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ATIVIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado.

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Apresentação em tema: "ATIVIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado."— Transcrição da apresentação:

1 ATIVIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado

2 Prof. Helio Furtado O HOMEM E A ÁGUA A atividade aquática é umas das atividades físicas mais antigas do homem. Nas cavernas do deserto da Líbia encontram-se as mais remotas ilustrações conhecidas da arte de nadar. Calcula-se que sejam datadas de 9000 anos antes da nossa era (CATTEAU, 1990). A origem das atividades no meio líquido se confunde com as origens da própria humanidade. Por temor, por necessidade, às vezes até por prazer, o homem entrou em contato com o meio líquido buscando sua subsistência. A pesca era uma das atividades de nossos ancestrais, sendo comum o uso de frágeis embarcações criando oportunidades de imersões menos ou mais voluntárias. É possível que o surgimento da natação esteja associado à necessidade de fuga para o homem, quer seja de animais ou do fogo, salvando-se graças à proteção das águas. Estudos arqueológicos relatam que, há 5000 anos, na Índia, já existiam piscinas de água quente. Na Grécia antiga, as cidades possuíam balneários públicos que as pessoas utilizavam para o lazer e cerca de 2000 termas privadas. Entre os primeiros a estudar os benefícios das atividades físicas no meio aquático está Heródoto (446 A.C.), que escreveu um tratado sobre águas quentes e saúde

3 Prof. Helio Furtado Histórico da Natação Na antiguidade, saber nadar era mais uma arma de que o homem dispunha para sobreviver.Os povos antigos (assírios,egípcios, fenícios, ameríndios, etc.)eram exímios nadadores. Muitos dos estilos do nado desenvolvidos a partir das primeiras competições esportivas realizadas no séc XIX basearam-se no estilo de natação dos indígenas da América e da Austrália. Entre os gregos, o culto da beleza física fez da natação um dos exercícios mais importantes para o desenvolvimento harmonioso do corpo. Acredita-se que já nesta época a competição era praticada: aos melhores nadadores era erigidas estátuas. O esporte também era incluído no treino dos guerreiros. Em Roma, a natação também configurava num método e preparação física do povo, incluído entre as matérias do sistema educacional romano.Era praticada em magníficas termas, construções suntuosas onde ficavam as piscinas, de tamanho variável, as comuns mediam 100x25 metros. Platão afirmava que o homem que não sabia nadar não era educado.

4 Prof. Helio Furtado Histórico da Natação Com a queda do império Romano , ela praticamente desapareceu até a idade média. Nesta época até temiam que a modalidade disseminava epidemias. No renascimento, algumas dessas falsas noções começaram a cair em descrédito.Surgiram então várias piscinas públicas, sendo a primeira construída em Paris, no reinado de Luís XIV. A Durante a Idade Média, a prática da natação ficou restrita, quase que exclusivamente, à nobreza. Mas, no final deste período, nadar era uma obrigação. As pessoas eram consideradas ignorantes se não soubessem nadar, e os professores eram aqueles que apresentavam melhor performance na água.

5 Prof. Helio Furtado Segundo Wynmann (1968), no Museu de História Del Arte, em Viena, pode-se encontrar um famoso quadro, “Juegos Infantiles”, pintado em 1560 por Pieter Brueghel, que mostra a popularidade adquirida pela natação. Primeiramente, os movimentos aquáticos eram ensinados no seco e só depois do movimento assimilado é que o aluno entrava na água. Com o passar do tempo, vários aparelhos auxiliaram na prática da natação: bexigas de porco infladas, almofadas, golas, cintos de junco, argolas, etc. Geralmente amarrado pela cintura, o aluno era puxado pelo professor que ficava fora da água. A natação começou a ser difundida somente após a primeira metade do século XIX que começou a progredir como desporto, realizando-se as primeiras provas em Londres, em Várias competições foram organizadas nos anos subsequentes e em 1844 alguns nadadores norte-americanos atuaram em Londres, vencendo todas as provas.

