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Thomas Wu 16 de setembro de 2011

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Apresentação em tema: "Thomas Wu 16 de setembro de 2011"— Transcrição da apresentação:

1 Thomas Wu 16 de setembro de 2011
O Estado-da-Arte dos Modelos Macroeconômicos: Origens, riscos e limitações Thomas Wu 16 de setembro de 2011

2 1. Introdução “O cenário de referência leva em conta as hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em 1,60 R$/US$ e da taxa Selic em 12,50% ao ano (a.a.) em todo o horizonte relevante. Nesse cenário, a projeção para a inflação de 2011 se elevou (...) e se encontra acima (...) de 4,5%.” “No cenário de mercado, que leva em conta as trajetórias de câmbio e de juros coletadas pelo Gerin, junto a analistas de mercado (...) a projeção de inflação para 2011 também se elevou e se encontra acima do valor central da meta para a inflação.” – Ata da 161a Reunião do Copom.

3 1. Introdução “Um cenário alternativo, construído e analisado sob a perspectiva de um modelo de equilíbrio geral dinâmico estocástico de médio porte, admite que a atual deterioração do cenário internacional cause um impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do impacto observado durante a crise internacional de 2008/2009. Além disso, supõe que a atual deterioração do cenário internacional seja mais persistente do que a verificada em 2008/2009, porém, menos aguda, sem observância de eventos extremos.” – Ata da 161a Reunião do Copom.

4 1. Introdução “Nesse cenário alternativo, a atividade econômica doméstica desacelera e, apesar de ocorrer depreciação da taxa de câmbio e de haver redução da taxa básica de juros, entre outros, a taxa de inflação se posiciona em patamar inferior ao que seria observado caso não fosse considerado o supracitado efeito da crise internacional.” “Nesse contexto, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 12,00% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela manutenção da taxa Selic em 12,50% a.a.” – Ata da 161a Reunião do Copom.

5 1. Introdução Um pouco de teoria: Um pouco de conjuntura:
Entender como chegamos nesses modelos macroeconômicos (em que contexto eles se tornaram úteis); Diferença entre forma reduzida (Bogdanski, Tombini e Werlang, 2000) e modelo estrutural (DSGE). Um pouco de conjuntura: Riscos do cenário atual que esses modelos não captam (em que contexto eles se tornam inúteis). Exemplo de eventos recentes onde modelos erraram.

6 Outline Introdução Estrutura básica de modelos macro
Origens das hipóteses básicas Riscos e limitações do modelo Conclusão

7 2. Estrutura básica Famílias maximizam utilidade, firmas maximizam lucro, e governo minimiza flutuações de preço e produto agregado. Famílias: Tomam preços de bens de consumo e salários como dado; Escolhem horas de trabalho (renda), cesta de consumo e, dada a restrição orçamentária, demanda por ativos (poupança ou dívida).

8 2. Estrutura básica Firmas maximizam lucro: Competição monopolística;
Restrição: firmas não podem remarcar preço em todos os períodos (à la Calvo ou à la Taylor).

9 2. Estrutura básica Governo (autoridade monetária e fiscal):
Escolhem juros nominal, gastos e impostos (i, M, G e T); Restrição orçamentária determina dívida. Em teoria, tanto faz combinar: (1) Política monetária ativa com fiscal passiva; (2) Política monetária passiva com fiscal ativa. Combinação (1) tem mais agilidade na implementação, enquanto (2) é mais ágil nos resultados.

10 2. Estrutura básica Solução:
Encontra-se o steady-state; Log-linearização ao redor do steady-state: CPO das famílias: curva IS; CPO das firmas: curva de Phillips; CPO da autoridade monetária: Regra de Taylor (se política monetária é ativa). Modelo só é útil para desvios marginais ao redor do steady-state: Efeito de queda de 20% da produção industrial? Juros nominal zero e quantitative easing?

11 2. Estrutura básica Diferença entre forma reduzida e modelo estrutural: Microfundamentos: Para estudos acadêmicos: grande diferença; Para projeção de PIB e IPCA: pouca diferença. Expectativas: Forma reduzida: utiliza-se alguma proxy; Modelo estrutural: solução expectativas racionais (traz choques a valor presente).

