A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

O projeto nacional de desenvolvimento dos governos Lula e Dilma: uma avaliação das dimensões social e econômica Apresentação.

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "O projeto nacional de desenvolvimento dos governos Lula e Dilma: uma avaliação das dimensões social e econômica Apresentação."— Transcrição da apresentação:

1 O projeto nacional de desenvolvimento dos governos Lula e Dilma: uma avaliação das dimensões social e econômica Apresentação na FISENGE, Búzios, RJ, Agosto de Ricardo Bielschowsky, IE-UFRJ .

2 TRÊS FASES DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO, 1950-2014
ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TAXAS DE CRESCIMENTO ANUAIS: PIB e FBCF : Expansão acelerada, industrialização (ideologicamente uma “era desenvolvimentista”) : Industrialização e a infraestrutura correspondente conduzidas pelo Estado, com concentração de renda ( ) 7,4% e 7,7% : A era da instabilidade macroeconomica inibidora do crescimento e das idéias desenvolvimentistas (perplexidade, seguida de ascensão do neoliberalismo) “Sobrevivencia” (administração da instabilidade macro ( ) Reformas neoliberais ( ); Plano Real, conquista e priorização da estabilidade de preços, ( ) ( ) 2,0 % e 0 % 2003/- : Crescimento com redistribuição de renda, em fase de alivio externo por exportação de commodities 2003/- : NOVO ESTILO DE DESENVOLVIMENTO ? ( ) 3,7 % e 6,8 2

3 A estrategia de desenvolvimento enunciada pelos governos Lula e Dilma como esquema analítico para organizar a reflexão sobre desenvolvimento social e econômico Estratégia nos campos social e econômico (Tal como expressa nos documentos de “Avaliação do PPA”, anos-base de 2012 e 2013), Avanços Insuficiências/ problemas “Universalizar e institucionalizar os direitos da cidadania, realizar a inclusão social das parcelas menos favorecidas da população e a melhoria na distribuição de renda” “Praticar uma macroeconomia e um financiamento para o desenvolvimento, garantindo os objetivos de estabilidade macroeconômica e de crescimento com redistribuição de renda” “Dar curso e velocidade às três frentes de expansão em ação na economia: Crescimento com redistribuição de renda por produção e consumo de massa; Infraestrutura econômica e social Atividades intensivas em recursos naturais” “Potenciar as três frentes de expansão Com encadeamentos produtivos Com educação, C&T, inovação “ 3

4 Algumas observações sobre o presnte exercício de avaliação
Se orienta pela perspectiva “social-desenvolvimentista”; Não prescinde do reconhecimento de prevalecem no pais forças políticas conservadoras, que espelham concentração de propriedade, renda e poder; Se presta a enfrentar a desorientação da propaganda eleitoral das oposições (fragmentada em temas isolados, como inflação, corrupção, inadequação dos sistemas de saúde e de educação, Estado muito grande – coisas que valem para qualquer pais capitalista e qualquer momento da historia) – é preciso sair dessa “armadilha “; Pergunta central : Qual a estratégia de desenvolvimento enunciada e buscada ? Resposta : governos Lula e Dilma tiveram marca e rumo (Estratégia ou projeto nacional de desenvolvimento é o desenho da condução deliberada por governos e atores sociais de um padrão de desenvolvimento desejado e viável para uma nação)

5 Programa de governo Lula 2003
“(...) Especificadas as linhas de estratégia do novo modelo, cabe apontar os aspectos gerais da dinâmica de crescimento proposta. O motor básico do sistema é a ampliação do emprego e da renda per capita e, consequentemente, da massa salarial que conformará o assim chamado mercado interno de massas.” (“Programa de Governo 2002”, Coligação Lula Presidente, p. 44) Em 2003, no Plano Plurianual : “O PPA tem por objetivo inaugurar a seguinte estratégia de longo prazo: inclusão social e desconcentração de renda, com vigoroso crescimento do produto e do emprego (...) pela expansão do mercado de consumo de massa e com base na incorporação progressiva das famílias trabalhadoras ao mercado consumidor das empresas modernas”. (MPOG, 2003, pp. 17 e 19). .

6 Em 2007, no documento de lançamento do PAC:
“O Brasil iniciou, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um novo modelo de desenvolvimento econômico e social. Projeto que combina crescimento econômico com distribuição de renda e proporciona a inclusão de milhões de brasileiros e brasileiras no mercado formal de trabalho e na sociedade de consumo de massa. (...) Para crescer mais, de forma sustentável, é preciso aumentar a taxa de investimento da economia brasileira. Assim, o presidente Lula lança, neste início de seu segundo mandato, o Programa de Aceleração do Crescimento” (Brasil, presidência, 2007, PAC, versão para a imprensa, pp. 1-2). .

