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EDUCAÇÃO CONTINUADA EM PSIQUIATRIA, RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE Módulo UmHOJE SETEMBRO 2008.

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1 EDUCAÇÃO CONTINUADA EM PSIQUIATRIA, RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE Módulo UmHOJE SETEMBRO 2008

2 D ISTINÇÃO E NTRE S INTOMAS P SICOPATOLÓGICOS E E XPERIÊNCIAS E SPIRITUAIS DR. FRANKLIN ANTÔNIO RIBEIRO Médico Psiquiatra Membro do Centro de Estudos e Conselho Consultivo do HOJE

3 INTRODUÇÃO VISÃO NEGATIVA DA RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE (Marx, Comte, Freud e Ellis) Era associada à Imaturidade Psíquica, Falta de Cultura e Psicopatologia Previa-se seu desaparecimento com a cientificidade Marx Comte Freud Ellis

4 ESPIRITUALIDADE : persiste muito importante Censo Brasil 2000: 93% tem alguma religião Católicos Assembléia de Deus Batista Espíritas

5 MANTENEDORES DESSA VISÃO * Estudos escassos e pouco rigorosos – Autoridade dos autores – Religião não era a variável principal – Apenas a filiação religiosa – Extrapolação da experiência clínica e achados – Instrumentos enviesados * religiosity gap

6 Vivência Freqüente Treinamento inadequado ou inexistente Problema ético

7 LINHA DE PESQUISA Impacto da Religiosidade/Espiritualidade na Saúde DD entre experiências religiosas e psicopatologia Origem e essência dos relatos e vivências espirituais

8 RELIGIOSIDADE / SAÚDE A maioria das pessoas utiliza a religião para lidar eficientemente com problemas. Associada à menor incidência de depressão e remissão mais rápida (religiosidade intrínseca predisse). Suicídio: OR 4,3 (freqüência a serviços religiosos).

9 RELIGIOSIDADE / SAÚDE * MAIOR SOBREVIDA satisfação com a vida e bem estar satisfação e estabilidade conjugal mortalidade cardiovascular

10 MECANISMOS: ORAÇÃO E MEDITAÇÃO Relaxamento, alívio da ansiedade, solidão e mal estar físico. Orar pelos outros, sentir-se útil.

11 Buscar um aprendizado de Deus no evento. Faço o que posso e confio o restante a Deus. Pedir apoio e prece à Comunidade. Dar ajuda e apoio espiritual a outros. Ocupar-se da religião para deixar de só pensar em problemas. MECANISMOS: COPING RELIGIOSO +

12 INTERAÇÃO SOCIAL Enfatiza convívio social fraterno. Maior suporte social. Pode ajudar outras pessoas.

13 MECANISMOS: COPING RELIGIOSO – Deus está me punindo. Demônio é causa do problema. Esperar passivamente que Deus resolva os problemas. Dúvidas do poder, amor e justiça de Deus. Conflitos com a comunidade religiosa. Pedir milagres, intercessão direta.

14 13) MECANISMOS: CUIDAR DA SAÚDE Valorizar a vida e o corpo como dom de Deus. Aderência ao tratamento. Abstenção de substâncias psicoativas. Atividade física. Comportamento sexual controlado. Uso de cinto de segurança.

15 2287 ESTUDANTES EM CAMPINAS Uso no mês: -Ecstasy OR 4,2 Educação não religiosa X muito religiosa -Cocaína OR 2,9 sem X com religião -Medicação para dar barato OR 2,2 sem X com religião -Ausência de crenças religiosas ou educação religiosa Escore GHQ - 12

16 ESTUDO QUALITATIVO COM 62 JOVENS FAVELADOS EM SÃO PAULO Religiosidade foi a maior diferença entre os usuários e não usuários de drogas. 81 % dos não usuários e 13 % dos usuários praticam uma religião.

