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Vaticano II - Perspectiva Catequética Pastoral Em que consistiu fundamentalmente tal perspectiva pastoral do Concílio? Ela afetou tanto o conteúdo das.

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2 Vaticano II - Perspectiva Catequética Pastoral Em que consistiu fundamentalmente tal perspectiva pastoral do Concílio? Ela afetou tanto o conteúdo das verdades de fé quanto a ousada novidade para um Concílio de tratar de temas pastorais como objeto da sua reflexão, como ele o fez na Constituição Pastoral Gaudium et spes.

3 O impacto pastoral mais forte do Concílio deu-se na compreensão da própria fé. Usando uma expressão recente de Cl. Geffré, trata-se da passagem da perspectiva dogmatista para um paradigma hermenêutico no tratar os conteúdos teológicos.

4 Muda-se a pergunta fundamental. A teologia dogmatista preocupa-se em responder qual é a essência da verdade de fé? É a famosa pergunta latina: quid est? Que é? A resposta pretende estabelecer a verdade na sua consistência essencial, definitiva, fixa, imutável.

5 A teologia dogmatista é abstrata. Imagina um sujeito de fé independente do tempo e do espaço que se satisfaz com respostas ideais. É um sujeito universal. Entre o sujeito e o objeto de fé definido na sua realidade em si não há nenhuma tensão.

6 Apesar de esse sujeito parecer totalmente a-histórico, universal, era na realidade bem histórico e concreto. Habitava e refletia um mundo de economia estável, de política decidida desde a autoridade dominante, de cultura cuja matriz era a estabilidade e regularidade da natureza.

7 Esse sujeito realmente situado no tempo e no espaço, com freqüência ilusoriamente se entendia como universal, contentava-se com as respostas de fé dadas logicamente no interior de um sistema teológico coerente. Estamos em pleno espaço da analogia fidei, em que as perguntas à fé nascem do próprio interior de seu mundo e aí encontram as respostas.

8 A preocupação do Vat II era de estabelecer um diálogo com o pensamento moderno, encontrando novas expressões e interpretações das verdades da fé.

9 Perspectiva pastoral do Concílio Vaticano II: Inserir-se no universo da hermenêutica moderna, retendo a estabilidade de um universal sempre presente em mediações históricas e concretas.

10 É Cristo, a Luz das nações. Descentrou a Igreja de si mesma para centrá-la cristologicame nte.

11 Salto pastoral, ecumênico. É o mesmo Cristo de todas as igrejas cristãs a luz primeira e fundamental de seu mistério. Nele a revelação atinge sua plenitude.

12 Sua base primeira é a condição “laical” e colegial. O termo laical assume nova profundidade. Não se opõe diretamente à realidade clerical. É anterior e base. Na origem etimológica está a palavra “laos”, povo. E todos os membros da Igreja são, antes de tudo, “povo de Deus” pelo ato criativo de Deus que os chamou e pelo batismo que os constituiu historicamente tal. “A Igreja somos nós”.

13 A categoria Povo de Deus permite uma compreensão da Igreja sempre a caminho na história. O povo constrói-se dentro de uma dialética da permanência de uma consciência comum, de uma identidade aberta às novidades que os acontecimentos históricos trazem. Já não cabe entendê-la como uma sociedade perfeita, acabada, nem como uma essência imutável.

14 Traduzindo em termos concretos, as Igrejas particulares se perceberam verdadeiras igrejas e a comunhão entre elas não era comandada pela Igreja de Roma, mas encontrava na comunhão com Roma um sinal de confirmação de sua verdade. Passa-se da ordem meramente jurídica para a simbólica.

15 Deixa-se uma mentalidade vertical para entender em profundidade o sentido original da constituição da Igreja. Nem monarquia, nem democracia, mas colegialidade de serviço inspirada na prática de Jesus.

16 Pela primeira vez na história dos Concílios, a relação Igreja e mundo foi pensada em maravilhosa abrangência. Termina a era do dualismo natural e sobrenatural, sagrado e profano, divino e humano.

17 6 olhares da Igreja pós Concílio 1º - Olhou para a fonte de sua fé, a Escritura lida, pensada, rezada, interpretada ao longo da Tradição no seio da comunidade de fé e para todas as formulações dogmáticas numa perspectiva Cristológica, histórica, evolutiva, hermenêutica. Passa-se de uma compreensão de depósito da fé para uma exegese espiritual, teológica, ecumênica, pastoral, contextual.

18 Um segundo olhar voltou-se para a liturgia. Apenas nos damos conta da maravilhosa transformação por que passou uma liturgia que ficara séculos estratificada, presa à rigidez da língua latina e a uma rubricística escrupulosa. Ela renovou-se pelo reencontro com o mistério pascal, como sua fonte primeira, e partir do qual entendeu a relação visceral entre a Eucaristia e o ser Igreja.