7 A estrategia de desenvolvimento enunciada pelos governos Lula e Dilma como esquema analítico para organizar a reflexão sobre desenvolvimento social e econômico Estratégia nos campos social e econômico (Tal como expressa nos documentos de “Avaliação do PPA”, anos-base de 2012 e 2013), Avanços Insuficiências/ problemas “Universalizar e institucionalizar os direitos da cidadania, realizar a inclusão social das parcelas menos favorecidas da população e a melhoria na distribuição de renda” “Praticar uma macroeconomia e um financiamento para o desenvolvimento, garantindo os objetivos de estabilidade macroeconômica e de crescimento com redistribuição de renda” “Dar curso e velocidade às três frentes de expansão em ação na economia: Crescimento com redistribuição de renda por produção e consumo de massa; Infraestrutura econômica e social Atividades intensivas em recursos naturais” “Potenciar as três frentes de expansão Com encadeamentos produtivos Com educação, C&T, inovação “ 7

8 Balanço no campo social
Avanços extraordinários nos três mandatos Problemas enormes por enfrentar

9 TABELA 1 - INDICADORES DE BEM-ESTAR: Trabalho e renda, 2002, 2006, 2010 e 2013 (valores a preços de 2013) 2002 2006 2010 2013 TRABALHO E RENDA Salário mínimo (2002=100) 100 127 157 175 Salário médio (PME-IBGE) (2002=100) 107 123 134 Média da renda domiciliar per capita (2002=100) 50% de domicílios de menor renda 124 155 179 50% de domicílios de maior renda 110 136 Taxa de desemprego metropolitano (PME-IBGE) 11,7 10,0 6,7 5,4 Número de pessoas com vínculos formais de trabalho (milhões – RAIS/MTE) 28,7 35,2 44,1 48,2 Número de beneficiários de seguro desemprego 4,8 6,1 8,1 8,4

10 TABELA 1 - INDICADORES DE BEM-ESTAR: previdência 2002, 2006, 2010 e 2013 (valores a preços de 2013)
PREVIDÊNCIA Numero de beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, RGPS (milhões) 18,9 21,6 24,4 27,0 Valor médio real por beneficiário (2002=100) 100 131 146 154 Valor real total dos benefícios (2002=100) 149 188 221

11 TABELA 1 - INDICADORES DE BEM-ESTAR: assistência 2002, 2006, 2010 e 2013 (valores a preços de 2013)
ASSISTENCIA BPC e RMV Número de beneficiários (milhões) 2,3 2,9 3,7 4,2 Valor médio real por beneficiário (2002=100) 100 127 157 175 BOLSA FAMÍLIA Número de famílias beneficiadas 3,6a/ 11,0 12,8 14,1 Valor médio real dos benefícios (em R$ de 2013) - 81.7 105.4 141.8

12 TABELA 1 - INDICADORES DE BEM-ESTAR: Gastos sociais, distribuição de renda, taxa de pobreza :2002, 2006, 2010 e 2013 (valores a preços de 2013) 2002 2006 2010 2013 GASTO COM POLÍTICAS SOCIAIS NO ORÇAMENTO DA UNIÃO (% PIB) 12,7 14,1 14,6 16,8 DISTRIBUIÇÃO DE RENDA ( COEFICIENTE DE GINI, FAMÍLIAS) 0,59 0,56 0,54 0,53 TAXA DE POBREZA (% de pessoas com renda familiar média abaixo da linha de pobreza e de extrema pobreza) Pobres 34,4 26,8 19,9b/ 15,9c/ Extremamente pobres 14,0 9,5 6,8b/ 5,3c/

13 TABELA 2 - INDICADORES DE BEM-ESTAR: Saúde, 2002 e 2013
2002 2013 SAÚDE Número de procedimentos ambulatoriais (bilhões) 1, 8 3,8 Número de atendimentos na atenção básica (bilhões) 0,9 1,2 Número de atendimentos na atenção especializada (bilhões) 0,15 0,45 Número de internações eletivas (milhões) 1,5 2,2 Mortalidade infantil ( por 100 mil crianças nascidas) 26,1 14,6 Esperança de vida ao nascer (anos) 70,3 74,5

14 TABELA 2 - INDICADORES DE BEM-ESTAR: Educação, 2002 e 2013
2002 2013 EDUCAÇÃO TAXAS DE FREQUÊNCIA À ESCOLA 4 e 5 anos de idade 61,5 a/ 78,5 b/ 6 a 14 anos de idade 96,1 a/ 98,2 b/ 15 a 17 anos de idade 81,9 a/ 84,2 b/ Matriculas na Educação Profissional de nível médio (milhões) 0,3 0,45 Matrículas na rede pública de ensino superior (milhões) 1,1 1,7 ANOS DE ESTUDO (MÉDIA) DE PESSOAS COM 25 ANOS E MAIS 6,1 7,6 b/ ÍNDICE DE DESENVOLVI-MENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (IDEB) 4ª série ensino fundamental 3,8 (2005) 5,0 (2011) 8ª série ensino fundamental 3,5 (2005). 4,1 (2011) 3ª série ensino médio 3,4 3,7 (2011)

15 TABELA 2 - INDICADORES DE BEM-ESTAR: Desenvolvimento Urbano e Desenvolvimento Agrário, 2002 e 2013
2002 2013 DESENVOLVI-MENTO URBANO Moradias do PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA - 1,5 milhões no período Percentual de pessoas que vivem em condições domiciliares satisfatórias d/ 36,8 (2001) 58,2 (2012) DESENVOLVI-MENTO AGRÁRIO Número de contratos do PRONAF (milhões) 0,9 (safra ) 2,2 (safra )

16 Problemas no campo social : 500 anos de acúmulo de problemas enormes por enfrentar
Grande contingente de trabalhadores informais, salários ainda baixos Infraestrutura social ainda com muita precariedade (em mobilidade urbana, moradia, saneamento básico, etc.); Avanço de mercantilização e privatização de serviços de saúde e educação (como consequência da má qualidade dos serviços públicos) Deterioração do pacto federativo no que se refere a proteção social Alta concentração de renda e de poder, estruturas de dominação relativamente rígidas, poderosos lobbies de empresários (bancos, empreiteiras, imprensa, etc.)

