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PREVINIR DOENÇAS CRÔNICAS, UM INVESTIMENTO NECESSÁRIO, WHO2005 PREVENTING CHRONIC DISEASES: A VITAL INVESTMENT http://www.who.int/chp/chronic_disease_report/en/

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Apresentação em tema: "PREVINIR DOENÇAS CRÔNICAS, UM INVESTIMENTO NECESSÁRIO, WHO2005 PREVENTING CHRONIC DISEASES: A VITAL INVESTMENT http://www.who.int/chp/chronic_disease_report/en/"— Transcrição da apresentação:

1 PREVINIR DOENÇAS CRÔNICAS, UM INVESTIMENTO NECESSÁRIO, WHO2005 PREVENTING CHRONIC DISEASES: A VITAL INVESTMENT Quando os países se desenvolvem economicamente, alguns riscos parecem afetar os mais ricos primeiro, no entanto tais riscos logo se concentram entre os pobres.

2 CAUSAS DAS DOENÇAS CRÔNICAS
DETERMINANTES SÓCIO- ECONÔMICOS , CULTURAIS, POLÍTICOS E AMBIENTAIS FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS FATORES DE RISCO INTERMEDIÁRIOS PRINCIPAIS DOENÇAS CRÔNICAS GLOBALIZAÇÃO DIETAS GERADORAS DE DOENÇAS AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL DOENÇA CARDÍACA URBANIZAÇÃO INATIVIDADE FÍSICA TABAGISMO AUMENTO DA GLICOSE SANGUÍNEA ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS LIPÍDEOS SANGUÍNEOS ANORMAIS CANCER IDADE SOBREPESO/OBESIDADE DOENÇAS RESPIRATÓRI AS CRÔNICAS HEREDITARIEDADE DIABETES

3 Milhões de mortes no mundo em 2005 atribuídas a diferentes fatores de risco

4 DA POBREZA ÀS DOENÇAS CRÔNICAS
Privação social e Estresse Psicológico Restrições de escolhas e maiores níveis de comportamentos de risco Riscos de doença aumentados Início da doença Acesso reduzido a atenção à saúde Menores oportunidades para prevenir complicações

5 Efeito cumulativo de riscos para doenças crônicas
Vida Fetal Infância Adolescência Vida Adulta Acúmulo de riscos para doenças crônicas

6 SUSCEPTIBILIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
A NOVOS PRODUTOS Empresas produtoras de guloseimas, assim como as produtoras de cigarros, focalizam seus esforços de divulgação nos jovens e crianças. Além de receptivos para novos produtos, esses indivíduos estão formando seus padrões de consumo, e, uma vez conquistados, se transformam em consumidores pelo resto de suas vidas. Acesso nunca visto a alimentos saborosos, de alto valor calórico e que são intensamente promovidos por campanhas que os associam à beleza, ao prazer e à felicidade.

7 Editorial “Selling To – and Selling Out – Children”,
The Lancet 360, 28 set. 2002, 959 O que pode ser feito a respeito dessa situação realmente perniciosa? Algumas soluções são óbvias : profissionais de saúde e nutrição têm de se distanciar da indústria alimentícia ou, pelo menos, declarar com quem estão trabalhando. Os pais têm que entender que “a batatinha que não mata engorda” : as cadeias de fast-food não são instituições educacionais, não importa a quantidade de material pedagógico de leitura ou matemática que distribuam. Soluções mais radicais devem ser consideradas: tributar refrigerantes e lanches do tipo fast-food, subsidiar alimentos nutritivos como frutas e verduras, proibir o marketing e a publicidade para crianças. Paralelos entre as táticas das indústrias alimentícias e tabagistas são impressionantes.

