doenças Renais
URÉIA Acadêmica Carolina Maldonado
DEGENERAÇÃO OU LESÃO CELULAR REVERSÍVEL
Aluna: Maria Paula Turma: 71 Professora: Mariluce
Fígado e metabolismo de gorduras
Fatores que influem na Toxicidade
Hepatite B Saúde Infantil.
NUTRIÇÃO NO DIABETES MELLITUS Ana Cristina Dias de Vasconcelos
conceitos e informações farmacêuticas
Agentes tóxicos e seus efeitos
Fígado e Álcool: Quanto podemos beber sem risco. Dra
Quais são as funções do rim?
Assistência de Enfermagem à Pacientes com Distúrbios do Fígado e da Vesícula Profª Enfª Débora Rinaldi Nogueira.
ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E IDOSO Profª MARY R. QUIRINO POLLI ROSA
- Revisão – Prova Prática de Patologia
VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar é um saco membranoso, em forma de pêra, situado na face inferior do fígado (lado direito). É um órgão muscular no qual.
SÍNDROME METABÓLICA Esta síndrome é um grupo de alterações clínicas, que podem decorrer de uma dieta inadequada, atividade física insuficiente e uma evidente.
Bioquímica I 1º ano Mestrado Integrado em Medicina
Avaliação Nutricional
NOME- Bruno do Amaral Rodrigues TURMA- 71 SÉRIE- 7 ª PROFESSOR(A)- Mariluce Campos.
Professora Ms. Maísa M. Silva
DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS COMUNS
TRIGLICERÍDEOS MONITORES:
Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública Liga acadêmica de Gastroenterologia e Hepatologia Esteatose.
DOENÇAS HEPÁTICAS Professor Manoel Ricardo Aguirre de Almeida
Tirosinemia Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Doenças hepáticas Vívian Coura.
Doenças de uma má alimentação
Departamento de Bioquímica e Imunologia
ALTERAÇÕES METABÓLICAS LIPIDIOS
ESTEATOSE.
MONITORIA DE BIOQUÍMICA E LABORATÓRIO CLÍNICO PROTEÍNAS TOTAIS
Transaminase Glutâmico Pirúvico - TGP
Cirrose Hepática.
SÍNDROME NEFRÓTICA.
Infeções sexualmente transmissíveis
Gastroenterologia Clínica
Bioquímica e Laboratório Clínico
Cirrose/Hantavirose e Leptospirose
GRUPO D ELAYNE TENÓRIO ELIZEU LEMOS GABRIELA COUTO HUGO NAPOLEÃO.
Fatores que atrapalham a cicatrização
PANCREATITES.  O QUE É? Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia onde existe uma menor utilização da glicose,
DIETAS ENTERAIS CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNIBH
PROVAS DE FUNÇÃO RENAL RODRIGO CÉSAR BERBEL.
Pancreatite Aguda e Crônica
Lesão celular reversível e
HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA
Patologia e Dietoterapia nas Enfermidades Pancreáticas Nutti.MSc Maria de Lourdes Marques Camargo Nutrição/UBM.
Transcrição da apresentação:

Nutrição - Doenças Hepáticas Profa. Andréia Madruga de Oliveira Nutrição p/ Enfermagem 2009/2

FÍGADO O Fígado é considerado o órgão central do metabolismo,onde ocorre os processos metabólicos de: CARBOIDRATOS PROTEÍNAS GORDURAS... Ativação de certos hormônios, (aldosterona,glicocorticóide,estrógeno,progesterona,e testosterona) Hepatopatias podem cursar com anormalidades metabólicas e nutricionais, as quais repercutem negativamente sobre a morbimortalidade os pacientes.

Doenças Hepáticas – Etiologia Podem ser provocadas por agentes: Virais Químicos (álcool) Farmacológicos Independente do agente etiológicos, as hepatopatias podem ser caracterizadas por agressão e necrose imunológica e regeneração nodular que comprometem a estrutura hepática e a capacidade funcional dos hepatócitos.