17 Uma síntese sobre a dimensão social do desenvolvimento
Por um lado, podem-se encontrar indicações de que não se desfez a imensa concentração de propriedade e de poder, aumentaram as pressões e o avanço da mercantilização e privatização das políticas sociais, ocorreu captura de fontes de financiamento, o pacto federativo permanece enfraquecido, etc. Por outro, podem-se encontrar evidencias de avanços na direção do fortalecimento das políticas universais, da maior convergência dessas ações com políticas voltadas para o combate da miséria extrema, de consolidação dos avanços institucionais nas políticas de educação e Seguridade Social (saúde, previdência, assistência Social, Segurança Alimentar e Seguro-Desemprego), do estabelecimento de uma política de valorização do salário mínimo, da formalização no mercado de trabalho e da ampliação dos investimentos nas políticas sociais urbanas.

18 Uma síntese sobre a dimensão social do desenvolvimento
A coexistência de tendências contraditórias não deveria surpreender: o momento é de embate entre a afirmação do individualismo de mercado, próprio do neoliberalismo, e a defesa dos princípios da solidariedade e dos direitos, expressos na Constituição de 1988. A clara identificação de uma estratégia de desenvolvimento desejável e viável, em que progressos na economia e na sociedade se façam de forma integrada, fortalece a disputa política e ideológica em favor do projeto de cidadania plena. OBS: Trabalhadores e demais entidades da sociedade civil organizada no campo progressista têm papel central neste momento da história brasileira, na defesa das conquistas (por exemplo : na resistência à ofensiva contra salários e demais condições de trabalho, e na pressão por maiores avanços);

19 Desempenho macroeconômico

20 A estrategia de desenvolvimento enunciada pelos governos Lula e Dilma como esquema analítico para organizar a reflexão sobre desenvolvimento social e econômico Estratégia nos campos social e econômico (Tal como expressa nos documentos de “Avaliação do PPA”, anos-base de 2012 e 2013), Avanços Insuficiências/ problemas “Universalizar e institucionalizar os direitos da cidadania, realizar a inclusão social das parcelas menos favorecidas da população e a melhoria na distribuição de renda” “Praticar uma macroeconomia e um financiamento para o desenvolvimento, garantindo os objetivos de estabilidade macroeconômica e de crescimento com redistribuição de renda” “Dar curso e velocidade às três frentes de expansão em ação na economia: Crescimento com redistribuição de renda por produção e consumo de massa; Infraestrutura econômica e social Atividades intensivas em recursos naturais” “Potenciar as três frentes de expansão Com encadeamentos produtivos Com educação, C&T, inovação “ 20

21 Balanço no campo macroeconômico, versão 2014 : terrorismo é eleitoreiro, sem fundamento
Avanços Problemas Baixa taxa de desemprego, salários em alta Baixa taxa de crescimento nos últimos anos (do PIB e dos investimentos) Inflação sob controle, preços de commodities não deverão pressionar, e impacto inflacionário da desvalorização cambial tende a se dissipar Pressão por recuperação nos preços de energia Melhorias substantivas na relação Dívida líquida/PIB, dívida pública bruta sob controle, Diante das pressões legítimas por aumento do investimento econômico e social, escolhas difíceis têm que ser feitas Elevadas reservas internacionais, boas perspectivas em função de petróleo e commodities Tendência preocupante na Balança de transações correntes (devido à indústria), mas estabilização no período recente)

22 Taxas anuais de crescimento (%) do PIB, da Formação Bruta de Capital Fixo e da produtividade do trabalho PIB a/ 7,4 1,6 2,5 3,7 4,4 2,1 FBCFa/ 7,7 -1,9 1,9 6,8 9,2 2,0 Produtividade b/ Pessoas ocupadas 4,2a/ -0,8 c/ 0,7 1,7 0,5 Horas trabalhadas - 0,2 c/ 2,4d/ 1,2 e/ Fontes: IBGE, Bacha e Bonelli (2001) relativamente a e demais períodos Barbosa e Pessoa (2013); a/ Taxas anuais, b/ médias aritméticas, b/ Taxas anuais médias geométricas ; d/ ; d/ 82-93;; e/ ; e/

23 Tabela 3: Indicadores de desempenho econômico 1999-02, 2003-06, 2007-10, 2011-13
Taxa média de inflação 8.8% 6.4% 5.2% 6.1% Oferta de crédito (em % do PIB) 23,9%a/ 26,8% 40,7 51,3b/ Taxa real de juros ( ex-ante) 10,2% 10,0% 6,6 % 4,2% Dívida líquida do setor público média (em % do PIB) 52.9% 50.3% 41.3% 35.1% Superávit primário médio (em % do PIB) 2.8% 3.5% 2.9% 2.5% Reservas externas médias (em US$ bilhões) 35.8 60.5 225.3 361.3

24 Cambio, IPCA e Commodities
CAMBIO E INFLAÇÃO Preço de commodities não tendem a pressionar como antes Cambio, IPCA e Commodities Termos de troca ainda estão em patamar elevado. Apesar de estarem 7,3% abaixo do pico atingido em novembro de 2011, os termos de troca ainda estão em patamar elevado, considerando os últimos 36 anos. A queda nas exportações de petróleo e seus derivados, compensada em parte pelo aumento nas vendas de milho, soja e açúcar (produtos de menor valor), explica parte da queda dos termos de troca. Fonte: BCB, FMI, IBGE.