12 3. Origens do modelo Aprendizado de que instrumentos macro (M, i, T e G) são úteis para combater os ciclo econômicos mas não para estimular o crescimento de longo prazo. De onde vem o crescimento de longo prazo? Y = AKαL1-α L: questões demográficas vão ficar cada vez mais relevantes. K: convergência; A: progresso tecnológico.

13 3. Origens do modelo Não é um modelo exclusivo de inflation targeting.
Historicamente, percebe-se que: (1) é mais adequada para crescimento via A; (2) é mais adequada para crescimento via K em países ainda em processo de convergência.

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15 3. Origens do modelo Parêntesis: Brasil está mudando de (1) para (2);
Percepção de que política fiscal ganha em agilidade de implementação com a utilização de bancos públicos; Ainda há ganhos de convergência: PIB per capita brasileiro equivale ao da Coréia do Sul em 1985. Em um cenário otimista: Brasil se parece com um tigre asiático na virada de 1980/1990, com mais crescimento via K, e também mais inflação.

16 4. Limites e riscos do modelo
Voltando a hipótese de separação entre curto e longo prazos: Assimetria: políticas macro não conseguem estimular, mas podem atrapalhar o longo prazo; Modelo assume como hipótese que governo não irá atrapalhar: Compromisso com estabilidade de preços (variáveis nominais não explodem); Respeito às restrições orçamentárias (tendência de longo prazo das variáveis reais não são afetadas).

17 4. Limites e riscos do modelo
Crise financeira nos EUA: Preço de ativos desvia do valor fundamental (steady-state); Quanto maior a magnitude e a duração do desvio, maior é o número de intermediários financeiros cuja sobrevivência depende da persistência desse desvio; Em outras palavras: quande desvio se corrige, parte das intermediação financeira desaparece, produto potencial é menor.

18 4. Limites e riscos do modelo
Persistência da taxa de desemprego nos EUA pós-crise, apesar do aumento de vacancies: Período prolongado de desemprego deprecia capital humano; Consumo acima do steady-state financiado por um ativo precificado acima do seu valor fundamental; Quando ocorre a correção do valor do ativo, consumidor está under-water; Menor mobilidade do mercado de trabalho → maior taxa de desemprego estrutural.

19 4. Limites e riscos do modelo
Efeitos do cenário internacional sobre a economia brasileira: Em 2008/2009, dúvidas sobre a saúde do sistema financeiro (eventos de cauda); Congelamento do mercado de crédito internacional paralisou comércio internacional → PIM-PF recuou 20% em 3 meses; IPCA convergiu de 6,41 para 4,31%. Em 2011, hipótese de que efeito será ¼: PIM-PF recua 5%? E com recuo de 5% da PIM-PF, IPCA converge para 4,5%? Ou converge para dentro do intervalo, para 6,5%?

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22 4. Limites e riscos do modelo
Mercado de trabalho no Brasil: espiral salário-preço: Conflito distributivo: quanto maior G, menor I (via juros) e menor C (via aumento de P, redução de W/P); Quando diferentes setores da sociedade entram em greve por maiores salários, com algum grau de sucesso, isso quer dizer que W é variável de escolha; Resultado conhecido de livro-texto de graduação: reajustes olhem cada vez menos para inflação futura (que deveria estar ancorada em 4,5%) e cada vez mais para inflação passada (maior que 7%).

23 5. Conclusão Não há um modelo macro adequado para se analisar os riscos atuais: Fragilidade financeira nas economias desenvolvidas; Fragilidade do mercado de trabalho nas economias desenvolvidas; Riscos inflacionários na economia brasileira. Não é um bom momento para se atribuir demasiado peso aos resultados dos modelos nas decisões de política monetária.

24 5. Conclusão Cenário otimista para Brasil:
Quando mundo voltar a crescer, política fiscal retorna, de fato, para neutralidade. Crescimento do PIB entre 3,5% e 4,5% com IPCA entre 6% e 7%. Cenário pessimista para Brasil: Governo acha que BNDES é instrumento de política de desenvolvimento e não interfere com condução da política macroeconômica, não afeta restrição orçamentária. Conflitos distributivos levam IPCA a dois dígitos em dois anos (2013); Revisão da meta para inflação para 6,5% com banda de tolerância mais larga ( 2,5%), com governo satisfeito em perseguir o teto (9,0% a.a.).


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