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Lusofonia: aspectos históricos e historiográficos

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Apresentação em tema: "Lusofonia: aspectos históricos e historiográficos"— Transcrição da apresentação:

1 Lusofonia: aspectos históricos e historiográficos
GT Historiografia da Linguística Brasileira Lusofonia: aspectos históricos e historiográficos ) Profa. Dra. Neusa Maria Barbosa Bastos (IP-PUCSP /NEL-UPM) Profa. Dra. Regina Pires de Brito (IP-PUCSP /NEL-UPM) junho 2014 29o. ENANPOLL

2 angolanos – brasileiros – cabo-verdianos – guineenses – moçambicanos – portugueses – são-tomenses - timorenses angolanos – brasileiros – cabo-verdianos – guineenses – moçambicanos – portugueses – são-tomenses - timorenses

3 unidos por um passado comum enriquecida na sua diversidade,
Lusofonia ... sistema de comunicação linguístico-cultural no âmbito da língua portuguesa e nas suas variedades linguísticas que, no plano geo-sociopolítico, abarca os países que adotam o português como língua materna (Portugal e Brasil) e língua oficial (Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau - os PALOP) - e Timor-Leste. (Brito e Bastos, 2006) Identidade cultural partilhada por 8 países, unidos por um passado comum e por uma língua que, enriquecida na sua diversidade, se reconhece como una.

4 Identidade linguística dos que se expressam
(também) em português

5 construção de uma lusofonia possível
5

6 Plano Histórico Processo de Expansão Territorial de Portugal
DINASTIA DE AVIS, a partir da TOMADA DE CEUTA (1415) Arquipélagos da Madeira e Açores América do Sul Ásia África Planisfério de Cantino (1502), a mais antiga carta náutica portuguesa conhecida MOTIVOS econômicos político-estratégicos curiosidade científica Evangelização

7 Quinto Império António Vieira
depois dos grandes impérios liderados por Nabucodonosor (da Babilónia ou dos Assírios), por Ciro (da Pérsia), por Péricles (da Grécia) e por César (de Roma), chegará o Império Universal Cristão, o Quinto Império, liderado pelo Rei de Portugal. "Chamamos Império Quinto ao novo e futuro que mostrará o discurso desta nossa História; o qual se há de seguir ao Império Romano na mesma forma de sucessão em que o Romano se seguiu ao Grego, o Grego ao Persa e o Persa ao Assírio". (História do Futuro)

8 Padre Vieira É conclusão, e de fé, que este Quinto Império de que falamos, anunciado e prometido pelos profetas, é o Império de Cristo e dos cristãos […] contudo, a sentença comum dos santos e recebida e seguida como certa por todos os expositores é que […] é Império da Terra e na Terra […] espiritual no governo, espiritual no uso, nas expressões e no exercício […] Em qualquer tempo futuro será sempre espiritual. História do Futuro

9 Mensagem Fernando Pessoa
anuncia um novo império civilizacional, que, como Vieira, acredita ser o português. O "intenso sofrimento patriótico" leva-o a antever um império que se encontra para além do material. "Grécia, Roma, Cristandade, Europa – os quatro se vão Para onde vai toda idade. Quem vem viver a verdade Que morreu D. Sebastião?” O Quinto Império

10 como referência obrigatória, sempre houve uma
"O Quinto Império. O futuro de Portugal – que não calculo, mas sei – está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus. Esse futuro é sermos tudo.“ Fernando Pessoa em entrevista a Alves Martins - Revista Portuguesa, nº 23-24, de 13 de outubro de 1923 Desde as descobertas, que colocaram Portugal como referência obrigatória, sempre houve uma crença de perenidade e de uma missão civilizadora.

11 Fernando Pessoa ( ) Não há separação essencial entre os povos que falam a língua portuguesa. Embora Portugal e o Brasil sejam politicamente nações diferentes, contêm, por sistema, uma direcção imperial comum, a que é mister que obedeçam. (…) Acima da ideia do Império Português, subordinado ao espírito definido pela língua portuguesa, não há fórmula política nem ideia religiosa (…) Condições imediatas do Império da Cultura é uma língua apta para isso, rica, gramaticalmente completa, fortemente nacional. (B. Soares)

12 Agostinho da Silva (1906-1994) http://www. youtube. com/watch
(...) Deveremos promover uma cultura geral pluriforme, em que estejam nítidas, bem marcadas, todas as especificidades de cada uma das culturas dos diferentes países, e dentro desses países, as culturas das suas religiões, e dentro das religiões as culturas individuais de cada homem Disperso, Lisboa: Icalp, 1988, pp. 195, 123

13 Sílvio Romero ( ) (…) Sim, meus senhores: Não é isto uma utopia, nem é um sonho a aliança do Brasil e Portugal, como não será um delírio ver no futuro o Império Português de África unido ao Império Português da América, estimulado pelo espírito da pequena terra de Europa que foi berço de ambos. Portugal «que transplantou para aqui a nossa língua (...) teve o intuito superior de aliar-se às raças que encontrou no país, consideradas por ele fundamentalmente colaboradoras e amigas, e às quais, dando-lhes a língua, equiparou a si (...). Bastaria o facto extraordinário, único, inapreciável, transcendente da língua para marcar ao português o lugar que ele ocupa em nossa vida (…) Ela só por si, na era presente, serve para individualizar a nacionalidade. O Elemento Português.Lisboa: T.C. Nacional Editora, p. 11

14 Lusofonia - Sílvio Romero
preconizou que, na base da língua e tradições portuguesas que são raízes do Brasil, e inspirado no exemplo inglês, se organizasse um bloco linguístico, político e cultural.

