Alfabetização Científica e Tecnológica e as finalidades do ensino das ciências Elio Carlos Ricardo Faculdade de Educação – USP.

Apresentação em tema: "Alfabetização Científica e Tecnológica e as finalidades do ensino das ciências Elio Carlos Ricardo Faculdade de Educação – USP."— Transcrição da apresentação:

1 Alfabetização Científica e Tecnológica e as finalidades do ensino das ciências Elio Carlos Ricardo Faculdade de Educação – USP

2 Qual o objetivo do ensino das ciências? -Adentrar no mundo da ciência; -Explorar o seu próprio mundo através da ciência.

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4 Alfabetização Científica e Tecnológica (ACT) -Autonomia (Componente individual); -Comunicação (Componente cultural, social, ético); -Tomada de Decisões.

5 O que se necessita para estar científico-tecnologicamente alfabetizado? -Fazer bom uso dos especialistas Como encontrar o equilíbrio entre a dependência frente a seu saber e um espírito crítico? Como saber se é necessária uma segunda opinião?

6 Movimento CTS ou CTSA -Movimento no sentido sociológico (conjunto de opiniões, questionamentos); -Nova ênfase curricular; -Ciência e tecnologia como meio (ex. questões ambientais); -Qual o status atribuído a cada polo? -Depois de desenvolvidos os projetos o que fica? -Ampliação das entidades conceituais sem necessidade.

7 Todo conhecimento humano termina em ignorância.

8 -Fazer bom uso de modelos simples Os modelos estão relacionados ao contexto e à finalidade do projeto.

9 O uso e a invenção de modelos interdisciplinares: as ilhas de racionalidade -O bom uso da negociação: É essencial para que se possa ter o sentimento de uma certa autonomia no mundo científico-técnico em que vivemos.

10 -Uso da articulação entre saberes e decisões: Saber como utilizar seus conhecimentos quando se deve tomar uma decisão.

11 -Como atuar em debates técnicos, éticos e políticos: Implica a capacidade de não confundir esses três debates.

12 Modelo para um trabalho interdisciplinar ETAPA 0: apresentação do problema Tema: Interação da Radiação com a Matéria. Título: A Radiação Solar e o Câncer de Pele. Problema: Como se expor ao Sol de maneira saudável? Produto: Elaborar um folder para cidadãos com o propósito de ajudá-los a situar-se melhor frente ao risco de câncer de pele devido à exposição à radiação solar.

13 ETAPA 1: estudo exploratório – sondagem inicial É preciso tomar Sol? Todas as pessoas se expõem ao Sol? Qual a causa do câncer de pele? Radiações causam câncer de pele? O que é UV? O que é IV? O que é radiação? A Radiação solar afeta o material genético humano? O que é melanina? A camada de ozônio tem influência na incidência de câncer de pele? Para que serve um filtro solar?

14 ETAPA 2: elaborar um panorama do projeto -listagem dos atores envolvidos: Os cidadãos, os fabricantes de filtros solares e bronzeadores, os sindicatos, os publicitários, os ambientalistas, os biólogos, os físicos, os químicos...

15 -pesquisa de normas e condições impostas pela técnica: Regulamentação frente aos fabricantes de filtros e bronzeadores, legislação trabalhista, legislação ambiental, direitos do consumidor...

16 -a lista de jogos de interesses e das tensões: Entre o tempo de exposição ao Sol e os benefícios/malefícios à saúde, entre a estética e a saúde, entre os interesses dos consumidores e a indústria dos cosméticos...

17 -lista de caixas-pretas possíveis para o problema proposto: Radiação solar, IV, UV, freqüência, bósons, férmions, interação com a matéria, quantização, estrutura atômica, DNA, proteínas, células, gene, replicação, mutação, recomendações médicas, influência da cultura sobre o hábito de exposição ao Sol, a imagem do corpo em nossa sociedade, influência da publicidade sobre nosso comportamento, bronzeamento artificial, filtros solares...

18 -lista de bifurcações: Abordagem social ou técnica, escolha em matéria de educação para a saúde e a informação da população, a escolha estética e as conseqüências para a saúde...

19 -lista dos especialistas e das especialidades pertinentes: médico, psicólogo, esteticista, biólogo, químico, físico, antropólogo, farmacêutico, sindicalista, bioquímico, publicitário...

20 ETAPA 3: consulta aos especialistas e às especialidades A equipe do projeto é que define quais especialistas listados serão consultados. Esta consulta permitirá a definição de abertura das caixas-pretas. Dois tipos de critérios para a escolha dos especialistas são preponderantes: a situação e projeto selecionados no início e os objetivos escolares.

21 ETAPA 4: indo à prática Consultar as pessoas sobre o tempo e ocasiões em que elas se expõem ao Sol e se usam algum tipo de proteção. Verificar o preço de alguns protetores, decodificar as mensagens publicitárias de algum canal de TV. Fazer um levantamento dos tipos mais comuns de câncer de pele, analisar laudos médicos.

22 ETAPA 5: abertura aprofundada de algumas caixas-pretas – investigação disciplinar Consultar um biólogo para estudar os benefícios e malefícios da exposição ao Sol, em termos de células e tecidos da pele. Um esteticista para consultar a respeito de beleza. Um sociólogo para discutir a evolução histórica em diferentes culturas do ato de “banhar-se” ao sol. Um físico para discutir a interação da radiação com a matéria...

23 ETAPA 6 – esquematizando a situação A esquematização pode ser feita através de um resumo, um esquema ou de uma figura, a partir da qual é possível dar uma representação teórica da situação. Por exemplo, pode ser construído um organograma em torno da situação proposta.

24 ETAPA 7: abertura de algumas caixas- pretas sem a ajuda de especialistas Quais atitudes devem ser tomadas por pessoas sensíveis à radiação solar? Crianças e adultos sofrem as mesmas reações quando expostas ao Sol?

25 ETAPA 8: síntese da ilha de racionalidade O produto final desta ilha será um folder com as especificações iniciais.