25 Transações Correntes Acumulado em 12 meses (US$ bilhões e % do PIB)
Déficit se estabilizou desde outubro de 2013 – 3,5% do PIB Transações Correntes Acumulado em 12 meses (US$ bilhões e % do PIB) US$ bilhões % do PIB Como proporção do PIB, o déficit também está estável em torno de 3,6% desde agosto de 2013, após acentuado crescimento entre setembro de 2012 e agosto de 2013. A estabilização do déficit está em linha com o ritmo da atividade econômica Fonte: BCB

26 A estrategia de desenvolvimento enunciada pelos governos Lula e Dilma como esquema analítico para organizar a reflexão sobre desenvolvimento social e econômico Estratégia nos campos social e econômico (Tal como expressa nos documentos de “Avaliação do PPA”, anos-base de 2012 e 2013), Avanços Insuficiências/ problemas “Universalizar e institucionalizar os direitos da cidadania, realizar a inclusão social das parcelas menos favorecidas da população e a melhoria na distribuição de renda” “Praticar uma macroeconomia e um financiamento para o desenvolvimento, garantindo os objetivos de estabilidade macroeconômica e de crescimento com redistribuição de renda” “Dar curso e velocidade às três frentes de expansão em ação na economia: Crescimento com redistribuição de renda por produção e consumo de massa; Infraestrutura econômica e social Atividades intensivas em recursos naturais” “Potenciar as três frentes de expansão Com encadeamentos produtivos Com educação, C&T, inovação “ 26

27 As frentes de expansão e seus “turbinadores” avanços e dificuldades
. As frentes de expansão e seus “turbinadores” avanços e dificuldades

28 As frentes de expansão e seus “turbinadores”
A evolução recente da formação bruta de capital fixo e a taxa requerida de investimento; As três frentes de expansão desde meados dos anos 2000: crescem em simultâneo, são parte de um novo padrão de desenvolvimento A disputa entre impulsos e freios aos investimentos Questão geral: investimento no atual marco regulatório pós-reformas neoliberais Impulsos Freios 4. O desafio maior : indústria de transformação e a inovação;

29 . Primeira parte A evolução recente da formação bruta de capital fixo e a taxa requerida de investimento

30 OBS: causalidades à gosto de cada autor
TRILOGIA BÁSICA DO DESENVOLVIMENTO A MÉDIO E LONGO PRAZOS: PIB, INVESTIMENTO E PRODUTIVIDADE (FORTEMENTE CORRELACIONADOS) PIB PRODUTIVIDADE PIB INVESTIMENTO INVESTIMENTO PRODUTIVIDADE OBS: causalidades à gosto de cada autor

31 Taxas anuais de crescimento (%) do PIB, da Formação Bruta de Capital Fixo e da produtividade do trabalho PIB a/ 7,4 1,6 2,5 3,7 4,4 2,1 FBCFa/ 7,7 -1,9 1,9 6,8 9,2 2,0 Produtividade b/ Pessoas ocupadas 4,2a/ -0,8 c/ 0,7 1,7 0,5 Horas trabalhadas - 0,2 c/ 2,4d/ 1,2 e/ Fontes: IBGE, Bacha e Bonelli (2001) relativamente a e demais períodos Barbosa e Pessoa (2013); a/ Taxas anuais, b/ médias aritméticas, b/ Taxas anuais médias geométricas ; d/ ; d/ 82-93;; e/ ; e/

32 Taxa de Investimento : 2003-2013 (preços constantes de 2000) -

33 . Qual a taxa de investimento requerida para uma expansão de, digamos, 4 a 5 pontos percentuais ? Em que nos ajuda a série histórica ? Em que nos ajuda a comparação internacional ?

34 Taxa de investimento : 1971-2013 Preços correntes

35 Taxa de Investimento (preços constantes de 2000) - 1971-2013

36 Consumo das Famílias e Investimento
DESDE O PAC, O INVESTIMENTO É O PRINCIPAL MOTOR DO CRESCIMENTO, IMPULSIONADO PELO SETOR PÚBLICO (OBS: slide apresentado por Dweck, agosto de 2014) Consumo das Famílias e Investimento Esta garantia de recursos para o investimento público retomou a extrema importância o papel do investimento que transformou-se no grande motor do crescimento sólido que o Brasil está vivendo. Mesmo com todo o aumento do consumo, impulsionado pela elevação à classe média de parte considerável da população brasileira, os investimentos mantiveram um comportamento ainda mais vigoroso a partir do PAC. Os investimentos no Brasil cresceram mais do que o dobro do ritmo de crescimento do PIB, tornando-se um dos principais impulsionadores do crescimento econômico. Levando a um aumento de quase quatro pontos percentuais da taxa de investimento brasileira. Neste cenário, foi importante o papel do investimento público, focado em infraestrutura, diminuindo gargados ao crescimento econômico e incentivando a produção e o investimento privado. Assim, o maior espaço dos investimentos nos gastos públicos permitiu desenvolver: • Programa de Aceleração Crescimento – PAC • Programa Minha Casa, Minha Vida • Investimentos necessários para: Exploração do Pré-Sal Copa do Mundo de Futebol 2014 Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016 Como resultado, desde o início do PAC, o investimento público ampliou em 50% a sua participação no PIB, enquanto as transferências a estados e municípios para investimento dobraram a sua participação. Cabe lembrar que isto ocorreu mesmo com o PIB crescendo de forma acelerada neste mesmo período. Índice 2004 = 100 Fonte: IBGE