6 Prof. Helio Furtado Por volta das primeiras décadas do século XIX, o coronel Francisco Amoros y Odeano, um dos fundadores da ginástica francesa, desenvolveu suas práticas pedagógicas acentuando a necessidade do exercício físico. Criou uma obra constituída de 17 itens, a importância de se saber nadar, deslocar-se no meio líquido, para defender-se do inimigo e salvar pessoas no meio aquático, não apenas no âmbito militar, mas também civil: Nadar nu ou vestido, com ou sem fardos, e, sobretudo, com armas de fogo; mergulhar e manter-se por bastante tempo sob a água; fazer uso, com destreza, de todo tipo de escafandros e de máquinas para mergulho, e aprender a retirar uma pessoa da água sem ser arrastado por ela (SOARES, 1998).

7 Prof. Helio Furtado Foi aos militares que o problema da natação se colocou de maneira crucial. Para quem não sabe nadar, qualquer que seja seu armamento, um rio ou uma extensão de água constitui um obstáculo às vezes mais intransponível do que as linhas inimigas. A presença de nadadores nos exércitos sempre aumentou,consideravelmente, o poder ofensivo. Não é de estranhar que a decisão de ensinar sistematicamente natação aos soldados tenha repercutido na orientação da pedagogia da natação. .

8 Prof. Helio Furtado Segundo Catteau & Garoff (1990), necessidades nos obrigaram a resolver problemas como fome, defesa, fuga, etc, às vezes no meio líquido, e foram os militares os precursores de uma metodologia sistemática para a aprendizagem da natação.

9 Prof. Helio Furtado O CORPO E A ÁGUA A Estar e agir no meio aéreo não é igual a estar e agir no meio aquático. Existem várias propriedades físicas que interferem na ação direta e indiretamente, não só no corpo mas em todo o nosso universo de vida. Apesar do ser humano estar cerca de 9 meses no meio líquido, ao nascer passa para o meio aéreo, com isso muitas coisas se transformam, a começar com a respiração. (Velasco,1998) Pressão Hidrostática É a força que se aplica a toda superfície do corpo imerso em água. A força hidrostática aumenta com a profundidade da água e é multidirecional ( Baum, 2000) A pressão hidrostática é a primeira contribuição para o exercício, existe uma estimulação imediata da circulação periférica e estando água na altura dos ombros promove uma resistência sobre a caixa torácica. ( Paulo, 1994). A lei de Pascal estabelece que a pressão do fluido é exercida igualmente sobre todas as áreas e um corpo imerso a uma dada profundidade. A pressão é diretamente proporcional a ambas: a profundidade e a densidade do fluido. (Bates e Hanson 1998).

10 O CORPO E A ÁGUA Equilíbrio
Prof. Helio Furtado O CORPO E A ÁGUA Equilíbrio O corpo na água está sujeito a duas forças gravidade e flutuação. Se estas forças iguais e opostas o corpo estará em equilíbrio e não ocorrerá movimentos, porém se estas forças são desiguais e desalinhadas, então ocorrerá movimento e sempre rotatório. Gravidade Flutuação Equilíbrio ( Metacentro) Peso Segundo Skinner & Thomson (1985) o peso de uma substância é a força com a qual ela é atraída no sentido do centro da terra. Nas atividades aquáticas o peso do indivíduo é reduzido em 90% quando está imerso com a água na dos ombros.

11 O CORPO E A ÁGUA Peso Corporal Dentro da Água
Prof. Helio Furtado O CORPO E A ÁGUA Peso Corporal Dentro da Água O peso corporal dentro da água é aliviado de acordo com a profundidade em que se encontram as articulações, pela ação da flutuabilidade, nas seguintes proporções: nível da água no ombro 90%, nível da água no tórax 80%, nível da água na cintura 50%, nível da água na coxa 40%, nível da água nos joelhos 20% e nível da água nos tornozelos 10%. Na água o corpo flutua fazendo com que o individuo diminua o peso hidrostático e conseqüentemente, as forças compressivas que atuam nas articulações, principalmente nos membros inferiores , reduzindo desta forma o estresse nas articulações. Quanto maior o nível de imersão menor será o impacto que uma articulação será submetida ( Bonachela, 2001) Densidade É a relação entre a massa e o volume de um objeto que define sua densidade e também determina suas características específicas de flutuabilidade no fluido em que é necessário flutuar. A densidade de um objeto é então seu peso dividido por seu volume:

