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Metodologia da Pesquisa Científica Sociólogo: DURKHEIN

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Apresentação em tema: "Metodologia da Pesquisa Científica Sociólogo: DURKHEIN"— Transcrição da apresentação:

1 Metodologia da Pesquisa Científica Sociólogo: DURKHEIN
Anna Carla Fracalossi

2 Émile Durkheim ( ) Judeu franco-alemão nasceu em Épinal (Alsácia), na França, num família de rabinos. Iniciou seus estudos em sua terra natal e depois foi para Paris. Formou-se em filosofia e em 1882 foi nomeado professor. Em 1885 obteve licença de um ano para estudar Ciências Sociais na Alemanha Em 1887 foi nomeado Professor de Pedagogia e Ciências Sociais em Bordeaux, onde ministrou o primeiro curso de Sociologia criado em uma universidade francesa. É quem vai de fato estruturar a ciência sociológica da França, tendo dedicado sua carreira ao desenvolvimento da Sociologia como ciência empírica e rigorosamente objetiva.

3 Ele vive no momento que vai da segunda metade do século XIX até o final da Primeira Guerra Mundial ( ), assim sua obra além de refletir os problemas de seu tempo, é contemporânea de acontecimentos bastante significativos: 1870 foi marcado pela instabilidade política e social posterior à guerra franco-prussiana, em que a França perde para a Prússia a região da Alsácia Além do sentimento coletivo de fracasso, o estado estava em fase de reorganização política, foram adotadas medidas que caracterizavam o rompimento de tradições: a separação da Igreja/Estado, a instituição da instrução laica, a introdução da Educação Moral e Cívica para preencher o “vazio moral” deixado pela proibição das aulas de religião, a instituição do divórcio.

4 Em 1871 houve a intensificação dos conflitos sociais com o movimento de rebeldia popular – o Comuna de Paris - que evidenciava os conflitos de classe (em especial a numerosa classe dos sem trabalho), que vivia em Paris em péssimas condições de vida. Por outro lado e simultaneamente, há todo um entusiasmo com o progresso tecnológico e científico que ocorria em várias áreas, mudanças que geravam aumento de produção nas fábricas, maior participação da população nos processos eleitorais, e aumento da escolaridade. Todos esses fatores influenciaram a visão de mundo de Durkheim, surgindo daí a sua crença no racionalismo e na superação do grande desregramento imperante na sociedade da época.

5 Se propôs assim a construir a Sociologia como uma ciência autônoma que deveria analisar a sociedade cientificamente, com racionalidade: Em 1893 publicou sua primeira grande obra sociológica: A divisão do Trabalho Social, na qual estabelece o objeto de estudo da Sociologia; Em 1895, publica As Regras do Método Sociológico em que lança as bases da metodologia da nova ciência; Em 1897, publica O Suicídio, em que procurou aplicar o método sugerido, numa monografia considerada modelo de pesquisa social, com a utilização da estatística como recurso metodológico. Em 1898 criou a Revista L’Anne Sociologique, um espaço para as publicações de colaboradores da Escola Sociológica Francesa Em 1912 publicou as Formas elementares da vida religiosa. Após a sua morte foram editadas, em 1922, Educação e Sociologia, em 1924, Sociologia e Filosofia, em 1925, A Educação Mora, em 1928, O Socialismo.

6 Inobstante o fato de Comte ter inventado o termo Sociologia, Durkheim é considerado o pai da Sociologia Positivista, enquanto disciplina científica. A primeira ambição do pensamento de Durkheim está baseada na dicotomia indivíduo X sociedade, onde ele busca uma explicação para o condicionamento social do comportamento individual, chegando a concluir que a sociedade prevalece sobre os indivíduos, e existe independente deles. A segunda ambição é a criação de uma ciência autônoma, específica e distinta de outras ciências, principalmente da psicologia.

7 As Regras do Método Sociológico
Formula o tipo de fato que o sociólogo deve estudar: os fatos sociais. Estes não são todos os fenômenos que se passam em sociedade, mas um conjunto de fatos com características nítidas, diferentes dos estudados por outras ciências: “Quando desempenho minha tarefa de irmão, de marido ou de cidadão, quando executo os compromissos que assumi, eu cumpro deveres que estão definidos, fora de mim e de meus atos, no direito e nos costumes(...)” “(...) Do mesmo modo, as crenças e as práticas de sua vida religiosa, o fiel as encontrou inteiramente prontas ao nascer; se elas existiam antes dele, é que existem fora dele. O sistema de signos de que me sirvo para exprimir meu pensamento, o sistema de moedas que emprego para pagar minhas dívidas, os instrumentos de crédito que utilizo em minhas relações comerciais, as práticas observadas em minha profissão, etc. funcionam independentemente do uso que faço deles (...)”

