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Departamento de Neurologia Associação Paulista de Medicina
ESTRESSE E IMPACTO NEUROENDÓCRINO XV Simpósio Brasileiro do Sono, IX Congresso Paulista do Sono e VI Simpósio Internacional de Sono Departamento de Neurologia Associação Paulista de Medicina SÃO PAULO, NOVEMBRO DE 2007
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OS MÍSSEIS “SCUD” DO IRAQUE
Parte I OS MÍSSEIS “SCUD” DO IRAQUE E AS VOVÓS CHINESAS
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OS MÍSSEIS “SCUD” DO IRAQUE
Durante a Guerra do Golfo em 1991, o Iraque lançou uma série de ataques com Mísseis SCUD contra Israel e muitos civís morreram em consequência destes ataques. Kark, J.D. – Iraqui missile attack on Israel. The association of mortality with a life threatening stressor – J.Am.Med.Assoc 273, 1208, 1995 – in:The Healing Mind – The vital links between brain and behavior, immunity and disease Martin, P. Ed. – St. Martin´s Press – NY
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Análise estatística das mortes revelou algo surpreendente:
Houve um aumento de 58 % na mortalidade do primeiro dia dos ataques sobre a mortalidade esperada para aquela época do ano. A vasta maioria deles não morreu de conseqüências físicas diretas dos mísseis e sim de ataques cardíacos resultantes do medo, do estresse e da ansiedade resultantes dos ataques. Nenhuma morte foi causada pelo impacto físico dos mísseis durante o primeiro dia dos ataques. 4. Somente duas pessoas morreram desta forma nos dezesseis dias subseqüentes, com um total de dezessete ataques sucessivos de mísseis.
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5. As mortes “extra” se concentraram em áreas do território israelense sabidamente ameaçadas pelos mísseis onde o medo e a ansiedade eram mais elevados devido à possibilidade de ataques químicos ou biológicos, particularmente nos poucos dias que antecederam o primeiro dia dos ataques. 6. Após os primeiros ataques, os níveis de ansiedade diminuiram, assim como a taxa de mortalidade. 7. Em áreas não ameaçadas, a proporção das mortes permaneceu dentro do esperado para a época do ano. 8. Existiram dezessete ataques de mísseis subseqüentes ao primeiro dia; durante estes ataques a taxa de mortalidade permaneceu dentro da média esperada.
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As pessoas morreram principalmente devido ao que se passava dentro de suas mentes.
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POR OUTRO LADO... Sabe-se que fatores psicológicos não somente aumentam as taxas de mortalidade, como também as postergam: é menos provável de se morrer na véspera de um evento importante que tenha significado simbólico para o indivíduo.
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AS VOVÓS CHINESAS O Harvest Moon Festival é um evento culturalmente importante para a população de Chineses que vivem no Estado da Califórnia, EUA. É especialmente significativa para mulheres idosas, que representam importantes papéis durante as festividades. Phillips D.P. & Smith, D.G – Postponement of death until symbolically meaningful occasions – J. Am. Med. Assoc. 263, 1947, 1990 – in:The Healing Mind – The vital links between brain and behavior, immunity and disease Martin, P. Ed. – St. Martin´s Press – NY
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Análise estatística das mortes revelou algo surpreendente:
1. A mortalidade por causas naturais (ataques cardíacos e acidentes cerebrais) em mulheres idosas apresentou uma queda de 35% durante a semana que antecedeu o evento. 2. Esta queda foi seguida por um aumento compensatório da mortalidade de 35% no transcorrer da semana que se seguiu ao fim do festival. 3. O número esperado de mortes permaneceu o mesmo; o que mudou foi o seu “timing”.
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4. O Harvest Moon Festival é uma data móvel de ano para ano; assim, as variações das taxas de mortalidade estavam diretamente ligadas ao evento e não a uma data específica. 5. Não houve fenômeno semelhante entre outros povos da região, para os quais o festival é destituído de significado.
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As pessoas sobreviveram principalmente devido ao que se passava dentro de suas mentes.
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Se é possível morrer por representações psicológicas
Se é possível adiar a morte por representações psicológicas, Então tudo o mais é possível... ... incluindo a justificativa do título desta aula.
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ESTRESSE E IMPACTO NEUROENDÓCRINO
Parte II ESTRESSE E IMPACTO NEUROENDÓCRINO Fonte: Cavini-Ferreira, R - in: Respostas Autonômicas e Neuroendócrinas à Recuperação de Memórias Traumáticas. NAP/NeC/IP/USP
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RD B NS V NC SSHC AMG HC NPV NTS BLA NAq CPR CEA NSO HF GH TSH NVM
NADR HC AMG NPV NTS CRH BLA NAq CPR 5HT CEA NSO HF V GH PRL TSH NVM ACTH BNST NC SR CRH NTBM CORT PAG ADR
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ESTRESSE E HORMÔNIOS
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A novidade, a frustração e o desamparo e a baixa auto-estima modulam a resposta do eixo HPA ao estresse Medo e raiva são potentes estimuladores autonômicos (ADR e NADR). O TSH se eleva durante o estresse agudo e crônico existindo diferenciação sexual no perfil de sua resposta em humanos Raiva e humilhação são poderosos estimuladores da secreção de PRL O GH responde ao estresse psicológico, ao exercício físico e a sinais metabólicos tais como a hipoglicemia.
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ESTRESSE PSICOLÓGICO
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Tristeza, raiva, solidão, medo, frustração, rejeição, perda.
Sujeito 1 - Curvas rescalonadas de tempo e resposta das variações hormonais à recuperação de memórias traumáticas. C-teste, p<0,05. Cavini-Ferreira,R.- NeC/IP/USP-2006
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Medo, constrangimento, frustração, desproteção, confusão mental
Sujeito 2 - Curvas rescalonadas de tempo e resposta das variações hormonais à recuperação de memórias traumáticas. C-teste, p<0,05. Cavini-Ferreira,R - NeC/IP/USP-2006
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Tristeza, medo, impotência, culpa, vergonha, angústia, baixa auto-estima
Sujeito 3 - Curvas rescalonadas de tempo e resposta das variações hormonais à recuperação de memórias traumáticas. C-teste, p<0,05. Cavini-Ferreira,R - NeC/IP/USP-2006
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Tristeza, raiva, solidão, abandono, impotência
Sujeito 4 - Curvas rescalonadas de tempo e resposta das variações hormonais à recuperação de memórias traumáticas. C-teste, p<0,05. Cavini-Ferreira,R - NeC/IP/USP-2006
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Raiva, tristeza, culpa, medo, orgulho, horror, sensação de poder
Sujeito 5 - Curvas rescalonadas de tempo e resposta das variações hormonais à recuperação de memórias traumáticas. C-teste, p<0,05. Cavini-Ferreira,R - NeC/IP/USP-2006
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Medo, raiva, culpa, solidão, egoísmo, dúvida, arrependimento, ansiedade
Sujeito 6 - Curvas rescalonadas de tempo e resposta das variações hormonais à recuperação de memórias traumáticas. C-teste, p<0,05. Cavini-Ferreira,R - NeC/IP/USP-2006
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CONCLUSÕES A resposta ao estresse depende não só da natureza do estímulo estressor, como também da tendência de processamento perceptivo e dos esquemas de representação de realidade presentes no indivíduo. O caráter individual da percepção contribui para uma grande variedade de respostas a um mesmo estímulo: o estressor tem significado absolutamente pessoal. A percepção subjetiva é o principal agente determinante das respostas psicoendócrinas ao estresse.
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