12 O CORPO E A ÁGUA Turbulência
Prof. Helio Furtado O CORPO E A ÁGUA Turbulência A resistência encontrada durante os movimentos através da água é consideravelmente maior do que durante a realização dos mesmos movimentos na terra, em razão da maior densidade relativa da água. O grau de resistência oferecido pela água parada depende da velocidade do movimento e da forma do corpo em movimento, isso se dá porque essa parte causa turbulência, isto é, corrente de águas aleatórias. (Baum, 2000) Quando um corpo se desloca na água ele encontra uma resistencia que se divide em positiva (ação) e negativa (reação).(Velasco,1998) Positiva: é a onda ascendente, é a pressão positiva na frente do corpo ou objeto e corresponde a aproximadamente 10% da resistência. Negativa: é a onda descendente, é a pressão negativa, a que foi criada diretamente atrás do corpo ou objeto. Forma-se uma área de baixa pressão que cria turbulência e suga o corpo para baixo.

13 Prof. Helio Furtado O CORPO E A ÁGUA Fricção A resistência do movimento através de um fluido, que é causada pela fricção entre as moléculas do fluido, é conhecida como viscosidade. Com o aumento da temperatura da água, a viscosidade diminui porque as moléculas estão mais afastadas, a viscosidade atua como uma resistência ao movimento, pois as moléculas tendem aderir à superfície do corpo. (Bates e Hanson, 1998) Flutuação A água exerce uma força (flutuação) ascendente em qualquer corpo que esteja imerso. A força depende do volume de água deslocado. O peso do objeto é uma força descendente. Quando um corpo é pesado na água, seu peso fica diminuindo pela força ascendente da flutuação na água. Quando um indivíduo empurra um objeto flutuante mais para dentro da água, surge uma força mais ascendente correspondente ao peso da água adicional que agora está sendo deslocada. ( Baum 2000)

14 FLUTUAÇÃO EXERCÍCIOS DE CONFIANÇA
Prof. Helio Furtado FLUTUAÇÃO EXERCÍCIOS DE CONFIANÇA Uma das atividades mais difíceis de um professor é estimular sem medo de errar, o senso de “segurança na água” em crianças. Provavelmente a melhor maneira de iniciar o aprendizado seja deixar simplesmente as crianças brincarem. Através do jogo eles aprenderão subconscientemente a necessidade de dominar e também usar a resistência natural da água. Os alunos mais jovens devem estar equipados com bóias de braço se forem muito pequenos para alcançar o fundo da piscina, se estiverem realmente com medo, ou em qualquer caso em que o professor achar apropriado.

15 FLUTUAÇÃO EXERCÍCIOS DE ADAPTAÇÃO
Prof. Helio Furtado FLUTUAÇÃO EXERCÍCIOS DE ADAPTAÇÃO Sentar na borda da piscina e espalhar a água Sair e entrar com segurança Andar para frente segurando no corrimão Andar para trás segurando o corrimão Saltando para cima e par baixo Colocar o rosto na água e “lava-lo” Fazer bolhas segurando o corrimão Andar em coluna (trenzinho) Segurar nos flutuadores Andar com flutuadores Saltar na parte rasa Pendurar no corrimão e andar como caranguejo Sustentação e avanço alternados

16 FLUTUAÇÃO EQUILÍBRIO VERTICAL COM APOIO PLANTAR.
Prof. Helio Furtado FLUTUAÇÃO EQUILÍBRIO VERTICAL COM APOIO PLANTAR. Esta habilidade significa o ganho do equilíbrio e do deslocamento vertical harmônico em locais de pequena profundidade onde se tem o apoio plantar dos pés. Além da aquisição da estabilidade vertical, o objetivo desta componente é fazer com que a criança experimente diferenciadas situações de instabilidade, as quais fornecem um rico repertório de desequilíbrio- reajuste posturais do corpo na água. Através das atividades de equilíbrio se realiza uma reestruturação postural do corpo no novo meio, considerando-se que todas as novas informações sensoriais ( visuais, táteis, cinestésicas e labirínticas ) e as propriedades da água ( como a densidade, pressão, temperatura, força de empuxo) são totalmente diferenciadas quando comparadas ao meio terrestre. Estas experimentações oferecem uma intensa estimulação interna a qual leva a um realinhamento dos segmentos corporais se ajustando as novas informações para “construir” um novo equilíbrio.

