GÊNEROS JORNALÍSTICOS CURSO DE JORNALISMO

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Transcrição da apresentação:

GÊNEROS JORNALÍSTICOS CURSO DE JORNALISMO Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Propostas classificatórias  caso brasileiro =principais referências # de José Marques de Melo # Manuel Carlos Chaparro Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Propostas classificatórias Perspectiva funcionalista – cinco classes - duas hegemônicas: gêneros informativo e opinativo (séculos XVII e XIX) - Três complementares: gêneros interpretativo, diversional e utilitário (séc XX)

Propostas classificatórias

Propostas classificatórias  Nos estudos recentes sobre os gêneros no jornalismo brasileiro, os pesquisadores já identificam seis categorias: 1. Jornalismo Informativo, 2. Jornalismo Interpretativo, 3. Jornalismo Opinativo, 4. Jornalismo Diversional 5. Jornalismo Utilitário (de Serviço) e,mais recentemente, incluíram 6. Jornalismo Investigativo Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Jornalismo Informativo Considerado um “gênero referencial” (Marques de Melo, 2006b), Na percepção de Marques de Melo (2003: 63) é o relato do real. Tem a função exclusiva de descrever os fatos. O jornalismo informativo é aquele que privilegia a publicação de notícias de modo sucinto. Seria o jornal que publica “notícias”, ao invés de “reportagens”. Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Jornalismo Opinativo O segundo gênero predominante na esfera jornalística é o opinativo, um “gênero argumentativo”, que emergiu no século XVIII. Chaparro (2008: 178), atribui aos conteúdos opinativos a terminologia “gênero comentário”. Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Jornalismo Opinativo o gênero opinativo atende bem mais do que à necessidade humana de se expressar; Ele também subsidia, em larga medida, a formação da opinião pública. Diferentemente do jornalismo informativo (objetividade ), os textos opinativos são relacionados a expressões subjetivas

Jornalismo Interpretativo Também conhecido como jornalismo em profundidade, jornalismo explicativo ou jornalismo motivacional. jornalismo interpretativo é “o esforço de determinar o sentido de um fato, através da rede de forças que atuam nele – não a atitude de valoração desse fato ou de seu sentido, como se faz um jornalismo opinativo” (Paulo Roberto Leandro e Cremilda Medina (1973: 15-16). Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Jornalismo Interpretativo A interpretação se distancia da informação por conta da “complementação dos fatos”, da “pesquisa histórica de antecedentes” e da “busca do humano permanente no acontecimento imediato” Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Jornalismo Interpretativo “Enquanto a notícia registra o aqui, o já, o acontecer, a reportagem determina um sentido desse aqui num círculo mais amplo, reconstitui o já no antes e no depois, deixa os limites do acontecer para um estar acontecendo atemporal ou menos presente” (Leandro e Medina, 1973: 23)

Jornalismo Interpretativo Mário Erbolato (2006: 30-31) considera o jornalismo como resposta aos avanços conquistados pelos veículos eletrônicos. “luta contra o jornalismo falado”- os veículos impressos começaram a oferecer conteúdos complementares às notícias divulgadas em primeira mão pelo rádio, TV e, agora, pela internet.

Jornalismo Interpretativo Rosa Nava (1996) entende o jornalismo interpretativo como integrante do jornalismo informativo - segundo um preceito fundamental: informar melhor”. Gerson Moreira Lima (2002) defende que o jornalismo interpretativo “permite maiores possibilidades para que o jornalista desempenhe o seu papel de melhor informar a sociedade”.

Jornalismo Diversional É o que mais esbarra em controvérsias. Isso porque a própria terminologia voltada para o “divertimento” parece, muitas vezes, não ser bem aceita ou bem interpretada. Classificar o diversional enquanto gênero autônomo é reconhecer que existe, no universo da imprensa, produção e consumo de “informação que diverte” (Dias et al, 1998) Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Jornalismo Diversional Beltrão (1980), por exemplo, apesar de entender que a atividade jornalística é formada por quatro funções básicas – informar, orientar, opinar e divertir –, não inclui a diversão nas categorias jornalísticas que trata em sua obra.

Jornalismo Diversional Resumo: conteúdos destinados à distração do leitor, mas que, ao mesmo tempo, em nada deixam a desejar em termos de verossimilhança das informações e de seu conteúdo. Tipo de texto voltado à apreciação do público que tem a possibilidade de ocupar seu tempo livre com a leitura de tais relatos (geralmente extensos)

Jornalismo Utilitário Também chamado de “jornalismo de serviço”, surge no final do século XX. Tyciane Vaz (2009) considera o termo “jornalismo de serviço” uma redundância, mas o apresenta “como material jornalístico com proposta orientadora ao público”.

Jornalismo Utilitário Beltrão (2006) - conteúdos dessa natureza são registros sucintos sobre assuntos que auxiliam o público-leitor no seu dia a dia, como “modificações nos horários das linhas de trens ou ônibus, avisos de fechamento extraordinário do comércio, de alterações nas pautas de pagamentos de impostos, vencimentos de funcionários e outras matérias semelhantes”. Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Jornalismo Investigativo Jornalismo que utiliza métodos de pesquisa – muitas vezes de inspiração científica– para obter informações e realizar reportagens. O caso Watergate, que resultou na renúncia do presidente Nixon, projetou essa categoria a uma posição de destaque na profissão. Projeto Experimental I – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó

Referências consultadas BAHIA, Juarez. Jornal: História e técnica. São Paulo: Ática, 1990. ERBOLATO, Mario. Técnicas de codificação em jornalismo. São Paulo: Ática, 2004 LAGE, Nilson. Estrutura da notícia. São Paulo: Ática, 1987. MARCONDES FILHO, Ciro. O capital da Notícia: jornalismo como produção social de segunda natureza. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1989 SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de reportagem: notas sobre a narrativa jornalística. São Paulo: Summus, 1986.