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Semântica Formal Professora Sabine Mendes

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Pós-Graduação em Língua Portuguesa – 1/2011. Semanticistas têm diferentes visões do que seja o significado e de como se constrói a significação. Semântica.

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Apresentação em tema: "Semântica Formal Professora Sabine Mendes"— Transcrição da apresentação:

1 Semântica Formal Professora Sabine Mendes sabine@uva.br

2 (Müller & Viotti, 2003) Semanticistas têm diferentes visões do que seja o significado e de como se constrói a significação. Semântica textual, cognitiva, lexical, argumentativa, discursiva... Nosso foco: semântica formal, da enunciação e cognitiva. A semântica do Garfield.

3 Semântica Formal Relação entre as expressões linguísticas e o mundo.
Propriedade central das línguas – “ser sobre algo” – referencialidade. Condições de verdade. “Há uma flor em minha casa que...”

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5 Condições de verdade “Se não conhecemos as condições em que uma sentença é verdadeira, não conhecemos seu significado”. Descrição de todas as situações em que tal sentença é verdadeira. Relevância: o estudo do processo a partir do qual chegamos ao significado.

6 Produtividade Derivamos significados porque cada parte da sentença contribui de forma sistemática para a construção de um significado. Podemos analisar as línguas naturais composicionalmente (exemplo da linguagem das abelhas). A língua pode ser recomposta infinitas vezes, criando infinitas possibilidades significativas.

7 Exemplos de análise composicional
Um sujeito com um predicado: São Paulo é poluída – descrevemos que o indivíduo sobre o qual o sujeito fala pertence ao conjunto das entidades sobre as quais o predicado fala. Maria gosta de falar com Joana. Inés perdeu o equilíbrio novamente. “Sete Quedas por nós passaram/ e não soubemos amá-las” (Carlos Drummond de Andrade). S {cidades poluídas}

8 Exemplos de análise composicional
Denotação de sentenças coordenadas: São Paulo é poluída e perigosa = São Paulo é poluída e São Paulo é perigosa. Condição de verdade = soma das duas situações introduzidas pelas orações coordenadas. Cidades perigosas Cidades poluídas São Paulo

9 Estrutura sentencial João matou o bandido. O bandido matou João.
Sem atenção à estrutura sentencial, não haveria como diferenciá-las.

10 Denotações - Expressões nominais que representam um indivíduo no mundo: nomes próprios, descrições definidas (“o maior rio do mundo”), pronomes pessoais (eu, vocês, mim) – atribuem propriedade ao indivíduo denotado. O maior escritor brasileiro é inteligente. Indivíduo denotado por 1 {indivíduos inteligentes}. A quarta sinfonia de Beethoven é eterna.

11 Denotações Nada é eterno. Nenhum escritor brasileiro é bonito
Nada não denota conjunto vazio. O conjunto vazio está presente em todos os conjuntos e não impede que a presença de outros. Eterno não pode ser atribuído a nenhuma entidade O conjunto das coisas eternas é vazio. Nenhum escritor brasileiro é bonito Existe uma não-relação. Noção de referência que vai além do falar sobre indivíduos.

12 Relações “silenciosas”
“Sigo perseguindo sonhos que me escapam como borboletas” Condição de verdade: 1)Eu tenho sonhos. 2) Eu persegui sonhos. 3) Eu persigo sonhos. 4) (????)Eu persegui vários sonhos. 5) Os sonhos me escapam. 6) Um sonho já me escapou. 7) (????)Vários sonhos já me escaparam 8) (????)Sou iludida

13 Sentido e referência 1)O organizador do livro “Introdução à Linguística I” é José Luiz Fiorin. 2)O indivíduo que organizou o livro “Introdução à Linguística I” é o indivíduo nomeado pela expressão “José Luiz Fiorin”. 3)José Luiz Fiorin é José Luiz Fiorin. 2 explicita o significado de 1 e 3 teria de ser sinônima de 1. Mas não é assim... 1 é informativa, precisa ser verificada no mundo. 3 é verificável a priori (é óbvia). Qual é o problema? A=a (ok!) – A=b (informação nova).

14 Sentido e referência Não podemos pensar só em que objeto a expressão faz referência no mundo, temos que acrescentar o sentido (Frege). 1)O organizador do livro “Introdução à Linguística I” é José Luiz Fiorin – mesma referência, sentidos diferentes. 3)José Luiz Fiorin é José Luiz Fiorin – mesma referência e mesmo sentido.

15 Sentido e referência 1)Electra ama seu irmão. 2)Orestes é irmão de Electra. 3)Electra ama Orestes. 1)Electra não sabe que o homem na frente dela é seu irmão. 2) Electra sabe que Orestes é seu irmão. 3) O homem na frente de Electra é Orestes. 4) Electra sabe e não sabe que o homem na frente dela é Orestes (?????) Verbos como saber, acreditar, sonhar, imaginar, etc. criam contextos em que a substituição por uma expressão com a mesma referência não é possível. Contextos opacos ou intensionais. - Electra não sabe que o “homem na frente dela” é um modo de representação de seu irmão.