8 ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL E SÓCIO-ECONÔMICA DE ALIMENTOS VEICULADOS EM
PROPAGANDAS DURANTE O HORÁRIO INFANTIL NAS DUAS EMISSORAS DE MAIOR AUDIÊNCIA DA TV BRASILEIRA Pesquisadoras: Tatiana Elias de Pontes & Thalita Feitosa Costa Orientador: Prof. Dr. José Augusto de Aguiar Carrazedo Taddei Co-orientadores: Profª. Drª. Anne Lise Dias Brasil Prof. Dr. Luiz Anderson Lopes Nutricionista Consultora: Annete Bressan Rente Ferreira As empresas vêm lutando para influenciar o grupo de consumidores tradicionalmente conhecido como crianças. O que antes era campo de ação de algumas empresas de brinquedos e entretenimento passou a ser um empreendimento enorme de múltiplos tentáculos. De fato, hoje, as crianças são bombardeadas por propagandas em toda parte e passam cerca de 40 horas semanais envolvidas com a mídia – em sua maioria movida por propagandas televisivas – assistindo, na média, cerca de quarenta mil propagandas ao ano, muitas das quais focalizam a venda de produtos alimentícios. Atualmente, tem-se verificado que o excesso de tempo gasto em frente à TV pelo público infantil pode estimular o sedentarismo e hábitos alimentares inadequados, precursores dos fatores de risco para importantes condições clínicas, como a obesidade infanto-juvenil, a hipertensão arterial, as dislipidemias, a hiperinsulinemia e o aumento dos níveis glicêmicos, cujas conseqüências à saúde infantil podem aparecer cada vez mais precocemente. Esse projeto tem procedido com criteriosa gravação da programação infantil das duas emissoras de maior audiência da TV aberta brasileira, selecionando algumas propagandas alimentícias e, posteriormente, analisando nutricional e sócio-economicamente seus respectivos alimentos. Em parceria com o Instituto Alana, a Disciplina de Nutrologia Pediátrica da UNIFESP-EPM está publicando as análises, com o objetivo de transmitir aos pais e filhos informações que levem ao maior discernimento na escolha dos alimentos que irão compor a mesa das crianças brasileiras, bem como de mostrar ao público o quão prejudicial pode ser a influência das propagandas de alimentos para as crianças por estimularem a compra e o consumo de alimentos, em sua maioria pouco nutritivos e obesogênicos.

9 Biscoito TRAKINAS Trakmix
Os biscoitos estão mudando... atualmente, já encontramos produtos, como as Trakinas Trakmix, que, reduzidos em tamanho, lembram-nos aperitivos, de fácil transporte, ideais para serem “beliscados” entre as refeições No que diz respeito às calorias e carboidratos, verificamos que a ingestão de um pacote inteiro de Trakmix (o que não é muito difícil...) fornece cerca de 60 g de açúcares e 420 kcal... ou seja, quase 25% das calorias totais que uma criança pouco ativa de 7 a 10 anos deve ingerir em um dia!!! Logo, não é improvável que o consumo constante dessas “bolachinhas” possa levar à obesidade e a todas as doenças relacionadas a ela que tão bem conhecemos, como diabetes mellitus e aumento nos níveis sanguíneos de colesterol e triglicerídeos Quanto à quantidade de sódio, os dados são alarmantes! Se nos basearmos na rotulagem nutricional obrigatória recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para crianças de 7 a 10 anos, a ingestão dos 100 g do pacote fornecerá 96% da quantidade recomendada para sódio. Isso permite-nos concluir que, junto com outros alimentos que a criança ingerirá ao longo do dia, a recomendação desse mineral certamente será ultrapassada. O sódio em excesso na dieta a longo prazo comprovadamente amplia as chances de seu consumidor vir a ter hipertensão arterial Para finalizar, tendo em vista seu preço exorbitante (cerca de R$2,70/100g ou R$27,00/kg) podemos considerá-lo como um produto caro e pouco adequado nutricionalmente se nos lembrarmos que verduras e frutas também são excelentes fontes de fibras e vitaminas, mas com vantagens por terem menor custo econômico e protegerem de doenças cardíacas e obesidade Assim, consumidor, nossas escolhas alimentares, bem como a de nossos filhos, não devem ser guiadas tão somente pelas propagandas alimentícias, mas também devem valorizar uma alimentação mais balanceada do ponto de vista nutricional, associada a atividades físicas, a fim de que nossas crianças saudáveis não se tornem adolescentes obesos, com sérios comprometimentos à saúde quando adultos.