17 FLUTUAÇÃO EQUILÍBRIO VERTICAL COM APOIO PLANTAR.
Prof. Helio Furtado FLUTUAÇÃO EQUILÍBRIO VERTICAL COM APOIO PLANTAR. As atividades estimuladas para o ganho desta componente consistem nos deslocamentos verticais, ou seja, o caminhar com as seguintes variações: Com auxílio humano, materiais ou borda da piscina; Variando a profundidade, de locais menos para mais profundos, em plataformas ou equipamentos; Em grupo, em variadas conformações como rodas, filas ou outras; Com variação de velocidade, direção; Com transposição de obstáculos superiores ou inferiores colocados no chão, na superfície da piscina ou acima dela; Combinando com materiais dinamizantes como bolas e outros brinquedos; Combinando com saltitos, giros e outras movimentações; Equilibrar verticalmente ou deslocar em equipamentos instáveis;.

18 Prof. Helio Furtado FLUTUAÇÃO Os comportamentos apresentados pelas crianças de 0 a 6 anos no desenvolvimento desta componente são: Equilibrar em locais de pouca profundidade; Caminhar com auxílio humano ou de materiais; Caminhar sem auxílio com desenvoltura; Explorar os deslocamentos verticais em diversos materiais, planos, velocidades e combiná-los com outras habilidades. EQUILÍBRIO EM LOCAIS PROFUNDOS, COM AUXÍLIO DE IMPLEMENTOS FLUTUADORES. Através desta componente o corpo experimenta o equilíbrio desde a posição vertical até a posição horizontal passando pela posição inclinada, acompanhando o desenvolvimento das diferentes etapas de evolução dos movimentos aquáticos de pernas, os quais também passam por diferentes posições de corpo.

19 Prof. Helio Furtado FLUTUAÇÃO O uso de flutuadores permite experimentar a ação da força do empuxo precocemente, mesmo que modificada, além de oferecer oportunidade de propulsão e liberdade de exploração desde a tenra idade. Na busca da estabilidade nestes materiais a criança trabalha intensamente o equilíbrio nas diversas e variadas retificações posturais que necessita realizar. Sua utilização permite também à criança que experimente e desenvolva também em idade precoce, a habilidade motora dos membros inferiores e com isso ganhe uma grande independência, liberdade e alegria para explorar o meio aquático. As atividades propostas para aquisição desta componente consistem no equilíbrio e deslocamento em locais profundos utilizando flutuadores diversos que; Oferecem muito apoio e grande estabilidade; Oferecem médios apoio e média estabilidade; Oferecem pouco apoio e pequena estabilidade; Exploração do equilíbrio em diversas posições nos diferentes implementos flutuadores;

20 FLUTUAÇÃO EQUILÍBRIO HORIZONTAL- FLUTUAÇÃO VENTRAL E DORSAL
Prof. Helio Furtado FLUTUAÇÃO EQUILÍBRIO HORIZONTAL- FLUTUAÇÃO VENTRAL E DORSAL Esta componente representa a conquista de uma nova posição hidrodinâmica, ou seja, uma reaprendizagem postural, a qual necessita de uma reorganização interna do indivíduo o qual perderá o apoio plantar dos pés no chão para se manter sustentado apenas pela água. Implica em uma progressão das posições equilibratórias chegando à capacidade de manter-se sobre a água horizontalmente. É uma conseqüência das aquisições equilibratórias das duas componentes anteriores. Este equilíbrio será conquistado tanto na posição ventral como dorsal. É importante considerar também que a criança trocará sua posição vertical, na qual estão estruturadas as referências e coordenadas corporais, para uma posição horizontal, perdendo assim seus referenciais de orientação. O acima e abaixo que tinham como correspondência a cabeça e os pés, na nova posição correspondem às costas e abdome

21 Prof. Helio Furtado FLUTUAÇÃO À posição dorsal deve ser dada uma especial atenção na graduação das atividades por ser um posição de muita insegurança para a grande maioria das pessoas devido à forte estimulação do sistema proprioceptivo labiríntico e pela possibilidade de submegir-se ao desconhecido, em um plano que está fora de seu controle visual, perdendo em maior grau as referências de orientação. As formas clássicas para o desenvolvimento desta habilidade são: Atividades de deitar em colchões ou tapetes de diversas espessuras e flutuabilidade, partindo dos mais para os menos flutuantes até sua total retirada; Atividades que incluem a ultrapassagem de obstáculos superiores e inferiores em que o corpo perde o contato parcial ou total dos pés com o chão; Progressão do trabalho com implementos flutuadores até o apoio nas mãos, com posterior retirada gradativa destes; Experimentações das posições de flutuação com auxílio corporal e retirada destes gradativamente; Atividades de deitar e deslizar até algum elemento deixando o corpo em suspensão, em distância gradativas;