16 Sentido e referência (Martins, 2012)
Toda palavra é composta por letras. Sócrates é uma palavra. Sócrates é composto por letras.

17 Semântica Formal(Martins, 2012)
Tarsky e Frege – modelo matemático de linguagem (pode ser associado à visão chomskiana de língua). Quantificadores: Todos os alunos são inteligentes Todo indivíduo x que é aluno// é inteligente. (∀x: Ax) I x Algum aluno é inteligente Existe um indivíduo aluno// ele é inteligente. (∃ x: Ax) Ix

18 Semântica Formal(Martins, 2012)
Tabela de condições de verdade: O sol está brilhando/O dia está quente/O sol está brilhando e/ou o dia está quente. p q p∧q (conjunção lógica) V F p q p∨q (disjunção lógica) V F

19 (Ilari, 2001) Escolha dos sentidos em referência.
- Maria é o funcionário mais eficiente deste setor. Maria é a funcionária mais eficiente deste setor. Imagine o seguinte resultado eleitoral: Célia – 2512 votos Hildo – 1877 votos José Bolinha -721 Qual a diferença entre dizer que Célia foi o vereador mais votado e Célia foi a vereadora mais votada.

20 Pressuposição Lógica “Frege (1892) observou que existe um tipo de conteúdo em certas sentenças que não é afetado, quando essas sentenças são negadas, ou são colocadas em uma forma interrogativa, ou mesmo como uma condicional antecedendo outra sentença” (Cançado, 2010, p. 2). a. José emprestou o carro dele para Pedro. a'. Não é verdade que José emprestou o carro dele para Pedro. a''. José emprestou o carro dele para Pedro? a'''. Se José emprestou o carro dele para Pedro, Pedro deve estar contente.

21 Pressuposição Lógica (2) a. O João parou de fazer caminhadas. a'. O João não parou de fazer caminhadas. a''. Se o João parou de fazer caminhadas... a'''. O João parou de fazer caminhadas? A pressuposição envolve uma família de sentenças: sua versão afirmativa (oração principal da família), sua versão negativa, sua versão interrogativa e sua versão condicional.

22 Pressuposição Lógica Pré-suposição. Pano de fundo de uma asserção.
Parte do conhecimento partilhado pelo falante e pelo ouvinte. Maria parou de fumar. Implica para o ouvinte e o falante que Maria fumava. Mesmo que a neguemos, ela segue verdadeira Maria não parou de fumar.

23 Hiponímia Alface é hipônimo de vegetal. Televisão é hipônimo de meio de comunicação. (o sentido de um contido no sentido do outro)

24 Acarretamento Noção de hiponímia extendida para sentenças:
1)Suzana continua a amar seu primeiro namorado. 2)Suzana amava seu primeiro namorado. 2 está contida em 1. 2 é hipônima de 1. 1 acarreta 2.

25 Acarretamento A relação de hiponímia pode ser estabelecida entre sentidos. A relação de acarretamento só pode ocorrer entre referências. “Uma sentença acarreta outra sentença se a verdade da primeira garante a verdade da segunda e a falsidade da segunda garante, necessariamente, a falsidade da primeira”.

26 Acarretamento Determina nossos padrões de inferência.
Sabine é professora. Sabine é carioca. Sabine é uma professora carioca. Tico é um pardal. Tico é um ser vivo. Se Tico não for um ser vivo, não é um pardal. O office boy pagou a conta. Há uma conta. Se não há conta, o office boy não a pagou.

27 Pressuposição ou acarretamento? Sentença = Maria fumava.
a) A Maria parou de fumar. b) A Maria parou de fumar? (não acarreta, rompe a preservação da verdade). c) A Maria não parou de fumar. d) Eu lamento que a Maria tenha parado de fumar. e) Se a Maria parou de fumar, então sua saúde deve ter melhorado.

28 Pressuposições e discurso
O Pedro parou de bater na mulher. Mas o Pedro nunca bateu na mulher! Fazer pressuposições e negá-las são maneiras de construir o discurso.

29 Uma piada (Ilari, 2001) Adolfo e Berenice foram amantes quase a vida inteira. Fazia mais de trinta anos que estavam amigados. Estão os dois de noite assistindo televisão quando em uma cena de novela aparece uma cerimônia de casamento: noiva, padrinho, marcha nupcial, etc. Emocionada, ela olha para Adolfo e diz: Olha, meu amor! Que coisa linda é o casamento...Puxa vida, bem que a gente podia se casar, né? Xiii...nestas alturas da vida, quem é que vai querer a gente?

30 Atividade (Ilari, 2001) Todos nós sabemos que o poeta Olavo Bilac é, na literatura brasileira, um dos principais representantes do movimento literário do Parnasianismo, que se apresentou, entre outros aspectos do seu ideário, como uma reação ao romantismo. Suponha que, num concurso público foi proposta a seguinte questão dissertativa. Por que Olavo Bilac é romântico?

31 Atividade (Ilari, 2001) “Não se deixe explorar pela concorrência! Compre na nossa loja!” - Por que essa propaganda é potencialmente prejudicial ao comerciante que a utiliza?


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