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11 NESCAU® Cereal Nestlé Atualmente, em vista do crescimento do consumo dos cereais matinais, tem-se aumentado também a produção de tais produtos. Um deles – denominado “Cereal Radical” em suas propagandas – é o Nescau® Cereal Nestlé, transmitido na programação infantil das duas principais emissoras da televisão aberta brasileira Segundo informações contidas no rótulo do “Cereal Radical”, uma porção de 30g fornece cerca de 7% das calorias totais diárias recomendadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para crianças em idade escolar (cerca de 1750 Kcal/dia). Vale salientar, no entanto, que aproximadamente 85% deste valor calórico deve-se aos carboidratos presentes no produto, já que proteínas e gorduras totais estão contidas em quantidades mínimas – 1g cada Merece destaque também a quantidade total de fibras alimentares por porção do Nescau® Cereal Nestlé: nem chega a 1 g!!! O mais interessante de tal informação é que o produto não é o “Cereal Radical”? A própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) diz que cereal: “(...) são as sementes ou grãos comestíveis das gramíneas, tais como: trigo, arroz, centeio, aveia (...)” sendo, portanto, importantes fornecedores de fibras alimentares. Tendo em vista tal definição, um alimento que sequer tem 3 g de fibras por 100 g de produto (quantidade recomendada pela ANVISA para que um produto possa ser considerado alimento-fonte de fibras), não deveria ser denominado cereal, e muito menos receber o carinhoso “apelido” de “Cereal Radical” Por outro lado, estaríamos sendo injustos se não discutíssemos que, apesar da imensa quantidade de carboidratos e do insignificante valor de fibras alimentares, Nescau® Cereal contém um alto teor de vitaminas C e do complexo B, além de minerais como zinco, ferro e cálcio – tão importantes para o desenvolvimento infanto-juvenil. Apesar disso, o sódio – “vilão” dos minerais – encontra-se em alta concentração em uma porção única do “Cereal Radical” (¾ de xícara), correspondendo a cerca de 30% da ingestão diária recomendada!!! Por fim, o preço: uma caixa com 270 g do “Cereal Radical” custa, nas redes de supermercado, cerca de R$ 6,50, correspondendo a R$ 24,00 por quilo do produto - preço suficiente para comprar mais de 2 kg de flocos de aveia, que são substitutos sem excesso de sal, mas com suficiente quantidade de fibras alimentares, gorduras e proteínas

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13 MC Lanche Feliz Na mídia televisiva, durante o horário da programação infantil, são veiculadas, em média, quatro vezes/semana as propagandas do Mc Lanche Feliz, que procuram seduzir as crianças oferecendo seus conhecidos brindes. Contudo seguindo uma linha nutricionalmente mais consciente, o tradicional “Hambúrguer/Cheeseburguer + Mc Fritas pequena + Coca-cola pequena” tem-se tornado mais flexível, ganhando uma versão mais light e saudável – com o Mc Fruit no lugar do refrigerante e as Cenouritas do Donald’s ao invés das batatas fritas. Um modelo renovado e interessante se não fosse por um simples detalhe: suas propagandas na TV brasileira sequer citam essas novidades, dando ênfase unicamente àquele tradicionalmente já conhecido. Certamente, após análise do Mc Lanche Feliz, ficamos indignados com tantas “aberrações” nutricionais. Dessa forma, considerando a dieta para escolares (7 a 10 anos) de 1750 Kcal diárias recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a ingestão do trio de alimentos representa 33% do valor calórico diário se o lanche escolhido for o Hambúrguer e aproximadamente 36% no caso do Cheeseburguer!!! Simultaneamente, merece atenção especial a quantidade e qualidade da gordura do Mc Lanche Feliz, só a gordura representa um terço do total a ser consumido no dia todo. Parte deste percentual corresponde às gorduras saturadas, as quais, causam o acúmulo de placas de gorduras nos vasos sangüíneos. Também temos o altíssimo (altíssimo mesmo!!!) teor de sódio no famoso Mc Lanche Feliz tradicional, encontramos mais que o dobro da quantidade diária recomendada, chegando a quase o triplo, quando se trata do Cheeseburguer!!! Isso sem falar no sal que é adicionado às batatas após o preparo... Outra questão a ser enfocada é de amplo conhecimento público: o alto “Mcpreço” do Mc Lanche Feliz, R$ 9,45! Recursos suficientes para comprar, na rede de supermercados, suprimentos para preparar uma refeição básica para cinco pessoas!!!! Composta de arroz, feijão, frango, salada e fruta. Exemplo: Tendo em vista a análise nutricional e a análise do custo dos produtos que cotidianamente são consumidos nas redes de fast food, cabe a nós, consumidores, com esses conhecimentos, adequar e reeducar a nossa própria dieta e a de nossos filhos, estimulando-os precocemente a refletirem acerca de suas escolhas alimentares, bem como das influências implícitas em “inocentes” propagandas veiculadas durante a programação infantil. 500g arroz = R$ 1,00 250g feijão = R$ 0,50 1 Kg frango = R$ 1,80 1 pé de alface = R$ 0,50 500g tomate = R$ 0,80 500g maça = R$ 1,00 Transporte, armazenagem, temperos, óleo, gás e tempo dispendido no preparo = R$ 3,85 Total = R$ 9,45