15 Barbosa Lima Sobrinho (1897-2000)
Há que pensar num idioma que não seja monopólio de portugueses e brasileiros (...) nenhuma nação do mundo lusofônico pode ter a pretensão pueril de querer ditar normas e usos linguísticos às demais. No caso, o que todas as nações devem fazer é proceder ao conhecimento das diferenças, sempre em busca de uma unidade superior. Até porque a norma culta da língua comum estará sempre onde houver o desenvolvimento de cultura e civilizações como hoje ninguém ignora. Sem outras palavras, todas as nações do mundo lusofônico falam a mesma língua, mas cada uma a seu modo. A língua portuguesa e a unidade do Brasil. RJ, 1958, p. 117.

16 Celso Cunha ( ) Chega-se assim à evidência de que para a geração atual de brasileiros, de caboverdianos, angolanos, etc., o português é uma língua tão própria, exatamente tão própria, como para os portugueses. E, em certos pontos, por razões justificáveis na România Nova, a língua se manteve mais estável do que na antiga Metrópole. [...] Essa república do português não tem uma capital demarcada. Não está em Lisboa, nem em Coimbra; não está em Brasília, nem no Rio de Janeiro. A capital da língua portuguesa está onde estiver o meridiano da cultura. Uma política do idioma. Rio de Janeiro: S. Jose, 1964, p. 34 e 38.

17 Eduardo Lourenço (1923 ) A Lusofonia não é nenhum reino mesmo encartadamente folclórico. É só – e não é pouco, nem simples – aquela esfera de comunhão e de compreensão determinada pelo uso da língua portuguesa com a genealogia que a distingue entre outras línguas românicas e a memória cultural que, consciente ou inconscientemente, a ela vincula. Nesse sentido, é um continente imaterial disperso por vários continentes onde a língua dos cancioneiros de Fernão Lopes, de Gil Vicente, de Bernardino, de Pêro Vaz de Caminha, de João de Barros, de Camões se perpetou essencialmente a mesma para lhe chamarmos ainda portuguesa e outra na modelação que o contato com novas áreas linguísticas lhe imprimiu ao longo dos séculos. (A Nau de Ícaro, 1999, p. 164)

18 Espaços lusófonos - Galiza
A maioria de portugueses e brasileiros nem sequer sabem que a Galiza é um país lusófono. Os meios de comunicação não costumam considerar os galegos como irmãos de língua, mas, simplesmente, como “espanhóis”. Muitos portugueses que visitam a Galiza vêm aqui como se fossem a qualquer outra região da Espanha, e para entenderem-se com os galegos esforçam-se por falar castelhano. José-Martinho Montero Santalha - A LUSOFONIA E A LÍNGUA PORTUGUESA DA GALIZA: DIFICULDADES DO PRESENTE E TAREFAS PARA O FUTURO. Atas do Congresso Internacional de Língua, Cultura e Literaturas Lusófonas. Pontevedra - Braga: Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, 1994, 452 pp.

19 Lusofonia: conceito em construção
A lusofonia é o espaço dos que falam o português. Entretanto, como a língua não tem meramente uma função instrumental de servir à comunicação, a lusofonia não pode ser pensada simplesmente como um espaço de usuários do português. Tendo a língua uma função simbólica e um papel político, a lusofonia tem que ser analisada como um espaço simbólico e político. (Jose Luiz Fiorin, 2010)

20 Lusofonia: “consagração” lexical
Registro recente nos dicionários de LP Anos 80: crítica literária, economia, sociopedagogia, sociologia da cultura Anos 90: registro como vocábulo pertencente à área linguística galaico-portuguesa

21 Lusofonia: conceito em construção
Convergência de várias dinâmicas: 1. utopias 2. fatos e situações decorrentes dos descobrimentos e da colonização portuguesa 3. opções livres partilhadas pelos países | espaços que têm a LP como sua língua materna, oficial ou segunda (ou ainda de uso)

22 Lusofonia: conceito em construção
[...] a lusofonia só poderá entender-se como espaço de cultura. E como espaço de cultura, a lusofonia não pode deixar de nos remeter para aquilo que podemos chamar o indicador fundamental da realidade antropológica, ou seja, para o indicador de humanização, que é o território imaginário de paisagens, tradições e língua, que da lusofonia se reclama, e que é enfim o território dos arquétipos culturais, um inconsciente colectivo lusófono, um fundo mítico de que se alimentam sonhos. Moisés Martins, 2006, p. 58

23 lusofonia lusofonia cultura lusofonia lusofonia lusofonia lusofonia
Espaço de cultura cultura lusofonia cultura Espaço de cultura lusofonia Espaço de cultura Espaço de cultura lusofonia lusofonia Espaço de cultura Espaço de cultura lusofonia Espaço de cultura lusofonia Espaço de cultura lusofonia lusofonia Espaço de cultura lusofonia Espaço de cultura lusofonia Espaço de cultura Aluno timorense Projeto Universidades em Timor-Leste lusofonia Espaço de cultura lusofonia

24 Consciência de que, falando minha língua, ela pode ser tantas quantas as realidades, que por elas se representam, necessitem. Consciência de que, falando minha língua, ela pode ser tantas quantas as realidades, que por elas se representam, necessitem.

25 Lusofonia Se queremos dar algum sentido à galáxia lusófona, temos de vivê-la, na medida do possível, como inextricavelmente portuguesa, brasileira, angolana, moçambicana, cabo-verdiana ou são-tomense. Eduardo Lourenço, A nau de Icaro. São Paulo: Cia das Letras, 1991, p. 112.

26 Neusinha Bastos Regina Brito nmbastos@terra.com.br
facebook – Neusa Bastos twitter.com/neusabastos Cel: Regina Brito Facebook – Regina Brito


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