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PublicouThomaz Vilaverde Santiago Alterado mais de 7 anos atrás
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A economia açucareira e sua projeção a pecuária Amaury Gremaud FESB I
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Economia açucareira grande crescimento no XVI Último quartel do século XVI: economia açucareira decuplica Montante de capitais investidos é considerável Capital físico importante, inclusive plantel de escravos (20% do capital físico) Parte importante dos investimentos são realizados por meio de importações (escravos, equipamentos) Renda gerada também é grande Colônia é rica, tem uma renda per capita alta, apesar de concentrada 90% do valor exportado na mãos dos “fazendeiros” Vínculo entre economia açucareira e demais núcleos de povoamento do país é baixo Fluxos internos de renda 10%
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Grande massa de recursos Altos gastos com importações de bens de consumo importados Grande margem para recapitalização existente na economia açucareira Explica decuplicação na ultimo quartel do século Possibilidade era de, dado a alta rentabilidade, duplicar capacidade produtiva em dois anos Este ritmo de crescimento só excepcionalmente utilizado, nas etapas mais favoráveis Esta renda não é dos fazendeiros É uma renda enviada ao exterior, decorrente de pagamento de juros relativos aos capitais aqui aplicados, em geral por comerciantes capitalização governada pela capacidade de absorção do aumento da produção pelo mercado Acerto do ritmo de ampliação da capacidade produtiva (raras as vezes que houve superprodução)indica o “controle” do setor produtivo pela comercialização Comerciantes definem o ritmo de crescimento da produção que se coadune com ampliação de demanda
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Recursos não reinvestidos no setor açucareiro Também não são investidos em outros setores ou regiões coloniais Renda que sobra na verdade é renda liquida enviada ao exterior para não residentes Renda dos investidores: juros recebido pelos comerciantes em decorrência dos investimentos por eles realizados Recursos para os investimentos foram importados Quando recursos reinvestidos Assume novamente a forma de importações Equipamentos e escravos Tendência a crescimento vegetativo negativo dos escravos no Brasil (diferente dos EUA) Mesmo necessidade de contratação de profissionais (e pagamento de salários) deve diminuir (substituição por escravos) Depois de importados equipamentos são instalados com mão de obras escrava Sem fluxo monetário
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Investimentos em uma economia escravista diferente de uma economia não escravista Investimento – economia industrial sem escravos: Cresce renda da própria economia, faz parte da demanda agregada se não houver uma grande quantidade de bens importados Investimento – economia exportadora escravista Existe uma grande quantidade de bens importados, o que não é importado é renda gerada por escravos – lucro do empresário mas sem assumir a forma monetária Escravos – é capital fixo Quando não estão ocupados na produção de produto para exportação devem estar ocupados em outras tarefas Obras de construção, melhoramentos: são aumento dos ativos do empresário mas sem criar fluxo de renda
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Consumo tem situação semelhante Parte importante importados Outra parte gerado com mão de obra escrava presta serviços pessoais aos donos Presta serviços a si próprio Serviços não são monetizados Estão implícitos no custo de aquisição do escravo Escravo neste caso é uma espécie de bem durável de consumo Fazendas forte tendência a autosuficiencia Não é feudalismo (economia natural) Há especialização econômica, economia voltada para o mercado externo e há dispêndio monetário quando da compra do escravo Diferente de uma economia assalariada Impulso dinâmico do investimento e do consumo é transferido para o exterior ou é uma renda não monetizada, que não não vai para mercado
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7 Tendência à estagnação estrutural Crescimento do sistema apenas em extensão Depende de mercado, se absorver faz ampliação – cresce lucros e investimentos Crescimento: Ocupação de novas terras e aumento das importações Possibilidades ilimitadas, dada oferta de mão de obra e terra elástica não se geravam tensões capazes de modificar a estrutura produtiva do país Não propulsão sobre outras setores pois não gera mercado para outras atividades Tendência à estagnação estrutural
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Estagnação estrutural Decadência (queda das exportações): diminuição dos lucros do sistema Redução das importações Não existe desequilíbrio de Balanço de pagamentos nesta economia, ato de importar e tomado pelo mesmo que recebe impulso ou não das exportações Ajuste de produção (mesmo com parada total) Escravos outras atividades - manutenção do engenho Condições mínimas de abastecimento garantidas Não crise forte, desemprego e fechamento O que ocorre é atrofiamento do setor monetário Pode haver diminuição progressiva, mas lenta do ativo da empresa se crise for mais grave Não reposição da depreciação (apenas uma parte dos equipamentos Reposição da mão de obra Lenta agonia - Não provoca mudança estrutural Crise do açúcar – secular
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9 Economia açucareira e Pecuária Economia Açucareira -Demandas: Importações Bens de consumo (luxo) e Escravos Internas – pouco parte da demanda atendida dentro da própria unidade produtiva sem monetização Diferente de outras produções onde ha limite na oferta de terras Lenhas, animais de tiro Carne: parte de alimentação de patrões e escravos, nem sempre possível produção interna à unidade produtiva Atividade criatória: separação espacial Cria atividade dependente – pecuária
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10 Atividade criatória - Características a) Ocupação de terras: extensiva e itinerante Nordeste e Sul b) Inversões (investimentos) mínimas c) acumulação – crescimento natural (vegetativo) - induzia à permanente expansão, independentemente da demanda d) Baixa rentabilidade Renda total (monetizada): máximo 5% das exportações de açúcar (£ 100.000) depois alguma exportação Começos século XVIII: Antonil: BA e PE: 1.300.000 cabeças
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11 Possibilidades de crescimento Condição fundamental: disponibilidade de terras Capacidade empresarial Ocupação acessível ao colono sem recursos Trabalho nas fazendas de criação (4 a 5 anos) Direito a uma cria em quatro conta própria Fácil adaptação dos indígenas Sem problemas do lado da oferta
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12 Possibilidades de crescimento Demanda Grande dependência da atividade açucareira para expansão monetária da atividade Rápida expansão elevação da demanda e penetração da pecuaria no sertão Ciclo do açúcar se reflete parcialmente na pecuária Aceleração do ciclo – especialização da fazenda e expansão – pressão sobre pecuária Diminuição do ciclo - inverso
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13 Economia criatória Produtividade muito inferior à açucareira Menor grau de especialização e comercialização Crescimento extensivo, sem ganhos de produtividade Aumento das distâncias Queda da produtividade Redução da renda média da população envolvida Principal função: subsistência de sua população Ampliação de rendas monetárias dependendo do açúcar Reversão – subsistência Economia do couro
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