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15 Dos três alimentos analisados constata-se que:
As mensagens publicitárias atribuem valores aos alimentos que eles não tem, explorando subliminarmente o imaginário e a fantasia infantil; Os rótulos apresentam composição centesimal referente a consumo de adultos (2500 Kcal) ao invés das 1800 recomendadas para escolares; São em geral altos os teores de sódio, carboidratos e gorduras ; São baixos os teores de fibra alimentar; São extremamente caros quando comparados com alternativas de alimentação

16 Projeto RRAMM - Impacto de 45 aulas de educação nutricional e de estímulo a atividade física entre 437 escolares da rede pública São Paulo 2000 Gasto Energético em Kcal medidas pelo SOFIT Guloseimas - mais que duas ao dia por quatro ou mais dias na semana Obesidade - prevalência % ZPE>2 Taddei, Bracco & Colugnati 2001

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18 Crianças do Consumo: A infância Roubada Susan Linn
Instituto Alana, São Paulo, 2006 À medida que as corporações competem cada vez mais agressivamente por consumidores jovens, a cultura popular – que tradicionalmente evolui da auto-expressão criativa captando e informando experiências partilhadas – está sendo sufocada pela cultura comercial vendida incessantemente às crianças por pessoas que as valorizam por seu consumo, não por sua criatividade

19 Distribuição total da propagandas durante o horário infantil
Total Propagandas de alimento 268 Outras 1172 Emissora A Emissora B Total propagandas de alimentos 134 39 173 propagandas total 1440 299 1739 prop alimentos/prop total (%) 9,31 13,04 9,95

20 Institucional (fast foods e empresas alimentícias)
NAS 11 MANHÃS (JULHO A SETEMBRO 2006) DE PROGRAMAÇÃO GRAVADAS E ANALISADAS: O TEMPO MÉDIO DE PROGRAMAÇÃO INFANTIL DIÁRIO FOI DE 3,2 HORAS SENDO QUE 25(13%) MINUTOS FORAM DESTINADOS A PROPAGANDAS, DAS QUAIS 5(20%) MINUTOS FORAM PROPAGANDAS DE ALIMENTOS CATEGORIA DE ALIMENTO  N(%) Guloseimas (chocolate, bolacha recheada, bala, goma de mascar, salgadinho e sorvete) 87(50) Institucional (fast foods e empresas alimentícias) 37(21) Bebidas não lácteas (refrigerante, cerveja, suco, bebidas para esportistas) 24(13) Cereais (cereal matinal e pão) 11(6) Lacteos (bebidas fermentada, iogurte, queijo petit suisse, bebida achocolatada) 9(5) Outros 5(3) Pré-preparados (macarrão instantâneo, pedaço de frango temperado, hambúrguer, empanados) Total 173

21 % DRI para Escolares/porção
Produto (fabricante-g/embalagem) R$ Porção Na Gordura Saturada Fibra KCal Carboidratos Trakinas Trakimix (Kraft- 100g) 2,70 30g 29 6 19 7 Nescau Cereal (Nestle - 270g) 6,50 30 < 7 10 Mc Lanche Feliz (Mc Donald´s) 9,45 cheeseburguer batata frita refrigerante (300ml) 295 42 38 35