8 Durkheim identifica nos fatos sociais três tipos de características:
A exterioridade: existem fora do indivíduo, já existiam antes do seu nascimento e atuam sobre ele independente de sua vontade ou de sua adesão consciente A coercitividade: decorre da força que esses fatos exercem sobre o indivíduo, o que os leva a agir de acordo com as regras estabelecidas pela sociedade a qual estão inseridos A generalidade: é geral na extensão de uma determinada sociedade, é percebida pelo grau de difusão das crenças, das práticas do grupo adotadas pelo conjunto da sociedade.

9 O Método: Positivismo e Objetividade
Após definir o objeto de estudo (os fatos sociais), estabelece as regras do método, voltadas para a investigação e explicitação sociológicas,buscando garantir rigor e objetividade, tal qual é dado aos fenômenos físicos: Eis os três princípios básicos: De que a sociedade é regida por leis naturais De que a sociedade pode ser estudada pelos mesmos métodos das ciências da natureza De que as ciências da sociedade, devem limitar-se à análise e à observação dos fenômenos, de forma neutra, objetiva, livre de julgamentos de valor, livre de pré-noções.

10 O normal e o patológico Durkheim faz uma analogia entre as doenças do organismo biológico e as doenças do organismo social, sugerindo que a observação dos fatos com critérios objetivos poderia dar fundamentos para as reformas sociais. Mesmo quando um fenômeno atinge os preceitos morais pode ser normal, desde de encontrado na sociedade de forma generalizada e desde que não coloque em risco a integração social.

11 Considerou assim um crime normal:
Pois é encontrado em todas as sociedades de todos os tipos (é fenômeno geral na extensão de uma sociedade, num dado momento de seu desenvolvimento); É ainda útil à sociedade, vez que a transgressão cometida gera o fortalecimento dos valores feridos

12 Já o fato patológico põe em risco a integração social (pág. 19):
Fazer do crime uma doença social seria admitir que a doença não é algo acidental, mas, ao contrário, deriva, em certos casos, da constituição fundamental do ser vivo (...) Certamente pode ocorrer que o próprio crime tenha formas anormais; é o que acontece quando, por exemplo, ele atinge um índice exagerado. Não é duvidoso, com efeito, que esse excesso seja de natureza mórbida. O que é normal é simplesmente que haja uma criminalidade, contanto que esta atinja e não ultrapasse, para cada tipo social, certo nível que talvez não seja impossível fixar de acordo com as regras precedentes.

13 Para Durkheim, o método empregado deve ser o da observação e da experimentação indireta ou método comparativo. Exatamente porque essas pré-noções interferem na maneira pela qual os sociólogos vêem os fatos a serem estudados, que os fatos sociais devem ser vistos como coisas (algo real).

14 Método de Investigação = Método Comparativo
Eis as três características: Ser independe diante de qualquer filosofia, visando a aplicação do princípio da causalidade nas ciências sociais; Garantir a objetividade (os fatos sociais devem ser tratados como coisas); Os fatos sociais devem ser explicados por outro fato social, sem perder sua especificidade, ou seja, deve ser encontrada uma explicação social para um fato social.

15 "A causa determinante de um fato social deve ser buscada entre os fatos sociais antecedentes, e não entre os estados da consciência individual. Por outro lado, concebe-se facilmente que tudo o que precede se aplica tanto à determinação da função quanto à da causa. A função de um fato social não pode ser senão social, isto é, ela consiste na produção de efeitos socialmente úteis. Certamente pode ocorrer, e acontece de fato, que, por via indireta, o fato social sirva também ao indivíduo. Mas esse resultado feliz não é sua razão de ser imediata. Podemos portanto completar a proposição precedente, dizendo: A função de um fato social deve sempre ser buscada na relação que ele mantém com algum fim social. Foi por terem os sociólogos ignorado freqüentente essa regra e considerado os fenômenos sociais de um ponto de vista demasiado psicológico, que suas teorias afiguramse a numerosos espíritos excessivamente vagas, vacilantes e distantes da natureza especial das coisas que eles crêem explicar.” (pag. 30)

16 Referências: GARCIA, Dirce Maria Falcone. O Pensamento Sociológico de Émile Durkheim. Sociologia Geral do Direito.4. ed. (organizadores) Arnaldo Lemos Filho... [et al.]. Campinas, SP: Editora Alínea, 2009. ROCHA, Jose Manuel de Sacadura. Sociologia Jurídica: Fundamentos e Fronteiras. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.


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