17 MECANISMOS: ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS -Sistema Imunológico I L - 6 em idosos CD 4 em 106 HIV Cortisol e Catecolaminas Pressão Arterial

18 COMO PODE ATRAPALHAR? Substituir tratamento médico e psicológico Abandonar o tratamento Ênfase na punição e culpa Estimula preconceito e discriminação Exige dos outros e não de si mesmo Fanatismo e obediência cega Afastar do convívio social e familiar

19 ORIGEM DAS VIVÊNCIAS EQM Implicações para a origem da consciência Mediunidade Teorias variadas Investigações Relatos espontâneos de supostas vidas passadas Terapia Regressiva Vivencial (TRV) Curas a distância/TRV (eficácia)

20 Por que colher uma história espiritual/religiosa? - Tem alguma religião? Tem interesse ou simpatia por alguma outra? -Suas crenças espirituais/religiosas são uma parte importante da sua vida? -Como suas crenças influenciam o modo como você se cuida? -Se e como ela lhe auxilia a lidar com sua doença? -Você faz parte de uma comunidade religiosa? -Há questões espirituais/religiosas que você gostaria de discutir? IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

21 -Respeito e empatia pela religiosidade do paciente; cuidado com interpretações. -Não impor práticas e crenças. -Apoiar ou encorajar crenças e práticas religiosas úteis e saudáveis já desenvolvidas pelo paciente. -Garantir acesso a apoio religioso. -Respeitar a visita do serviço religioso

22 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS -Considerar o capelão ou líder religioso como um aliado. -Não patologizar estados místicos nem glorificar a patologia. -Certas vivências podem ser melhor conduzidas por um líder religioso. -Conquistar a confiança do cuidador. -Humildade, espírito humanitário e legitimamente científico.

23 AS DIMENSÕES RELIGIOSAS E ESPIRITUAIS DA CULTURA ESTÃO ENTRE OS MAIS IMPORTANTES FATORES QUE ESTRUTURAM AS CRENÇAS, OS VALORES, OS COMPORTAMENTOS E OS PADRÕES DE ADOECIMENTO HUMANOS, OU SEJA, A EXPERIÊNCIA HUMANA. (Lukoff e Turner, 1992)

24 EXPERIÊNCIA ANÔMALA (EA) O termo é empregado para designar uma experiência incomum (ex.: alucinação, sinestesia) ou que, embora seja relatada por muitas pessoas (ex.: vivências interpretadas como telepáticas), acredita-se diferente do habitual e das explicações usualmente aceitas como realidade. Não há necessariamente uma relação com patologia ou anormalidade.

25 ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA (EAC) alteração qualitativa no padrão global de funcionamento mental que o indivíduo sente ser radicalmente diferente do seu modo usual de funcionamento.

26 Descritos em todas civilizações de todas as eras, constituindo-se muitas vezes elementos importantes na história das sociedades e principalmente de suas religiões.

27 Têm um profundo impacto, tanto na vida daqueles que os vivenciam diretamente quanto naqueles que os acompanham próximos.

28 As experiências dissociativas ocorrem muito freqüentemente em contextos religiosos, constituindo-se muitas vezes em EAC.

29

30 Freqüentemente, as publicações científicas têm considerado tais vivências como fenômenos raros, vestígios de culturas primitivas ou indicadores de Psicopatologia. (Freud, 1969; Horton, 1974; Mulhern, 1991; Lukoff, 1992; Munro, 1992; Persinger, 1992; Greenberg, 1992)

31 Várias pesquisas populacionais recentes têm demonstrado que experiências dissociativas e tidas como paranormais são muito freqüentes. (Ross, Joshi e Currie, 1990)

32 No estudo de Ross e Joshi (1992) alguma experiência paranormal (incluindo telepatia, sonhos precognitivos, deja-vu, conhecimento de vidas passadas...) foi relatada por 65% da população de uma região no Canadá.