22 REFRIGERANTE SCHIN 250 ML O refrigerante Mini Schin, nova moda entre as crianças nos horários do lanche, é atrativo com sua embalagem e seu formato reduzidos e “bonitinhos”. Entretanto, o que pouco se discute é que ele é um alimento que fornece unicamente açúcares (cerca de 23,75 g) e, portanto, contém um alto valor calórico (100 Kcal) em 250ml ou um copo. Logo, pode ser considerado um alimento não nutritivo!!! Dessa forma, sua ingestão freqüente pode contribuir para aumentar o risco do desenvolvimento da obesidade infanto-juvenil e doenças associadas a ela na idade adulta. Sendo assim, seu consumo deve ser desestimulado, dando-se preferência a sucos naturais, reconhecidas fontes de fibras, vitaminas e sais minerais. Vale ressaltar, no entanto que, no rótulo, as porcentagens dos nutrientes foram baseadas em uma dieta de Kcal/dia, como o público alvo é o infantil, o ideal seria que as informações nutricionais fossem baseadas nos valores da Ingestão Diária Recomendada para crianças de até 10 anos - que atinge 1750 Kcal/dia, conforme as diretrizes de rotulagem nutricional obrigatória da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diante disso, alertamos vocês, consumidores, sobre o fato de que quase sempre os percentuais de nutrientes apresentados pelos produtos dizem respeito à dieta ideal para adultos! Acompanhando a grande quantidade de açúcar, encontramos no “minúsculo” refresco muitos corantes artificiais – denominados aditivos alimentares por especialistas. Para quem não sabe, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aditivos para alimentos são: “toda substância, que não apresenta valor nutritivo, adicionada ao alimento com a finalidade de impedir alterações, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor; modificar ou manter seu estado físico geral, ou exercer qualquer ação exigida para uma boa tecnologia de fabricação do alimento”. Em vista disso, o que pouco se discute é que o uso excessivo e prolongado de alimentos corados e/ou conservados artificialmente pode associar-se a riscos à saúde, como alergias, comprometimento das funções dos rins, da tireóide e até mesmo insônia em criança. Outro ponto importante a ser discutido diz respeito ao preço do produto. Cada embalagem de mini schin, com 250ml somente de calorias, açúcares e corantes artificiais, custa, em média, R$ 0,60 (cerca de R$ 2,40 por litro) – em caontrapartida, nos dias de hoje, um litro de suco industrializado varia de R$ 2,50 a R$ 5,00!!! Assim, o preço desse refrigerante pode parecer atraente, tornando-o um alimento acessível devido ao seu baixo custo, podendo até favorecer seu consumo excessivo. Vale ressaltar, porém, que o refrigerante mini schin, quando comparado a um suco natural, embora custe cerca da metade do preço por volume, não é mais que água com açúcar. Com essa consciência, vemos que de fato, é muito caro já que não tem as vitaminas, minerais e fibras dos sucos. Logo, como alternativa ao consumo de refrigerantes, recomendamos aos pais, darem preferência a sucos naturais, feitos em sua própria casa; uma alternativa que, apesar de necessitar de um pouco de tempo e paciência para o preparo, é adequada do ponto de vista nutricional e econômico, uma vez que algumas unidades das próprias frutas – como limão, maracujá, laranja ou frutas que fazem parte da safra da época – podem render até 1 litro de suco. Em outras palavras, com um custo similar ao de refrigerantes, podemos quadruplicar a quantidade de bebida, com um importante ganho na qualidade nutricional e na saúde, principalmente para as crianças, que estão na fase de formação de seus hábitos alimentares. Informação Nutricional porção de 200 ml Ingredientes: Água carbonatada, açúcar, extrato de guaraná, preparado líquidos para refrigerantes (açúcar), óleos essênciais, acidulante INS 330, corante INS 150d e conservador INS 211. CONTÉM AÇÚCAR.