37 Investimento público (preços de 1995)
(OBS: slide apresentado por Dweck, agosto de 2014)

38 .BNDES : desembolso anual em % do PIB

39 Taxa de investimento (OBS: Gráfico elaborado por Nilson Teixeira, Crédit Suisse, 2013)

40 Taxa de investimento (OBS: Gráfico elaborado por Nilson Teixeira, Crédit Suisse, 2013)

41 Taxa de investimento em construção civil (OBS: Gráfico elaborado por Nilson Teixeira, Crédit Suisse, 2013)

42 Taxa de investimento em equipamentos e em construção no período 2004-2013
A taxa de crescimento do investimento em equipamentos foi, no período , cerca de duas vezes superior à do investimento em construção (em média, 9% anuais contra 4,8% anuais); É bem provável que isto tenha sido resultante principalmente do menor crescimento do investimento em construção residencial, restando confirmar se nos anos repetiu-se o fraco desempenho que comprovadamente o mesma teve nos anos 2000; (Vale notar que o investimento de famílias (majoritariamente em residências) pesa cerca de 25% do total da formação bruta de capital fixo da economia, e quase não contém máquinas e equipamentos); Isto também ajuda a explicar que a expansão do investimento do setor privado tenha sido inferior à do setor publico no período , já que o investimento em construção residencial é privado.

43 Mais 3 a 4 % seriam suficientes para um crescimento de 4 a 5 %?
O número é intuitivo, é razoável, mas não há como se saber ao certo ADVERTENCIAS  Há muitas dúvidas sobre a correção dos dados do IBGE sobre formação bruta de capital fixo, muito especialmente no que se refere a “construção” (a parte referente a equipamentos não tem suscitado dúvidas); A comparação internacional que ajuda a referida percepção deve ser tomada com cuidado porque a forma de contabilizar investimento varia de país para país; O mais importante: Uma correta aproximação a “cenários” sobre “taxas de investimento requeridas” exige : Construir um mapa de alternativas de composição do crescimento por setor de atividade da economia; Conhecer o estoque de capital existente e a taxa de reposição do mesmo.

44 . Segunda parte As três frentes de expansão desde meados dos anos 2000

45 A estrategia de desenvolvimento enunciada pelos governos Lula e Dilma como esquema analítico para organizar a reflexão sobre desenvolvimento social e econômico Estratégia nos campos social e econômico (Tal como expressa nos documentos de “Avaliação do PPA”, anos-base de 2012 e 2013), Avanços Insuficiências/ problemas “Universalizar e institucionalizar os direitos da cidadania, realizar a inclusão social das parcelas menos favorecidas da população e a melhoria na distribuição de renda” “Praticar uma macroeconomia e um financiamento para o desenvolvimento, garantindo os objetivos de estabilidade macroeconômica e de crescimento com redistribuição de renda” “Dar curso e velocidade às três frentes de expansão em ação na economia: Crescimento com redistribuição de renda por produção e consumo de massa; Infraestrutura econômica e social Atividades intensivas em recursos naturais” “Potenciar as três frentes de expansão Com encadeamentos produtivos Com educação, C&T, inovação “ 45

46 Três frentes de expansão ampliados a cinco grupos
Infraestrutura Geral (exclusive residências/famílias); Infraestrutura de famílias (Residências) Recursos naturais (incluindo agroindústria de alimentos e celulose) Consumo de massa (serviços e bens industriais de consumo) Encadeamentos industriais para todos as frentes de expansão : Bens de capital e bens intermediários

47 Composição do investimento (%) Taxas médias de crescimento (%)
Investimento nas frentes de expansão : Composição (2008) e taxa de crescimento do Investimento (em %) preços constantes de 2000 Composição do investimento (%) Taxas médias de crescimento (%) 2008 Infraestrutura 29,1 10,0 Recursos naturais 18,1 Consumo de massa 20,4 Bens de capital e intermedários 10,2 12% TOTAL 100,0 10% Memos : Indústria de transformação 21,5 10,3%

48 Taxas de crescimento do investimento nas frentes de expansão no ciclo 2004-2008
Total = 10 % ao ano, as três frentes= 10% ao ano, Infraestrutura = 10% ao ano Geral (exceto residências) 16% ao ano Residências 3,4% ao ano; Recursos naturais = 10 % ao ano (agroindústria 9,5% ao ano) Consumo de massa = 10% ao ano Bens não duráveis de consumo = 8,7% ao ano Bens duráveis de consumo = 9,8% ao ano Serviços = 10,8 % ao ano Bens de capital e bens intermediários = 12 % ao ano Bens de capital = 13,1 % ao ano Bens intermediários = 10,9% ao ano Memo : (Indústria de transformação = 10,3 % ao ano) Investimento publico =12% (privado 9%)

49 Algumas perguntas sobre tendências desfavoráveis nas frentes de expansão
1) Investimentos em recursos naturais : Com propriedade estrangeira ( e crescentemente chinesa)? Destruidora da natureza ? Com geração de “renda da terra” em favor dos acionistas; De tipo “ enclave”, sem encadeamentos produtivos locais e sem progresso técnico promovido nacionalmente ? 2) Investimento em infraestrutura sem encadeamentos produtivos ? Sem ocorrência de inovações ? Com taxas de retorno muito altas (e tendência a aumento nas tarifas ? 3) Consumo de massa no Brasil e produção em massa na China ? 4) Como aumentar a taxa de investimento ? 49

50 Terceira parte Diagnóstico de Impulsos e freios aos investimentos
. Terceira parte Diagnóstico de Impulsos e freios aos investimentos

51 A QUEDA DE BRAÇO ENTRE FREIOS E IMPULSOS AOS INVESTIMENTOS NAS FRENTES DE EXPANSÃO .
Advertência: menor propensão a investir no atual marco regulatório pós-reformas neoliberais Impulsos Freios Aos investimentos autônomos Aos investimentos induzidos

