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Dra. Juliana Garbayo dos Santos

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Apresentação em tema: "Dra. Juliana Garbayo dos Santos"— Transcrição da apresentação:

1 Dra. Juliana Garbayo dos Santos juliana.dossantos@previdencia.gov.br
SIMULAÇÃO Dra. Juliana Garbayo dos Santos

2 Simulação É a produção intencional de sintomas físicos ou psicológicos falsos ou amplamente exagerados, motivada por incentivos externos (esquivar-se do serviço militar, fugir do trabalho, obter compensação financeira, evadir-se de processos criminais, obter drogas)

3 Super-simulação É o exagero dos sintomas por parte de alguém realmente doente (também chamada simulação parcial) ou criação de novos sintomas não decorrentes da doença.

4 Metassimulação É a persistência, de forma intencional, dos sinais e sintomas após cessado o transtorno real

5 Pré-simulação É a simulação antecipada de uma doença para se beneficiar em uma ação planejada – premeditação / maior capacidade de planejamento do simulador

6 Falsa imputação Atribuição de sintomas reais a uma causa conscientemente sabida como não tendo relação com os sintomas

7 Dissimulação É a tentativa de ocultação ou minimização de sintomas ou transtornos existentes

8 Diagnóstico Motivação Produção de Sintomas Transtorno dissociativo Inconsciente Transtorno Factício Consciente Simulação

9 SIMULAÇÃO-QUANDO SUSPEITAR
O DSMIV-TR sugere que simulação deve ser fortemente suspeitada nas seguintes situações: a) contexto médico legal de apresentação; b) acentuada discrepância entre o sofrimento e/ou a deficiência apontados pelo paciente e os achados objetivos; c)falta de cooperação durante a avaliação diagnóstica e de aderência ao regime de tratamento prescrito; d) presença de TPAS

10 Simulação (Diretrizes)
Diagnóstico do MA divergente da clínica observada ao exame Diagnóstico do MA incompatível com o tempo estimado de recuperação Diagnósticos incompatíveis. Exemplo: CID F20 + F32 Diversidade de diagnósticos em exames conseqüentes (ex: CID F32 para F20, para F40) Somatizações Transtorno informado incompatível com a função laborativa. Ex: F72 e atividade referida de empregada doméstica Persistente ineficácia da medicação e piora contínua das queixas, sem melhora visível Responde a qualquer pergunta formulada esperando o acompanhante responder Quadro clínico existente pela ação medicamentosa

11 Simulação de Doença Mental
Prevalência: dados são imprecisos 1% clínica 5% entre população militar > 20% meio forense (Saddock, 9ª ed) Estudo American Board of Clinical Neuropsychology (2002): 30% para causas trabalhistas e 8% na psiquiatria geral IPUB: 70-80% dos periciandos (90% na opinião de um dos professores)

12 “Falhas”comuns do simulador
Não agrupamento dos sintomas em uma síndrome clínica conhecida (fingem sintomas isolados, reunidos indiscriminadamente) Tendem a escolher os sintomas mais exuberantes do quadro que querem imitar (“todo simulador é um ator que representa uma doença conforme ele a compreende” Ossipov, 1944) Adotam atitudes bizarras e estranhamente grosseiras (parecem mais “loucos”que os doentes reais) Tendem a fornecer respostas lentas e a repetir as perguntas do examinador (querem “ganhar tempo”)

13 Simulação Embotamento afetivo: “o empobrecimento das emoções é extremamente difícil de simular, ao contrário da depressão e da exaltação”.(Duque, 2004) Além disso, por seu caráter pouco efusivo, não costuma ser escolhido pelo simulador Má higiene pessoal não costuma ser escolhida (embora possa ser facilmente produzida) Choro durante a entrevista, ansiedade, agitação: muito escolhidos pelos simuladores, facilidade de imitação

14 Simulação Alucinações visuais: raras entre os esquizofrênicos, são populares entre os simuladores Alucinações auditivas: sintoma mais relatado tanto por psicóticos reais como por simuladores. Pesquisar: conteúdo, clareza, altura, nitidez, duração, frequencia, continuidade, número de vozes, tom, discurso na segunda ou terceira pessoa, dentro ou fora da cabeça, reação ás vozes etc (Resnick, 2000) Alucinações SQZ: intermitentes (85%), exteriores (88%), masculinas/femininas (75%), discurso ininteligível em apenas 7% das vezes, acusatórias (1/3), 30% respondem às vozes, diminuem quando se ocupa com outras atividades