23 X CONGRESSO BRASILEIRO DE NUTROLOGIA SÃO PAULO 16 DE SETEMBRO DE 2006
REDUÇÃO DOS RISCOS DE ADOECER E MORRER NA MATURIDADE JOSÉ AUGUSTO TADDEI DISCIPLINA DE NUTROLOGIA DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA

24 PERCENTUAIS DE ANOS POTENCIAIS DE VIDA SAUDÁVEL PERDIDOS (APVSP)SEGUNDO PRINCIPAIS CAUSAS DE DOENÇAS, ESTIMATIVAS MUNDIAIS PARA TODAS AS IDADES, WHO 2005 % DE APVSP

25 PERCENTUAIS DE ANOS POTENCIAIS DE VIDA SAUDÁVEL PERDIDOS (APVSP)SEGUNDO PRINCIPAIS CAUSAS DE DOENÇAS, ESTIMATIVAS MUNDIAIS PARA TODAS AS IDADES, WHO 2005 % DE APVSP

26 Projeção para 2005 das taxas de mortalidade no grupo etário anos, por habitantes de diferentes países.

27 OBESIDADE, SEDENTARISMO CLASSE SOCIAL
Os mais pobres e menos informados apresentam piores hábitos alimentares e de atividade física. Nos Estados Unidos os hispânicos e africanos tem taxas de obesidade 50% maior que as dos brancos.

28 OBESIDADE, SEDENTARISMO E MORBI-MORTALIDADE
A crescente onda de doenças crônicas deve acometer de forma intensa as populações em desenvolvimento nas próximas décadas. O número de diabéticos no mundo deve duplicar em 2025 atingindo 300 milhões de indivíduos, 75% desse crescimento ocorrendo em países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos a mortalidade proporcional por câncer deve se manter estável, em torno de 18%. Tais taxas devem duplicar nos países em desenvolvimento, atingindo 14% em

29 CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS CRÔNICAS
Levam décadas para se estabelecer, tem sua origem na infância e juventude. Devido a sua longa duração, existem muitas possibilidades para prevenção. O tratamento em geral é de longa duração, complexo e caro. Os serviços de saúde precisam integrar o controle dessas doenças com o controle de doenças agudas e infecciosas

30 Equívocos freqüentes sobre doenças crônicas e a realidade
Doenças crônicas afetam países de maior renda. Países em desenvolvimento devem controlar doenças infecciosas antes de combater as doenças crônicas. Doenças crônicas afetam pessoas idosas (25% das doenças crônicas ocorrem em pessoas com menos de 60 anos). Doenças crônicas afetam predominantemente os homens (das mortes projetadas para 2005 no mundo todo por doença coronariana, 47% ocorrerão entre mulheres e 53% entre homens). Doenças crônicas são o resultado de estilos de vida inadequados, não dependem da organização social e política mas exclusivamente das escolhas dos indivíduos. Doenças crônicas não são preveníveis. Prevenção das doenças crônicas é muito cara. Meu avô fumava e tinha sobrepeso mas viveu até os 96 anos. Todos vão morrer por alguma causa, mas morte não precisa ser lenta, sofrida ou prematura.

31 PREVINIR DOENÇAS CRÔNICAS, UM INVESTIMENTO NECESSÁRIO, WHO2005 PREVENTING CHRONIC DISEASES: AVITAL INVESTMENT , WHO O PROBLEMA 80% das mortes por doenças crônicas ocorrem em países em desenvolvimento acometendo igualmente homens e mulheres. Tal ameaça está crescendo – o número de pessoas, famílias e comunidades atingidas é maior a cada ano. Esta ameaça crescente é subestimada como causa de pobreza que dificulta o desenvolvimento econômico de vários países. A SOLUÇÃO A ameaça que representam as doenças crônicas podem ser superadas a partir do conhecimento disponível. As soluções são efetivas e altamente custo-efetivas. Ações integradas e abrangentes dirigidas por agências governamentais é o meio de atingir sucesso. A META Redução adicional de 2% por ano nas taxas de mortalidade mundiais no decorrer dos próximos 10 anos. Com isso previne-se 36 milhões de mortes prematuras em 2015. O conhecimento científico para atingir essa meta já existe.