22 Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO Uma dificuldade com que se depara um sujeito nos primeiros contatos com o meio aquático relaciona-se com a respiração. A impossibilidade de utilizar o mecanismo respiratório habitual no meio aquático, especialmente quando se encontra em decúbito ventral, implica a necessidade de aquisição de novos automatismos. Ou seja, ao mecanismo respiratório inato utilizado no meio terrestre, há que promover as alterações adequadas. Alterações essas que passam em traços largos pelo aumento voluntário das trocas gasosas e, consequentemente, pela sua dominância bocal.

23 DETERMINANTES FISIOLÓGICAS E MECÂNICAS
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO  DETERMINANTES FISIOLÓGICAS E MECÂNICAS A respiração assume um duplo papel. Um papel fisiológico, relacionado com a atividade corporal e a necessidade de efetuar trocas gasosas; e um mecânico, em virtude de influenciar diretamente a flutuabilidade do sujeito  Numa perspectiva fisiológica, estando sentado imerso até ao pescoço, a capacidade vital de um indivíduo diminui 8 a 10% (Agostino et al., 1966 in Holmér, 1974). Isto deve-se a um aumento do volume sanguíneo na região torácica. Para mais, o aumento da resistência à ventilação durante a imersão, em repouso ou em actividade, promove um aumento do esforço respiratório. Assim sendo, o acto respiratório não pode ser meramente reflexo e passivo, tendo de se tornar voluntário e ativo.

24 DETERMINANTES FISIOLÓGICAS E MECÂNICAS
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO DETERMINANTES FISIOLÓGICAS E MECÂNICAS    Fato este que decorre de um aumento do ar inspirado, o qual tende a diminuir a densidade corporal, portanto, afetando a sua flutuabilidade Ou seja, ao aumentar-se o volume de ar nos pulmões e ficando em apneia inspiratória aumenta-se o volume corporal imerso, bem como, o volume de água deslocado e, consequentemente, a Força de Impulsão Hidrostática. Assim sendo, altera-se uma das forças de que depende o equilíbrio no meio aquático.

25 ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO  ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS      Outro aspecto relaciona-se com as características físicas desse mesmo meio, nomeadamente o fato de ser mais denso que o ar. O ato expiratório terá de ser voluntário e ativo para poder vencer a maior pressão existente na água do que na cavidade bocal e no nariz. Caso contrário, a tendência será para a entrada de água por essas vias e não a expulsão do ar.    Assim sendo, o trabalho de aperfeiçoamento da respiração pressupõe a criação de um automatismo respiratório necessariamente diferente do automatismo inato (Mota, 1990). Este passará pelo aumento voluntário das trocas gasosas, conseguidas pela opção da cavidade bocal em detrimento da nasal para inspirar e da boca e do nariz para expirar (Navarro, 1995; Crespo e Sanchez, 1998; Moreno e Sanmartín, 1998)., 1968).

26 ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS      Uma das principais limitações impostas pela passagem à posição horizontal, mais concretamente ao decúbito ventral, relaciona-se com a necessidade de imersão da face, a qual se constitui como uma limitação da função ventilatória . Ou seja, o mecanismo respiratório sofre algumas alterações quando o sujeito se encontra no meio aquático, devido à face se encontrar temporariamente imersa. Isto porque a manutenção da face emersa em decúbito ventral terá fortes repercussões negativas na posição corporal. Nessa posição, a elevação da cabeça terá como reação o afundamento dos membros inferiores e, inevitavelmente, o aumento da força de arrasto hidrodinâmico (Counsilman, 1968).

27 ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS      Quadro 1. Comparação das alterações de comportamentos no meio terrestre e no meio aquático, em termos de respiração (adaptado de Mota, 1990).