15 Dicas Manter a neutralidade. Evitar mostrar desconfiança (ele vai ficar mais atento a eventuais contradições) e evitar irritação Atentar para a grande quantidade de respostas “não sei” e “não lembro” Fazer perguntas abertas (deixar o examinando falar: observar atenção, forma do pensamento, encadeamento de idéias) Atentar para as respostas aproximadas (vorbereiden):passam “ao lado” da resposta real, mostram que houve perfeita compreensão da pergunta e esforço deliberado para parecer “disparatado”

16 Ex1: Examinador: “Qual o estado civil da sra.?” Segurado: “O que é estado civil?” Examinador: “se a sra. é solteira, casada, viúva...” Segurada: “Eu moro sozinha”

17 Ex.2: Examinador: “Qual o time da cruz de malta?” Periciando: “Flamengo” Ex.3: Examinador: “Quanto é 15-7? P: “7” E; “E 24+7?” P: “30”

18 DICAS Atentar para comportamentos bizarros (ex: vir descalço, vir todo rasgado e despenteado, mas acompanhante está bem cuidado, quer beber água da pia, fazer xixi na sala, fica balançando o corpo para a frente e para trás, não fala nada) Atentar para comportamentos incompatíveis com ausência de IH (Ex: “quebra tudo em casa” X nunca foi internado) Fazer exame físico (marcas de sol, calos nas mãos) Investigar história de IH Obter o máximo possível de dados colaterais (cópia do prontuário - inclusive de outras especialidades, pesquisa na internet, comprovantes de cursos) Não permitir acompanhante na sala (perde fonte de averiguação) Sugerir sintomas improváveis ou absurdos (ex: o sr. já acreditou que os automóveis têm religião?” “Quando esta voz fala com o sr, acontece de seu braço ficar dormente?”)

19 Dicas Esmiuçar todos os sintomas relatados: quando ocorrem, em que hora do dia, o que deflagra, o que melhora, descrição detalhada das características. Exigir detalhes e exemplos do dia a dia Ex; “Não consigo me concentrar em nada” – não aceitar; Averiguar: Em que situações não consegue se concentrar? Exemplos do dia a dia, em que contextos, com que frequência, em qual grau? Confrontar com evidências como notas escolares, avaliações trabalhistas, testes neuropsicológicos Nunca permitir que o examinando controle a entrevista (ex: fale sobre o que vc não perguntou, encerre o exame precocemente saia da sala antes de concluir a perícia). São comuns tentativas de encerrar o exame, especialmente por meio de suposta agitação ou intimidação Aplicar testes neuropsicológicos simples: ex: desenhar relógio marcando 13:50hs, desenhar uma casa, fazer conta simples)

20 Dicas Postura hostil pode ser uma tentativa de minimizar a investigação (fazendo com que o perito se desconcentre e queira terminar logo o exame) Fazer entrevistas longas, prolongar ao máximo o exame. O tempo está a favor do perito (“simular dá trabalho e cansa”) Usar o silêncio, especialmente em entrevistas longas (deixar o simulador desconfortável) Não acuar o simulador Não dizer que ele está mentindo, dizer: “acho que você não me contou tudo ainda” ou pedir para que esclareça as inconsistências

21 Simulação de Amnésia Qual a razão do déficit de memória? (TCE, hipóxia, demência, medicamentos, envelhecimento, AVE...) Amnésias anterógradas não interferem com procedimentos automáticos (ex: dirigir, usar talheres, amarrar cadarços – reconhecimento > recordação) Avaliar déficits absurdos (ex: amnésia para dados pessoais, nomes dos filhos, quantas patas tem um cachorro) Testes de fixação (ex: 3 palavras) Oferecer pistas Piora do desempenho quando se informa que é um teste de memória

22 Rey Memory Test A B C a b c О □ Δ

23 Simulação de Convulsões
Ausência da fase tônica Movimentos assincrônicos dos membros durando mais do que poucos minutos Consciência normal Ausência de sintomas prodrômicos Ausência de incontinência urinária Ausência de ferimentos decorrentes das crises Níveis normais de prolactina sérica min após as crises EEG não mostra alterações características Costumam referir refratariedade do tratamento, mas raramente estão em dose plena ou em uso de múltiplas drogas