33 Nos EUA, 17% da amostra respondeu sim quando interrogado: Você já se sentiu em contato com alguém que já morreu?. (Gallup e Newport, 1991)

34 A visão de que essas vivências são raras e patológicas tem sido uma forma de controle social, tornando-se uma profecia que se auto realiza. Como se crê que elas são consideradas óbvios indícios de psicopatologia, apenas os pacientes francamente psicóticos e que perderam a crítica falam abertamente de suas experiências. (Hufford, 1992)

35 Apesar de sua enorme importância, as experiências anômalas, místicas, religiosas e paranormais têm sido amplamente negligenciadas pela pesquisa e pela prática psiquiátrica.

36 No fim do século XIX e início do XX o tema foi investigado de modo bastante consistente ( James, 1991/1902; Jung 1994/1902; Myers, 1906), mas logo em seguida foi excluído da agenda (Ross e Joshi, 1992). Nas últimas décadas tem havido um reflorescimento das pesquisas nessa área (Grof e Grof, 2001; Lewis-Fernández, 1998).

37 DIFERENCIAÇÃO ENTRE EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS E SINTOMAS PSICOPATOLÓGICOS

38 Freqüentemente insight ausente. Às vezes insight presente, às vezes ausente. Insight As crenças são incorrigíveis, geralmente há certeza absoluta. As crenças se formam com a possibilidade da dúvida. Grau de certeza das vivências Predominantemente alucinações auditivas. Predominantemente alucinações e ilusões visuais. Modalidade sensorial das vivências Os elementos sensoriais são percebidos como corpóreos, dão a sensação de serem percepções reais. Os elementos sensoriais são mais intelectuais; são sentidos como conteúdos mentais. Características das experiências sensoriais (ilusões, alucinações, visões, vozes) O conteúdo é bizarro; geralmente reivindica um status divino ou a posse de poderes especiais. Os conteúdos seguem uma doutrina religiosa: são aceitáveis pelo subgrupo cultural. Conteúdo das vivências SINTOMAS PSICOPATOLÓGICOS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS CARACTERÍSTICAS

39 São experiências nas quais o sujeito se percebe sendo agido, vive passivamente a experiência. São experiências nas quais o sujeito se percebe como agindo, produzindo sua vida. Implicação na ação do sujeito As vivências têm, de modo geral, sentido negativo para a vida do sujeito. As vivências têm, de modo geral, sentido positivo para a vida do sujeito. Positividade/negatividade Experiências geralmente desintegrativas, que produzem a deterioração do funcionamento vital do sujeito. Sentido de auto- realização, experiências que alargam a vida, produzem frutos espirituais. Significado para a vida do sujeito Vivências são quase sempre orientadas para si (auto- orientadas). Vivências são orientadas em direção a outras pessoas. Orientação em relação a outras pessoas São experiências vivenciadas sem qualquer controle por parte do sujeito. Há, por parte do sujeito, um grau de controle e direcionamento sobre as vivências. Controle volitivo Duração longa.Duração breve.Duração da vivência SINTOMAS PSICOPATOLÓGICOS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS CARACTERÍSTICAS

40 Sujeito é, geralmente, reticente em relatar e discutir essas experiências. Sujeito busca relatar sua experiência para outras pessoas, sobretudo de seu grupo cultural. Comunicação da experiência com outras pessoas O estilo de vida e a personalidade indicam alterações e deterioração associadas a transtornos mentais. Tanto o estilo de vida como a personalidade do sujeito revelam religiosidade presente e antecedendo a vivência. Estilo de vida e de personalidade do sujeito Geralmente não são vivências isoladas. Ao lado do delírio ou da alucinação mística, há outros sintomas psicóticos. São experiências isoladas, que não se articulam com outros sintomas de transtornos mentais. Relação com sintomas psicopatológicos em outras esferas da vida SINTOMAS PSICOPATOLÓGICOS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS CARACTERÍSTICAS Baseado em Jackson, Fulford e Sims, com modificações.

41 Hem? Hem? O que mais penso, texto e explico: todo o mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é a salvação da alma... (Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas)


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