32 CUSTOS DA OBESIDADE E GASTOS COM PROPAGANDA DE ALIMENTOS NOS EEUU
Empresas que comercializam alimentos industrializados, gastam bilhões de dólares/ano para promover aumento do consumo

33 CUSTOS DA OBESIDADE PARA O SUS
R$1,2 bilhão gastos anualmente no Sistema Único de Saúde, podem ser atribuídos ao sobrepeso e obesidade que aumentam consumo de medicamentos, procedimentos diagnósticos e internações por: obesidade mórbida hipertensão acidente vascular cerebral infarto do miocardio diabetes cancer de colon colelitíase Sichieri, Vianna & Coutinho 2003

34 “As evidências de que obesidade infantil é prevenível ou tratável são de nível 4 - opinião de especialistas REILLY (2002) REVISÃO SISTEMÁTICA CRIANÇAS OBESAS QUE VOLTARAM AO PESO NORMAL E PERMANECEM DESTE MODO NA IDADE ADULTA COORTES % HAASE-HOSENFEL (1956) 20 MOLLINS (1957) 25 LLOYD (1961) 20 LODI (1970) 18 HAMANAR (1971) 28 BONNET (1974) 15

35 Estimativas de obesidade (em milhões) entre crianças e adolescentes brasileiros
Estimativas populacionais da IBGE 2000. Prevalências estimadas de obesidade de 10% para os três grupamentos etários.

36 Permanecerão obesos na idade adulta
Estimativas (em milhares) de crianças e adolescentes obesos brasileiros que procurarão atendimento, que deixarão de ser obesos na idade adulta e que permanecerão obesos na idade adulta. Permanecerão obesos na idade adulta 4% deixarão de ser obesos na idade adulta 20% procurarão atendimento OBESOS

37 AÇÕES CONSCIENTES POSSÍVEIS
Legislação: Rotulagem de produtos alimentícios (valor energético, composição) Limitar propaganda de alimentos nos horários de programação infantil na tv Subsídios para produtos com baixa densidade energética Mídia: Programas educativos para promoção estilo de vida saudável

38 TRANSIÇÃO NUTRICIONAL E INCLUSÃO SOCIAL
A transição nutricional faz parte de uma série de transições inter-relacionadas em tecnologia, economia, demografia e saúde, que juntas ajudaram a definir o desenvolvimento industrial no século vinte. No Brasil, que encontra-se em estágio intermediário dessa transição, a população incluída no mercado de consumo apresenta doenças associadas aos excessos alimentares enquanto que, os ainda excluídos desse mercado, continuam a apresentar doenças devidas a ingestão insuficiente de alimentos.

39 CONSUMO DEFICIENTE / EXCESSIVO DE ALIMENTOS E DOENÇAS ASSOCIADAS
Indivíduos com distúrbios nutricionais, tanto por falta como por excesso alimentar, são mais susceptíveis a doenças. Ambos apresentam redução nas suas expectativas de vida. Desnutrição energético-protéica, falta de vitaminas e minerais promovem problemas de saúde preponderantemente na infância, excessos alimentares se fazem sentir mais intensamente na maturidade.

40 Milhões de crianças brasileiras menores de 5 anos
MILHÕES DE CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE CINCO ANOS COM DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS Milhões de crianças brasileiras menores de 5 anos

41 TRANSIÇÃO NUTRICIONAL E URBANIZAÇÃO
A urbanização e a industrialização promovem mudanças importantes nos hábitos e costumes da população que levam à obesidade e ao sobrepeso. Assistir televisão e jogar videogames, associados à disponibilidade de veículos, elevadores e eletrodomésticos, promovem sedentarismo e associam-se a maior consumo de alimentos de preparo mais fácil e rápido.

42 Consumo mundial per-capita de óleo vegetal de 1964 a 1999 - USDA
Kg ANOS

43 CONSUMO DE GORDURAS E PRODUTO NACIONAL BRUTO PER-CAPITA
Em 1962, dietas com 20% de calorias provenientes de gordura correspondiam a um produto nacional bruto per-capita de 1475 dólares. Em 1990, a mesma dieta correlacionava-se com produto nacional bruto per-capita de somente 750 dólares.

44 DISPONIBILIDADE MUNDIAL DE LEGUMES
Kg per/capita ANO

45 CONSUMO DIÁRIO PER CAPITA DE AÇÚCAR E PROPORÇÃO ADICIONADA AOS ALIMENTOS NO DOMICÍLIO EEUU-1909-1999
Putnam & Gerrior, 1999

46 VARIAÇÃO DO CONSUMO DE REFRIGERANTES EM LITROS PER CAPITA/ANO - BRASIL

47 PESOS DE RATOS(G) ALIMENTADOS COM DIETA NORMAL E COM DIETA DE LANCHONETE
RETIRADA LANCHONETE DIAS ROTHWELL, N.J. and STOCK, M.J. 1979