52 .Baixa propensão a investir no atual marco regulatório (pós-reformas neoliberais de Collor e FHC ) ?
A liberalização comercial reduziu a rentabilidade e aumentou os riscos e as incertezas para investimentos em expansão e diversificação produtiva nos setores de bens “tradables”; A privatização significou maiores exigências de rentabilidade e maior aversão a riscos e incertezas; A liberalização financeira e a volatilidade nos fluxos de capitais geraram grande instabilidade macroeconômica, que reduziram a confiança do investidor. A “financeirização” desloca sistematicamente recursos do setor produtivo para a atividade especulativa e o rentismo; A retração do Estado fragilizou a capacidade do setor público de coordenar e de realizar investimentos em infraestrutura e de por em marcha blocos integrados de expansão multi-setorial;

53 Impulsos .

54 Cinco conjuntos de impulsos (reais e/ou potenciais) ao investimento nas três frentes de expansão
As frentes de expansão permanecem ativas, apesar de sua desaceleração recente; Inexistem barreiras estruturais ao crescimento em médio prazo (energia abundante, divisas sob controle, boa disponibilidade de força de trabalho, etc.); O estado geral da macroeconomia é bastante razoável (inflação sob controle, baixa relação entre dívida pública e PIB e entre déficit externo e exportações etc.); Há inédita capacidade de mobilizar recursos de longo prazo, públicos e privados: espaço fiscal, BNDES, Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil (BB), Fundos de pensão, espaço de emissão primária de ações e debêntures, no Brasil e no exterior; Estão em operação instrumentos importantes que podem estar ajudando a evitar maiores quedas na taxa de investimento, nas atuais circunstancias de baixa expansão do PIB e de dificuldades da economia mundial (PAC, PBM, etc.)

55 Freios (reais e/ou potenciais) aos investimentos
Em infraestrutura Em recursos naturais  Em consumo de massa

56 Alguns freios (reais e/ou potenciais) ao aumento nos investimentos em infraestrutura (geral e residencial) Contenção fiscal; Dificuldades do setor público (para realizar pré-investimento, acelerar e fiscalizar licitações, contornar obstruções legais (ambientais, “judicialização”, etc.); Inadequada oferta de serviços de construção civil (Queda de braços por preços entre governos e firmas, margens elevadas e problemas financeiros nas firmas na construção residencial, etc.) Debilidade do mercado de crédito em longo prazo, e pouca acessibilidade de população de baixa renda para construção residencial; Problemas ficanceiros nas empresas publicas do setor elétrico Outros: vide discussões e conclusões do 10º Congresso da Fisenge

57 Freios reais e/ou potenciais aos investimentos em recursos naturais
Desaceleração da demanda internacional; Outros: vide discussões e conclusões do 10º Congresso da Fisenge

58 Freios (reais e/ou potenciais) aos investimentos em bens e serviços de consumo de massa : restrições internas e externas

59 Três restrições internas
1) Retrocesso na quebra de tendência dos anos relativamente à dos vinte e poucos anos prévios Memória de mais de vinte anos de baixo crescimento ( ) tornaram cauteloso (“preguiçoso”) o acelerador (os “animal spirits” tardam a se recuperar). O período foi o primeiro ciclo sustentado de expansão desde 1980, e em seus últimos anos a “queda de braços” parecia estar sendo ganha pelos impulsos favoráveis ao investimento, sobrepujando-se aos freios; mas a confiança do investidor sofreu dois golpes: Em 2008 um primeiro golpe com a crise mundial, parcialmente contornado em 2010; Um segundo a partir em 2011, com queda abrupta do crescimento, recorrentes sinais de cautela fiscal e monetária por parte do próprio governo (2011, 2013 e 2014) diante de supostas pressões inflacionárias;

60 Três restrições internas
2) Taxas de juros de curto prazo permanentemente estratosféricas, e percepção de taxas de cambio persistentemente apreciadas. 3) Percepção de inevitabilidade de políticas macroeconômicas restritivas em 2015 (por conta de ajuste de tarifas de energia (petróleo e elétrica), e de continuidade de efeito inflacionário de recente desvalorização do cambio;

61 Três restrições externas (atuantes especialmente sobre os investimentos em bens industriais)
“Revolução” de queda de preços no mercado mundial, desde aproximadamente o início dos anos 2000, provocada pela engrenagem sino-asiática de produção que combina baixos salários, significativos aumentos de escala e forte introdução de progresso técnico, comandada por China, Japão e Coreia do Sul; adicionalmente Menor expansão do comercio mundial a partir de 2008, e formação de grande capacidade ociosa mundial, especialmente na indústria de transformação; Restrição externa/interna: Efeito de confirmação de baixa competitividade na indústria de transformação: Baixo investimento em expansão, modernização e inovação (examinado adiante) gera estagnação na produtividade e consequente ampliação da brecha de produtividade e competitividade no setor cm relação ao resto do mundo, formando circulo vicioso de estagnação;

62 . Quarta parte Grande desafio : encadeamentos com setor industrial e inovação (os turbinadores dos três motores) não estão operando a contento