19 Um terceiro espaço diz respeito à valorização da liberdade religiosa num contexto social cada vez mais marcado pela autonomia do sujeito, pelo pluralismo de expressões religiosas.

20 Daí se originaram dois novos olhares, um ecumênico em relação às outras denominações cristãs, outro em direção às diversas tradições religiosas tanto monoteístas quanto de outra origem. Tornou-se hoje o diálogo inter-religioso desafio central para a Igreja.

21 Finalmente o Concílio ampliou seu horizonte a todo o mundo dos não crentes que comungam conosco o horizonte da ética, do compromisso pela justiça e paz. Não escapou ao Concílio nenhum campo do vastíssimo diálogo humano.

22 No deslocamento do eixo eclesiológico A opção pastoral do Concílio Vaticano manifestou-se no deslocamento fundamental no interior da eclesiologia. A constituição dogmática sobre a Igreja intitulou-se Lumen gentium.

23 O Concílio Vaticano II e a Catequese O Concílio Vaticano II, considerado um “novo Pentecostes” da Igreja Católica, desencadeou uma crescente onda renovadora de grande alcance histó- rico para a Igreja, tanto internamente, isto é, ad intra ecclesiae, quanto para fora, isto é, ad extra ecclesiae. E esta renovação foi decisiva para a caminhada da catequese. E isso, apesar de diversas correntes dentro da Igreja, que ou desconhecem o Concílio, ou dele fazem interpretações e aplicações que não se enquadram em sua proposta renovadora, ou simplesmente o rejeitam.

24 E nestes âmbitos todos, evidentemente a catequese é prioritária, como o revelam os Documentos: Christus Dominus (ChD), sobre o ministério dos Bispos; Presbyterorum Ordinis (PO), Optatam Totius (OT), sobre Vida e Ministério dos Sacerdotes e a Formação Sacerdotal; Perfectae Caritatis (PC), sobre Vida Religiosa; Apostolicam Actuositatem (AA), sobre o Apostolado dos Leigos; Orientalium Ecclesiarum (OE), sobre as Igrejas do Oriente; Ad Gentes (AG), sobre a Ação Missionária da Igreja.

25 O documentos-eixo, a Gaudium et Spes (1965), que volta a Igreja para um novo modo de ver e se relacionar com o mundo, abre para a dimensão social, ecumênica e de diálogo religioso da catequese.

26 A catequese recebe forte alimentação de todos os documentos e, ao mesmo tempo, ela subjaz a todo o ensinamento do Concílio, mas de modo especial no espírito renovador que ele motivou, estimulou e deslanchou. Levantemos, porém, rapidamente o que alguns textos conciliares falam explicitamente sobre a catequese, já que, apesar da caminhada dos cincoenta anos desde o Concílio, estas orientações sejam desconhecidas por muitas lideranças da Igreja.

27 O Decreto conciliar Christus Dominus diz, no n. 14, quanto à missão do Bispo: Sejam vigilantes no que diz respeito à instituição catequética, que visa, pela ilustração da doutrina, tornar viva, explícita e atuante a fé entre os seres humanos. Que ela seja ministrada cuidadosamente às crianças e aos adolescentes, como também aos jovens e aos adultos.

28 Observe-se sempre o método mais apropriado, idade e condição de vida dos ouvintes, sempre com base na Sagrada Escritura, na Tradição, na Liturgia, no Magistério e na vida da Igreja Procurem fazer com que os catequistas sejam bem preparados para sua função, conhecendo plenamente a doutrina da Igreja, a psicologia e a pedagogia, tanto prática como teoricamente. Restabeleçam também, na forma mais apropriada, a instituição dos catecúmenos adultos.

29 Elabore-se também um diretório para a instrução catequética do povo cristão, em que se trate dos princípios catequéticos fundamentais, da ordem das matérias e da confecção de livros nesse setor.

30 Que o maior número de irmãos e irmãs adquiram formação de catequistas e sejam preparados para atuar cada vez mais no apostolado.

31 Por sua vez a Dei Verbum, um dos mais importantes documentos do Con- cílio, situa, no n° 24, a catequese no ministério da Palavra, quando diz: a palavra da Escritura santifica e alimenta igualmente todo ministério da palavra: a pregação pastoral, a catequese e a instrução cristã, na qual a homilia litúrgica desempenha um papel de grande importância.

32 E no n° 25, encarece a assídua freqüentação das Sagradas Escrituras: (...) todos os clérigos, a começar pelos sacerdotes de Cristo, diáconos e catequistas, empenhados no ministério da palavra, convivam com as Escrituras, sendo assíduos na leitura e aplicados no estudo, para que não se tornem "como pregadores alheios à Palavra de Deus, que não se dedicam a ouvi-la interiormente“.

33 O Documento sobre a Liturgia, a Sacrosanctum Concilum, no nº 35, no item Bíblia, pregação e catequese litúrgicas, assim se expressa: a catequese seja feita em continuidade com a Liturgia. Nos próprios ritos, se necessário, devem-se inserir breves admoestações do sacerdote ou de outro ministro competente, a serem feitas em momentos oportunos, com palavras previamente estabelecidas, ou ditas no mesmo espírito.