48 AÇÕES CONSCIENTES POSSÍVEIS
Envolvimento toda sociedade (família, escola, órgãos governamentais, mídia, indústria de alimentos) Modificar o ambiente “patológico” que favorece instalação da obesidade em indivíduos geneticamente predispostos Áreas urbanas: Criar mais espaços para pedestres Ciclovias seguras  Utilização de carros Centros recreativos e parques ( atividade física, práticas esportivas)

49 INFÂNCIA Prevenção Aquisição de hábitos alimentares adequados
Prática regular atividade física Estilo vida saudável fase adulta Prevenção Cuidados primários saúde Participação família Intervenções escolas

50 MODOS DE INTERVENÇÕES EM ESCOLAS
PREVENÇÃO Introdução currículo escolar matérias informações sobre saúde, alimentação, nutrição, vantagens exercício físico Atuação junto às lanchonetes ou merenda oferecida pela escola (maior disponibilidade alimentos saudáveis, com menor teor de gordura) Promoção práticas esportivas Envolvimento professores e demais funcionários da escola

51 NORMATIZAÇÃO DA MÍDIA Na Bélgica e Noruega estão proibidas propagandas de alimentos dirigidos a menores de 12 anos. No Brasil existem: um projeto em tramitação no Senado que restringe a propaganda de alimentos, uma ação do Ministério Público do Estado que pede a proibição da propaganda de refrigerantes em programas e publicações voltadas ao público infantil, leis municipais que proíbem a comercialização de alimentos obesogênicos nas escolas.

52 I FORUM INTERNACIONAL CRIANÇA E CONSUMO SÃO PAULO MARÇO 2006
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL JOSÉ AUGUSTO TADDEI DISCIPLINA DE NUTROLOGIA DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA

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54 FIGURE 1. Weight-for-height distribution of preschool children in 94 countries.
American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 72, No. 4, , October © 2000 American Society for Clinical Nutrition Original Research Communication Prevalence and trends of overweight among preschool children in developing countries1,2,3 Mercedes de Onis and Monika Blössner

55 PROBABILIDADE DE SE TORNAR UM ADULTO OBESO SEGUNDO DIFERENTES RISCOS NA INFÂNCIA
% Obesidade no Adulto EPSTEIN ET.AL 1985/INAN-PNSN-1989

56 AÇÕES CONSCIENTES POSSÍVEIS
Diminuição da utilização de enlatados e alimentos pré-preparados na merenda das creches, escolas e alimentação dos trabalhadores; Educação nutricional, prescrição de dietas balanceadas nos consultórios do servidor e nos serviços de medicina do trabalho; Educação nutricional, incluindo o estímulo ao aleitamento materno no currículo das escolas; Estímulo à produção, comercialização e consumo de frutas, legumes, verduras e alimentos hipocalóricos; Educação nutricional nas novelas e meios de comunicação de massa nos moldes do já utilizado nas ações de estímulo ao aleitamento materno, aderência ao programa de imunizações, controle das doenças sexualmente transmissíveis e combate ao tabagismo

57 PREVENÇÃO PARTICIPAÇÃO FAMÍLIA Educação nutricional (modificar hábitos alimentares)  Comportamento sedentário Troca atividades com envolvimento dos pais (melhores resultados) Andar mais a pé (ônibus, carro) Utilizar escadas (elevador) Redução no tempo gasto com TV, vídeo-games, computadores  trocar por passeios ao ar livre (passear com cachorro, caminhadas, bicicleta)

58 PREVENÇÃO TV - associada com  prevalência obesidade (principal fonte inatividade para crianças e adolescentes) Vantagens atividade física Mudanças composição corporal (perda massa gorda e preservação massa magra) Melhora perfil lipídico  Sensibilidade à insulina  P.A. Efeitos psicológicos ( ansiedade e depressão e  auto-estima)

59 ANOS POTENCIAIS DE VIDA SAUDÁVEL PERDIDOS (APVSP) QUE PODERIAM SER EVITADOS COM MUDANÇAS NOS ESTILOS DE VIDA. MASON 1998

60 http://www.unifesp.br/dped/ disciplinas/nutricao/ nutricao.html


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