63 A estrategia de desenvolvimento enunciada pelos governos Lula e Dilma como esquema analítico para organizar a reflexão sobre desenvolvimento social e econômico Estratégia nos campos social e econômico (Tal como expressa nos documentos de “Avaliação do PPA”, anos-base de 2012 e 2013), Avanços Insuficiências/ problemas “Universalizar e institucionalizar os direitos da cidadania, realizar a inclusão social das parcelas menos favorecidas da população e a melhoria na distribuição de renda” “Praticar uma macroeconomia e um financiamento para o desenvolvimento, garantindo os objetivos de estabilidade macroeconômica e de crescimento com redistribuição de renda” “Dar curso e velocidade às três frentes de expansão em ação na economia: Crescimento com redistribuição de renda por produção e consumo de massa; Infraestrutura econômica e social Atividades intensivas em recursos naturais” “Potenciar as três frentes de expansão Com encadeamentos produtivos Com educação, C&T, inovação “ 63

64 Grande desafio Encadeamentos com a indústria de transformação: embora o investimento fixo tenha crescido muito, tem sido em modernização, e não em expansão, diversificação e inovação); Inovação : as taxas de inovação permanecem muito aquém do desejado ( investimento em inovação continua baixo)

65 Indústria : Dois enigmas
Boa expansão dos investimentos, e pelo que mostram algumas fontes (por confirmar), boa rentabilidade nos anos 2000, (embora declinante nos anos mais recentes); mas expansão da oferta bem aquém da demanda, e “avalancha importadora” Crescimento razoavelmente rápido do VA e do investimento, mas baixo aumento na produtividade

66 Variação na balança comercial : 2008/2005
Taxas anuais médias de expansão do valor adicionado, dos investimentos e da produtividade na indústria de transformação, 2008/2003 (a preços de 2000) , e variação na balança comercial entre 2003 e 2008 (US$ bilhões correntes) Variação anual média Variação na balança comercial : 2008/2005 (US$ bilhões) VA % FBCF % Produtividade Bens intermediários 3,3 10,9 -3,2 -20,9 Bens não duráveis de consumo 8,7 -1,2 -5,8 Agroindústria 2,5 9,5 1,7 -7,4 Bens duráveis de consumo 7,4 9,8 2,0 -11,1 Bens de capital 8,1 13,1 -0,9 -20,2 Total 4,0 10,3 -0,8 -65,4 Fontes Miguez et al. (2013) e Bielschowsky, Squeff e Vasconcelos (2014).

67 Hipótese para o primeiro quebra-cabeças :
Tem havido razoável investimento em modernização, mas pouco investimento em expansão, diversificação e inovação.

68 Os determinantes básicos do investimento na indústria
O patrimônio que é fruto nos investimentos já realizados, já enraizados, produz boa rentabilidade, e corre baixo risco. Em sua maior parte já se encontra financeiramente amortizado. Por isto, fecham-se poucas fábricas. É bom negocio investir em sua modernização, e isso tem sido feito. A rentabilidade esperada sobre novos investimentos é baixa, frente aos riscos e à percepção de incertezas. Por isso abrem-se poucas fábricas, e ampliam-se pouco as existentes.

69 Os dois ciclos de modernização
Primeiro ciclo, confirmado : anos (Bielschowsky, 1998); “Ainda que os segmentos mais dinâmicos tenham estendido o investimento além da modernização, esse foi o movimento mais importante e generalizado (...). O processo foi viabilizado pelo fato de o investimento em modernização se caracterizar por alto rendimento, porquanto eleva a eficiência de todo o estoque de capital preexistente”. Segundo ciclo, anos (ou ) (Bielschowsky. Squeff e Vasconcelos); mesma natureza do primeiro, forte indicação devido a aumento do coeficiente de importação simultâneo a aumento nos níveis de utilização de capacidade. A conclusão se alinha com a que chegaram Kupfer e Laplane (2010), ao analisarem, três anos atrás, os investimentos nos anos 2000: “A reticência na imobilização de capital em ativos de maior prazo de retorno é uma marca do sistema empresarial brasileiro, fortalecida durante os longos anos de instabilidade que sucederam as crises dos juros e da dívida na virada dos anos 1980”.

70 Segundo de dois “enigmas” : como entender queda na produtividade industrial, apesar de boa expansão do VA e do investimento ? Algumas hipóteses : As estatísticas de produtividade das contas nacionais são ruins (talvez a boa seja a da PIM, que mostra aumento de cerca de 15% no período 2004 a 2008); Já não se consegue mais adicionar produtividade às plantas herdadas do PND II (diferentemente do que ocorreu nos anos 1990). É preciso investir em expansão, diversificação e inovação, para obter aumentos significativos de produtividade, não basta “modernizar”. David Kupfer : há rendimentos decrescentes de escala porque as empresas mantêm suas plantas menos produtivas desligadas, e ocupam a capacidade quando o produto expande. OBS: São necessários engenheiros e tecnólogos para entender o estranho comportamento da produtividade no período, e realizar uma boa radiografia das operações produtivas, e do tipo de investimento realizado

71 A modo de conclusão Como expandir e diversificar a industria
A modo de conclusão Como expandir e diversificar a industria? Com que orientação geral e com que políticas (macroeconômicas e industriais) ? 71

72 A PERGUNTA-CHAVE SEGUINTE É : O QUE OCORRE COM RENTABILIDADE, RISCOS E INCERTEZAS QUE TORNA OS INVESTIMENTOS EM EXPANSÃO, DIVERSIFICAÇÃO E INOVAÇÃO TÃO BAIXOS ? HIPÓTESE: A QUEDA DE BRAÇO ENTRE IMPULSOS E FREIOS AO INVESTIMENTO ESTÁ SENDO GANHA PELOS FREIOS 72

73 Duas propostas problemáticas
Desvalorização cambial radical (Bresser Pereira-FGV-SP) Neoliberais Inserção em cadeias globais de valor (sem identificação de conteudo e de forma); Aumento de concorrencia por queda de tarifas (desconsiderando que X e M quadruplicaram, que tarifas apenas substituiram cambio, e ignorando possivel reapreciação cambial). 73