34 E no n° 64 há uma determinação, de grande conseqüência para a catequese... Restaurar o catecumenato dos adultos, em diversos níveis, de acordo com a autoridade local. As etapas do catecumenato podem ser santificadas por diversos ritos, aptos a manifestar seu espírito.

35 Documentos da Catequese e Vat II – (1983) Como o documento da CNBB Catequese Renovada (1983) é considerado o divisor de águas na história recente da catequese no Brasil, tomamo-lo como referência para situarmos as principais conquistas da renovação da catequese no Brasil no pós-Concílio. Como o documento da CNBB Catequese Renovada (1983) é considerado o divisor de águas na história recente da catequese no Brasil, tomamo-lo como referência para situarmos as principais conquistas da renovação da catequese no Brasil no pós-Concílio.

36 A catequese, a partir de 1983, em geral assumiu progressivamente alguns parâmetros centrais: a) a Bíblia como texto principal de referência para o conteúdo e o espírito da catequese;

37 b) os momentos celebrativos, como fundamentais para a eficácia da catequese; c) o princípio metodológico de interação fé e vida, governando a pedagogia catequética; d) o valor e importância da comunidade de fé como ambiente e conteúdo de educação da fé.

38 E uma síntese está no Diretório Nacional de Catequese (DNC, 2005) e nela nos apoiamos para desenvolver a reflexão a seguir:

39 a) A Catequese como processo de iniciação à vida de fé. A catequese, por sua vez, vem enriquecer este início de vida nova por meio de um outro tipo de iniciação à fé, que envolve a consciência, o conhecimento, a experiência, a participação, a generosidade da pessoa.

40 b) Processo permanente de educação da fé. A catequese é um momento forte da iniciação à fé, mas é evidente que a formação cristã necessita ser prolongada pela vida inteira c) Iniciação à vida de fé em comunidade. Este é uma outra conquista importante da catequese. “Deus quis santificar e salvar os homens não isoladamente, sem nenhuma conexão uns com os outros, mas constituí-los num povo, que o conhecesse e o servisse santamente” (cf. LG 9).

41 c) Coerência com a Pedagogia de Deus. Busca-se aprofundar, aos poucos, a consciência de que o modo de educar a fé segue o mesmo “processo e pedagogia” que Deus usou para revelar-se, isto é, revelação progressiva através de palavras e acontecimentos, por dentro da vida da comunidade, o respeito pela caminhada da comunidade, o amor pelos pobres e a conseqüente paciência (em sentido bíblico) diante da liberdade e das limitações das pessoas.

42 e) Catequese cristocêntrica. A Catequese Renovada coloca, como essencial no processo de iniciação à fé, o itinerário que conduz ao centro do Evangelho (querigma), à conversão, à opção por Jesus Cristo que nos revela o Pai, no Espírito Santo (dimensão trinitária). E, também, ao seu seguimento. É uma catequese cristológica e trinitária, com dimensão antropológica.

43 f) Ministério da Palavra. É um salto qualitativo de grande alcance o fato de se passar do catecismo para a catequese, como anúncio da Palavra de Deus, a serviço da qual se coloca. Ela faz parte do ministério da Palavra, conforme nos ensina o Concílio.

44 g) O Princípio metodológico: Interação fé e vida (cf. CR 110-117). É importante ressaltar que o conteúdo da catequese não mais se limita às formulações da fé, da doutrina. Ele compreende dois elementos que interagem: a experiência da vida e a formulação da fé.

45 h) Catequese transformadora e libertadora.. A catequese é uma ação educativa diferente, com uma pedagogia específica que tem por tarefa introduzir o cristão num itinerário de vida que comporta ações “inspiradas pela experiência de Deus na caminhada da comunidade; elas educam evangelicamente para as mudanças do ambiente que nossa fé exige e inspira”.

46 i) Catequese inculturada. Percebeu-se que para acontecer catequese renovada era preciso valorizar e assumir os valores da cultura, a linguagem, os símbolos, a maneira de ser e de viver do povo nas suas diversas expressões culturais. j) Catequese integrada com as outras pastorais. A catequese respira profundamente a vida e a fé da Igreja, celebrada na liturgia, expressa na prática pastoral das comunidades e nas suas orientações e no compromisso com a construção do Reino de Deus, já aqui nahistória. Ela se beneficia dessa articulação ao mesmo tempo em que contribui para uma pastoral orgânica ou de conjunto.

47 k) Caminho de espiritualidade. Não pode haver Catequese Renovada sem uma atenção prioritária à vida, formação e espiritualidade do catequista. l) Opção preferencial pelos pobres. a Igreja redescobriu os pobres não só como destinatários de sua missão, mas também como evangelizadores.

48 Ir. Sonia Viana


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