24 Simulação de Depressão
Simuladores podem ser extremamente detalhistas nas queixas de se sentir triste e deprimido e de não dormir Alterações do apetite e do peso, descuido com aparência e falta de vaidade pessoal costumam estar ausentes Descrito simuladores que recusaram alimentação por meses Ausência de bradipsiquismo (lentificação do pensamento e inibição psicomotora), ômega melancólico, postura depressiva, flutuação cicardiana dos sintomas

25 “Falhas” na simulação nas Psicoses
fluente descrição dos sintomas X retraimento / empobrecimento verbal abertura imediata dos delírios X suspicácia Alucinações dramáticas com conteúdo bizarro “característico de filmes de ficção científica” Alucinações constantes Ausência de relutância em admitir a doença / insight Ausência de ef. colaterais (parkisonismo, obesidade) Alterações bizarras do conteúdo sem alterações da forma Início súbito de idéias delirantes Ausência de sintomatologia negativa Histórico de IH, uso de diversos esquemas terapêuticos

26 TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
Resposta a uma situação estressante, de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica, e que provocaria sintomas evidentes de perturbação na maioria dos indivíduos. “Aflição dos impotentes” (desastre / atrocidade – impotência) Os sintomas típicos incluem a repetição do evento traumático sob a forma de lembranças invasivas ("flashbacks"), de sonhos ou de pesadelos; Estado de "anestesia psíquica" , embotamento emocional, retraimento social, indiferença ao ambiente, anedonia, evitação de atividades que lembrem o e evento, hiperatividade neurovegetativa, hipervigilância, estado de alerta, insônia, ansiedade, depressão, ideação suicida O período que separa o evento do início do transtorno pode variar de 3 semanas a 6 meses A evolução é flutuante, mas se faz para a cura na maioria dos casos. Em uma pequena proporção de casos, o transtorno pode apresentar uma evolução crônica durante numerosos anos e levar a uma alteração duradoura da personalidade

27 Simulação de TEPT “É raro encontrar um diagnóstico psiquiátrico que todos gostam de ter. O TEPT parece ser um deles” (Andreasen, 1995)

28 Simulação de TEPT “A condição com maior probabilidade de ser simulada é o TEPT” (Resnik, 1997)

29 Simulação de TEPT Transtorno de fácil simulação (abundante literatura à disposição e sintomas puramente subjetivos) A hipótese de simulação deve ser SEMPRE aventada (Saddock)

30 “Falhas” na simulação do TEPT
Uso de jargões psiquiátricos (“tenho lembranças intrusivas”) Capacidade para atividades de lazer mas não para laborativas Mais declarações espontâneas como “eu tenho TEPT” Ênfase nos sintomas dramáticos(flashbacks e pesadelos) X faltam os sintomas mais sutis e a ansiedade que incapacita para atividades em geral (avaliar incapacidade para o trabalho X inc. para demais atividades (lazer, estudo, idas a fóruns – tenacidade na demanda legal coexistindo com depressão incapacitante) História pregressa de dificuldades no trabalho (avaliar personalidade pré-mórbida) Pesadelos que sempre repetem a mesma cena; (pesadelos do TEPT verdadeiros variam o tema e diminuem em algumas semanas –meses) Pesadelos desacompanhados de movimentos bruscos Respostas evasivas e muitas respostas “não sei”

31 Dicas para o TEPT Avaliar o trauma em si (BO, noticiário, BAM)
Observar sinais de distraibilidade, irritabilidade, hipervigilância Sugerir sintomas incomuns: fala acelerada, menor necessidade de sono, viagens impulsivas

32 “Detectar a simulação é muito difícil para quem pensa que é fácil ou simples” (Cláudio Duque)

33 Referências Malingering. In: Cap.26. Another Conditions that may be a focus of clinical attention.In: Kaplan & Sadock´s Comprehensive Textbook of Psychiatry. 9ª ed. Taborda, Chalub, Abdalla-Filho. Psiquiatria Forense. Cap.6: Simulação (Cláudio Duque) Knoll, James; Resnick, Phillip. The detection of malingered post-traumatic stress disorder. Psychiatric Clinics of North America, 29, 2006.


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