74 Como expandir e diversificar a industria
Como expandir e diversificar a industria? Com que orientação geral e com que políticas (macroeconômicas e industriais) ? 74

75 Nossa orientação geral para a “reindustrialização”
Admitir a baixa viabilidade de modelo exportador (ilusão de inserção em “cadeias produtivas globais”) e confirmar o uso de um modelo de crescimento pelo mercado interno, com exportações incentivadas, e alimentadas pelas escalas para mercado interno (“growth-led export”). Admitir a baixa viabilidade de modelo exportador (ilusão de inserção em “cadeias produtivas globais”); Aumentar rentabilidade e diminuir riscos dos investimentos em “greenfield” (ou em expansão considerável das plantas produtivas existentes), e com incentivos poderosos especialmente aos investimentos que promovem diversificação da produção em setores tecnologicamente densos e em inovação; Faze-lo também com os incentivos macroeconômicos corretos, na equação juros-cambio 75

76 Políticas macroeconômicas
Reduzir a sensação de incertezas (“elevar o animal spirit”) – eliminar a memoria do baixo crescimento - com consistência e estabilidade nas políticas de crescimento. Cambio: combinando competitividade a salario real alto. Piso (de 2,40, para começar) com flutuação suja, mas evitando excesso de desvalorização. porque isso traria mais inflação e afetaria os salários reais e a distribuição de renda, base do modelo de crescimento por produção e consumo de massa, com orientação de mercado interno. Compensar setores carentes em matéria de cambio com outros incentivos. Ampliação do crédito de longo prazo com juros competitivos com o do resto do mundo (adotar juros reais norte-americanos, chineses e japoneses); Redução drástica dos juros sobre o capital de giro, “campeôes mundiais” na categoria; Firmeza na expansão dos investimentos em infraestrutura e petróleo, que são uma responsabilidade publica, mesmo quando são executados por empresas privadas (e são criadores de externalidades, de redução de custo-Brasil, além de forte demandantes de bens industriais); 76

77 Políticas industriais : incentivos direcionados ao investimento fixo nos encadeamentos ausentes ou fragilizados Eleger as prioridades da politica industrial : a velha formula de observar o BP ajuda : o buraco é em partes/peças/componentes e em fármacos (onde reside o grosso do progresso técnico global) mas é também na petroquímica (e na redução do saldo da siderurgia ). É preciso diferenciar as políticas para os cerca de 10% do total do PIB e da FBCF brasileiro que precisam disso, em sua maior parte “muito tradables” da indústria de transformação. Incentivos ficais e credíticios ( PBM, PSI, etc) diferenciados em favor do investimentos e das exportações, especialmente dos que se destinam a expansão, diversificação e inovação (e preferencialmente aos que se destinam à produção e às vendas correntes); Encomendas publicas em proporções bem mais significativas, ordenadas e previsíveis do que as atuais; 77

78 Políticas industriais : ampliação radical da taxa de inovação
Implementação de parcerias entre setor público e setor privado no campo da tecnologia, inclusive com identificação e incentivos aos nichos de mercado mundial para inovações brasileiras (agenda tem que ser verticalíssima, com eleição de setores e parceiros que possam se tornar ganhadores no mercado nacional e mundial). Ampliação radical do mecanismo de contratos de risco.: Tratamento tem que ser vertical, caso a caso, com aceno de politicas integradas de recursos financeiros, encomendas estatais, e incentivos creditícios e fiscais. 78

79 Provocação final Quanto custa reindustrializar, e que benefícios de longo prazo traz ? Façamos as contas do aumento necessário da massa de lucro para a indústria de transformação (como % da renda nacional). Busquemos propostas radicais. 79

80 O projeto nacional de desenvolvimento dos governos Lula e Dilma: uma avaliação das dimensões social e econômica Apresentação na FISENGE, Búzios, RJ, Agosto de Ricardo Bielschowsky, IE-UFRJ .

81 Cicero Martins Jr. : Novo paradigma desenvolvimento atrelado com distribuição de renda ? Muitos desafios foram vencidos. Novos desafios surgiram. Um dos gargalos é a falta de projetos. Carlão. Quem conhecia os dados do Mauricio ? Sergio : pais vem se desenvolvendo em foram diferenciada. Apesar disso os analistas politicos teem feito diagnostico de pontos de estrangulamento, seja avançando mais seja voltando ao neoliberalismo. Como explicar a convergência de analise de estrangulamento ? Fanini : Regime de metas de inflação. Inflação. Juros elevados. Produz recessão. 3 trilhoes. Mauricio : novos investimentos determinados a partir de antigos; investimento puxa investimento Goulart: Investimento do milagre econômica da engenharia. Vamos continuar exportando petróleo bruto ? Setor elétrico está desmantelado ? Mailson : setor elétrico, situação dificil, como vai ser o desenvolvimento para esse novo cenário posto , será a partir do regional ou será centralizado ? Gilson : Taxa de investimento em e saúde educação e outras areas , Não ve refletido na ponta. Como está na saude ? Provoca instisfação. Qualidade de ensino. Codigo de mineração com insatisfação. Pais parado em relação à mineração. Luis Carlos : além da energia agua e comida. Mauricio, setor de energia e saneamento. .


Carregar ppt "O projeto nacional de desenvolvimento dos governos Lula e Dilma: uma avaliação das dimensões social e econômica Apresentação."

Apresentações semelhantes


Anúncios Google