28 ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS      A apropriação do comportamento desejado para o meio aquático não é instantâneo. Esta aquisição passa por uma conjunto de comportamentos previsíveis e sequenciáveis. Os componentes básicos da prontidão motora associadas à habilidade "respiração" e o controle respiratório. O quadro 2 apresenta a seqüência de comportamentos tendo em vista o domínio desta componente, segundo Langendorfer e Bruya (1995).

29 Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO  Quadro 2. Sequência de comportamentos tendo em vista o domínio das componentes associadas à habilidade "respiração" (adaptado de Langendorfer e Bruya, 1995).

30 SEQUÊNCIA METODOLÓGICA
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO  SEQUÊNCIA METODOLÓGICA     Neste sentido a seqüência metodológica sugerida por Carvalho (1982; 1994) para a abordagem da habilidade motora aquática básica "respiração" compõe-se das seguintes fases: Molhar a Face - O aluno deverá desde cedo não sentir reticências em manter a face molhada. Para tal deve-se solicitar que ele molhe a cara. Por exemplo, no caso das crianças pode-se pedir que elas "lavem a cara dentro da piscina como fazem no lavatório". 2. Imergir e Abrir os Olhos - O passo seguinte será promover a imersão da cabeça, mantendo os olhos abertos dentro de água, impedindo os reflexos óculo-faciais já descritos que levam geralmente ao fecho dos olhos.  Pode-se dividir esta etapa em duas fases. Numa primeira fase, realizar-se-ão imersões de curta duração (1-5 segundos). Numa fase subsequente, promove-se a execução de imersões acrescidas. Isto é, propõe-se um prolongamento do tempo da imersão, consequência de um maior à vontade do aluno na execução das tarefas.

31 SEQUÊNCIA METODOLÓGICA
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO  SEQUÊNCIA METODOLÓGICA  3- Expiração na Água -     O aluno deverá compreender que para expirar ele terá de efetuar expirações ativas, caso contrário o ar não consegue vencer a pressão exercida pela água. Pedir ao aluno que expire para a água ou que empurre uma bola de ténis de mesa com o sopro, são exemplos de tarefas que poderão ser apresentadas com este objectivo.  A duração da expiração deverá ser gradualmente aumentada até ser possível a expiração completa. Em alunos que ainda se encontram nesta fase, este tipo de expiração é conseguida primordialmente através de um aumento da duração, sem aumento do débito.

32 SEQUÊNCIA METODOLÓGICA
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO  SEQUÊNCIA METODOLÓGICA 4- Expiração Ritmada - A ideia subjacente consiste na criação de um ritmo respiratório, onde a fase inspiratória será realizada em intervalos temporais constantes. Por exemplo, inspirar a um tempo e expirar a quatro tempos será uma sugestão para se promover a realização de expirações ritmadas. 5. Expiração Ritmada Associada ao Batimento Alternado dos Membros Inferiores - Por forma a associar e sincronizar a função respiratória com a função propulsiva, deve-se apresentar tarefas que solicitem a sincronização entre o acto inspiratório e a acção dos membros inferiores. Por exemplo, pedir ao aluno para inspirar em cada dois, quatro ou seis batimentos dos membros inferiores. Este último padrão de sincronização será dos mais oportunos, dado que é análogo ao adoptado nas técnicas alternadas. 6. Ritmo Respiratório - Mais não é do que sincronizar a respiração com a acção dos membros superiores (Catteau e Garoff, 1988); da mesma forma que anteriormente se procurou sincronizar a respiração com a ação dos membros inferiores. Isto porque é a acção dos membros superiores que, em qualquer técnica de nado formal, irá determinar o momento de inspiração, ou seja, o ritmo respiratório. .

33 SEQUÊNCIA METODOLÓGICA
Prof. Helio Furtado RESPIRAÇÃO  SEQUÊNCIA METODOLÓGICA 7. Controlo Respiratório - O controle respiratório pode ser efetuado frontalmente, através da extensão da cabeça ou lateralmente, através de uma rotação lateral da mesma. As inspirações laterais são do tipo unilateral, ou seja, através da rotação da cabeça sempre para um dos lados. Uma outra alternativa é a inspiração bilateral, isto é, a rotação alternada para cada lado, em ciclos inspiratórios consecutivos. Este tipo de inspiração lateral terá particular interesse na medida em que poderá ser um transferência motora positiva para a técnica inspiratória realizada na técnica de Crawl.


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