Hepatite Viral E uma inflamação dos hepatócitos causada pelos vírus das hepatite A,B,C,D e E. TIPO A: TRASMISSÃO: por via oral-fecal. SINTOMAS: mal estar dor abdominal e dor de cabeça, icterícia. TIPO B: TRASMISSÃO: por sêmen, sangue, saliva e seringas. SINTOMAS: apresentam forma sintomática,assintomática e formas graves. TIPO C: TRASMISSÃO: por sêmen, sangue, saliva e seringas. SINTOMAS: e uma forma lenta,na forma crônica se evolui para cirrose hepática. TIPO D:é um vírus que só causa doença na presença do vírus da hepatite B. Sua forma de transmissão é igual ao vírus da hepatite B. TIPO E: similar ao vírus da hepatite A. E mais descritas em lugares subdesenvolvidos em período de enchentes.

CIRROSE CAUSA Estágio mais avançado da lesão hepática Ocorre quando o tecido hepático destruído é substituído por tecido conjuntivo fibroso, seguido de degeneração gordurosa – esteatose O fígado perde função nesta situação clínica CAUSA Alcoolismo Crônico é a causa mais comum Agentes Tóxicos e infecciosos (hepatite viral)

Doenças Hepáticas Alcoólicas Estágios (DHA) ESTEATOSE HEPÁTICA: é comum em 80% dos casos de ingestão excessiva de álcool, ocorre quando o consumo for > que 80g de etanol / dia. Caracteriza-se pelo acúmolo de triglicerídeos no citoplasma celular, reversão do quadro com abstinência alcoólica. Porém na continuidade do consumo de alcoól a doença pode progredir para a cirrose. HEPATITE ALCOÓLICA AGUDA: ocorre quando o consumo excessivo de álcool persiste por 15 a 20 anos.Pode advir colestase importante, mais grave em mulheres.Observa-se desnutrição por baixa ingestão alimentar e excesso de bebida alcoólica. CIRROSE ALCOÓLICA: estágio final da lesão hepática, é a forma mais grave do dano hepático por abuso de álcool.A taxa de sobrevivência é de 60 a 70% após 1 ano e 35 a 50% até 5 anos do diagnóstico.

A disfunção do fígado altera a química do sangue  amonemia – leva ao coma e morte Hiperbilirribinemia Hemorragia (defeitos na coagulação) Hipoproteinemia A cirrose altera a circulação do sangue para o fígado. Ocorre um aumento da pressão portal, gerando varizes e ascite

Objetivo do Tratamento Nutricional na Doença Hepática Alcoólica Manter ou melhorar o estado nutricional ou corrigir a subnutrição; Prevenir lesão adicional das células hepáticas e aumentar a regeneração; O álcool causa inflamação do pâncreas, estômago e intestinos, interferindo na digestão e absorção dos nutrientes Prevenir ou aliviar a encefalopatia e outros distúrbios metabólicos. A desnutrição ocorre por consumo inadequado de alimentos, má digestão e absorção devido ao consumo de etanol. Avaliação Nutricional: indicadores séricos sanguíneos, função imunológicas, avaliação antopométrica (+confiáveis PCT, CB,e CM) o peso não é confiável(edema, ascite).

Terapia Nutricional na Doença Hepática Cal: hipercalórica – glicídios (25-35 Kcal/Kg do peso estimado) CHO: hiperglicídica – devido a hipoglicemia P: Compensado = 0,8 à 1,0g/Kg/Dia ( sem edema) Descompensado = hiperproteica 1,0 à 1,8g/Kg/Dia - verificar qualidade da proteína L: 25% à 30% - moderado / se esteatorréia: hipogordurosa com TCM – gorduras vegetais Líquidos e sódio: descompensado = sódio de 500 à 700 mg/dia e 1000 ml/dia Compensado = 1-2g/dia

ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Como o fígado não consegue metabolizar as substâncias tóxicas, elas podem se acumular no sangue, provocando anormalidades metabólicas no SNC Falsos neurotransmissores atravessam a barreira hemato-encefálica, agravando o quadro neurológico e psiquiátrico Casos graves levam ao coma irreversível e à morte

Objetivo do Tratamento Nutricional na Encefalopatia Hepática Regenerar o fígado Evitar catabolismo protéico Diminuir o substrato para formação de neurotransmissores Diminuir substrato para síntese de uréia

Terapia Nutricional na Encefalopatia Hepática Cal: hipercalórica – glicídios (30-35 Kcal/Kg do peso estimado) CHO: hiperglicídica P: eliminar aminoácidos aromáticos e incluir aminoácidos ramificados = soja, peixe congelado Hipoproteica: 0,5 à 1,2g/Kg/Dia L: normolipídica Líquidos e sódio: restringir conforme o grau da ascite